PASSES E RADIAÇÕES
O
SANTUÁRIO DO ESPÍRITO ENCARNADO
O corpo humano é
o santuário do Espírito encarnado e o instrumento de que este se
serve para o exercício de suas atividades no mundo físico; por isso
foi formado de maneira que, ao mesmo tempo que exerça essas
atividades, permaneça o Espírito ligado por vários meios ao seu
próprio mundo, que é o espiritual.
Disso também
decorre a grave responsabilidade que toca ao homem encarnado de zelar
e responder pela conservação, equilíbrio e harmonia funcional
desse corpo.
CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO
O corpo físico é
uma máquina que funciona ininterruptamente, do nascimento ao
desencarne, acionada por forças hauridas do meio ambiente;
constitui-se de um conjunto de tecidos e órgãos especializados e
autónomos, porém mantidos unidos, integrados, no sistema comum, por
força da presença do Espírito encarnado.
É formado de
matéria densa (energia condensada a vários graus), apresentando uma
forma tangível, modelada sobre um arcabouço resistente e flexível
rodeado, no etéreo, de uma aura característica, variável para cada
indivíduo, visível no plano hiperfísico e comumente limitada a uns
poucos centímetros a partir da superfície do corpo.
Para sua integração
no meio ambiente possui o Espírito encarnado os órgãos materiais
dos sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Por
meio deles
toma conhecimento do que se passa a seu redor, no
mundo
físico e, por intermédio do perispírito
— que
é o corpo espiritual — liga-se com o mundo invisível ficando,
assim, apto a agir, ao mesmo tempo, nos dois planos de manifestações
da vida.
A máquina humana é formada por
células, tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas, que são vários e
diferentes, desempenhando cada um tarefa e papéis específicos, mas
sempre complementares.
A CÉLULA
A célula é a unidade morfológica e
fisiológica na estrutura dos seres vivos, ou seja, é a base de toda
organização viva. Pode ser considerada um verdadeiro “organismo”,
altamente especializado, composto dos seguintes elementos:
Membrana celular
— que envolve a
célula
Citoplasma
— substância
fundamental, na qual estão mergulhadas diversas partículas, cada
uma das quais desempenhando funções específicas: digestão,
respiração, excreção, produção de energia, etc...
Núcleo
— é o
responsável pela reprodução celular e pela transmissão dos
caracteres hereditários, através dos cromossomos (sede dos genes)
nele contidos, na estrutura do DNA.
As células, embora microscópicas,
possuem variadas formas, segundo sejam musculares, nervosas, ósseas,
etc.
TECIDOS
As células se especializam e se
agrupam em conjuntos com características semelhantes: as células
nervosas constituem o tecido nervoso, as células ósseas constituem
o tecido ósseo, etc.
ÓRGÃOS
Diversos tecidos se reúnem para
formar uma estrutura mais complexa, responsável por uma função
específica: o órgão.
Vão desde órgãos simples, como um
osso, um músculo, um nervo, até outros mais complicados, como o
estômago, o coração, o intestino, etc.
SISTEMAS
Órgãos reunidos para o desempenho de
funções determinadas, constituem os sistemas.
Aparelho é uma denominação que, na
anatomia atual, tanto pode ser usada como sinônimo de sistemas como
também com sentido próprio de uma associação de sistemas. Por
exemplo: o Sistema Muscular associado ao Sistema Esquelético
formariam um aparelho especial de nome Aparelho Locomotor; o Sistema
Respiratório e o Muscular comporiam o aparelho fonador, etc.
1) SISTEMA DIGESTÓRIO
É formado pelos órgãos: boca,
esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, e glândulas anexas
(fígado e pâncreas) mais glândulas salivares.
Este sistema é destinado a captar,
manipular e absorver alimentos e eliminar resíduos metabólicos não
aproveitados.
A digestão começa na boca, onde os
alimentos sofrem a ação
da saliva que contém agentes
digestivos (como, por exemplo, a amilase salivar, que transforma o
amido em açúcar); seguem, através de movimentos peristálticos,
para o esôfago, passam pela válvula cárdia, entram no estômago
que os manipula durante um certo tempo, trabalhando-os com os sucos
digestivos que lhe são próprios; em seguida, através da válvula
piloro, passam para o duodeno, onde continuam a ser tratados pelos
sucos digestivos, dentre os quais aqueles que vem do fígado e
pâncreas. Continuam, então, pelo intestino delgado, onde se dá a
maior parte da absorção das substâncias e, finalmente, vão ao
intestino grosso, de onde são eliminados através do ânus.
A absorção se faz através das
vilosidades intestinais, onde se encontram finíssimos capilares
linfáticos e sangüíneos que recebem as substâncias e as
distribuem através da circulação para todo o organismo.
2) SISTEMA RESPIRATÓRIO
Absorve da atmosfera não somente o
oxigênio necessário, como também o fluido vital, que fornece ao
organismo a indispensável energia.
É formado dos seguintes órgãos:
fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões. Na
laringe situam-se as cordas vocais que são órgãos destinados ao
uso da palavra.
Os pulmões são envolvidos por uma
membrana serosa a pleura — e neles penetram os brônquios, que se
ramificam em bronquíolos e alvéolos. Estes são envolvidos por
capilares sangüíneos e é no seio deles que se dá a oxigenação
do sangue.
O sangue venoso vem bombeado pelo
coração e nos alvéolos é oxigenado, desprendendo o gás
carbônico, passando de venoso a arterial (de escuro a vermelho),
próprio para oxigenar as células novamente.
3)
Sistema Circulatório
Mantém a vida, o calor interno e leva
a todas as células, através do sangue, o alimento de que se nutrem,
retirando os resíduos metabólicos tóxicos do organismo (ex.: a
amônia, originada da digestão das proteínas).
É formado pelo coração, artérias,
veias e baço, resumidamente.
As artérias conduzem sangue rico em
oxigênio, bombeado pelo coração para os vasos sanguíneos menores,
os capilares, os quais se encontram em íntima relação com as
células. Ali, o sangue arterial deixa o oxigênio, substâncias
alimentícias, etc., e, transformando-se em sangue venoso, leva o gás
carbônico e substâncias tóxicas para serem eliminados.
4) SISTEMA EXCRETOR
Recolhe e expele os resíduos
venenosos resultantes das trocas fisiológicas. É formado pelos
rins, os ureteres, a bexiga e a uretra. Pelos vasos apropriados, o
sangue passa pelos rins, onde sofre um processo de filtração e onde
deposita resíduos a serem eliminados, os quais, em seguida, descem
pelos ureteres até a bexiga, de onde são expelidos pela uretra.
5) SISTEMA ESQUELÉTICO
Compreende os ossos e articulações
os quais, no seu conjunto, formam o esqueleto, arcabouço rijo que
sustenta o corpo, protegendo-o e dando-lhe forma. Os ossos longos,
principalmente, possuem ainda, na sua medula, o tecido responsável
pela produção das células sangüíneas (glóbulos brancos e
vermelhos).
6) SISTEMA MUSCULAR
Aqui se estudam somente os músculos
estriados, responsáveis pelos movimentos voluntários. Os músculos
lisos, viscerais, geralmente possuem movimento independente da
vontade, inconsciente (ex.: condução do alimento ao longo do tubo
digestivo).
Os músculos estriados possuem tendões
que se fixam no esqueleto; desta maneira, pela contração,
proporcionam os movimentos das diversas partes do corpo.
7)
SISTEMA
GENITAL
Este sistema executa o processo de
reprodução e perpetuação da espécie. Compreende as gônadas,
órgãos produtores de células sexuais (no homem: os testículos,
responsáveis pela produção de espermatozóides; na mulher: os
ovários, responsáveis pela produção de óvulos). A mulher, além
disso, possui ainda o útero, responsável pela gestação.
8) SISTEMA ENDÓCRINO
As glândulas endócrinas, devido à
sua intima interdependência, constituem o sistema denominado
endócrino. As principais glândulas endócrinas são: epífise ou
pineal, hipófise ou pituitária, que controla as outras glândulas,
tiróide e paratireóide, timo, pâncreas (em sua função endócrina,
quando lança insulina e glucagon no sangue), adrenais, ovários,
testículos e, finalmente, a placenta.
As glândulas
hipófise e pineal são pontos sensíveis das intervenções
espirituais na vida anímica do homem encarnado, sobretudo no
desenvolvimento de suas faculdades psíquicas.
A glândula
pineal possui uma aura, uma concreção dourada em torno, que
apresenta os sete matizes das cores básicas. Essa aura não existe
na criança antes dos sete anos (normalmente), nem nos idosos com
arteriosclerose intensa e nos deficientes mentais, o que prova que
essa glândula está ligada à vida mental dos homens. É o órgão
principal da espiritualidade e da consciência das coisas tanto
externas quanto internas.
9) SISTEMA NERVOSO
Apresenta-se como
o mais complexo no que se refere às funções e às atividades do
Espírito encarnado. Coordena todas as atividades orgânicas,
conduzindo sensações e idéias para o espírito e do espírito.
Serve como elemento adaptador do organismo às condições do
momento. É formado pelo tecido mais delicado e complexo de todos: o
tecido nervoso.
O corpo físico
não gera o fluido vital ou a força promotora da atividade orgânica,
entretanto recebe-o dos centros de força do perispírito e absorve-o
do meio em que vive por intermédio da pele, dos alimentos e da
respiração. Em todos os casos o sistema nervoso é o veículo de
recebimento dessas forças e, além de armazená-las em órgãos
apropriados (plexos e centros de força), finalmente as distribui
oportunamente a todos os órgãos internos, segundo as necessidades
momentâneas de concentração e dispersão, locais ou gerais,
visando sempre a manutenção do equilíbrio orgânico, seu ritmo
funcional e sua harmonia interna.
O encéfalo,
contido dentro da caixa craniana, pode ser dividido em: medula
oblonga, ponte, mesencéfalo, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo.
Os lobos frontais do cérebro contêm
os núcleos da vida intelectual do espírito e o cerebelo é a sede
dos centros do equilíbrio orgânico da vida anímica, do sentimento,
parte esta que na humanidade atual está sendo sobrepujada pelo
cérebro anterior com hipertrofia da inteligência e atrofia da vida
moral.
O Sistema
Nervoso Periférico, com seus nervos, conduz estímulos do meio
ambiente para o espírito e vice-versa. Esses estímulos podem ser
voluntários ou involuntários, conscientes ou inconscientes, motores
ou sensitivos, somáticos ou viscerais.
O Sistema
Nervoso Autônomo é o que mais nos interessa. É o responsável pela
inervação das vísceras e que pode ser dividido, por sua vez, em
Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Sistema Nervoso Autônomo
Parassimpático.
O Parassimpático, na sua quase
totalidade, é representado pelo nervo Vago, que inerva todas as
vísceras até o intestino grosso na sua parte mais alta, mais ou
menos. Tem uma ação moderadora.
O Simpático é constituído por uma
cadeia de gânglios e nervos próximos à coluna vertebral,
denominada Tronco Simpático. Sua ação é excitadora.
Tomando por exemplo o sistema
circulatório, se, por qualquer circunstância, predomina a ação do
Simpático, o coração baterá cada vez mais rápido (taquicardia),
podendo caminhar para uma insuficiência de oxigenação e infarto.
Se, contrariamente, avultar a ação do Vago (Parassimpático), ele
baterá cada vez em ritmo mais lento, podendo chegar até a completa
paralisação.
No sono, o Vago retarda para o repouso
geral.
O Vago e o Simpático funcionam com um
antagonismo que mantém o equilíbrio interno, automaticamente,
equilíbrio esse que é a saúde e que somente se rompe quando
ocorrem intervenções diretas do Espírito, que age através dos
plexos, principalmente o plexo solar.
Projetando-se fluidos nessa região,
obteremos, de pronto, reações mais ou menos intensas na maior parte
dos órgãos internos, dependentes dessa vida vegetativa.
A ação do Espírito sobre o primeiro
destes dois sistemas (Sistema Nervoso Central) é toda intelectual,
direta e individual, isto é, para cada caso que surja há uma
solução própria, uma reação, uma resposta especial, que vem do
cérebro para o ponto do organismo em que o caso ocorreu. Por
exemplo, no caso de ferimento na ponta de um dedo da mão direita, a
notícia vai diretamente ao cérebro e este responde também
diretamente para essa região, reagindo segundo as conveniências e
circunstâncias próprias do momento.
Sobre o
sistema vegetativo, a ação, como já dissemos, é indireta e
permanente: os órgãos funcionam automaticamente por impulsos vindos
do perispírito e enquanto o Espírito estiver ligado ao corpo pelo
cordão umbilical fluídico que, como se sabe, somente se rompe com a
morte física.
Para este sistema vegetativo ocorre
uma espécie de ação catalítica; a presença do Espírito
determina o funcionamento automático do conjunto, os centros de
força remetendo os impulsos aos plexos e estes aos nervos; e assim
todos os órgãos funcionam regularmente, sem consciência da mente
encarnada, muito embora ambos os sistemas estejam intimamente ligados
à contextura e ao funcionamento orgânico em geral.
De qualquer forma, a atividade
nervosa, tanto a consciente, do sistema central, como a automática,
do vegetativo, tem sua origem no sistema nervoso e quando este se
cansa, ocorrem descontroles e moléstias graves como, por exemplo, as
hipertensões arteriais, úlceras, asma, colites, etc.
Ainda dentro do Sistema Nervoso
podemos estudar os órgãos responsáveis pela captação dos
estímulos do meio ambiente, órgãos da sensibilidade especial. São
eles:
— Visão
— Audição
— Tato
— Gustação
— Olfato
Vejamo-los a seguir:
VISÃO — Compreende a cavidade
orbitária, globo ocular e nervo óptico. O aparelho funciona como
uma máquina fotográfica, recebendo as ondas luminosas através das
células da retina e transmitindo-as ao nervo óptico, que as leva ao
cérebro e este, por sua vez, transmitindo-as à mente perispiritual,
onde a impressão luminosa é classificada e reconhecida.
AUDIÇÃO
— Recebe as ondas sonoras; estas fazem vibrar o tímpano, passam ao
ouvido médio, depois ao ouvido interno e, no “caracol”, atingem
o nervo auditivo, que leva as ondas ao cérebro e, daí, à mente, no
perispírito, para a devida classificação.
No ouvido interno, as terminações
nervosas apanham as diferentes freqüências de sons, gerando-se
assim uma corrente que, no cérebro, é identificada como notas
musicais.
TATO — Recebe e transmite as
impressões recebidas pela epiderme em toda a superfície do corpo,
principalmente nos dedos. Estas impressões são percebidas por
terminações nervosas especializadas, que as remetem ao cérebro,
pelo mesmo processo já referido.
GUSTAÇÃO — Compreende boca e
língua, onde existem as papilas gustativas, que diferenciam os mais
variados sabores, em regiões específicas.
A língua possui milhares de
corpúsculos gustativos, cada qual com sua ligação nervosa direta
com o cérebro.
OLFATO — Destinado à diferenciação
dos odores e formado por células apropriadas existentes na mucosa
nasal. Este sentido é grandemente desenvolvido nos animais e lhes
serve não só para defesa como para a busca de alimentos.
CENTROS DE FORÇA
No perispírito,
o sistema nervoso liga-se através dos plexos e gânglios, a uma
série de centros de força, denominados chacras na literatura
oriental, sobre os quais devemos aqui dizer mais algumas palavras,
tendo em vista sua importância para o trabalho dos passes, apesar de
não terem sido citados por Kardec na Codificação, por conveniência
de programação.
Antes, porém,
estudemos alguns rápidos conceitos doutrinários a respeito da
Energia.
1) FORMAS DE ENERGIA
Há energias de
diversos aspectos que circulam no Cosmo, alimentando a vida de todos
os seres, as quais têm várias origens: a Terra, o Sol, o espaço
infinito, os seres espirituais...
Todas elas têm
características, vibrações, ondulações e cores diferentes.
As que vêm do
Sol são sete e correspondem às cores do espectro solar, que o
arco-íris reflete nas suas deslumbrantes e poéticas apresentações.
As da Terra são
primárias, violentas; vêm do centro do globo e têm o nome, na
literatura oriental, de fogo serpentino, kundalini, e as chamaremos
aqui de Força Primária.
As
que vêm dos espaços infinitos são inúmeras, dentre as quais se
podem citar o “prana”, a eletricidade, os raios cósmicos o
magnetismo, etc., energias estas que o homem absorve pela
alimentação, pela respiração e pelos centros de força.
Na alimentação, destacam-se os
vegetais, nos quais, além dos sais minerais e das energias solares
fixadas pela fotossíntese nos carboidratos, existem as vitaminas
(aminas da vida) que a ciência já conseguiu descobrir e classificar
em grande número.
Todas essas formas de energia fluem
através dos corpos vivos, alimentando suas atividades
individuais.
Portanto, resumindo, verificamos que o
homem encarnado se nutre:
- de alimentos sólidos e líquidos, que absorve pelo sistema digestório;
- de ar atmosférico, que absorve pelo sistema respiratório e pela pele;
c) de energias espirituais (fluidos e
raios cósmicos) que absorve pelos centros de força.
2) CENTROS DE FORÇA
Centros de Força ou Rodas são
acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo
etéreo (1) pelos quais transitam os fluidos energéticos de uns para
outros dos envoltórios exteriores do Espírito encarnado.
No homem comum, o centro de força se
apresenta como um
(1)
Também conhecido como duplo
etérico, que
é formado por emanações neuropsíquicas do corpo físico, de onde
emana o ectoplasma. A esse respeito André Luiz, em Nos
Domínios da Mediunidade, capítulo
11 nos diz:
“—
Com o auxílio
do supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado. A
princípio, seu perispírito ou corpo
astral estava
revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a
alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como
sendo o duplo
etérico, formado
por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e
que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização
terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao
instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.” (Nota da
Editora)
círculo
de mais ou menos 5
centímetros
de diâmetro, quase sem brilho; porém, no homem espiritual, é quase
sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Quanto mais ativo ou desenvolvido for
o centro de força, maior capacidade de energia ele comporta e,
portanto, maiores possibilidades oferece em relação ao emprego
dessa mesma energia; e como as faculdades psíquicas são afetadas e
estão, em grande parte, subordinadas ao funcionamento dos centros de
força, compreende-se que o maior desenvolvimento de um deles
acarreta o desenvolvimento da faculdade psíquica correspondente e
vice-versa.
Os centros de força principais no
perispírito se localizam em regiões anatômicas correspondentes aos
plexos do corpo orgânico. Para melhor compreensão do assunto, damos
um mapa dessa colocação e respectiva nomenclatura. (2)
Os Plexos, sua devida localização no
corpo físico, juntamente com os Centros de Força, estão alinhados
respectivamente nesta ordem. Um por um, em grupos de três, e
separados por uma vírgula, cada ítem. E cada grupo de três itens,
está separado por um hífen.
PLEXO, (3) LOCALIZAÇÃO, CENTRO DE
FORÇA
Sacral, Base da espinha, Básico. -
Hipogástrico, Baixo ventre, Genésico. - Mesentérico, Região do
baço, Esplênico. - Solar, Região do estômago, Gástrico. -
Cardíaco, Região precordial, Cardíaco. - Laríngeo, Garganta,
Laríngeo. – Frontal, Fronte, Frontal. – (4), Alto da cabeça,
Coronário.
(2)
Em sua obra Entre
a Terra e o Céu, publicada
após a 1a
edição deste livro, André Luiz discorda, em parte, desta
classificação, chamando de cerebral ao centro de força frontal;
mas preferimos a denominação de frontal, para evitar confusões com
o coronário, cuja localização é também no cérebro.
(3) O plexo Solar é atualmente
designado por plexo gástrico e o Frontal é conhecido na medicina
como carotídeo ou carotidiano. (Nota da Editora)
(4)
O chacra coronário não está relacionado com nenhum plexo do corpo
fisico, mas o está com a glândula pineal. Vide Os
Chacras, C.
W. Leadbeater. Ed. Pensamento. (Nota da Editora)
3) FUNÇÕES DOS CENTROS DE FORÇA
Segundo as funções
que exercem, eis as finalidades dos centros de força:
BÁSICO: Na
contenção deliberada, as forças que transitam por esse órgão se
transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos,
age sobre o sexo. Capta e distribui a força primária e serve para
reativação dos demais centros. Essa reativação, se for feita
assiduamente sobre o mesmo centro, aumenta a animalidade. (*) Cores
básicas: roxo e laranja forte.
GENÉSICO: Regula
as atividades ligadas ao sexo, recebendo influência direta do
Básico. A reativação aumenta a libido em grau imprevisível,
podendo levar ao esgotamento e ao desequilíbrio, provocando muitas
vezes vampirismo, sendo, portanto, desaconselhável.
ESPLÊNICO:
Regula a circulação dos elementos vitais cósmicos que, após
circularem, se eliminam pela pele, refletindo-se na aura; quanto mais
intensa a absorção, mais poderoso o magnetismo individual aplicável
às curas. A reativação aumenta a captação dessas energias, a
vitalidade nervosa e a normalidade circulatória sangüínea. Cores
básicas: amarelo, roxo e verde.
GÁSTRICO: Regula
a manipulação e a assimilação dos alimentos orgânicos; influi
sobre as emoções e a sensibilidade, e sua apatia produz disfunções
vegetativas. Cores básicas: roxo e verde.
(*)
André Luiz, em sua obra Entre
a Terra e o Céu, não
se refere ao centro de força básico, porém julgamos acertado
conservá-lo nesta relação, pela sua importância no metabolismo
energético e por ser o agente reativador das atividades mediúnicas
no campo da movimentação de fluidos pesados, próprios do homem
animal.
CARDÍACO: Regula
as emoções e os sentimentos. A reativação expande os sentimentos;
influi sobre a circulação do sangue e sua manipulação é
delicada. Cores básicas: rosa e dourado brilhante.
LARÍNGEO: Regula
as atividades ligadas ao uso da palavra; influi sobre a audição
mediúnica. Cores básicas: prata e azul.
FRONTAL: Regula
as atividades inteligentes; influi no desenvolvimento da vidência;
tem ligações com a hipófise. Cores básicas: roxo, amarelo e azul.
CORONÁRIO: Órgão
de ligação com o mundo espiritual; serve ao Espírito para influir
sobre os demais centros de força; influi sobre o desenvolvimento
mediúnico por sua ligação com a epífise. A reativação dá
continuidade de consciência no sono e nos desdobramentos. Cores
básicas: branco e dourado.
4) O CORPO ETÉREO
Os plexos, como já
explicamos, estão situados no corpo fisico; são conjuntos e
aglomerados de nervos e gânglios do Sistema Vago-
Simpático que
regula a vida vegetativa do corpo humano.
Os centros de
força, ao contrário, são estações de força espiritual ou
fluídica no perispírito e no corpo etéreo; formam um campo
eletromagnético utilizado pelo Espírito e funcionam em plena
ligação com os plexos do corpo material.
O corpo etéreo é
composto de eflúvios vitais, na sua maior parte emanados do
neuropsiquismo do corpo denso, e assegura a ligação entre o
perispírito e este do qual, aliás, faz parte, como se fosse um
prolongamento.
Esse corpo etéreo
desintegra-se de 30
a 40
dias após a morte do corpo físico.
5) CONSIDERAÇÕES GERAIS
As forças espirituais e as cósmicas,
vindas do Espaço ou da Terra, penetram nos centros de força
situados no perispírito, daí passam aos plexos orgânicos e destes
aos nervos, transitando, assim, por todo o organismo.
As energias que fluem pelos centros de
força possuem uma determinada medida de onda e determinada cor;
movem-se, não em linha reta, como as ondas de luz, mas por
ondulações.
Segundo as influências que exercem,
os centros de força possuem cores diferentes, predominando, em cada
um deles, aquela que corresponde à sua natureza e atividade
fundamental. Ainda segundo essa natureza e a disposição que guardam
no conjunto humano, podem ser:
- Fisiológicos — genésico e gástrico;
b) Emocionais — cardíaco e
laríngeo;
c) Espirituais — frontal e
coronário.
Estes últimos mantêm estreitas
ligações com as glândulas epífise e hipófise (pineal e
pituitária) e funcionam como elementos de ligação com o mundo
espiritual superior, como já dissemos.
Alimentação sóbria, abstenção de
tóxicos e outros fatores, influem sobremodo no trânsito livre e
desembaraçado das energias pelo binômio centro de força-plexo;
isto é muito importante para aqueles que dão passes e que
necessitam manter sempre suas próprias forças em perfeito ritmo e
capacidade.
Os medicamentos materiais agem sobre
as vísceras, músculos e nervos, mas as energias fluídicas e
magnéticas agem sobre os centros de força diretamente.
A força primária penetra pelo centro
básico, desperta os demais centros e, em certos casos, provoca sua
reativação.
Em alguns indivíduos, os centros
frontal e coronário se confundem na aparência, visto que as duas
glândulas, pituitária e pineal, estão no corpo físico, quase
juntas.
No
corpo fisico, os órgãos dos sentidos recebem as impressões
exteriores e as transmitem ao cérebro, para o conhecimento do
Espírito; porém, no perispírito, há matéria própria a receber e
transmitir as impressões ou vibrações procedentes do exterior e
este é o segredo da compreensão da quarta dimensão: o Espírito vê
e sente em todos os sentidos, sem necessidade de localização,
porque no seu envoltório, em todo ele, há células capazes de
receber e transmitir tais impressões.
Cada centro de força, despertando,
aumenta as possibilidades dos sentidos físicos e espirituais, como
também de faculdades psíquicas ou mediúnicas; cada um que desperta
ou se desenvolve torna o Espírito capaz de perceber novas ordens de
vibrações.
As energias solares penetram nos
centros em forma de ondulações preferenciais ou específicas,
formando raios de cores diferentes, com virtudes diferentes. Por
exemplo:
Roxos e alaranjados — Raios próprios
do genésico, donde vão aos órgãos reprodutores. O uso destes
mantêm vivos os desejos — a libido — enquanto que a abstenção
os transforma em raios amarelos, próprios da vida espiritual, que
passam ao cérebro.
Amarelos — Vão ao coração, que
avivam e passam diretamente ao cérebro, para despertar o coronário.
Verdes — Inundam o abdômen,
centralizando-se no plexo solar para vivificar os órgãos digestivos
e excretores.
Róseas — Circulam pelo sistema
nervoso, do qual são alimento específico.
Porém, como os centros de força
funcionam no plano espiritual, nem sempre podem transmitir ao corpo
físico, à consciência física desperta no meio físico, as
impressões que lá estão constantemente recebendo; há fronteiras
vibratórias que impedem a transmissão: uma espécie de cortina
vibratória isoladora, que protege o corpo físico dos choques
constantes e muitas vezes perniciosos dessas impressões, como mais
adiante estudaremos.
Nos
médiuns, as faculdades podem ser despertadas por alterações
introduzidas em seu corpo perispiritual pela ação da força
primária dirigida; porém, o desenvolvimento prematuro dos centros
de força por esse processo, sobretudo o genésico, é altamente
condenável e perigoso, podendo produzir perturbações sérias.
Nenhuma prática neste sentido deve
ser aconselhada a não ser a do desenvolvimento gradual e paralelo
das forças morais, visando a evangelização do indivíduo.
O forçamento dos centros de força,
sua manipulação empírica ou que ultrapasse certos limites, no
plano material, desequilibram os órgãos correspondentes e, no
espiritual, produzem distúrbios psíquicos e obsessões.
Por outro lado, seu esvaziamento e
apatia produzem enfraquecimento orgânico e psíquico, pela
interrupção do fluxo de energias vitais sustentadoras do
metabolismo fluídico geral.
Entretanto, reconhecendo a
conveniência da reativação nos casos de desenvolvimento mediúnico
e no campo das curas, estudamos um processo simples, mediante o qual
se pode, com os devidos cuidados, introduzir a utilização da Força
Primária nas práticas espíritas na forma demonstrada no Capítulo
19, Parte 13.
RESUMO
Agora podemos resumir tudo para dizer:
que o corpo humano é um universo em miniatura, de fundo
essencialmente dinâmico, formado de energia condensada em células
vivas e inteligentes, agrupadas em colônias de hierarquias
vibratórias diferentes, que se especializam para formar órgãos,
aparelhos e sistemas, cada qual com suas características, movimentos
e finalidades próprios, e todos ligados entre si pelo sistema
nervoso; e que nesse maravilhoso conjunto, a função espiritual
depende grandemente deste sistema nervoso que é o grande regulador
de todas as tensões, relações e movimentos; e, finalmente, que o
Espírito encarnado utiliza-se desse organismo agindo, diretamente,
pelo cérebro ou, indiretamente, pelos plexos.
Por isso é que
em todos os casos de predominância espiritual (exteriorizações
espontâneas, misticismo, hipersensibilidade congênita, mediunidade
etc.) o primeiro setor do organismo a manifestar irregularidades ou
perturbações é o nervoso, porque a atividade psíquica do Espírito
solicita em demasia a atividade física do sistema, hierarquicamente
inferior que, para corresponder às solicitações referidas, vibra
aceleradamente, de forma anormal, num ritmo que não é o seu,
esgotando em pouco tempo suas energias de reserva.
Nestes casos, é
necessário e urgente reduzir a atividade espiritual ou elevar o
padrão vibratório do corpo físico, pela purificação; mas este é
assunto que escapa à natureza e às limitações deste nosso
trabalho.
3
REGRAS
PARA CONSERVAÇÃO E PUREZA DO CORPO FÍSICO
No que respeita à
mantença do equilíbrio e à conservação do corpo, ressalvadas as
destinações de ordem cármica que escapam ao nosso controle
individual momentâneo, transferimos para aqui algumas regras e
considerações que constam do Cap. 2º, item 2, do livro de nossa
autoria, Trabalhos
Práticos de Espiritismo, primeira
edição em 1954.
CONDUTA CONSIGO MESMO
Referimo-nos aos
esforços íntimos em relação aos hábitos, costumes, necessidades
e outros aspectos da vida moral do indivíduo, destinados a mudar os
seus sentimentos negativos, vencer vícios e defeitos, dominar
paixÕes inferiores e conquistar virtudes espirituais, isto é, a
reforma íntima.
Para isso
torna-se necessário:
Higiene do corpo
físico - Uso diário de banhos de água, totais ou parciais; de ar,
de luz e de sol, cada um agindo, é claro, de acordo com seus
próprios recursos e possibilidades, inclusive de tempo; vestimentas
apropriadas, de acordo com o tempo, o clima e as estações do ano.
Alimentação
- Racional e sóbria, contendo os princípios alimentares básicos
que são: proteínas (alimentos que mantêm os músculos);
carboidratos e gorduras (alimentos que fornecem energia e calor),
sais minerais e vitaminas.
Todos estes elementos são encontrados
nos alimentos comuns, sendo, todavia, necessário saber combiná-los
e utilizá-los sem faltas ou excessos.
Para isso convém consultar instruções
apropriadas, quase sempre encontradas em livros e publicações que
tratam do assunto.
Lentamente, e tanto quanto possível
(segundo os recursos, profissão e temperamento de cada um) diminuir
a carne como alimento base, visto ser desaconselhável do ponto de
vista espiritual. Os princípios alimentares que ela contém,
sobretudo proteínas, são encontrados com facilidade em outros
alimentos de uso comum, como, por exemplo: queijo, feijão, soja,
leite, etc.
Por outro lado, para alimentar nosso
corpo não há necessidade de sacrificar vidas de animais úteis e
pacíficos onde Espíritos, ainda embrionários, realizam sua
evolução, quando podemos fazê-lo com inúmeros outros alimentos
mais simples.
Neste assunto, que é de controvérsia,
cada um deve seguir seus próprios impulsos e inspirações que
corresponderão, Justamente, ao grau de compreensão ou de evolução
que lhes forem próprios.
Repouso - Dormir o tempo que for
exigido pelo próprio organismo, segundo a idade, a profissão e o
temperamento de cada um.
Nunca sacrificar esta necessidade
fundamental em benefício de certas distrações ou atividades
dispensáveis, porque são sempre lamentáveis as conseqüências que
a falta de sono acarreta para o sistema nervoso, principalmente
daqueles para os quais esta necessidade se torna mais acentuada.
O normal do período
de repouso para os adultos é de 8horas, tempo esse que vai
diminuindo à medida que aumenta a idade; na velhice essa necessidade
fica reduzida para pouco mais de 3 a 5
horas,
substituída a diferença por uma apatia natural, certa sonolência.
A insônia nos adultos e nos
adolescentes, mas sobretudo nas crianças, sempre denota moléstia
orgânica ou perturbação de natureza psíquica que requerem
cuidados especiais, porém nunca o uso de tranqüilizantes ou
hipnóticos que podem provocar dependência, além de produzirem
profundas depressões.
Distrações - Também fazem parte dos
recursos necessários à mantença do equilíbrio orgânico, como
reflexos vindos do campo da vida psíquica.
São derivativos para as pressões
exercidas, nas lutas da vida, pelas inquietações, temores, cansaço,
tristeza, desânimo, etc., que tão perniciosas influências exercem
sobre o Espírito, com a agravante, ainda, de abrirem portas às
influenciações do plano invisível.
Todavia, não são todas as distrações
que servem ao espírita interessado no seu problema de renovação
moral. Há distrações benéficas como as há extremamente
perniciosas; estas são as que despertam ou alimentam os instintos
inferiores do personalismo, da brutalidade, da violência, da
crueldade, como o boxe, as lutas de arena, as touradas, etc.; as que
levam a desgarres da sensualidade, como certos espetáculos, danças
e folguedos; tudo isso deve ser eliminado do programa do espírita
esclarecido e sensato.
As diversões aconselháveis e úteis
são as de aspecto construtivo e elevado, como passeios ao campo.
parques e jardins, excursões, visitas a museus e obras de arte,
reuniões culturais, concertos musicais, conferências sobre
assuntos instrutivos, enfim, tudo quanto dignifique, esclareça e
levante o indivíduo para esferas de vida e de sentimentos mais
elevados.
Muito importam, também, à mantença
do equilíbrio orgânico e à harmonia interna do santuário do
Espírito, o combate aos vícios, defeitos morais e paixões,
próprias do homem encarnado nestes graus inferiores da escala
evolutiva, dos quais o nosso orbe faz parte.
Do mesmo citado livro transcrevemos
mais os seguintes períodos referentes a estes pontos de relevantes
interesses.
Os vícios - Para a defesa e
purificação do organismo, é necessário combater rigorosamente os
vícios, começando pelos mais comuns que são o fumo, o álcool, a
gula e os tóxicos (maconha, éter, ópio, morfina, etc.)
Atualmente, estes vícios se alastram
de forma alarmante, envolvendo milhões de pessoas, em sua maioria
jovens inexperientes que a vida social moderna, com seus costumes
licenciosos e cínicos, empurra para caminhos de perdição.
Jovens de ambos os sexos, nas reuniões
de sociedades, fazem alarde ou exibição dos vícios que possuem,
como se tal coisa os engrandecesse.
Na sua inconsciência, chafurdam na
lama e se vangloriam disso.
O fumo, por exemplo, considerado o
mais inocente desses vícios, está sendo adotado pela maioria das
mulheres, sendo fabuloso o seu consumo no mundo inteiro e seu uso
produz terríveis males, mormente no aparelho nervoso-vegetativo
(simpático e vago), dando margem a perturbações tanto mais
intensas e profundas quanto mais sensíveis forem as pessoas.
Ultimamente, severas advertências vêm sendo feitas por cientistas
de todos os países sobre a influência do fumo na produção do
câncer. Segundo estatísticas oficiais, em cada quatro pessoas que
fumam, uma possui indícios de câncer.
As conseqüências do fumo afetam
também fortemente o perispírito, produzindo uma espécie de
entorpecimento psíquico, que continua até mesmo após o desencarne,
prolongando o período de inconsciência que, na maioria dos casos,
ocorre depois da chamada morte física, como também afeta a cortina
de proteção e isolamento existente entre o corpo físico e o
perispírito.
E coisas ainda piores sucedem em
relação ao vício do álcool, responsável pela degradação moral
de milhões de pessoas, em todas as partes do mundo, obrigando
governos esclarecidos (como, por exemplo, o da França, ultimamente)
a decretar legislação coercitiva a fabricação e uso imoderado do
álcool em seu território.
Julgamos completamente desnecessário
qualquer comentário a respeito destes vícios e de suas diferentes
sintomatologias, que oscilam entre a euforia e o coma, visto ser
assunto por demais conhecido.
Não importa o que digam uns e outros,
inclusive pessoas de ciência, defendendo estes vícios, alegando não
serem tão perniciosos como parecem: os que os defendem são também
viciados em maior ou menor grau e, portanto, suspeitos no caso.
Os espíritas, se realmente desejam
evoluir e, já que a evolução não se conquista sem pureza de corpo
e de espírito, devem combater e eliminar de si mesmos estes vícios,
libertando-se deles definitivamente. Não pode haver pureza de corpo
ou de sentimentos em pessoas que se entregam a vícios repugnantes e
perniciosos, praticando, assim, um suicídio lento, na mais
lamentável negligência moral.
Por outro lado, é preciso não
esquecer que o viciado é assediado e dominado por Espíritos
inferiores desencarnados, mesmo quando não maléficos mas, da mesma
forma, viciados e que, não possuindo mais o corpo físico, atuam
sobre eles e, por seu intermédio, se satisfazem, inalando a fumaça
dos cigarros ou aspirando, deliciados, os vapores do álcool.
Há
milhões de pessoas, no mundo inteiro, que vivem assim escravizadas
pelos Espíritos inferiores e utilizadas por estes como instrumentos
passivos, submissos e cegos de seus próprios vícios e paixões.
André Luiz, em sua
obra Nos
Domínios da Mediunidade, descreve
uma cena de botequim, mostrando como alguns Espíritos desencarnados,
junto de fumantes e bebedores, com triste feição, se demoravam
expectantes.
Alguns sorviam as baforadas de fumo
arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as
expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento.
Outros aspiravam o hálito de
alcoólatras impenitentes. Defeitos morais e paixões - A batalha
moral contra os defeitos e as paixões deve ser igualmente encetada
pelos espíritas sem vacilações e temores, sendo certo que desde os
primeiros passos, serão fortemente apoiados pelos benfeitores
espirituais, que sempre estão atentos, aguardando que tão salutares
e imperiosas resoluções surjam e tomem consistência no Espírito
dos seus protegidos, entes amados que eles, os benfeitores, assumiram
o compromisso de assistir e proteger durante a encarnação.
Antes de encetar a luta contra os
defeitos e as paixões tão comuns ao homem inferior (como sejam, o
orgulho, o egoísmo, a sensualidade, a hipocrisia, a avareza, a
crueldade, e outros) é necessário que cada um faça um programa
individual de ação, examine a influência que cada defeito ou
paixão exerce sobre si mesmo e em seguida inicie a repressão com
confiança e disposição de lutar sem desfalecimentos, até o fim;
assim procedendo, logo aos primeiros passos, verá que o apoio
recebido do Alto é muito importante e que a vitória está desde o
princípio, em suas próprias mãos.
4
A
ENERGIA CÓSMICA
1) MATÉRIA, ENERGIA, ESPÍRITO
Na criação universal, a vida se
manifesta sob três aspectos, cujas limitações desconhecemos: como
matéria, representada pela forma; como energia, representada pelo
movimento, e como espírito, representado pela
inteligência-sentimento.
O espírito, utilizando-se da energia,
age sobre a matéria, provocando reações e transformações de
inúmeros aspectos e naturezas.
A matéria, em si mesma, nada mais é
que energia ‘‘condensada’’ a vários graus e todas as
transformações que nela se operam são resultados dessa
interferência do elemento espírito, que sobre ela projeta correntes
vibratórias mais rápidas, finas e elevadas, que a desagregam ou
modificam.
A energia está sempre em movimento,
condensando-se ou expandindo-se, formando correntes no seio da massa;
no caso dos passes, o mesmo fenômeno se dá: o operador projeta
correntes de fluidos mais finos e poderosos, que provocam
transformações no movimento específico dos agrupamentos celulares
do corpo denso ou do perispírito.
Toda vez que uma corrente de energia,
acionada por um operador inteligente, interfere em um campo da
matéria, surgem limitações, resistências locais; forma-se uma
cadeia de fenômenos decorrentes, dos mais variados aspectos e
conseqüências.
Assim,
uma resistência oposta a uma corrente elétrica, dá origem ao calor
e à luz; a interferência sobre uma corda de violino suficientemente
tensa produz som, etc.
O corpo humano tem um ponto certo de
equilíbrio, de estabilidade, e qualquer interferência do Espírito
que o anima ou de forças ou entidades do ambiente exterior, produz
alterações, distorções, desarmonias, distúrbios, moléstias.
2) ABSORÇÃO
A energia cósmica tem muitos nomes,
manifesta-se de muitas formas, conquanto seja sempre a mesma, em
essência e fundo: akasa, para os hindus, aôr, para os hebreus,
telesma, para os hermetistas, azoth, para os alquimistas, força
ódica de Reichembach, força psíquica de Crookes, fluido mesmérico,
fluido vital, prana, fluido universal, eletricidade, enfim, como quer
que se chame, ésempre o mesmo fluido cósmico fundamental, do qual
uma das manifestações mais úteis e poderosas é o magnetismo,
visto que pode ser utilizado em forma simples e acessível aos
homens, na cura de moléstias.
Como já vimos, a absorção dessa
força, pelo corpo humano, é realizada pelo aparelho respiratório,
pela pele e pelos alimentos que vão ter ao sistema digestório. (6)
Podemos aumentar essa absorção:
a) Praticando exercícios
respiratórios.
Os processos mais aconselháveis são
os de respiração profunda, que se praticam da seguinte forma:
— deitado,
sentado ou de pé, aspirar o ar pelo nariz, empurrando o diafragma
para baixo e procurando recolher o ventre para que, assim, o ar
penetre amplamente no pulmão, inclusive em seus lóbulos superiores;
contar até cinco.
(6) A
parte da absorção que se dá no corpo perispiritual, pelos centros
de força, já foi estudada à página 52.
— reter o ar nos
pulmões, contando, da mesma forma, até cinco.
— soltar o ar
lentamente pela boca, contando o mesmo tempo e procurando esvaziar os
pulmões completamente.
— reter os
pulmões vazios durante o mesmo período de tempo e recomeçar, como
no princípio.
— em todas as
fases, procurar aumentar, gradativamente, o tempo dos movimentos e
das pausas.
Este exercício aumenta grandemente a
capacidade torácica e, em conseqüência, a quantidade de ar que os
pulmões recebem em cada movimento respiratório.
Por outro lado, o exercício fortalece
os pulmões, toma-os mais elásticos e leva o ar a todos os alvéolos,
promovendo verdadeiro saneamento, pela ação do oxigênio e
imunizando-os de moléstias infecciosas próprias desse órgão.
Se sobrevierem tonturas (excesso de
oxigênio), basta reduzir o tempo da primeira fase.
b) Selecionando os alimentos com
prevalência de vegetais
e frutas.
c) Mantendo a pele em perfeitas
condições de limpeza, flexibilidade e arejamento.
- Captação da energia pela evocação e pela prece, diretamente do reservatório universal.
- concentração, solicitando o
auxílio dos bons Espíritos.
- evocação das forças cósmicas, do
alento divino que transita, imanente, por toda a criação.
- levantamento dos braços
verticalmente, aos lados da cabeça, durante a evocação, para a
captação da força e, nessa posição, permanecer enquanto sentir a
descida da energia por eles.
À medida que os exercícios forem
feitos e o tempo transcorrer, se verá que cada dia se torna mais
sensível e evidente a descida da força pelos braços, seu giro pelo
corpo e sua volta pelo mesmo caminho, para o espaço ambiente.
Tão apto fica o
indivíduo, com o correr do tempo, na captação da força cósmica,
que lhe bastará, a qualquer hora e em qualquer lugar, levantar os
braços para que por eles desçam as energias reparadoras, com
facilidade e presteza.
3) CONSTATAÇÃO
O fluido magnético é de natureza tão
evidente e objetiva que pode ser visto, por videntes, atravessando em
ondulações luminosas, a aura das pessoas e projetando-se para fora
do corpo somático.
Apresentando-se a um vidente
espontâneo duas vasilhas contendo água, uma magnetizada, outra não,
ele apontará logo a magnetizada, não só por causa dessa
luminosidade a que nos referimos, como também porque, em certos
casos, a água fica leitosa ou entra em efervescência.
Outra constatação muito simples é
colocar um pêndulo ou um anel na ponta de um fio e mantê-lo na
vertical, seguro pelos dedos indicador e polegar; o operador passa
então a atuar sobre o objeto pendurado, dando-lhe ordens mentais
para que balance para a direita, para a esquerda, em círculo, pare,
recomece, etc., e verse-á que o objeto obedece prontamente às
ordens dadas segundo, é claro, a capacidade mental do operador.
Nestes casos, o que sucede é que a
corrente fluídica, impulsionada pela vontade do operador, flui pelo
braço, mãos e dedos, desce pelo fio e transita pelo objeto
pendurado, arrastando este no seu próprio impulso.
Tanto nestes como nos casos de
radiestesia, o fenômeno é sempre o mesmo: o fluido magnético,
formando uma corrente e arrastando com ela os objetos intermediários
(pêndulos, varinhas mágicas, etc), na direção de uma massa
atrativa (água, metais do subsolo, etc), que formam pólos opostos à
mente do operador.
No caso dos passes, a corrente é
formada pelas mãos do operador e o fluido deve transitar através
das partes doentes.
5
TONALIDADE
VIBRATÓRIA DO CORPO FÍSICO
A energia, condensando-se para criar a
forma, assume inúmeras modalidades e aspectos; ao atingir seu ponto
máximo de involução, quando o impulso inicial, encontrando
resistência, estaca na descensão, eis que surge a forma, se
estabiliza e, ao mesmo tempo, adquire uma tensão potencial própria
do estado material a que chegou; cada estado ou grau de condensação
possui uma tonalidade especial, fundamental; ao estacionar, a massa
de energia condensada passa a vibrar na sua característica própria,
de forma, de tom, de cor e de luz.
Nos corpos simples, essa tonalidade é
uniforme, uníssona mas, nos compostos, resulta do amálgama de todas
as tonalidades parciais, pertencentes aos diversos elementos
individuais que formam o conjunto.
Assim, como há uma tonalidade musical
característica de cada grau vibratório numa determinada escala, há
também uma tonalidade fisiológica característica de cada ser
orgânico e inorgânico.
No corpo físico do homem ou do
animal, cada célula, órgão, aparelho ou sistema, possui sua
tonalidade própria e o conjunto de todas elas, amalgamadas, fundidas
numa só, forma a tonalidade individual orgânica. Como o corpo é
formado, segundo dissemos, de células vivas, inteligentes e
especializadas que, por afinidades, se agrupam para formar órgãos,
aparelhos e sistemas, cada um possuindo sua tonalidade vibratória
individual, o conjunto de todas estas vibrações é uma verdadeira e
maravilhosa orquestração, em que o ouvido apurado do Espírito
evoluído distingue e separa os sons parciais, os regionais e, por
fim, a harmonia total, característica do conjunto.
Nesse particular, o conhecimento
destes detalhes e a experimentação poderão levar, com o tempo, à
construção de uma máquina ou aparelho eletrônico, semelhante, por
exemplo, a uma balança romana, sobre a qual as pessoas subiriam para
que, em seguida, uma campainha soasse, em som mais agudo ou mais
grave e um ponteiro indicasse automaticamente sua tonalidade
vibratória. Construir-se-ia assim uma escala de tonalidades
individuais, ou de valores psíquicos, que determinariam o grau de
elevação ou pureza vibratória de cada um.
André Luiz, em sua
obra Nos
Domínios da Mediunidade, se
refere a um instrumento denominado “psicoscópio”, destinado à
demonstração da alma com o poder de definir-lhe as vibrações.
E assim, como sucede no corpo humano,
que estamos citando como exemplo, e que é um universo em miniatura,
também sucede no macrocosmo, no conjunto universal da criação, no
qual cada corpo celeste possui sua tonalidade própria, que concorre
à formação da tonalidade global do sistema planetário a que
pertence.
Na criação de Deus tudo é som, luz,
cor e movimento e tudo resulta das inúmeras transformações que a
todo instante ocorrem nos setores do espírito, da energia e da
matéria.
A tonalidade individual corresponde a
determinada tensão vibratória funcional que se modifica com
excessos, vícios e desenfreios passionais; e essas alterações
podem ser bruscas ou lentas, de efeitos imediatos ou remotos,
produzindo moléstias agudas ou crônicas.
Esse desequilíbrio vibratório
interno desajusta também o indivíduo em relação ao ambiente
exterior, causando-lhe perturbações mais ou menos sérias que, às
vezes, se tornam mesmo incompreensíveis.
O
tratamento pelos passes visa, justamente, promover o reajustamento do
equilíbrio interno e externo, provocando no organismo as reações
necessárias, de acordo com as leis da própria natureza, sem
violências ou forçamentos.
A saúde resulta da sintonia
vibratória entre órgãos e sistemas internos do organismo, bem como
deste com o meio ambiente, pelo jogo ininterrupto das absorções e
eliminações, condensações e dispersões da energia vital.
Nas moléstias compulsórias, isto é,
nas necessárias a resgates cármicos, esses desequilíbrios provêm,
comumente, da interferência de agentes do plano invisível e nenhum
tratamento produzirá outro efeito que ligeiras e provisórias
atenuações.
Já estudamos o ser humano como um
organismo celular dinâmico.
É uma unidade vibratória que absorve
e emite radiações diferentes:
1) Físicas: calor, magnetismo, luz.
2) Psíquicas: ondas vitais,
essenciais, pensamentos, idéias, desejos, etc.
Tudo isso age e reage sobre outros
seres, influenciando-os em sua vontade, sentimentos, pensamentos e
atos. E tudo se reflete na radiação tonal, na aura individual,
criando atmosfera boa ou má, atrativa ou repulsiva.
As afinidades vibratórias é que
regulam esse intercâmbio de dar e receber, no plano invisível,
forças e fluidos.
É essencial, por isso, uma aura limpa
e pura para só se atrair e emitir coisas boas e elevadas.
6
MEDICAMENTOS
E PROCESSOS DE CURA
Como vimos atrás,
a força que mantém a vida orgânica é captada no exterior e o
Espírito vai utilizando-se dela na medida das necessidades,
concentrando-a, dispersando-a aqui e ali, sempre com o fito de manter
o equilíbrio e a tonalidade do corpo.
Vimos também que
o magnetismo é uma das manifestações dessa força e que, aplicado
sobre o corpo humano sob a forma de passes, aumenta-lhe o cabedal
dessa energia vital, restabelecendo, em certos casos, o equilíbrio
funcional, a tensão vibratória e a tonalidade do organismo.
Mas,
infelizmente, a medicina oficial desprezou esse elemento de cura e
sempre caminhou em rumo diferente, preferindo introduzir no organismo
medicamentos em doses maciças.
Essas drogas
dificilmente se tornam assimiláveis e, para evitar que se depositem
nos órgãos, para mantê-las em suspensão e poder expulsá-las, o
organismo realiza um esforço tremendo, que se torna ainda maior
quando a introdução é feita pelos músculos e pelas veias,
sobrecarregando diversos órgãos: fígado, rins, intestinos, pele,
etc., destinados à classificação, seleção e eliminação natural
e espontânea dos alimentos e resíduos tóxicos, órgãos esses que
são verdadeiras sentinelas postas à defesa do corpo.
Se, em certos
casos, essas drogas dão bons resultados como, por exemplo, vacinas,
com a formação de anticorpos, na maioria deles, intoxica.
Quanto mais evolui
e se torna sensível, tanto mais o indivíduo sofre os efeitos dessas
drogas, que produzem quase sempre intoxicações mais ou menos
graves; e tanto mais também se acentuam as idiossincrasias contra
tais medicamentos, que obrigam o organismo a repetidos e dolorosos
processos de eliminação batizados de moléstias, hoje em dia
acrescidos pela medicina com o extenso e pitoresco rol das
misteriosas alergias, que muito freqüentemente são modalidades de
eliminação.
O medicamento é também massa de
energia condensada e sua introdução no organismo, em doses maciças,
naturalmente produzirá perturbações vibratórias das mais variadas
naturezas.
Neste particular, os espíritas já
estão mais evoluídos porque, em geral, adotam a homeopatia,
terapêutica puramente dinâmica, que dosa e regula de forma hábil o
agente vibratório a introduzir no organismo e, assim, provoca
reações controladas, compatíveis com as resistências orgânicas e
não capazes de produzir desequilíbrios funcionais.
A regra áurea das curas foi ditada
por Hipócrates, na Grécia, uns quatro séculos antes de Cristo e
assim formulada no latim: “Natura medicatrix, quo maxime vergunt eo
ducenda per loco convenientia” que se traduz por: “A Natureza
cura mas seus efeitos devem ser sustentados, auxiliados e dirigidos
convenientemente”.
Há alguns ramos do conhecimento
médico que seguem a regra, podendo-se citar, entre eles, a
fisioterapia (cura pela água, pelo calor, pela dieta, por correntes
elétricas, raios e ondas sonoras, etc.), e também o magnetismo que,
dos agentes naturais conhecidos, é um dos mais eficientes e
acessíveis.
Desde sempre a medicina vem estudando
e experimentando uma série interminável de processos, teorias e
sistemas de cura, sendo certo que atingiu hoje um estado de puro
ceticismo, no qual os médicos já não adotam mais escolas” fixas
e irredutíveis; são livres atiradores que lançam mão de tudo
aquilo que vai surgindo como panacéias químicas e novidades
maravilhosas, sempre em busca do ideal que jamais atingiram. Agora,
deste ponto, é necessário que os cientistas voltem, rememorem o
caminho percorrido, não-isento, aliás, de grande mérito e
compreendam que o problema, sendo de fundo espiritual-dinâmico, não
pode ser resolvido por inoculações sistemáticas de drogas
químicas; estudem os fundamentos da criação universal e considerem
que somente levando em conta a existência da tríade
espírito-energia-matéria, poderão penetrar o problema e encontrar
para ele solução adequada.
Esta foi, aliás, a missão de Freud
que, infelizmente, não penetrou no âmago do problema, deixando de
considerar o elemento ‘‘espírito’’ como fator fundamental.
Três etapas importantes já foram
transpostas pela medicina oficial:
1) A descoberta dos micróbios por
Pasteur;
2) A imunologia, teorizada por
Herlich;
3) Os antibióticos, vulgarizados por
Fleming.
Todas se aproximando, cada vez mais,
dos fatores imponderáveis.
Numa etapa mais avançada, o
Espiritismo virá a ser de grande auxílio, explicando a origem e a
causa das moléstias, classificandoas convenientemente e
demonstrando suas ligações e dependências com as falhas morais do
Espírito humano, próprias, aliás, das etapas primárias de sua
evolução em mundos inferiores, dos quais este nosso planeta é um
expressivo exemplo.
7
MOLÉSTIAS
NÃO-CURÁVEIS E CURÁVEIS
Os homens, em
grande número, são doentes e andam em busca de saúde.
Todos sofrem seus
males e se afadigam por uma cura que, na maioria dos casos, não
obtêm.
As enfermidades
são multiformes e indivíduos há que são enfermos toda a vida e se
desesperam com tal suplício.
Os consultórios
médicos e os hospitais estão sempre repletos e quando os doentes,
após desenganos dolorosos, perdem a fé na medicina oficial,
voltam-se para suas crenças religiosas e passam a realizar atos
piedosos e a oferecer promessas e votos aos santos de sua predileção.
E quando, mesmo
assim, não são satisfeitos, então desorientam-se, atemorizam-se e
não se pejam de recorrer a charlatães e curandeiros, tudo nessa
ânsia incontida de restabelecimento.
Isso é humano e
natural mas demonstra falta de conhecimento dos verdadeiros aspectos
da questão: das causas e dos efeitos ligados à existência desses
males.
O Espiritismo o
esclarece suficientemente e quando não pode oferecer uma cura
radical permite, todavia, que o Espírito fatigado repouse no seu
sofrimento, console-se e se revista de resignação para suportar,
com superioridade moral, sua provação.
Esse apaziguamento
vem da compreensão das seguintes verdades: as primeiras possuem um
fundo mais íntimo e estão sempre ligadas ao panorama cármico
individual, isto é, ao pagamento de dívidas do passado; as segundas
são meras circunstâncias ocasionais, não radicadas a vidas
anteriores; desajustes passageiros do metabolismo orgânico, por
efeito de transgressões atuais.
De qualquer forma, o culpado é sempre
o indivíduo, sendo que as primeiras são imperativas, advêm da
necessidade da própria evolução do Espírito, ao passo que as
segundas podem existir ou deixar de existir, conforme o indivíduo
cometa ou não as referidas transgressões contra a harmonia
funcional da natureza física.
Dizendo melhor: umas moléstias são
do Espírito, outras são do corpo, as primeiras representando os
reflexos exteriores das imperfeições internas e sendo ao mesmo
tempo o processo normal e justo da reabilitação, enquanto as
segundas são simples reajustes passageiros.
Esse reajuste, que se realiza no plano
material, opera no espiritual os efeitos necessários ao progresso
moral do indivíduo.
Pode-se dizer que o corpo queima para
que o Espírito se purifique.
Como todo esse
processo provoca sofrimento, a medicina se esforça por debelá-lo e
nisso existe, realmente, um profundo sentimento de humanidade; mas
esse esforço não consegue, como não tem conseguido em muitos
séculos, êxito integral porque não poderia, naturalmente, deter o
desenvolvimento da lei espiritual; anular a moléstia que, como já
dissemos, é uma contingência imperativa da própria imperfeição
do Espírito e,
ao
mesmo tempo, o processo natural de seu reequilíbrio.
No estado atual da evolução humana,
e nas moléstias cármicas, os resultados da medicina, portanto,
serão sempre relativos e precários, limitando-se a atenuar o
sofrimento físico com acalmia da dor e a ligeiras modificações no
que respeita aos aspectos e conseqüências da moléstia.
Porém, nas enfermidades da segunda
espécie aqui classificada — distúrbios por efeito de
transgressões momentâneas terá a medicina um campo vasto de
realizações e sucessos.
Disso se conclui que, neste
particular, como em tudo mais, as leis espirituais erguem barreiras,
no momento intransponíveis às possibilidades humanas; e outra coisa
não se poderia esperar porque, então, veríamos o absurdo de o
homem ter poderes, em caráter normal, para desviar ou alterar o
curso natural da justiça cármica anulando, sem embargo da pureza de
suas intenções, o processo divino de reabilitação do próprio
Espírito.
Como muito bem diz o guia Emmanuel:
“As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano e o
corpo doente reflete o panorama interior do Espírito enfermo”.
As curas, portanto, não se podem dar
a não ser quando o processo reabilitador chega a seu termo, ou
quando ocorrem circunstâncias excepcionais como, por exemplo, atos
profundos de fé ou abnegação, desprendimento ou sacrifício, em
face dos quais a Providência, sem denegar a lei, demonstra, como tem
demonstrado, a infinita misericórdia de Deus.
Compreendido isto, é certo que o
doente sossegará no seu afadigamento, pela humildade; resignar-se-á
ao seu destino e passará a esforçar-se pela purificação do
próprio Espírito já que neste, e não no corpo material, é que
reside a causa de seus sofrimentos.
Em todos os casos de resgates cármicos
(pagamento de dívidas do passado) os defeitos físicos e as
moléstias são previstos, constam do programa encarnativo do
indivíduo e, conquanto haja manifestações anatômicas ou
fisiológicas comuns, o fundo é sempre espiritual e as perturbações
são controladas por agentes do plano invisível; e quanto à sua
cura, como já dissemos, fica dependendo do término do resgate ou da
misericórdia de Deus; todavia, quando o resgate chega a seu termo ou
quando outro qualquer motivo ponderável determina sua cessação, os
mesmos agentes intervêm e o doente é conduzido ao estado de boa
saúde que, então, se opera com facilidade e rapidez, por quaisquer
processos.
Por outro lado, todas as moléstias
são de natureza dinâmica (alterações do ritmo vibratório
funcional), seja quando provocadas pelo próprio indivíduo ou quando
devidas a interferências de agentes do plano invisível.
Neste quadro deixamos de considerar, é
claro, as moléstias próprias da velhice, que nem sempre representam
anormalidades mas, simplesmente, disfunções e alterações naturais
e próprias do apagar das luzes nesta vida, para o regresso ao lar
espiritual.
Nossas faculdades físicas ou morais
se esgotam e degeneram nos excessos dos prazeres efêmeros, nos
vícios e nas paixões inferiores e, para conservá-las, mantendo o
corpo em boas condições, é necessário vida limpa, hábitos de
pureza, regime espiritual conveniente.
O corpo é o templo do Espírito e
somos responsáveis pela sua conservação e integridade; cometemos
suicídio mesmo quando, inconscientemente, lhe negamos os elementos
de que carece para viver em boas condições, ou quando o submetemos
a excessos de qualquer natureza.
Para podermos executar a tarefa que
trouxemos nesta encarnação, precisamos deste maravilhoso
instrumento que, ao mesmo tempo que agasalha, nos permite todas as
manifestações necessárias à vida no plano material; sem ele, não
poderemos agir nem evoluir, no atual estado em que nos encontramos.
Mesmo nos casos já citados, de corpo
enfermiço para efeito de resgates indispensáveis, ainda assim
devemos zelar pela sua conservação, fazendo com que ele dure até o
máximo previsto no programa individual, para que todas as tarefas e
experiências possam ser executadas até o fim.
8
ESTUDO
DOS FLUÍDOS
Originariamente emprega-se o termo
“fluido” para designar a força operante das curas, nos
tratamentos pelos passes e nas operações mediúnicas, como também
para todas as formas de influenciação psíquica exterior sobre
indivíduos, em presença ou a distância, em quaisquer
circunstâncias e, ainda, nos casos dos fenômenos provocados como,
por exemplo, nos trabalhos comuns de efeitos físicos.
Realmente as influências em geral
podem ser físicas ou psíquicas, sendo as primeiras, justamente, as
que ocorrem por influência dos fluidos, enquanto as últimas são do
campo, também bastante vasto, dos agentes telepáticos, isto é, dos
que operam as transmissões de idéias, pensamentos, impulsos,
desejos, etc.
O termo fluido é genérico e indica
as emanações, as radiações físicas ou orgânicas provindas de
outras pessoas no ambiente em que se situa o doente, ou de Espíritos
desencarnados.
O fluido provindo de uma pessoa
encarnada nada mais é que magnetismo humano, emanação de matéria
orgânica, força animal existente ou decorrente da atividade das
células que formam o corpo físico.
Este fluido, esta emanação podem ser
bons ou maus, benéficos ou perniciosos, segundo a condição física
ou moral do emissor, e concorrem a formar as auras individuais. (7)
(7)
Vide o Capitulo “Estudo do Perispírito” em Iniciação
Espírita, Editora
Aliança.
Essa
emissão pode ser voluntária ou involuntária, deliberada ou
inconsciente. Um Espírito inferior, desencarnado, pode impregnar as
pessoas de fluidos ruins, mórbidos, com sua simples aproximação,
mesmo quando não tenha a idéia de fazê-lo e ignore o que está
acontecendo.
A contaminação deliberada, muito
mais maléfica que a anterior, transmite ao doente não só os
próprios fluidos pesados e mórbidos do Espírito inferior, com
também o contingente psíquico complementar, representado pelos maus
pensamentos e pelos desejos maléficos do emissor, movimentados pela
vontade.
O mau fluido, dotado de vibração
pesada e baixa, afeta os centros de força, destes passa aos plexos e
ao sistema nervoso, atacando órgãos e produzindo perturbações
psicossomáticas de inúmeros aspectos e naturezas.
Há fluidos tão pesados, tão
animalizados e impuros que possuem mau cheiro; além do mal que fazem
quando se impregnam em nosso perispírito, causam repugnância e agem
fortemente sobre os órgãos internos.
Os sensitivos (médiuns), mais que
quaisquer outros, estão sujeitos ao recebimento constante desses
fluidos e, se não procederem diariamente aos trabalhos de limpeza
psíquica, acabarão por se tornarem vítimas crônicas e submissas
de graves perturbações pro vindas da contaminação fluídica.
Os Espíritos obsessores condensam
fluidos até torná-los viscosos, fortemente aderentes e com eles
envolvem as regiões ou os órgãos que desejam atingir e até mesmo
a aura toda da vítima, isolando esta completamente do meio exterior;
nestes casos, e não havendo reações da parte desta, nem mesmo os
próprios Espíritos protetores podem agir socorrendo.
O passe dissolve esse visco e permite
a penetração dos fluidos finos e luminosos que restabelecem as
funções orgânicas. O fluido bom, contrariamente, possui vibração
elevada e pura que reconforta, estimula e cura as perturbações
físicas e morais.
Por
isso os médiuns e as pessoas que dão passes não devem ser viciadas
no fumo, no álcool, etc. para que, juntamente com seu próprio
fluido, não transfiram para os doentes as emanações naturais
desses tóxicos, que produzem males inúmeros aos organismos doentes
e sensíveis.
Também não devem dar passes quando
estiverem doentes, fracos ou intoxicados por excessos de alimentação
ou medicamentos, porque, da mesma forma, transferirão para os
doentes esses venenos orgânicos.
E, ainda, quando estiverem
espiritualmente perturbados, vitimados por encostos, (8) obsessões,
etc., porque além dos seus fluidos, já de si mesmos prejudiciais,
ainda transferirão para o doente os fluidos maus dos Espíritos
perturbadores com os quais estejam em contato.
Os médiuns devem se purificar de
corpo e espírito, o mais que lhes for possível, para possuírem
fluidos salutares e benéficos, com os quais poderão então efetuar
curas verdadeiras.
Por outro lado, devem adotar o hábito
de procederem em si mesmos a um trabalho de autolimpeza (conforme já
foi dito), para poderem compensar a inferioridade imanente, própria
dos nossos corpos de carne, sujeitos a tantas imperfeições e
impurezas (vide Autopasse, pág. 135).
Só assim terão êxito em suas
tarefas e poderão cumprir a determinação do Divino Mestre quando
disse: “Ide e Pregai; socorrei aos aflitos e curai os enfermos em
meu nome
(8) Termo popular que, no Brasil,
significa “envolvimento leve, inconsciente, por Espíritos não
maléficos”.
9
CLASSIFICAÇÃO
DOS PASSES
Quanto à origem
dos fluidos administrados durante o tratamento espiritual, podemos
dividir os passes em dois grupos: materiais e espirituais.
1.1) PASSES MATERIAIS (MAGNÉTICOS)
São os aplicados
pelos operadores encarnados, que a isso se dedicam, mesmo não sendo
médiuns.
Consistem na
transmissão, pelas mãos ou pelo sopro, de fluido animal do corpo
fisico do operador para o do doente. Sendo a maior parte das
moléstias, desequilíbrios do ritmo normal das correntes vitais do
organismo, os passes materiais tendem a normalizar esse ritmo ou
despertar as energias dormentes, recolocando-as em circulação.
Podem ser
aplicados por qualquer pessoa e até mesmo por materialistas, desde
que possuam os conhecimentos necessários e capacidade de doar
fluidos.
Obedecem a uma
técnica determinada e, feitos empiricamente, por pessoa ignorante,
tornam-se prejudiciais, produzindo perturbações de várias
naturezas.
Assim como sucede
com toda terapêutica natural, os resultados do tratamento quase
nunca são imediatos; muitas vezes só aparecem após prolongadas
aplicações e perseverante esforço, antecedidos por crises mais ou
menos intensas, e quase sempre de aspectos imprevisíveis.
Nesta
exposição, os passes se aplicam nas ajudas materiais, durante as
quais, em muitos casos, os médiuns, sem perceber, doam também
ectoplasma.
1.2) PASSES ESPIRITUAIS
São os realizados pelos Espíritos
desencarnados, através de médiuns, ou diretamente sobre o
perispírito dos enfermos; o que se transfere para o necessitado não
são mais fluidos animais de encarnados, mas outros, mais finos e
mais puros do próprio Espírito operante, ou dos planos invisíveis,
captados no momento.
Os espíritas normalmente utilizam
pouco as ajudas materiais, da primeira categoria, que concernem mais
aos magnetizadores profissionais, e aplicam mais amplamente os passes
espirituais, com auxílio dos Espíritos e que por falta de
conhecimentos adequados, não levam em conta as diferenças que
existem entre essas duas modalidades citadas.
Poder-se-ia argumentar que a divisão
proposta não é correta, porque em qualquer dos casos, o passe é
sempre magnético, existindo somente uma diferença de qualidade no
fluido transmitido; isso em parte é verdade e é justamente a
existência dessa diferença que nos permite, para melhor
apresentação do assunto, fazer a divisão referida.
Sabemos que, realmente, no fundo só
se trata do mesmo fluido cósmico fundamental que, como já vimos,
recebeu muitos nomes; tanto o Espírito encarnado, no primeiro caso,
como o desencarnado, no segundo, ambos doam fluidos que lhe são
próprios; mas não sabemos distinguir os diferentes graus de suas
manifestações e isso também justifica a divisão que propusemos
atrás.
Todavia, note-se que nos passes
espirituais, o Espírito transmite uma combinação de fluidos,
inclusive emanações de sua própria aura e o poderoso influxo de
sua mente, elementos estes que, quando o Espírito é de elevada
categoria, possui grande poder curativo, muito diferente e muito
melhor que o que possui o magnetizador encarnado.
Para
todos os efeitos, fica estabelecido que os passes magnéticos se
referem às curas materiais e os espirituais às perturbações de
origem ou fundo espiritual.
Quanto à quantidade de doentes
atendidos simultaneamente os passes podem ser classificados em:
individuais e coletivos.
2.1) PASSES INDIVIDUAIS
Quando as aplicações são feitas
para cada atendido individualmente. Os passes padronizados são deste
tipo.
2.2) PASSES COLETIVOS
Quando o número de passistas é
insuficiente para atender a todos os freqüentadores individualmente,
pode-se lançar mão deste recurso como uma medida de emergência.
Realiza-se esse trabalho com o
diretor, após a prece e a preleção evangélica, pedindo a todos os
passistas presentes que doem fluidos aos trabalhadores do plano
espiritual e mentalizem as aplicações dos passes necessários a
cada paciente.
Quanto ao método empregado os passes
podem ainda ser classificados em: padronizados e livres.
3.1) PASSES PADRONIZADOS
Estes passes foram estudados e
recomendados tendo-se em vista: a) as casas espíritas de grande
movimento, onde haja necessidade de atender público numeroso, quando
os passes comuns livres, feitos de forma pessoal pelos médiuns ou
pelos Espíritos desencarnados. não encontram possibilidades de
aplicação; b) a multiplicidade de maneiras de fazê-los sendo
alguns ineficientes, outros contraproducentes, outros espetaculares
ou mesmo ridículos, outros muitas vezes ofensivos a certos
pundonores, sobretudo femininos, tudo como resultado do despreparo
individual, da ignorância ou do misticismo exagerado daqueles que os
aplicam.
Os passes
padronizados corrigem e evitam tudo isso.
Não há
necessidade de incorporação de Espíritos para estes passes,
conquanto esta possa haver ou deixar de haver sem que os resultados
sejam alterados, porque estes dependem mais que tudo da natureza, da
qualidade e dajudiciosidade da aplicação dos fluidos postos em
movimento nos dois Planos.
Em trabalhos bem
organizados, com equipes bem adestradas, eis como os passes se
realizam sem incorporação: a) no Plano Espiritual o ambiente é
preparado previamente, ficando saturado de fluidos curadores, quase
sempre coloridos (verde, azul, etc.) e os operadores secundam e
reforçam, com fluidos próprios ou energias do seu ambiente
(cósmicas ou naturais), as aplicações a serem feitas pelos
médiuns, conforme se tornem necessárias, suprindo sempre as faltas
porventura existentes. Esses fluidos e energias são projetados
através dos médiuns ou diretamente sobre os doentes. Em casos
isolados individuais, fora do atendimento geral, quando desejam
utilizar os médiuns para incorporações, os Espíritos ou se
restringem à padronização vigente ou aplicam os passes como o
desejarem; b) no Plano Material: no ambiente já saturado de fluidos
curadores, os médiuns aplicam sobre o doente um caudal formado pelos
seus próprios fluidos, mais as energias captadas pelas mãos, mais
as recebidas pelos chacras, sobretudo o esplênico, mais os fluidos e
energias transmitidos pelos operadores espirituais e ainda todos os
recursos que conseguirem obter por simples indução.
3.2) PASSES LIVRES
Aplicados sem
método, com cada passista agindo a seu modo, impossibilitando,
assim, o aperfeiçoamento dos trabalhos e, o que é pior, favorecendo
a indisciplina e o aparecimento de outros vícios e defeitos mais
graves, a influenciar negativamente na transmissão do passe curador.
10
O
PASSE MAGNÉTICO
A base
fundamental desta aplicação é a formação de uma corrente de
fluidos que, partindo do operador, veiculados pelas suas mãos ou
pela boca (nos casos do sopro), transmite-se ao corpo doente.
Normalmente o
operador estabelece um circuito com as duas mãos, a direita
representando o pólo positivo e a esquerda o negativo. Nas mulheres
a polaridade é variável.
A regra
fundamental, para os órgãos internos (vegetativos), é aplicar a
mão esquerda no plexo solar (boca do estômago), enquanto a direita
se coloca sobre a parte doente, fechando o circuito. Nos casos em que
é necessário pôr em movimento o fluido vital dos centros nervosos,
a mão esquerda se fixa no centro de força regional, enquanto a mão
direita desliza ao longo da coluna vertebral, ou dos membros
superiores ou inferiores, levando para esses pontos a corrente de
força. Quando se deseja transfundir no organismo do doente energias
exteriores, nos casos de fraqueza, exaustão, anemias, etc., atua-se
sobre os centros de força a começar pelo básico, para reativar
todos os processos vitais.
A ação das mãos
do operador não só veicula o fluido animal próprio deste, como
também movimenta o fluido do corpo doente e, ainda, as energias
exteriores recebidas através dos centros de força.
REGRAS GERAIS
a) Os passes longitudinais movimentam
os fluidos (foto 1), os transversais os dispersam e os circulares
(foto 2) e as imposições de mãos os concentram, o mesmo sucedendo
com o sopro quente.
b) Os passes longitudinais, dados ao
longo do corpo, de uma região ou de um membro, distribuem aí e
movimentam a energia fluídica mas, quando ultrapassam as
extremidades (pés e mãos), descarregam os fluidos.
c) No caso, por exemplo de uma
anquilose, (9) e necessário primeiramente concentrar fluidos em
grande escala e, depois, fazê-los circular através da região
afetada.
d) Na esfera psíquica, esses passes
longitudinais produzem adormecimento, desligamento do perispírito
(sonambulismo e toda a série de fenômenos decorrentes desses
estados). Os desdobramentos, por exemplo, nos médiuns que possuem
essa faculdade, são facilmente provocados com esses passes.
e) Toda vez que agimos para cura de
moléstia localizada em órgãos internos, a ação inicial deve ser
levada ao Vago-Simpático, com a mão esquerda sobre o plexo solar
(região do estômago) e a direita no bulbo (região da nuca).
f) Em todos os casos, ter presente que
nas curas magnéticas as mãos representam os dois pólos —
positivo e negativo—, através dos quais a corrente eletromagnética
flui. Por isso a mão negativa, a esquerda, tanto pode ser posta
sobre o solar como sobre o órgão doente, como base, enquanto a
positiva, a direita, procura movimentar os fluidos pelos plexos e
nervos que comandam a região ou o órgão visado.
g) Ter também presente, nos casos de
imposições de mãos, que o lado direito do corpo humano é positivo
e o esquerdo é negativo, o primeiro produzindo efeito excitante e o
segundo sedativo.
(9)
Anquilose, ou ancilose, é a diminuição ou perda de movimentos em
uma articulação natural móvel. (Nota da Editora)
h) Na cura
magnética, muito raramente é necessário provocar o sono nos
doentes.
i) Em todos os casos de aglomerações
de fluidos: congestões, pletoras, inflamações, etc., devem ser
usados os passes transversais, que dispersam os fluidos e depois os
que foram recomendados como complementares.
j) No campo psíquico, estes passes
transversais são de “despertamento”.
k) Quando se deseja proceder a um
estímulo de caráter geral, seja para movimentar (longitudinais),
seja para dispersar fluidos (transversais), aplicam-se passes
chamados de “grande corrente”, processo que consiste em levar a
aplicação a todo o corpo, da cabeça aos pés. Eles distribuem
uniformemente os fluidos em todo o organismo e normalizam o fluxo das
correntes vitais. É dado, ficando o operador a uns 50 ou 60 cm
afastado do doente.
l) Para que os passes magnéticos
produzam melhor efeito, é necessário que, previamente, o operador
estabeleça laços fluídicos de simpatia, solidariedade e confiança
entre si e o doente; qualquer sentimento de antipatia, temor ou
desconfiança de qualquer deles, impedirá o fluxo natural e
espontâneo dos fluidos entre ambos.
Exemplo 1: - inflamação dos joelhos.
Diagnóstico primário: - acumulação
de fluidos no local, que requer dispersão.
Diagnóstico geral: - retenção de
cristais de uratos nos tecidos e articulações, cuja movimentação
produz dores manifestadas pelo doente.
Tratamento: - sopro quente para
dilatar os capilares e promover circulação mais intensa do sangue
no local. Passes transversais para dispersão de fluidos. Passes
longitudinais em grande corrente para regularizar a circulação
geral dos fluidos no organismo.
Exemplo 2: - dores no estômago com
náuseas, suores e inapetência.
Diagnóstico primário: - falta de
fluidos no órgão, que requer passes da segunda categoria citada
(concentração).
Diagnóstico geral: - espasmos da
mucosa, por irregularidades na atividade do vago. Perturbação do
sistema vegetativo em geral.
Tratamento: - 1º) Passes circulares
locais; 2º) Sopro quente; 3º) Ação sobre o sistema vegetativo:
mão esquerda no plexo solar e mão direita descendo pela coluna
vertebral, pelos gânglios do simpático até o plexo sacral ou
simplesmente permanecendo na origem do vago, no bulbo; 4º) Passes
longitudinais de grande corrente para regularizar a movimentação do
fluido em todo o organismo.
Não há regras fixas ou procedimentos
padronizados para todos os casos; o tratamento depende, em grande
parte, dos conhecimentos que o operador possui de anatomia e
fisiologia humanas.
11
OS
TRABALHOS PASTEUR
O
Espiritismo, para atendimento do povo sofredor, age aplicando
processos que lhe são próprios, através de médiuns dotados de
faculdades curadoras: capacidade espontânea de doação de fluidos
magnéticos e de ectoplasma, e teor vibratório suficientemente alto
para produzir efeitos benéficos nos organismos doentes.
Nestas curas,
os médiuns agem individualmente (quando amplamente capazes) e em
grupos, formando correntes cujos membros, mesmo não sendo
propriamente médiuns de efeitos físicos, podem oferecer aos
Espíritos que agem no Plano Espiritual os elementos de que carecem
para as realizações que têm em vista.
O conceito
normal para a realização de fenômenos físicos sempre tem sido a
presença de médiuns de efeitos físicos, que são os que fornecem
os elementos para sua produção, e isto é plenamente certo. Mas no
espiritismo religioso, em que a produção de fenômenos não é
assunto de maior interesse, a utilização dos médiuns dessa espécie
é de grande valor nas curas, nas quais se incluem as operações
mediúnicas.
Como os médiuns
desta espécie rareiam, e o atendimento dos necessitados não pode
sofrer interrupção, desde há vários anos vimos tentando
substituir o médium de efeitos físicos, no seu trabalho individual,
pelas correntes de cura; ao invés de um amplo fornecimento de
ectoplasma feito por um só médium, opomos a soma de pequenos
fornecimentos feitos por vários médiuns.
Os trabalhos denominados “Pasteur”,
criados para isso na Federação Espírita do Estado de São Paulo,
são uma aplicação do processo e os resultados têm sido bons,
conquanto devam ainda sofrer aperfeiçoamentos.
12
PASTEUR
1 E PASTEUR 2
1) PASTEUR 1
Destina-se o
Pasteur 1, ao tratamento de perturbações de caráter material,
mesmo quando sejam conseqüências de fluidos ambientes ou
interferência de entidades inferiores.
É aplicado
com corrente de mãos, com a participação de no mínimo quatro
elementos, além daquele que faz a aplicação. As vibrações são
dirigidas ao doente.
Inicialmente,
já com a corrente formada, o aplicador ergue os braços para a
necessária captação de fluidos destinados às curas (foto 3) e, em
seguida, passa ao primeiro tempo que descrevemos a seguir, e o leitor
poderá acompanhar através das fotografias.
No primeiro
tempo a mão esquerda é colocada no alto da cabeça, região do
coronário (foto 4); e a direita desce até a base da coluna (região
do básico). Desta forma, fluidos magnéticos curativos e outros
agentes complementares são conduzidos ao Sistema Nervoso Central e,
ao mesmo tempo, ao Sistema Nervoso Autônomo Simpático.
Em seqüência,
a mão esquerda desce até o estômago (região do gástrico) e a
direita sobe até o bulbo (foto 5),
exercendo-se
uma ampla ação curativa sobre o Sistema Nervoso Autônomo
(Vago-Simpático).
Finalmente, no
terceiro tempo a mão esquerda desce até a região púbica
(genésico), e a direita é conduzida ao básico (foto 6). A ação
de fluidos magnéticos curativos sobre o genésico é muito
importante em virtude da influência que este centro de força exerce
sobre o sistema nervoso em geral.
2) PASTEUR 2
O P-2 é
destinado aos casos de perturbações espirituais (obsessões do 1º,
2º e 3º graus), desde os simples encostos, aos casos complexos de
vampirismo, simbioses, etc.
Os participantes
da corrente de mãos (foto 7) vibram amor pelos obsessores, enquanto
o aplicador efetua os três tempos do P-1, para eliminar os reflexos
que porventura as perturbações espirituais hajam levado ao
organismo físico.
13
O
CHOQUE ANÍMICO
1) PROCESSO DE DESOBSESSÃO
Para os
Espíritos inferiores, a prática do mal resulta da própria
ignorância e da impureza dos sentimentos que lhes criam, nos
perispíritos, vibrações densas e pesadas, verdadeiras vestes de
sombras, constantemente sulcadas de radiações malignas.
Apoiados em
correntes de forças afins, formadas pelos inumeráveis componentes
de suas legiões tenebrosas, adquirem eles grande capacidade de
maleficiamento em todas as esferas onde sua penetração não possa
ser impedida.
No Umbral,
vimos como André Luiz descreve os meios, quase violentos, de
contenção desses Espíritos: petardos magnéticos, radiações
fluídicas de choque, fogo purificador, etc.; mas, aqui na Terra, que
recursos temos para nos opor à
ação
perniciosa dessas infelizes entidades, considerando-se que seu número
aumenta constantemente e que a doutrinação clássica somente pode
ser empregada em condições muito restritas?
Na realidade,
nossa melhor defesa pessoal está, como se sabe, no uso da prece e,
sobretudo, na conduta reta e moralizada, porqüanto é certo que o
indivíduo suficientemente evangelizado e devotado ao bem torna-se
não imune mas resistente às manifestações dos agentes do mal.
Entretanto,
também é verdade que somente uma insignificante minoria se pode
incluir nessa lista, enquanto que a maior parte dos encarnados
oferece campo livre e propício à atuação dessas forças
negativas.
Por isso o número de perturbações
aumenta de forma alarmante, tornando-se um problema difícil para as
casas espíritas de movimento considerável como, por exemplo, na
Federação (10) que atende milhares de perturbados todos os meses.
É fora de dúvida que os Espíritos
inferiores, quando conscientemente devotados ao mal, são
irredutíveis em suas idéias, impermeáveis às doutrinações,
rebeldes a qualquer orientação nova, salvo quando já se saturaram
de malefícios e intimamente anseiam por uma mudança espiritual.
Sua organização, nos planos
invisíveis, é extensa e poderosa: legiões disciplinadas e coesas,
submetidas a chefes autoritários, impiedosos e eficientes, que agem
ativamente na subcrosta (seu hábitat natural, muito apropriadamente
denominado inferno), no umbral inferior e na esfera dos encarnados.
Infestam as sessões de macumba,
animam as atividades dos feiticeiros, fazem cerco aos terreiros da
umbanda e investem contra as sessões do verdadeiro Espiritismo
quando mal orientadas ou praticadas por pessoas ignorantes que
desprezam as realizações fundamentais do Evangelho. E, também na
vida comum das ruas, das sociedades, dos lares e dos mais diversos
núcleos de atividades humanas, obsidiando e perturbando de inúmeras
formas, milhares de pessoas.
Os processos comumente empregados para
contê-los ou neutralizar sua ação deixam muito a desejar, na
maioria dos casos, por serem esses Espíritos, como já dissemos,
rebeldes às doutrinações e conselhos; por outro lado, como sua
atividade écada dia mais intensa, disso resulta que as casas
espíritas estão cada vez mais assoberbadas com o problema doloroso
das perturbações, que variam desde os simples encostos até as
formas
(10) O autor refere-se à Federação
Espírita do Estado de São Paulo, da qual foi organizador e
Secretário Geral durante 27 anos. (Nota da Editora)
mais graves e avançadas de obsessões.
Urge, portanto, introduzir nas
práticas espíritas processos novos de trabalho, visando combater
tais malefícios pelo esclarecimento e o auxílio espiritual ao maior
número possível de necessitados nos dois planos.
À medida que o tempo passa e que
vamos nos aproximando dos momentos decisivos deste período de
transição, aumenta sobre nós a pressão dessas forças do mal como
também, como é natural, o esforço dos bons Espíritos que tentam,
por todas as formas, nos prestar auxílio.
Assim sendo, julgamos poder sugerir,
para todos os casos de perturbações, o seguinte processo avançado,
que denominamos “Choque Anímico” (CH) e que representa um
desdobramento, uma especialização do trabalho de curas, por cuja
aceitação, no Espiritismo, vimos nos batendo há tempos. (11)
2) PARTE PRATICA
O grupo é formado com pessoas
previamente selecionadas (um mínimo de três, além do aplicador);
sentam-se em semicírculo, colocando-se o aplicador de costas para a
corrente (foto 10).
Os doentes são conduzidos ao grupo e
mantidos a uma distância de um metro (mais ou menos). O aplicador
faz a captação (foto 8) e estende a sua mão direita espalmada
sobre a cabeça do doente para polarizar as forças do Alto (foto 9),
enquanto que os participantes da corrente (sem dada de mãos)
projetam para o coração dos obsessores emissões intensas de amor,
de paz, de equilíbrio, no curto período de um minuto.
Nos casos mais rebeldes, os membros do
grupo formarão uma corrente, dando-se as mãos e trazidos os
doentes, um por um, à corrente, da mesma forma anterior.
(11)
Revisando este texto, mais de vinte anos após sua primeira
publicação, em 1950, nada temos a alterar, inclusive na prática.
3) MECANISMO
Este processo
permitirá assistir um número considerável de doentes sem deixar,
entretanto, de atender a todos pessoalmente.
Para rematar
diremos que é fato conhecido que os fluidos finos, purificados,
possuem uma vibração elevada, muito rápida e luminosa, dotada de
grande poder de penetração e irradiação; esses fluidos
desarticulam e eliminam as vibrações baixas e pesadas das mentes
dos obsessores, bem como momentaneamente, procederão a uma
verdadeira saturação dos seus perispíritos.
André Luiz
mostra sempre, nos casos de obsessões, manchas fluídicas escuras,
acumuladas na região do córtex cerebral, ponto de eleição,
juntamente como cerebelo, para o bombardeio das forças malignas que
visam cortar as ligações com o cérebro carnal, como comumente
acontece nos casos de epilepsia.
Por outro
lado, os fluidos, sendo dirigidos diretamente ao coração do
obsessor, provocam intenso choque anímico, emoção desconhecida
para Espíritos que somente sabem vibrar em escalas negativas e
inferiores; é como um jato de luz repentinamente se projetando sobre
uma massa de sombra. Esse choque emocional aos poucos vai alterando
sentimentos, pensamentos e atos. (12)
Mesmo quando
os efeitos sejam momentâneos, a repetição do processo em sessões
continuadas produzirá os resultados desejados de cura ou, pelo
menos, de melhoria acentuada para os doentes, com a redução das
atividades maléficas dos obsessores.
Quanto mais
poderosa for a corrente, em número e força, e mais evangelizados os
seus componentes, tanto mais eficientes serão os resultados do
trabalho.
(12)
No livro Nos
Domínios da Mediunidade, André
Luiz mostra, nos casos de doutrinação, que não eram as palavras do
doutrinador encarnado que exerciam mais benéfica influência sobre
os sofredores, mas sim, o sentimento irradiante com que eram
estruturadas.
Este processo deve ser executado em
combinação com os protetores espirituais do grupamento e convém
que seja posto em prática aos poucos, a titulo experimental, devendo
ser a corrente constantemente revigorada por meio de revezamento dos
seus componentes.
Como já dissemos, este é um processo
aplicado à cura de doentes em presença, quando o seu número, por
avultado, não permitia o emprego de outro processo mais
individualizante como, por exemplo, a doutrinação clássica. (13)
(13) O
longo período de experiência provou que este processo é seguro e
seus resultados altamente positivos nos dois planos.
14
PASTEUR
3-A
1) PARTE PRÁTICA
Destinado às
perturbações materiais graves, não eliminadas com o P-1, sejam ou
não de fundo espiritual.
A corrente é
formada por médiuns de cura ou possuidores de boa capacidade de
doação de fluidos e ectoplasma; estes fluidos na aplicação, são
somados àqueles doados pelos operadores espirituais, protetores ou
auxiliares do trabalho.
O número de
cooperadores é de cinco, no mínimo, um dos quais funciona como
operador.
Este atendimento
é feito em três etapas:
Na primeira,
forma-se a corrente, e um dos membros é indicado para operador,
devendo postar-se ao centro, junto à cadeira que deverá ser ocupada
pelo doente (foto 7, pág. 103).
Na segunda, o
doente é trazido (já devidamente preparado (14)) e colocado na
cadeira ao centro, ao mesmo tempo em que a corrente de mãos inicia a
doação direta para ele de vibrações de amor e saúde.
Na terceira, o
operador aplica sobre ele os três tempos magnéticos do P- 1,
enquanto a corrente, por indicação do diretor do trabalho, emite
fluidos curativos ou ectoplasma, conforme as conveniências de cada
caso.
(14)
Recomenda-se que ele tenha recebido o passe de limpeza, haja sido
entrevistado pelo plantonista (se for o caso) e tenha assistido à
preleção evangélica.
Quando for julgado necessário o
operador toma nas suas as mãos do doente e lhe transfere, de forma
mais concentrada, as energias provindas do Alto.
O número de atendimentos, via de
regra, é de quatro, os dois últimos destinados à consolidação do
tratamento.
Além dos movimentos do P-1, podem
também ser feitas aplicações locais pelo operador, quando houver
algum ponto ou órgão que necessite de atendimento especial.
Em todas as
doações, a corrente deve utilizar a cromoterapia na forma e nos
limites que forem determinados pelo operador e de conformidade com as
instruções para esse uso (vide livro especializado: Cromoterapia
e Psiquismo, do
mesmo autor).
Há vários desdobramentos deste
trabalho, um dos quais são as operações mediúnicas, para as quais
esta corrente é adequada, conquanto dependa mais de médiuns de cura
específicos.
Neste tratamento, os doentes recebem:
a) Fluidos magnéticos e, quando
preciso, ectoplasma fornecido pela corrente;
b) Vibrações de amor diretamente dos
membros da corrente;
c) Fluidos finos, mais poderosos e
puros, e outras energias curativas emanadas do Plano Espiritual.
A duração das aplicações
individuais depende do tempo que se pode dispensar a cada doente;
cinco minutos nos casos comuns é uma boa medida quando há muitos
doentes a atender; para os casos graves em que o Plano Espiritual
intervém mais diretamente, não há previsão de tempo.
A seqüência qualitativa dos
trabalhos de cura material é a seguinte: Preces, passes, trabalhos
comuns mistos, (15) P-1 e P-3A, com seus desdobramentos, até
inclusive operações mediúnicas.
(15)
Categorização adotada na Federação Espírita do Estado de São
Paulo, na década de 1950. Vide Curas
Espirituais, do mesmo
autor. (Nota da Editora)
15
PASTEUR
3-B
1) PARTE PRÁTICA
Destinado ao tratamento de
perturbações de natureza espiritual grave, não-eliminadas nos
tratamentos anteriores: P-2 e Choque Anímico.
Aplicado também quando há obsessão
responsável por moléstias materiais não-eliminadas pelo P-3A.
Corrente idêntica à formada para o
P-3A, com o mínimo de cinco membros aptos à doação de fluidos e
vibrações, funcionando um dos cooperadores como operador e sendo
conveniente a existência entre eles de vidente e médiuns de
incorporação.
A este trabalho somente devem chegar
os casos não resolvidos pelo P-2 e Choque Anímico, que eliminam a
maior parte dos problemas de influenciação espiritual, não devendo
receber doentes que não tenham passado por esses trabalhos
anteriores.
A ficha do doente deve acompanhá-lo,
com as indicações adequadas, informando sobre precedentes e
tratamentos anteriores.
Colocado o doente ao centro da
corrente, o dirigente procede as verificações do caso, para poder
orientar o tratamento, sendo sempre conveniente conhecer o tipo de
ligação porventura existente entre o obsidiado e o obsessor para
saber se há impedimentos espirituais, sempre existentes, quando o
caso é de resgates cármicos sendo que, então, o tratamento se
restringirá a vibrações e preces em beneficio do doente.
Não
havendo impedimentos, age-se visando o desligamento e conseqüente
afastamento do obsessor, utilizando projeções fluídicas coloridas,
emitidas pela corrente diretamente para o obsessor e, somente em caso
negativo e recalcitrância deste, se lançará mão da doutrinação
pessoal, processo sempre demorado, não compatível com a necessidade
de atender número elevado de necessitados.
Ocioso será dizer que todas estas
atividades se processam mantendo desde o início franco entendimento
com os Espíritos protetores ou auxiliares do trabalho, com ajuda,
quando necessário, do intermediarismo mediúnico, com auxílio do
qual se faz também o controle da situação em geral.
Se prevalecer a necessidade de
doutrinação, esta deve ser feita com sobriedade, evitando
ostentação de conhecimentos doutrinários ou eloqüência
literária, que nenhum efeito produzem no âmbito dos obsessores, mas
muito ao contrário.
Atualmente, o próprio Plano
Espiritual está utilizando, para obsessores empedernidos e
irredutíveis, aparelhos especiais produtores de energias
concentradas que operam rapidamente os desligamentos. É processo
ainda privativo mas que tende a se generalizar em breve tempo, pela
incidência cada vez maior e mais obstinada de obsessões coletivas
em todo o mundo.
2) DESDOBRAMENTOS
O P-3 poderá ser desdobrado em P-3B,
C, D, etc., para atender condições e necessidades diferentes do
trabalho em geral, como especializações outras ligadas a horários,
local de trabalho, natureza da obsessão, inclusive nos casos
provocados deliberadamente.
A seqüência qualitativa dos
tratamentos espirituais é a seguinte: preces, vibrações, trabalhos
comuns mistos, (16) passes, P-2, Choque Anímico, P-3B, C, D, etc.
A intensidade dos tratamentos é
gradativa, justamente para reduzir ao mínimo a chegada de doentes ao
P-3 e nenhum doente deve ser submetido a este último tratamento
diretamente, sem passar pelos demais, porque este tratamento é de
reduzido rendimento.
Nota: - Em todos os tratamentos
materiais ou espirituais, é obrigatória a prévia limpeza psíquica
dos doentes e dos operadores, antes de penetrarem no recinto do
trabalho, como também é obrigatória a corrente de limpeza e
reposição de energias para os cooperadores após a realização dos
trabalhos.
Nos exames espirituais que previamente
se fazem para determinação do trabalho a realizar, é considerável
a existência, no perispírito, de manchas fluídicas de variável
negror e condensação sobre tecidos e órgãos, às vezes tão
espessas, que as radiografias as acusam, mas que logo desaparecem,
após os primeiros tratamentos magnéticos.
Essas incidências são mais
freqüentes nas perturbações de fundo espiritual e sempre indicam
moléstias orgânicas.
(16)
Categorização adotada na Federação Espírita do Estado de S~o
Paulo, na década de 1950. Vide Curas
Espirituais, do
mesmo autor. (Nota da Editora)
16
PASTEUR
4
1) CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Doenças
materiais - Normalmente as doenças materiais em crianças resultam
de:
a) Doenças
cíclicas, próprias da idade;
b) Poluição
ambiental, desnutrição, clima, etc.
2. Perturbações
espirituais - Por serem as crianças, em tenra idade, inconscientes e
irresponsáveis, não se verificam propriamente as perturbações
espirituais, salvo as exceções observadas em cortiços e favelas.
Os problemas espirituais decorrem de:
a) Infestação
do ambiente;
b) Chamamento a
familiares;
c) Encarnações
completivas.
2) TRATAMENTOS
Os tratamentos,
visando a uniformidade das práticas, devem ser:
1. P-3A
(Tratamento material)
a) Os dois
primeiros tempos do P-1 (fotos 11 a 13);
b) Passes
Longitudinais;
c) Aplicações
locais nas partes doentes.
Notas:
1) Não deve ser
dispensado o tratamento médico;
2) Deve haver
uma corrente simples de três a quatro membros (foto 14), de
preferência femininos, sem dada de mãos, com vibrações diretas e
fluidos cromoterápicos para o doente.
2. P-4B
(Tratamento espiritual)
a) Os dois
primeiros tempos do P-2 (fotos 11 a 13);
b) Passes
longitudinais.
Nota:
Corrente (foto
14) como acima, vibrações e fluidos para os Espíritos
perturbadores.
3) OBSERVAÇÕES FINAIS
1. A limpeza psíquica deve ser
aplicada fora do local, para as crianças e acompanhantes, com passes
transversais simples e passes longitudinais.
2. A criança deve entrar sozinha no
centro do grupo, salvo se se tratar de criança de colo.
3. Acima de sete anos não há
ressalva, a não ser na moderação das aplicações, na densidade
vibratória e selecionamento dos operadores.
4. Em todos os casos, outras medidas
poderão ser tomadas segundo as circunstâncias de local, tempo e
número de pessoas a atender.
17
PASSE
DE LIMPEZA
Utilizado na
preparação dos atendidos e passistas, logo que adentram o Centro
Espírita, para que não venham a perturbar a harmonia dos trabalhos
e para que os necessitados possam assimilar com maior proveito os
tratamentos que irão receber.
ESQUEMA
1º tempo — No
levantamento dos braços, estes servem de antenas para melhor
captação da força fluídica destinada às curas.
2º tempo — A
imposição da mão direita sobre a cabeça do doente visa agir
diretamente sobre a mente do obsessor, neutralizando sua ação e
desligando-o da mente do doente.
3º tempo — Os
passes transversais cruzados (fotos 15 a 18) devem ser feitos à
altura da cabeça, do peito e do ventre; com eles visamos projetar
sobre o perispírito dos obsessores uma fonte de fluidos dispersivos,
produzindo um choque que desarticula as ligações fluídicas do
obsessor com o doente, movimentando os aglomerados fluídicos.
4º tempo —
Com os transversais simples (fotos 19 a 21), E prosseguimos na
limpeza do perispírito do doente, dispersando fluidos nocivos.
18
AUTOPASSE
Esta é uma modalidade bastante útil
porque permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua
própria cura e utilizarem os recursos imensos que estão à
disposição de todos pela misericórdia de Deus, Criador e Pai.
Justamente por causa das contaminações
diretas que sofrem a todos os momentos, devem os médiuns se utilizar
— sobretudo eles — do Autopasse para a limpeza psíquica de si
mesmos e o recarregamento de energias dos plexos e centros de força.
ESQUEMA
1) Concentração e abertura.
2) Ligação com o protetor
individual; aguardar sua presença.
3) Levantar os braços e aguardar a
descida da força fluídica (foto 39).
4) Projetar sobre si mesmo essa força,
operando de acordo com o esquema geral, isto é, primeiramente
limpando o perispírito com passes transversais (fotos 40 a 42) e
longitudinais com contato, usando ambas as mãos para limpar os
fluidos ruins porventura. absorvidos. De espaço a espaço levantar
novamente os braços, para intensificar o recebimento da força, caso
necessário.
Quando houver saturação de forças e
perceber o médium que cessou sua fluição pelos braços, dar o
passe por encerrado, fazendo a prece de agradecimento.
Se houver perturbação funcional de
órgãos internos, agir sobre eles colocando a mão esquerda sobre o
plexo solar e a direita sobre o órgão doente, promovendo, assim, o
dispositivo eletromagnético das duas mãos, entre cujos dois pólos
circulará a corrente de cura.
19
REATIVAÇÃO
DOS CENTROS DE FORÇA
Conforme
vimos no Capítulo 2, é conveniente a reativação dos Centros de
Forças nos casos de desenvolvimento mediúnico e no campo das curas.
Assim, estudamos um processo simples, mediante o qual se pode
alcançar este objetivo de maneira segura e eficiente.
EXECUÇÃO
No primeiro
tempo, a mão direita deve ficar estendida ao lado direito do corpo,
com a palma voltada para baixo, a fim de atrair a Força Primária,
enquanto que a esquerda é posta sobre o centro de força básico,
para auxiliar a subida da força e, ao mesmo tempo, impedir que ela
flua pela coluna vertebral além desse ponto.
No segundo
tempo, a esquerda permanece no mesmo ponto e a direita vai se
movimentando, levando a força lentamente, com paradas curtas,
através dos demais centros de força, na seguinte ordem: esplênico,
gástrico, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário, onde termina a
reativação.
A presença
da força é assinalada por momentânea sensação de calor que sobe
do chão pelas pernas, daí se espalhando por todo o corpo.
correspondente e, como conseqüência,
o organismo vegetativo funciona automaticamente, do nascimento à
morte, sem interrupção.
Na cura pelos passes, os fluidos que
se transmitem aos doentes, sendo possuidores de vibrações muito
mais rápidas que os da matéria pesada, atingem a enervação
periférica e daí vão ter aos plexos produzindo reflexos que
influem sobre todo o organismo.
METODO DE REATIVAÇÃO
O método padronizado compreende, como
todos sabemos, a utilização da força primária, com os devidos
cuidados, na forma que demonstraremos a seguir.
1º tempo: CAPTAÇÃO - Com ambas as
mãos caídas naturalmente (foto 43), dedos unidos e voltados para
baixo, executa-se o primeiro tempo, captando-se a “força”.
2º tempo:
INTERCEPTAÇÃO - A mão direita permanece na posição inicial,
atraindo a “força” e a esquerda é levada até o básico com o
objetivo de interceptá-la (fotos 44 e 45),
pois
que, no seu fluxo natural, a “força primária” penetra pelo
básico e se esvai pelo coronário, após ter percorrido a medula
espinhal. Desta forma, assumimos seu controle, canalizando-a, à
nossa vontade, para os demais centros de força.
3º tempo: TRANSFERENCIA - Com a mão
esquerda no básico, a direita, pela frente do corpo...
4º tempo: REATIVAÇÃO DO ESPLÊNICO
- ... desliza suavemente para o esplênico (foto 46), centro que pela
sua importante função de regular a circulação dos elementos
vitais (fluidos, radiações e ondas em geral).
Naturalmente, a seqüência lógica
seria, após o esplênico, a reativação do “centro de força”
genésico; no entanto, essa passagem não só é suprimida pela sua
diminuta influência na aplicação de passes, mas sobretudo pelos
graves e notórios viciamentos existentes no setor do sexo, pois
seria maléfica, em todos os casos, a excitação desse centro de
força.
5º tempo: REATIVAÇÃO DO GÁSTRICO -
A posição correta está indicada na foto 47. Por se tratar de uma
estação importante da vida vegetativa, a aplicação aí pode ser
um pouco mais demorada.
6º tempo: REATIVAÇÃO DO CARDÍACO -
Sempre com a mão esquerda na posição interceptadora, a direita é
conduzida para a região precordial (foto 48), onde a aplicação
deve ser suave e breve, por ser essa região a da regulação do
metabolismo circulatório sangüíneo.
7º tempo: REATIVAÇÃO DO LARÍNGEO -
Como ilustra a foto 49, a mão direita deve abranger completamente a
laringe.
8º tempo: REATIVAÇÃO DO FRONTAL -
Por se tratar de um centro estritamente ligado à organização
fisiológica do cérebro, a aplicação também deve ser suave e
breve. (foto 50).
9º tempo: REATIVAÇÃO DO CORONÁRIO
- A mão direita aberta é posta sobre o alto da cabeça. palma
voltada para baixo (foto 51).
Este é o
mais importante dos centros de força e através dele se estabelecem
ligações com o mundo espiritual; além disso exerce distinta
ascendência sobre os demais centros de força. Entrosa-se
diretamente com as funções da mente.
OBSERVAÇÕES
1) As
reativações são feitas em duas passagens: na primeira busca-se
imprimir aos centros de força, maior impulso de atividade natural;
na segunda, utilizando-se a vontade, promove-se neles uma intensa
aceleração, para que adquiram plenitude de eficiência.
2) Não é
necessário que a mão permaneça em contato com o corpo, nas
reativações, devendo haver um pequeno afastamento (2 a 3 cm), pois,
como é sabido, os centros de força se alojam no Duplo Etéreo,
cujos limites ultrapassam ligeiramente a superfície corporal.
20
PASSES
À DISTÂNCIA
Em alguns
casos, bem mais raros, pode haver necessidade de se dar passes em
doentes situados à distância. Este é um processo que mais se
enquadra em trabalho de magia teúrgica e a ele aqui nos referimos
unicamente por amor ao método, visto que no Espiritismo não há,
realmente, necessidade do emprego desses passes, porque, ao invés de
o fazer, basta que se formule uma prece em beneficio do doente, dando
sua localização; com estes elementos, os Espíritos protetores
tomarão a si a assistência do doente, esteja ele onde estiver.
O passe à
distância, entretanto, é praticado da seguinte maneira:
1º)
Concentração e prece.
2º)
Idealizar a figura material do doente — se for conhecido —
dando-o como presente; ou, então, imaginar sua figura, no local
indicado e ir lá com o pensamento.
3º) Fazer
sobre essa figura, imaginada ou ideoplastizada, os passes indicados,
encerrando com uma prece.
21
PASSE
COLETIVO
Nas Casas
Espíritas onde há grande movimento e poucos trabalhadores, é
necessário adotar o sistema dos passes coletivos, que servem muito
bem a todos os casos em que não haja necessidade imperativa dos
passes individuais.
1) ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO
Equipe: Um
diretor, um auxiliar, um médium para receber instrutores.
Corrente:
Formada pela equipe mais um grupo de trabalhadores selecionados.
2) FUNCIONAMENTO
a) Concentração
para abertura.
b) Prece, pelo
diretor do trabalho.
c) Preleção do
diretor sobre doenças, resgates, curas e necessidade de
evangelização.
d) Estando todos
os doentes em seus lugares, o diretor do trabalho (ou o mentor
incorporado no médium) levanta-se, estende os braços e faz um passe
geral durante o tempo que for necessário (um a dois minutos).
Nessa ocasião,
do Alto jorrarão sobre os doentes os fluidos reparadores e as curas
possíveis se realizarão segundo as condições individuais de
mérito e de evolução.
22
O
SOPRO
O tratamento
pelo sopro é também conhecido de há muito tempo e nos tratados de
magnetismo se intitula insuflação.
Consiste em
insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as
partes doentes, fazendo-o penetrar o mais fundo possível na área
dos tecidos. Para isso é necessário que o operador aspire ar,
previamente, em quantidade suficiente para dilatar seu tórax, além
do normal; deve possuir capacidade respiratória bem ampla, o que
pode obter com continuados e adequados exercícios de respiração
profunda.
O sopro pode
ser quente ou frio. O primeiro quando se aproxima a boca, aberta, da
parte doente, com a simples separação de um pano poroso,
preferentemente de lã; e o segundo, quando se sopra com os lábios
unidos, a certa distância do corpo.
O sopro
quente concentra fluidos e o frio os dispersa.
No espaço,
em suas colônias, recolhimentos e outras organizações de auxílio,
esta cura possui desenvolvimento muito amplo e tem caráter
sensivelmente mental-criativo: o operador insufla vida e força nos
corpos doentes e constrói na própria mente o quadro das reações
benéficas que visa obter.
Os técnicos
desse tratamento, conhecedores como são do metabolismo psíquico
individual e possuindo, a par disso, apreciável capacidade vidente,
acompanham pari
passu os
efeitos da aplicação, levando-a até os limites necessários;
assim, obtém os resultados mais objetivos e promissores.
A esta modalidade de tratamento, mais
que a qualquer outra, se aplicam as advertências que fizemos a
respeito do contato físico entre operador e paciente. Somente
individuos dotados de exemplar moralidade devem se dedicar a esta
tarefa.
TERCEIRA
PARTE
RADIAÇÕES
23
RADIAÇÕES
Todos os Espíritos, encarnados ou
desencarnados, possuem a faculdade de emitir e projetar radiações a
quaisquer distâncias, por maiores que sejam; entre os desencarnados,
como é óbvio, tal faculdade é exercida livremente e em sentido
amplo, por ausência do entrave natural, que é o corpo físico.
Tais projeções, como também ocorre
com os pensamentos, são tão rápidas que ultrapassam mesmo a
velocidade da luz e essa condição é que faz supor possuírem os
Espíritos o dom de ubiqüidade, isto é, o de estarem, ao mesmo
tempo, em dois lugares diferentes, coisa que, na realidade, jamais
ocorre.
As radiações podem ser mentais e
fluídicas.
1) RADIAÇÕES MENTAIS
A radiação mental é um processo
intelectual mediante o qual se emite e projeta a determinado alvo
pensamentos concordantes com o motivo que determinou a projeção.
Um indivíduo colocado em “A”,
mentalmente visualiza outro indivíduo colocado em “B” e sobre
ele projeta, por exemplo, pensamentos de força, coragem e confiança.
O indivíduo alvo, colocado em “B”,
mesmo não possuindo a sensibilidade necessária para sentir as
radiações que lhe estão sendo enviadas, recebe-as em sua mente e
se beneficia dos efeitos correspondentes. Se estava enfraquecido,
desencorajado, desanimado, sente-se agora estimulado, dotado de nova
energia e confiança.
Esta radiação, como se vê, no fundo
não passa de uma transmissão telepática e o processo se realiza de
mente para mente, uma funcionando como emissora, outra como
receptora.
2) RADIAÇÕES FLUÍDICAS
Radiação fluídica é uma ação de
ordem mística que consiste em se emitir, pelo coração, vibrações
amoráveis destinadas, normalmente, a beneficiar necessitados.
Numa se emitem pensamentos e, noutra,
sentimentos, coisas qualitativamente bastante diferentes.
Um indivíduo em “A” acha-se
doente, perturbado e pede auxílio.
O operador em “B” concentra-se,
formula uma prece, mentalmente focaliza o necessitado em “A”,
estabelece em seu próprio íntimo o desejo sincero de auxiliá-lo e,
em seguida, deixa que de seu coração fluam as ondulações
vibratórias de reconforto.
3) CORAÇÃO E MENTE
Se se trata de moléstias, essas
ondulações serão fluidos de equilíbrio, vida e saúde; se se
trata de perturbações psíquicas, esses fluidos serão luz e pureza
capazes de destruir as vibrações pesadas, provindas de obsessores
ou vampiros; se se trata, enfim, de depressão física ou moral,
esses fluidos serão forças e otimismo, capazes de restabelecer a
tonalidade vital do necessitado.
Em todos os casos, o coração age
como uma emissora de ondas, cuja potência fundamental é o
sentimento amorável, o desejo sincero de servir, auxiliar, socorrer.
Nos casos de radiações mentais, a
eficiência depende do poder de vontade do emissor, de sua capacidade
de projetar ondas telepáticas mais ou menos poderosas; mas, nos
casos das radiações fluídicas, a força está no sentimento, na
capacidade do emissor em sentir a necessidade do próximo, no desejo
ardente de beneficiá-lo e na capacidade de produzir em si mesmo e,
em seguida, projetar ao alvo ondas de luz, de vida e de amor.
Nas sessões de curas, por meio de
radiações à distância, o processo é sempre engrandecido,
avolumado, pela força das vibrações em conjunto e pela formação
de uma poderosa corrente emissora de base.
4) ORIENTAÇÕES PRATICAS
O processo, como o temos executado há
anos, na Aliança Espírita Evangélica, é conhecido pelo termo
genérico “Vibrações”.
Acesso à Sessão - Podem tomar parte
membros da Fraternidade dos Discípulos de Jesus, Aprendizes e
Servidores da Escola de Aprendizes do Evangelho e alunos do Curso de
Médiuns.
Horário (17) - Início da Preparação
= 10º horas e 00 minutos.
Início das Vibrações = 10º horas e
20 minutos.
Intercâmbio Mediúnico = 10º horas e
35 minutos.
Encerramento = 10º horas e 40
minutos.
Condições de Funcionamento - Os
médiuns escalados para o intercâmbio espiritual deverão permanecer
próximos aos dirigentes do trabalho.
(17)
Esse horário é passivo de alterações devido a circunstâncias de
local, tempo disponível, número de atendimento, etc.
Os participantes
devem chegar antes do início da preparação, conservando-se em
silêncio, nos seus lugares, em meditação, preparando-se para o
trabalho. Solicita-se aos participantes que evitem permanecer em
conversa nas portas de acesso ao salão.
Uma vez iniciada a preparação, a
admissão não mais será permitida.
A música será adequada ao tipo de
trabalho; a tonalidade deverá ser suave, concorrendo para harmonizar
o ambiente e elevar o padrão vibratório.
Direção dos Trabalhos - A direção
será composta de dois elementos: o responsável pela preparação do
ambiente e o encarregado das vibrações.
Vibrações Coletivas - Serão feitas
pelo encarregado das vibrações.
Vibrações especiais ou
extraordinárias serão feitas em casos urgentes e imprevisíveis,
ajuízo do diretor responsável pelo trabalho.
Apelos e Avisos - Nos trabalhos de
vibrações, não serão permitidos apelos ou avisos.
Escalação - No princípio de cada
trimestre, será feita a escalação do dirigente responsável pelo
trabalho, do encarregado das vibrações e médiuns.
A relação será fixada em local
visível, no salão.
Os colaboradores
escolhidos deverão ser avisados por escrito, renovando-se
o aviso por telefone ou outro meio, quinze dias antes do início
do período que lhes foi designado.
5) ROTEIRO
Preparação -
a) Leitura ou comentário de um tema evangélico.
b) Convite aos presentes para se
recolherem intimamente.
c) Expansão das auras: cada qual
promoverá a expansão da aura, ligando-se com os companheiros que se
acham em volta, assim permanecendo até que o ambiente fique
impregnado de radiações e fluidos amorosos, emanados dos corações.
d) Contato
com os irmãos espirituais: as ligações serão feitas na seguinte
ordem: primeiro, cada qual se ligará com o seu protetor individual;
segundo, ligação com os elementos da segurança; terceiro, com o
produtor espiritual do trabalho; quarto, com os mentores da Casa;
quinto, com as Fraternidades (Prece das Fraternidades); sexto, com
Ismael; sétimo, com Jesus; e oitavo, com o Pai, proferindo-se o “Pai
Nosso” e a Prece dos Aprendizes do Evangelho.
Vibrações -
a) Pelos doentes cujos nomes se encontram no livro de anotações, no
fichário de tratamento espiritual ou, ainda, nas papeletas sobre a
mesa.
b) Vibrações simultâneas,
envolvendo os grupos espíritas, principalmente aqueles que são
integrados à Aliança e pela Aliança Espírita Evangélica.
c) Vibrações para a Câmara de
Passes.
Vibrações
Coletivas - a) Pelo estabelecimento da Paz entre os homens;
b) Pela união fraterna das filosofias
e religiões em torno do Mestre;
c) Em favor das instituições
assistenciais e hospitalares, abrangendo toda a humanidade sofredora;
d) Pelas crianças e velhos
desamparados;
e) Pelos Espíritos em sofrimento no
umbral, nas trevas e em particular pelos suicidas;
f) Pelos nossos lares, como santuários
das almas em esforço de renovação cristã;
g) Por nós mesmos, como trabalhadores
humildes do Cristo.
Intercâmbio
Mediúnico – Encerramento.
6) OBJETIVOS
Durante todo o tempo da sessão, os
participantes não permanecem concentrados, a não ser no início das
aberturas parciais, nas mudanças de objetivos e no encerramento.
Entretanto, durante a maior parte do
tempo, emitem radiações fluídicas, partidas do coração, que deve
vibrar intensamente no amor e no desejo de auxiliar a todos os
necessitados, segundo os alvos previamente fixados pela mente.
A não ser para a fixação do alvo e
da natureza da vibração, a mente não deve tomar parte no trabalho.
Essas radiações possuem grande poder
espiritual porque seu fundamento, como já dissemos, está no amor ao
próximo, força primordial da Criação Divina.
Há casos em que é necessário
projetar fluidos de amor, de força e socorro a regiões de sombras,
para a redenção de Espíritos sofredores ou escravizados; nestes
casos, a assembléia emite tais fluidos, focalizando o alvo à
distância e a projeção se faz na forma de uma torrente de luz que
segue fundindo as sombras e atingindo a meta: ao toque dessa luz, os
Espíritos sofredores ganham energias novas e sob a projeção dela
conseguem fugir, libertando-se dessas regiões de padecimento, sendo,
então, encaminhados a instituições de auxílio e regeneração do
Espaço.
Por outro lado, há legiões de
Espíritos dedicados ao auxílio, que se aproveitam dessas emissões
para se lançarem confiadamente, protegidos por elas, na realização
de suas santificantes tarefas.
Assim, o número de necessitados e
sofredores que se consegue salvar de cada vez é considerável e a
força do trabalho cresce, à medida que a corrente se avoluma com o
ingresso de novos trabalhadores nos planos.
Os resultados são os melhores
possíveis, sobretudo para centros do interior que não possuem
correntes poderosas e necessitam aumentar sua capacidade auxiliadora,
mormente no campo das curas espirituais.
A poderosa onda de força que se
irradia, supre a todos estes agrupamentos das energias psíquicas e
fluídicas necessárias às suas realizações evangélicas.
A todos os centros e agrupamentos
espíritas (públicos ou particulares) recomendamos, portanto, a
realização destas sessões a fim de se poder ir aumentando cada vez
mais a amplitude do trabalho, auxiliando assim a todos aqueles que se
devotam à propagação e aos testemunhos do Evangelho de Jesus
Cristo, Nosso Senhor e Mestre.
Se um número considerável de
instituições se vincularem em trabalhos desta natureza, realizando
radiações em dias e horas previamente ajustadas, (18) poder-se-á
estabelecer uma corrente extraordinariamente poderosa e de
progressiva amplitude, capaz de produzir inumeráveis e
surpreendentes resultados em beneficio
do
sofrimento humano em todas as suas formas, na crosta planetária e
nas esferas de vida inferior concentradas em seu redor, incluindo as
regiões do Umbral e das Trevas.
E as dificuldades e sofrimentos
coletivos que se aproximam do mundo a largos passos estão a exigir e
com urgência, o desenvolvimento de um trabalho espiritual de tal
envergadura.
7) PARECER DE BEZERRA
Transcrevemos
abaixo como esse trabalho foi descrito pelo venerável Bezerra de
Menezes, nos primeiros dias da sua criação, no inicio da década de
50:
“... A
transcendência do trabalho foge ao vosso alcance, pois, às vezes,
não desejais vislumbrar mais longe, ou vos acomodais na condição
de simples expectadores dos fatos.
Atraídos para tal realização da
seara espiritualista, estão ao vosso lado centenas de núcleos
espirituais, orientados diretamente por Ismael, preposto de Jesus no
Brasil.
É imprescindível, pois, que em cada
um de vós haja a dedicação devida, para que possamos desenvolver
paulatinamente este serviço, dando-lhe uma maior amplitude, que
trará, por certo, conseqüências benéficas para vós e
principalmente para o campo espiritual, onde as vibrações serão
aproveitadas ao máximo.
Este trabalho de vibrações
realiza-se no espaço, da seguinte forma:
Os necessitados são divididos em
quatro grupos distintos, a saber:
1º grupo — doentes que sofrem de
enfermidades graves;
2º grupo — doentes cujos estados
não apresentam gravidade, mas requerem alívio imediato;
3º grupo — doentes afligidos por
males psíquicos;
4º grupo — lares que demandam
pacificação e ajustamentos.
Para esses grupos são destacados
quatro companheiros que exercem função de orientadores e que têm a
seu cargo, conforme as exigências do momento, dois, três ou quatro
mil colaboradores.
Cada um desses orientadores recebe a
lista dos irmãos a serem beneficiados e respectivos endereços, os
quais são atendidos individualmente. Temos, então, como vemos, um
amigo espiritual para cada necessitado.
Às 18 horas, esses milhares de
servidores espirituais já estão a postos neste recinto, impregnando
a própria atmosfera de elementos sutis e bênçãos curadoras.
Após as 19 horas, inicia-se o
ingresso dos irmãos encarnados e à porta de entrada é destacada
para cada um deles uma entidade espiritual que o acompanha até o seu
lugar.
Ao se ouvir a prece cantada é que
consideramos o trabalho iniciado e, no momento em que vossas almas se
elevam junto àmelodia, caem sobre vós, em abundância, elementos
curadores e confortadores que o irmão encarnado retém em maior ou
menor quantidade, conforme a sua receptividade.
Iniciam-se, então, as vibrações que
possuem, como já sabeis, cor, perfume e densidade e que são
recolhidas em receptáculos distribuídos pelo salão.
O amigo espiritual que vos acompanha,
estabelece convosco uma corrente, mantendo-a em contato mútuo e
constante até os receptáculos, que vão se enchendo e se iluminando
rapidamente, ou não, consoante a capacidade vibratória de cada um.
Em seguida, entram em ação os
trabalhadores dos quatro grupos já citados; exercendo o seu mister
de conformidade com a necessidade, retiram do receptáculo a
quantidade de elemento que precisam para suas tarefas, segundo o
grupo a que pertencem.
A seguir, afastam-se para o
cumprimento de suas obrigações.
Entram, após, grandes grupos,
formados de 600 a 800 amigos espirituais, para as vibrações
coletivas, durante as quais vibram também convosco os irmãos
desencarnados que vos acompanham desde o início.
O que vemos, então, é um espetáculo
grandioso: todo o ambiente se reveste de intensa luz e, ao vibrarem,
os vossos pequeninos corações fazem o papel de um refletor e,
então, iluminando e riscando o espaço, vemos luzes das mais
variadas tonalidades e intensidades e esses grupos de irmãos, com os
braços estendidos para vós, recebem o presente carinhoso do vosso
coração para ser levado aos mais distantes setores da Terra,
enquanto que ao serem enumeradas as Fraternidades, já então de
regresso de suas tarefas, perfilam-se os Espíritos à vossa frente,
envolvendo-vos na carícia do Amor Fraternal.
Por fim, quando o Espírito destacado
para a exortação evangélica encerra o trabalho, de esferas mais
altas jorram sobre vós as bênçãos do Amor do Pai e ao vos
retirardes, apesar de muito terem dado os vossos organismos físicos,
retornais ao lar saturados de elementos revitalizadores em muito
maior quantidade do que aquela despendida por vós.
Tudo isto, queridos irmãos, no
pequeno espaço de tempo em que privais conosco nesse trabalho
dignificante que são as radiações.”
QUARTA
PARTE
COMPLEMENTAR
24
CÂMARA
DE PASSES
Na Federação
Espírita do Estado de São Paulo, como uma aplicação prática dos
passes diretos, criamos, em 1947, o organismo que denominamos “Câmara
de Passes”. É uma espécie de santuário, ou melhor, um recinto
que se conserva isolado, destinado exclusivamente a este uso,
convenientemente imantado pelos Espíritos, possuindo uma vibração
elevada e constantemente carregado de fluidos purificados.
Não é o
lugar comum de aplicação de passes.
Para esse
recinto são remetidas todas as pessoas perturbadas, doentes ou
necessitadas de assistência espiritual, inclusive aquelas que se
acham abatidas, cansadas, desanimadas. Ali permanecem de 15 a 30
minutos, durante os quais os Espíritos destacados para essa piedosa
tarefa assistem a todos segundo as necessidades de cada um:
aplicam-lhes passes diretamente do plano invisível e lhes transmitem
todo o conforto moral de que carecem, sem a presença de médiuns ou
outra qualquer pessoa.
No silêncio
que se estabelece naquele recinto purificado, os necessitados se
concentram, fazem as suas preces, formulam os seus pedidos, muitas
vezes de ordem material, não importa, e comungam fervorosa e
desembaraçadamente com os benfeitores do plano invisível, recebendo
o quanto lhes pode ser concedido, segundo as circunstâncias do
momento e suas próprias necessidades.
Esse processo,
que já vem sendo adotado em muitas casas espíritas do Estado e do
País, tem dado os melhores resultados e representa uma simplificação
ideal dos métodos de assistência, comumente usados. Nos Centros
Espíritas, principalmente durante o dia, quando não há médiuns
aptos a atenderem aos doentes, dando-lhes passes e outras formas de
assistência, a Câmara de Passes preenche uma grande lacuna e
resolve inúmeras dificuldades de assistência ao público em geral,
com a circunstância relevante de que se pode ter a certeza de que a
assistência dada nessas câmaras é a mais perfeita possível, por
vir diretamente dos Espíritos protetores.
25
CONTATO
COM OS DOENTES
Muitas
criticas são feitas aos passes espíritas e muitos doentes se
recusam, mesmo, a recebê-los, por não concordarem com os contatos
manuais do operador sobre seu corpo, mormente em se tratando de
mulheres.
Esse ponto de
vista tem razão de ser quando se trata de passes feitos de forma
reprovável, por indivíduos inescrupulosos e de moralidade baixa,
que se comprazem nas condenáveis manifestações da sensualidade,
mas não se aplicam, é claro, a todos os operadores, havendo mesmo
uma maioria que exerce sua tarefa evangélica com desprendimento,
seriedade e profunda noção de respeito humano.
Entretanto,
nos passes espirituais, tais contatos devem ser evitados, entre
outras razões, pelas seguintes:
1 — Porque
nem sempre são necessários, salvo em alguns casos especiais de
passes locais ou de curas pelo sopro.
2 — Porque
o contato, em se tratando de sexos opostos, pode produzir
sensualismo.
3 — Porque
o pensamento ou impressão sensual, desde que ocorram, modificam a
natureza do fluido a transmitir, carregandoo de vibrações
altamente negativas, prejudiciais tanto aos doentes como aos
operadores.
4 — Porque
nestes casos, os Espíritos inferiores são atraídos, imediatamente,
por tais vibrações negativas e interferem, aumentando as
perturbações. Os ambientes em que comumente agem indivíduos
inescrupulosos se transformam, em breve, em verdadeiros antros de
corrupção psíquica.
5 — Porque, mesmo nos casos de curas
espirituais, com passes fornecidos por Espíritos desencarnados
incorporados em médiuns, tais sentimentos representam forte barreira
à sua aproximação ou incorporação.
Por todas estas razões, portanto, os
operadores devem evitar passes com contato e, nos casos em que
Espíritos incorporados os adotam, devem ser feitas solicitações
para que mudem de processo, à vista dos altos inconvenientes que
tais passes acarretam e da má repercussão que provocam na
assistência das sessões e no público em geral.
André Luiz, em sua obra Nos Domínios
da Mediunidade confirma estes ensinos dizendo:
“Na maioria dos
casos, não precisamos tocar o corpo dos pacientes de modo direto. Os
recursos magnéticos, aplicados à reduzida distância, penetram
assim mesmo o ‘halo vital’ ou a aura dos doentes, provocando
modificações subitâneas.”
Por outro lado, sempre que possível,
realizar o trabalho de passes em turmas separadas de homens e
mulheres, de maneira que todos recebam passes de médiuns
pertencentes ao seu próprio sexo.
26
ESQUEMA
DE FUNCIONAMENTO DO TRABALHO DE PASSES
1) RECEPÇÃO E ENTREVISTA
Ao chegar pela primeira vez ao Centro,
o assistido é orientado pelos entrevistadores, os quais tomarão as
providências seguintes:
a) Preenchimento da Ficha - As fichas
serão preenchidas por entrevistadores capacitados, através de
informações objetivas colhidas do doente.
b) Informações Importantes - Além
dos dados pessoais, serão colhidas informações sobre doenças
físicas ou perturbações espirituais (aspectos gerais e
localização).
c) Exame Espiritual - As Fichas (após
um tempo mínimo de 48 horas do preenchimento) poderão ser
encaminhadas para o Exame Espiritual.
No primeiro dia que o assistido vai ao
Centro, como não se sabe ainda qual o tratamento que irá receber,
poderá tomar o P-2, que supre as alterações espirituais e também
as materiais.
Após
o retomo da Ficha de Assistência Espiritual, são os seguintes os
tratamentos possíveis:
d)
Moléstias Materiais - Nesses casos, os pacientes são encaminhados
para o P-1 (série de 4 vezes) após o qual sua Ficha retornará para
o Exame Espiritual.
Se não houver melhora após o P-1, o
doente poderá ser encaminhado para o P-3A, ou repetir o P-1,
dependendo do Exame Espiritual.
e) Perturbações Espirituais - Os
casos de perturbações serão encaminhados para o P-2
(igualmente por 4 vezes), após o qual
a Ficha voltará para o Exame Espiritual. Caso o paciente não tenha
melhorado, de acordo com o resultado do Exame Espiritual, poderá ser
encaminhado para o
Choque Anímico e, por último, para o
P-3B, sempre respeitando a seqüência lógica.
Nos casos de “trabalhos inferiores”,
inicialmente deve ser examinado o “carma” e, não havendo
impedimento, providenciar o corte nos trabalhos de P-3B, sempre
consultando o Plano Espiritual.
2) LIMPEZA DOS ASSISTIDOS
Após a recepção e entrevista, o
assistido recebe o passe de limpeza. Notar que este ato deve ser
realizado sempre fora do recinto do trabalho.
3) EVANGELIZAÇÃO
Em seguida, os assistidos aguardam o
início dos trabalhos em ambiente acolhedor e tranqüilo.
No
momento aprazado, inicia-se a preparação dos assistidos,
sugerindo-se o seguinte roteiro:
a) Leitura de uma mensagem rápida de
Emmanuel, André Luiz, etc.
b) Comentário simples das palavras
ouvidas, aproveitando-se para dar algumas rápidas explicações
sobre o passe, Evangelho no Lar, Escola de Aprendizes, etc.
c) Prece de abertura dos trabalhos de
passes.
d) Vibrações em beneficio dos
necessitados.
4) PREPARAÇÃO DOS PASSISTAS
Concomitantemente à evangelização
dos atendidos, os trabalhadores realizam também a sua preparação
na Câmara de Passes, para a qual sugerimos o seguinte esquema
básico:
a) Limpeza dos Trabalhadores - Os
componentes do grupo deverão aplicar passes de limpeza uns nos
outros, antes de adentrarem o recinto do trabalho.
b) Preparação Preliminar - Os
trabalhadores deverão, em seguida, se dirigir ao local das
aplicações de passes onde permanecerão lendo e meditando até a
abertura, sendo prejudicial, neste ínterim, qualquer espécie de
conversa.
c) Sintonia da Corrente - Ao início
da preparação para o trabalho de aplicação do passe propriamente
dito, é importante que cada grupo de passista procure
harmonizar os fluidos da sua corrente. Os elementos dão-se as mãos
e aguardam mais ou menos o tempo de 1 minuto, até que todos se
sintam perfeitamente aptos para o trabalho.
d) Reativação dos Centros de Força
- Segundo o esquema já descrito anteriormente.
e) Prece de Abertura - Ligando-se com
os benfeitores espirituais na seguinte ordem:
Com os protetores individuais;
Com os elementos da segurança;
Com os protetores do trabalho;
Com os mentores da Casa;
Com o Dr. Bezerra de Menezes (corrente
médica);
Com as Fraternidades (proferir a Prece
das Fraternidades);
Com Ismael;
Com Jesus; e
Com o Pai. Proferir um Pai Nosso.
f) Exame do
Ambiente - Finalmente providencia-se o exame espiritual do local, com
auxilio dos médiuns presentes.
Se o ambiente não estiver limpo,
iluminado, com protetores presentes, o trabalho não pode ser aberto,
voltando-se para as concentrações e preces.
5) ASSISTENCIA ESPIRITUAL
Os atendidos são encaminhados a
seguir para o local das aplicações, onde receberão a assistência
que necessitam.
6) ENCERRAMENTO
Ao final das
aplicações dos passes, com a presença de todos os trabalhadores,
faz-se o encerramento, sugerindo-se o esquema:
a) Intercâmbio mediúnico, a fim de
receber as orientações dos dirigentes espirituais do trabalho;
b) Vibrações;
c) Prece de encerramento.
7) REUNIÃO DOS TRABALHADORES
É de grande
utilidade realizar-se uma reunião rápida com todos os
trabalhadores, ao final das atividades diárias, porque ali o
dirigente poderá corrigir os erros cometidos, dando explicações e
ouvindo sugestões.
27
SERVIÇO
DE PLANTÃO E ENCAMINHAMENTO
Os
plantonistas devem considerar a necessidade de dar aos benfeitores
espirituais, tempo suficiente para examinar os doentes ou
necessitados onde estiverem, antes de formular suas respostas às
consultas feitas.
Para as Casas
Espíritas de pequeno ou médio movimento diário, o melhor sistema a
empregar será entrevistar os consulentes, anotar nomes, endereços,
idades e ligeiras referências sobre o caso pessoal, marcando dia e
hora para voltar e receber as respostas e os devidos encaminhamentos.
Atendidas
estas prescrições, os bons resultados do trabalho passam a depender
da capacidade, maior ou menor dos médiuns, em receber as respostas
dadas pelos Espíritos benfeitores.
Quanto aos
entrevistadores que encaminham os doentes e necessitados, devem eles
possuir capacidade para o desempenho dessa delicada e importante
tarefa, da qual depende o benefício a distribuir e, até mesmo, o
bom nome da Casa e da própria Doutrina.
Um bom
entrevistador deve preencher os seguintes requisitos:
a) Conhecer a
Doutrina, teórica e praticamente;
b) Possuir
noções ligeiras de anatomia e fisiologia humanas;
c) Possuir
delicadeza de trato e saber indicar a orientação certa a dar em
cada caso;
d) Ter
discrição e bom senso;
e) Não fazer
diagnósticos apressados por conta própria ou recomendar remédios;
f) Possuir uma
capacidade mínima de recepção telepática.
Para esse serviço
especial deve-se dar preferência a colaboradores que tenham cursado
a Escola de Aprendizes do Evangelho, Curso de Médiuns ou Triagem
Mediúnica.
Somente com algum
aprendizado pessoal e boa reforma moral, poderão encaminhar
diretamente, quando necessário, consulentes a trabalhos práticos,
porque para isso precisarão discernir, com propriedade, a natureza
de cada caso, a urgência dos atendimentos e o trabalho mais adequado
na seqüência estabelecida na Casa.
28
HIGIENE
DAS TRANSMISSÕES
Na cura pelos passes, sendo estes uma
transmissão de fluidos de um organismo para outro, compreende-se
perfeitamente bem que é necessário que esses fluidos sejam bons,
suaves, limpos, estimulantes e puros, para que produzam efeitos
salutares.
Referindo-se à preparação para
trabalhos de efeitos físicos eis como André Luiz se manifesta:
“Alguns
encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a sério a
responsabilidade do assunto e traziam consigo emanações tóxicas,
oriundas da nicotina, da carne e aperitivos, além das formas de
pensamentos menos adequados à tarefa que o grupo devia realizar.”
Como se vê, ele demonstra que a carne
é alimento tão tóxico e desaconselhável quanto o fumo ou o
álcool.
E não se trata de uma opinião
pessoal, mas, sim, da indicação de efeitos reais observados
diretamente do lado de lá, por observador altamente credenciado.
Isto exige que os operadores
encarnados, tanto quanto possível, tenham boa saúde, sejam sóbrios
na alimentação, no vestuário, nos costumes e altamente
moralizados; que eliminem vícios, evitem tóxicos, inclusive os
provindos de seus próprios organismos e aprendam a dominar suas
emoções, para evitar a perda inútil de energia fluídica, mormente
as do campo sexual, pois que um sistema nervoso esgotado ou
desequilibrado, impedirá a emissão e a livre movimentação de
fluidos curativos e levará o operador a uma condição de
hipersensibilidade que o exporá a vários e sérios riscos.
Realmente, sempre que houver excesso
de sensibilidade, por parte do doente ou do operador, haverá
possibilidade mais ampla de permuta de fluidos bons e maus, sendo
comuns os casos de transmissão de fluidos mórbidos do doente para o
operador e vice-versa. Este último, além dos fluidos de cura,
transmitirá com os passes, toxinas orgânicas ou medicamentosas e
ainda mais: produtos vindos da esfera moral, de suas próprias
paixões inferiores que, porventura, constituam sua natural
tonalidade vibratória.
São muito comuns os casos de doentes
submetidos a passes dados por servidores sinceros e de boa vontade
que, todavia, sentem, após a aplicação, inexplicável agravação
de seus males, ou o acréscimo de novos, acompanhados de visível
mal-estar que, justamente, resultam dessas impurezas a que nos
referimos.
Para dar passes, pois, não basta a
boa vontade; é necessário também que o operador preencha uma série
de condições físicas e psíquicas, tendentes à purificação de
corpo e espírito. Conquanto seja certo que a boa vontade e o desejo
evangélico de servir assegurem ao operador um grande coeficiente de
assistência espiritual superior, todavia, a preparação judiciosa,
pela purificação própria, aumentará grandemente a eficiência do
trabalho e o volume da colheita.
No plano invisível, em suas colônias,
recolhimentos, hospitais e abrigos provisórios, os passes são dados
ampla e sistematicamente, porém, sempre executados por operadores
selecionados, verdadeiros técnicos, profundos conhecedores do
assunto, tanto na teoria como na prática.
Eis o que diz Emmanuel, o querido
irmão maior, ao qual já devemos tão preciosa colaboração no
campo da literatura espírita:
“Meu amigo, o
passe é transfusão de energias fisiopsíquicas, operação de boa
vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu
beneficio.
Se
a moléstia, a tristeza e a amargura são remanescentes de nossas
imperfeições, enganos e excessos, importa considerar que, no
serviço do passe, as tuas melhoras resultam da troca de elementos
vivos e atuantes.
Trazem detritos e aflições e alguém
te confere recursos novos e bálsamos reconfortantes.
No clima da prova e da angústia, és
portador da necessidade e do sofrimento.
Na esfera da prece e do amor, um amigo
se converte no instrumento da Infinita Bondade, para que recebas
remédio e assistência.
Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo
com o esforço da limpeza interna.
Esquece os males que te apoquentam,
desculpa as ofensas de criaturas que te não compreendem, foge ao
desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com
todos os que te cercam.
O mal é sempre a ignorância e a
ignorância reclama perdão e auxilio para que se desfaça, em favor
da nossa própria tranqüilidade.
Se pretendes, pois, guardar as
vantagens do passe que, em substância, é ato sublime de
fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o
coração e o cérebro.
Ninguém deita alimento indispensável
em vaso impuro.
Não abuses, sobretudo daqueles que te
auxiliam.
Não tomes o lugar do verdadeiro
necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres pessoais
estejam feridos.
O passe exprime também gasto de
forças e não deves provocar o dispêndio de energias do Alto, com
infantilidades e ninharias.
Se necessitas de semelhante
intervenção, recolhe-te à boa vontade, centraliza a tua
expectativa nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te,
conservando a receptividade edificante, inflama o teu coração na
confiança positiva e, recordando suprimento divino, humilha-te,
conservando a receptividade edificante, inflama o teu coração na
confiança positiva e, recordando que alguém vai arcar com o peso de
tuas aflições, retifica o teu caminho, considerando igualmente o
sacrifício incessante de Jesus por nós todos, porque, de
conformidade com as letras sagradas “Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e lavou as nossas
doenças.” (19)
- É evidente que esta frase final se
refere àqueles que se aproveitaram dos beneficios e espiritualmente
se modificaram.
(19)
Transcrito de Segue-me!...
ditado
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, Ed. O
Clarim. (Nota da Editora)
29
DIFERENÇA
ENTRE MAGNETISMO E HIPNOTISMO
Este trabalho
não comporta muito desenvolvimento porém, como mesmo nos meios
espíritas, permanece muita confusão a respeito destas duas
modalidades de aplicações fluido-telepáticas, julgamos útil
escrever este capítulo para assinalar as diferenças existentes
entre uma e outra coisa.
Por exemplo:
quando se fala em hipnose, não se sabe se se trata de fenômeno
provocado ou espontâneo, hipnótico ou magnético.
Muita tinta
tem sido gasta tratando das diferenças entre uma coisa e outra e
hoje, nos meios cultos do espiritualismo, é considerado clássico e
obrigatório o conhecimento destas diferenças.
O hipnotismo
oficializou-se com o inglês Braid, que assim o definiu: “um estado
particular do sistema nervoso, determinado por manobras artificiais
tendendo pela paralisia dos centros nervosos, a destruir o equilíbrio
nervoso”.
Durand de
Gross completou esta definição dizendo: “um estado fisiológico
que consiste num acúmulo anormal de força nervosa no cérebro,
provocado por meios artificiais, ou resultante de um estado
patológico”. (20)
(20) O histerismo, por exemplo.
A
ação hipnótica, portanto, visa o cérebro, onde provoca uma
acumulação de fluidos que, a seu turno, determina um estado
congestivo fluídico cerebral; este estado destrói a atividade
mental consciente, nulifica o pensamento, deixando o paciente à
inteira disposição do operador.
Hipnotização e fascinação são
sinônimos porque o sono hipnótico é provocado justamente por
processos que cansam ou deslumbram os órgãos dos sentidos: fixação
de objetos brilhantes, superfícies polidas, luzes, rumores, posições
forçadas dos olhos ou, ainda, sugestões.
Como exemplo, veja-se a demonstração
prática ao fim do capítulo.
Por outro lado, o hipnotismo não
busca somente o bem-estar do homem pela cura de seus males, mas
também a exibição de fenômenos psíquicos ou meras pesquisas do
campo subjetivo da alma humana.
Portanto, conforme seu uso, poderá
ser ou não nocivo à saúde e ao bem-estar físico do homem e não
ajunta elemento algum de colaboração à sua evolução espiritual.
O magnetismo, bem ao contrário, em
todos os casos de perturbações físicas, busca justamente o
restabelecimento do equilíbrio nervoso e não serve para exibições,
sobretudo pelo fato, já explicado de que seus resultados não se
apresentam imediatamente, mas são demorados e discretos.
Enquanto os hipnotistas, diz Bué,
“dirigindo-se especialmente no cérebro, procuram lançar fora do
seu equilíbrio os centros nervosos, os magnetizadores, poupando
cuidadosamente o encéfalo e concentrando toda sua ação sobre o
epigastro e o sistema nervoso ganglionar, empenham-se em equilibrar
da melhor maneira a corrente nervosa, de modo a obterem a mais
elevada expressão da autonomia funcional do ser”.
No estado sonambúlico, que ambos
provocam, se bem que por processos dessemelhantes, as diferenças são
ainda mais notáveis: no sonambulismo provocado hipnoticamente, o
sensitivo, ao invés de estar concentrado, devaneia e, por isso, é
estéril no que se refere a manifestações psíquicas de lucidez
(clarividência, clariaudiência, etc.). Nos casos de letargia,
extinguem-se os sentidos físicos; o cérebro não recebe nem
transmite impressão alguma e o sensitivo não reage a nenhuma
impressão psíquica; ao passo que no sonambulismo magnético, ele se
concentra, fecha-se para as coisas exteriores, abre-as para as
impressões do mundo invisível, podendo dele transmitir tudo que vê,
ouve, sente e compreende, fazendo mesmo predições, profecias, etc.
Do ponto de vista espírita,
compreende-se bem o que nestes dois casos se passa: o paciente,
hipnotizado, não se exterioriza do corpo físico e cai em estado de
perturbação psíquica; está hipersensibilizado, mas inibido de
ver, ouvir ou sentir algo do mundo físico; ao passo que o paciente
magnetizado desprende-se, exterioriza-se; está realmente em transe
sonambúlico e, por isso, é que é sensível às coisas do mundo
hiperfísico.
Tudo isso o indivíduo que dá passes
precisa saber para evitar conseqüências desagradáveis nas
aplicações, como também para poder classificar as informações ou
manifestações produzidas pelo paciente, quando magnetizado.
Já vimos que se se agir violenta e
diretamente sobre o cérebro e centros sensoriais, como no
hipnotismo, provoca-se perturbações: fenômenos neuromusculares,
como espasmos, convulsões, letargias, catalepsias, etc., além da
anulação da consciência e do pensamento; o paciente fica suspenso
entre os dois mundos, sem consciência neste e sem lucidez no outro;
mas, se se agir sobre os centros vegetativos, preferentemente sobre o
plexo solar, deixando que a natureza orgânica reaja, a consciência
individual aumentará e as faculdades psíquicas se desdobrarão,
manifestanto-se fenômenos de lucidez: vidência, audiência,
premonição, etc.
Não
há espaço neste pequeno volume para entrarmos em detalhes dos
processos de magnetização; tais conhecimentos, bem como os
referentes à constituição e ao funcionamento do organismo humano,
os leitores poderão obtê-los consultando obras técnicas sobre o
assunto.
Limitamo-nos a dizer que o hipnotismo
não deve interessar aos espíritas, que sempre visam o bem do
próximo e suas necessidades. Entretanto, não sendo bons médiuns e
desejando, mesmo assim, cooperar no campo das curas, dediquem-se aos
passes materiais, campo muito vasto onde poderão prestar bons
serviços; mas se receberam a dádiva sagrada da mediunidade
curadora, devotem-se aos passes espirituais, que são os mais
perfeitos, mais úteis e positivos e os mais capazes de realizar o
beneficio de que tanto necessita a humanidade sofredora.
A regra fundamental do hipnotismo é
cansar os olhos e depois dominar a mente do paciente por meio de
sugestões: fazer olhar para um objeto brilhante colocado um pouco
acima da horizontal dos olhos para cansar as pálpebras e quando o
paciente demonstrar cansaço, começando a piscar, começar com as
sugestões de que está com sono, que é melhor fechar os olhos,
etc., repetindo-as sempre até que ele obedeça; conseguindo isso,
basta transmitir-lhe pela palavra as sugestões ou ordens que
desejar. Há, contudo, outros métodos.
Para utilizar praticamente este
conhecimento sem submissão a terceiros, praticar a auto-hipnose,
como segue:
Deitado em silêncio, em lugar
sombrio, com uma pequena lâmpada vermelha à frente, um pouco acima
da altura dos olhos, mais ou menos a uns 3 metros de distância.
Respirar, deixando os pensamentos
divagarem por uns minutos.
Relaxar tudo, começando pelas pernas.
Fixar a lâmpada vermelha e começar
com auto-sugestões, dando ordens ao subconsciente para que os olhos
se cerrem quando contar até 20. Repetir a ordem várias vezes.
Se
não dormir, fechar os olhos e aguardar, porque o reflexo
condicionado funcionará pelo subconsciente.
Quando se cerra os olhos sem dormir,
entra-se em prehipnose, conservando a consciência e podendo-se
continuar a agir sobre o subconsciente até a hipnose normal.
De outras vezes, bastará deitar-se e
começar a contar para entrar nesse estado.
Na pré-hipnose,
convém sempre dar ao subconsciente sugestões ou ordens claras e
simples e sempre úteis como: corrigir defeitos, esquecer manias,
sarar doenças, adquirir virtudes, etc., imaginando-se a si mesmo sem
os defeitos e com as virtudes desejadas.
Na fase de hipnose normal, estas
sugestões dominarão a mente e influirão sobre o corpo no sentido
de sua realização.
Para voltar, basta querer e ter
marcado o tempo certo na pré-hipnose.
Nenhum perigo haverá de não acordar
porque, mesmo que o não quisesse, o subconsciente intervirá, porque
não se está debaixo de ação de estranhos.
Para garantir melhor êxito, convém,
mesmo durante o dia, antes do exercício, fixar a mente no que se
quer fazer, para que o subconsciente tome nota e não intervenha no
momento certo, utilizando seus próprios elementos de arquivo.
No caso de vícios, etc., se não
houver sinceridade e desejo de livrar-se deles, não haverá êxito
no trabalho.
30
ÁGUA
FLUIDIFICADA
Como este
trabalho não circulará somente em meios espíritas, já
conhecedores do assunto, não desejamos encerrar esta exposição
sobre passes, sem falar da água fluidificada, outro elemento de
valor no capitulo das curas espirituais, conquanto tão
ridicularizado por aqueles que não possuem conhecimentos necessários
a uma justa apreciação.
Em geral, são
os Espíritos desencarnados que, durante as sessões, fluidificam a
água; porém, este processo poderá ser muito mais popularizado
quando se souber que todas as pessoas, em suas próprias casas,
poderão obter essa água curativa, bastando proceder da seguinte
forma: individualmente, ou em grupo de interessados, concentrem-se,
formulem uma prece e, colocando uma vasilha com água pura, no centro
da corrente assim formada, aguardem alguns momentos, até que
Espíritos desencarnados, familiares ou não daquele lar,
fluidifiquem a água.
Se no grupo
houver pessoa dotada de alguma sensibilidade espiritual e fé, poderá
servir de médium; ela mesma, durante a concentração, poderá
fluidificar a água, bastando tomar a vasilha, colocá-la ao alcance
das mãos e projetar sobre ela os próprios fluidos; ou melhor ainda,
captar pela prece os fluidos cósmicos do Espaço e projetá-los
sobre a vasilha.
Ainda dará
bons resultados colocar à cabeceira do leito, todas as noites, uma
vasilha com água limpa, fazendo, ao deitar, uma prece no sentido de
que os agentes invisíveis fluidifiquem a água.
Espaço e projetá-los sobre a
vasilha.
Ainda dará bons resultados colocar à
cabeceira do leito, todas as noites, uma vasilha com água limpa,
fazendo, ao deitar, uma prece no sentido de que os agentes invisíveis
fluidifiquem a água.
A água é um ótimo condutor de força
eletromagnética e absorverá os fluidos sobre ela projetados,
conservá-los-á e os transmitirá ao organismo doente, quando
ingerida.
Ouçamos ainda a palavra esclarecedora
do mesmo Espírito Emmanuel a respeito deste importante e acessível
elemento de cura de moléstias materiais e perturbações espirituais
em geral:
“Meu amigo:
quando Jesus se referia à bênção do copo de água fria, em seu
nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a
sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais
profundos.
A água é dos corpos mais simples e
receptivos da Terra.
É como que a base pura, em que a
medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos
substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo
invisível aos olhos mortais.
A prece intercessora e o pensamento da
bondade representam irradiações de nossas melhores energias.
A criatura que ora ou medita,
exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam
à análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe-nos a
influenciação, de modo claro, condensando linhas de força
magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam
e curam.
A fonte que procede do coração da
Terra e a rogativa que flui do imo d’alma, quando se unem na
difusão do bem, operam milagres.
O Espírito que se eleva em direção
ao Céu é antena viva, captando potências da natureza superior,
podendo distribuí-las em beneficio de todos os que lhe seguem a
marcha.
Ninguém existe órfão de semelhante
amparo.
Para auxiliar a outrem e a si mesmo,
bastam a boa vontade e a confiança positiva.
Reconheçamos, pois, que o Mestre,
quando se referiu à água simples, doada em nome de sua memória,
reportava-se ao valor da providência em beneficio da carne e do
espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças.
Se desejas, portanto, o concurso dos
Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiopsíquicas
ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o
teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações,
espera e confia.
O orvalho do Plano Divino magnetizará
o líquido, com raios de bênçãos, e estará então consagrando o
sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus”.
(21)
A Vibração das 22 horas é momento,
mais que qualquer outro, propício para se solicitar ao Plano
Espiritual a fluidificação da água para cura de doenças, porque o
intercâmbio que se estabelece com os benfeitores espirituais é
muito amplo e se remata na Casa de Bezerra, no Espaço, de onde podem
fluir para os necessitados de auxílio as mais poderosas e
purificadas ondas de fluidos e vibrações curativas.
(21)
Transcrito de Segue-me!...
ditado
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, Ed. O
Clarim. (Nota da Editora)
31
ENCERRAMENTO
Ao
terminar a exposição destes processos de cura espiritual, convém
recordar o que consta do Evangelho do Divino Mestre quando profetiza
para os dias atuais, a passagem do milênio, novos aspectos do
trabalho mediúnico, afirmando que nestes dias haverá
recrudescimento da mediunidade e que, moços e velhos, todos
profetizarão, havendo uma generalização mediúnica com fenômenos
de intensa e incrível objetividade.
Esse período
já começou e os processos de cura se aperfeiçoam dia a dia, com
grande rol de operações mediúnicas e, na medicina oficial, surgem
eles também como avançamentos notáveis, inclusive na terapêutica
médica, sendo já bem evidente o imenso campo que se abriu com a
revelação dos raios Laser, conquista que será seguida, brevemente,
por muitas outras de alto valor.
Prosseguindo
na prática que a experiência já consagrou, periodicamente, os
Grupos Integrados à Aliança Espírita Evangélica promovem Cursos
de Passes, destinados àqueles que desejam dedicar-se a essa benéfica
tarefa.
O curso tem
por base a matéria deste livro e a sua duração é de 2 meses,
segundo o número de aulas a administrar, tendo sentido eminentemente
prático.
Fim