OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS II








OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS

Na vivência realizada na ONG Círculo de São Francisco, denominada Mandala- Reiki, o trabalho inicial é realizado com automassagem, alongamentos e movimentos corporais harmoniosos (o que chamamos de “danças numinosas”). Eles desobstruem e dinamizam as capas musculares rígidas, normalmente relacionadas ao excesso ou a falta de uso, como também pelas somatizações de ordem emocional. Este trabalho expressivo e corporal também dinamiza os plexos nervosos (chakras) e costuma também desbloquear regiões corporais congestionadas por energia psíquica (mental) neurotizada pelo medo, pelas ansiedades, pelas angústias e auto-repressões.

A segunda etapa do trabalho, fluídico-energético, dinamiza os fluidos corporais e do perispírito, aumentando a resistência do sistema imunológico, alem da sensibilização psíquica. Todo esse trabalho pode ser associado com a Cromoterapia (Surya) ou com a Aromaterapia (Gandha). Mas se torna inócuo se não for acompanhado pela reforma íntima do participante, ou seja, pelo estudo moral, pela prática da caridade e pelo controle mental.

O ensinamento moral de cada um dos símbolos do REIKI

Os símbolos do REIKI não são necessários para se enviar energia. Na verdade, o papel dos símbolos é o de estimular a meditação. No Oriente, os símbolos são muito disseminados com esse objetivo. Trata-se de uma forma de concentrar o pensamento em uma realidade maior, transcendental. Assim, o mais importante é o conteúdo que o símbolo tenta nos transmitir e não sua forma exterior, como costuma se enfatizar nos cursos modernos de REIKI. Mas importante do que a forma gráfica do símbolo é a boa vontade e o desejo real e sincero de ajudar alguém. Nada adianta, por exemplo, traçar o símbolo e durante a sessão, o reikiano passar o tempo pensando: “tenho que acabar logo essa sessão. Preciso ir ao banco. Está na hora de buscar as crianças na escola, levar o cachorro no veterinário...” etc. O símbolo é impotente diante de nosso pensamento. É esse que deve ser vigiado e valorizado e não a forma do símbolo. Muitos se preocupam se estão desenhando corretamente o símbolo. Discutem se a energia irá até o enfermo se ele errar a forma de abrir o símbolo. Todas essas preocupações são desnecessárias. Aliás, se compararmos livros e apostilas de REIKI, de diferentes mestres, veremos que os símbolos, apesar de terem os mesmos nomes, costumam ser diferentes na forma. E se lembrarmos que, no livro Reiki Essencial, a autora nos informa que “sintonizava” outros reikianos sem ser ainda “mestre”, devemos colocar a mente para pensar. Será que é ncessário, realmente, passar por um “mestre”. A nossa experiência espiritual, desde 2001, nos mostra que não há necessidade de “mestres” e ninguém é “sintonizado” no Reiki. Tudo isso é mistificação, como veremos mais adiante.

Essencialmente, os símbolos compõem uma “viagem arquetípica”. Eles podem ser estudados a partir da perspectiva junguiana (processo de individuação), ou para se alcançar a Iluminação Budista ou a Salvação dos Cristãos. Trata-se de uma viagem interior que visa ao próprio aprimoramento moral e intelectual do praticante.

Como todo processo iniciático, os símbolos possuem uma psicosofia que estimula as mudanças internas (a reforma íntima), pois estas precipitam mudanças exteriores em nossas vidas. Recursivamente, estas impulsionam novas mudanças internas. Esse fluxo contínuo é o objetivo do REIKI, consequentemente, o aprimoramento espiritual para que possamos alcançar o estado de Buda (iluminação).

Assim, cada símbolo procura transmitir ou evocar experiências de vida pertencentes à condição humana com o objetivo de alcançarmos a Iluminação e a libertação do samsara (roda das encarnações). Podemos até dizer que cada símbolo está associado a um “rito de passagem”. Eles sugerem provas dinâmicas que mexem profundamente em nossa Psique, ajudando-nos em nossa tomada de consciência a respeito destes padrões arquetípicos ou correntes energéticas (vibracionais) que atuam diuturnamente em nossas vidas.

Assim, nosso foco deve se centrar no ensinamento moral que cada um possui. Colocá-los em prática em nosso dia-a-dia é o que realmente importa. Vamos a eles:

CHO-KU-REI - Simboliza o início da caminhada espiritual. Trata-se do momento em que a ilusão deMaya se desfaz e o discípulo descobre a existência do mundo espiritual. Advém, daí, a consciência de que a vida não se restringe ao corpo físico. Assim, temos a pessoa dando o seu primeiro passo rumo à libertação espiritual.

Ele representa a “saída da caverna” ou das trevas. Esse despertar pode ser chamado de um renascimento (consciência de que existe a vida espiritual). Mas de que adianta descobrir a existência do mundo espiritual se não nos transformarmos interiormente? Se não renunciamos à riqueza e ao poder material?

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra básico. Uma energia cuja vibração eletromagnética é mais densa, porém, adequada para tratamentos no corpo físico. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra básico/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor vermelha, em uma tonalidade clara ou brilhante.

SEI-HE-KI - Simboliza, então, o início da purificação espiritual e a tomada de consciência de que tal purificação só se processa por meio da caridade, ou seja, da doação desinteressada. No símbolo anterior, o discípulo foi impelido para o desconhecido (mundo espiritual), mas ainda falta o impulso para a mudança interior. Sem esta, a viagem espiritual pode ser perigosa.

Sem mudanças morais, a jornada pode deixar de ser celestial e se transformar em uma viagem sombria e tenebrosa. É por isso que as verdadeiras escolas de meditação costumam ensinar que antes de se partir para a prática, o iniciante deve se envolver com atividades altruístas e com estudos morais. É preciso antes aumentar nosso padrão vibratório e nos conectarmos com as consciências elevadas do plano astral.

O segundo símbolo trata também da sabedoria de que poucos estão preparados para atingir a Iluminação (o estado de Buda) ou a salvação dos Cristãos, justamente porque se esquecem de praticar a caridade ou realizar atividades altruístas. No imaginário cristão encontrarmos homologia com a parábola da “porta estreita”. Ou seja, é somente através da prática da caridade ou do amor incondicional que nos libertamos. Não é, necessariamente, a verdade ou as religiões que libertam. Toma-se consciência, portanto, da existência da ambiguidade espiritual, ou seja, que a Luz e as Trevas existem.

O iniciante está diante de uma encruzilhada. Precisa decidir qual caminho deseja seguir. Se desejar o caminho da Luz necessitará praticar a caridade, a doação desinteressada. É preciso, portanto, ter o autocontrole das emoções, não ser impulsivo ou desesperado.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra umbilical. Uma energia cuja vibração eletromagnética não é tão densa como a anterior, mas ainda “pesada”. É uma energia adequada para tratamentos emocionais. No caso de pessoas enlutadas, com depressão, sem vitalidade etc. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra umbilical/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor laranja, em uma tonalidade clara ou brilhante.

HON-SHA-ZE-SHO-NEM - Simboliza, finalmente, a tomada de consciência de que somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade ou sofrimento. Este símbolo representa a Lei do Carma e o caminho para superar o samsara (a roda da encarnação). A homologia com o imaginário Cristão pode ser encontrada em Paulo, quando afirma que “cada um colherá o que semear”. O iniciante descobre que somos governados pelo livre- arbítrio e que, quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do plexo solar. Uma energia cuja vibração eletromagnética é muito intensa e vitalizadora. Seu uso mais comum é para estresse mental ou para pessoas com dificuldades para concentração. Também é utilizada em pessoas sem energia, que se recuperam de cirurgias etc. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica plexo solar/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor amarela, em uma tonalidade clara ou brilhante.

DAI-KO-MYO - Trata-se da Iluminação propriamente dita. Representa a unificação com o Cosmos e a dedicação à vida espiritual através da caridade, do Amor Incondicional. Sua simbologia aponta para a necessidade de orar e vigiar (os pensamentos, os sentimentos e as atitudes), visando à caridade (cristianismo) ou à compaixão (budismo), sempre de forma desinteressada. O símbolo está relacionado, também, às mudanças de pensamentos, sentimentos e atitudes para que o próximo não seja prejudicado, livrando-nos de novos carmas negativos e para que possamos servir com devoção.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do Chakra Cardíaco. Uma energia cuja vibração eletromagnética é apaziguadora e harmonizadora. Utiliza-se este símbolo para a harmonização energética entre o corpo e a alma, ajudando a expandir sentimentos e pensamentos compassivos. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra cardíaco/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor verde ou rosa, em uma tonalidade clara ou brilhante.

RAKU - É considerado o símbolo do “mestre” ou do Bodhissattva. Este símbolo representa que o verdadeiro Mestre é aquele que, após ter aprendido o caminho, volta ao mundo profano para ensiná-lo, desinteressadamente, para outras pessoas. Representa, portanto, a necessidade de ajudar o próximo a alcançar também a iluminação. Em outras palavras, “ensinar a pescar, ao invés de apenas dar o peixe”. Em suma, sua psicosofia nos ensina que o Espírito não envelhece, apenas adquire novas responsabilidades.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra laríngeo.

Trata-se de uma vibração eletromagnética sutil e apaziguadora. É relaxante e anestesiante. Adequada para quem pratica projeção astral ou meditação. Este símbolo é utilizado pelos mestres de REIKI para “sintonizar” outras pessoas devido ao relaxamento profundo que tal vibração proporciona aos participantes. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra laríngeo/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor azul, em uma tonalidade clara ou brilhante.

Estes cinco símbolos representam, na tradição oriental, os cinco elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, respectivamente.

Como já dizia Einstein, a imaginação é mais importante que o conhecimento. E os símbolos, no Oriente, tinham como objetivo ajudar no processo de treinamento da mente, através de visualizações complexas e concentração. Os símbolos, também chamados de Yantras, favorecem o controle mental e a capacidade de criar imagens mentais e alcançar verdadeiros estados ampliados de consciência.

Conforme o iniciado medita no primeiro símbolo e incorpora em sua vida o ensinamento moral que ele traz, ele vai, gradativamente, deixando de emitir fluidos deletérios para o seu corpo físico. Passa a se concentrar em realidades superiores. Daí também a associação do símbolo com a cura do corpo físico.

O ensinamento do segundo símbolo está ligado ao controle das emoções e, portanto, associado à idéia de que é capaz de curar emoções e de transformar sentimentos negativos em positivos. O ensinamento do terceiro símbolo está associado à idéia de que a mente é tudo. O poder mental é importante para mudar nossa vida. Ou seja, quanto mais consciência mais responsabilidade possui o espírito. Daí a associação de que este símbolo trata questões relacionadas com a mente e a falsa idéia de que somente com ele é possível enviar energia a distancia. É a nossa vontade de auxiliar e a nossa intenção mental que manipulará nossa energia e não os símbolos.

O quarto símbolo ensina que somente através da doação desinteressada é possível alcançar a Iluminação. E o quinto representa o papel do Bodhissattva, ou seja, da pessoa que é capaz de se doar, praticar a caridade sem exigir nada em troca. Trata-se daquele Ser que tem compaixão por todos, independente de idade, sexo, classe social, religião etc. Bodhissattva representa no Budismo Tibetano o Iluminado que não necessita mais reencarnar, mas que decide não se dirigir ao Nirvana. Ao contrário, por livre e espontânea vontade, decide ficar na Terra e ajudar na libertação daqueles que se encontram presos na dor, no ego e na ilusão (maya). Representa aquele que alcançou a união entre a sabedoria e a compaixão, ou entre o aprimoramento intelectual e o moral.

Estes são os símbolos que se aprendem em um curso de REIKI. Porém, com a espiritualidade, aprendemos mais dois símbolos relacionados, respectivamente, ao sexto e ao sétimo chakras. Estes símbolos nos foram transmitidos com nomes em português: comunhão e união, respectivamente.

COMUNHÃO - É o símbolo do “pontífice” (o construtor de pontes, religare). Trata-se do intérprete que esclarece a natureza das Leis que nos conectam ou sintonizam com o Divino. Ou seja, com as Leis que dizem respeito à boa conduta aos olhos de Deus. Trata-se da visão Universalista, livre das amarras doutrinárias ou dogmáticas. Neste nível iniciático, o mestre é capaz de compreender e avaliar a dor dos outros com compaixão e sem julgamento. Ele é compelido a servir, sem ser piegas ou sentimental, respeitando a Lei numinosa do Carma e o merecimento de cada um.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra frontal. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra frontal/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor lilás, em uma tonalidade clara ou brilhante.

UNIÃO - É o símbolo do servidor humilde ou do espírito esclarecido (bodhicitta). Daquele que venceu a servidão do corpo e da natureza, a arrogância, a inflexibilidade e o orgulho. É o símbolo da verdadeira humildade. Esta vibração amorosa que corresponde ao Orixá Oxalá da Umbanda nos leva a “lutar” por princípios e não mais por paixões. Os desafios da vida são enfrentados a partir de uma base espiritual sólida (a Fé de Jó). Trata-se da manifestação de confiança incondicional nos desígnios da Providência.

Ao se traçar ou mentalizar este símbolo, realizamos, inconscientemente, um comando mental para que o nosso perispírito libere energia proveniente do chakra coronário. Essa mesma energia pode ser disponibilizada utilizando-se a técnica chakra coronário/mão, na Cura prânica ou, no caso da Cromoterapia mental, visualizando a cor branca ou dourada, em uma tonalidade clara ou brilhante.

União lembra o mantra OM (aum), que tem correspondência com os nossos famosos “Amém” e ao “Assim seja/”. Em sânscrito o OM significa a centelha divina, ou seja, a parcela divina que carregamos em nosso ser. Seu ensinamento moral é o seguinte: o de nos elevar acima do domínio da vida mundana. Que passemos a construir formas-pensamentos que nos libertem do samsara, eliminando os detritos energéticos que se encontram acumulados em nosso perispírito. Seu objetivo é de nos ensinar que somos nós mesmos os responsáveis para expurgar as energias deletérias que nos aprisionam ao plano material e vivenciar expressões superiores de energia ou vibrações. Em resumo, trata-se do próprio dharma.

Purificamos nosso Ser eterno quando sublimamos (o que não significa reprimir) os chamados “baixos instintos” e passamos a viver em serviço abnegado, em trabalho altruísta. É por isso que de nada adiantará aplicar Reiki utilizando esse símbolo e, logo em seguida, ir para as “baladas”, bares e festas epicuristas, entregando-se às bebidas, às drogas, ao consumo exagerado de carne e ao sexo incontrolado. Quem faz isso, demonstra que não aprendeu o significado moral do símbolo e nem o que significa o REIKI.

A cada nova iniciação, o praticante pode abandonar o símbolo anterior e se concentrar no seguinte. Lembrando sempre que, o mais importante, é colocar em prática o ensinamento moral que cada um nos apresenta. Podemos verificar que o caminho iniciático acima é similar ao da Umbanda e de tantas outras práticas espiritualistas: a descoberta do plano espiritual, a lei do Carma, o livre-arbítrio, a caridade etc. até se chegar a plenitude do Ser.

Exercício de respiração para reikinianos

Este exercício básico de respiração e relaxamento pode ser feito quinze minutos antes do início de cada sessão. Se houver uma área verde no local onde você aplica REIKI, faça o exercício lá. Respirar ar puro e de forma correta aumenta a quantidade de energia (prâna) e melhora a qualidade dos fluidos que você irá doar durante a sessão. Procure se sentar em uma posição confortável. Lembre-se que a respiração deve ser realizada sempre através das narinas e nunca pela boca. Esta costuma enfraquecer nosso organismo e pode causar a inflamação dos órgãos respiratórios, pois leva o ar frio diretamente para os pulmões.

Nesse exercício, porém, pratique a respiração abdominal, a respiração dos bebês. Alternadamente, iremos inspirar por uma narina e expirar pela outra. Utilize o polegar e um outro dedo da mesma mão para fazer o exercício. Tampe sua narina direita e inspire pela esquerda. Segure a respiração pelo mesmo período de tempo que inspirou e, em seguida, feche com o dedo a narina esquerda e expire pela direita. Agora faça o inverso. Inspire pela narina direita, retenha o ar pelo mesmo período e o solte pela narina esquerda. Faça esse exercício por alguns minutos. Mantenha os olhos fechados e procure manter o pensamento elevado (pensamentos positivos ou preces) ou concentre-se no mecanismo da respiração para ir se desligando de outros compromissos cotidianos e ir se centrando no trabalho espiritual que irá realizar.

Faça uma prece agradecendo pelo dia que teve, pelas provas que a Providência colocou em seu caminho para ajudá-lo em seu aperfeiçoamento intelectual e moral. Peça pela presença dos bons espíritos para cooperar no trabalho caritativo e agradeça pela oportunidade de praticar o Bem.

Aplicação de REIKI em Hospitais, Asilos e outros locais

O ideal para a aplicação de REIKI é se ter uma sala específica. A frequência de aplicações em um único local facilita a organização da espiritualidade socorrista e esse local se transforma em uma “sala cirúrgica”. Infelizmente, nem sempre isso é possível e a pessoa de boa vontade que deseja ajudar costuma correr alguns riscos. O ambiente astral dos asilos, dos hospitais e de outros locais similares não costuma ser dos melhores. Além do sofrimento dos encarnados, o número de desencarnados nestes locais também é significativo. Há aqueles que lá se encontram sem saber que já não mais possuem um corpo físico, há aqueles que lá estão para se vingar ou para aumentar o sofrimento de alguma pessoa por quem nutrem ódio etc. A situação é muito delicada e complexa.

Um caso comum que costuma acontecer é o do praticante imbuído de boa vontade que entra de quarto em quarto para enviar energia para o enfermo. Aqui temos uma série de problemas. Raramente ele explica o que irá fazer e não pede permissão ao enfermo. Isso faz com que o enfermo não fique aberto e receptivo a energia curativa. Mas pode também acontecer problemas mais graves. Se o enfermo estiver sob a vigilância de espíritos obsessores, estes, possivelmente, não ficarão felizes com o “intruso” que foi ajudar sua vítima. Se este último não estiver vigilante e com a vibração alta e equilibrada, corre o sério risco de sair de lá também obsedado ou receber uma forte dose de energia negativa que o leve a passar o resto do dia vomitando e com dores de cabeça ou pelo corpo todo.

Quando enfatizamos a necessidade de se ter um local especifico para o atendimento é porque lá a espiritualidade socorrista costuma também ter um “serviço” para atendimentos dos obsessores. O paciente que sofre o assédio extrafísico, ao ingressar na sala, será imediatamente desligado do obsessor. Este último costuma ser adormecido ou levado para sessões de esclarecimento em casas espiritualistas que realizam esse tipo de atendimento fraterno.

Outro risco é o do enfermo, caso este seja médium, incorporar alguma entidade durante a sessão. Este risco é praticamente zero na sala preparada para esse fim, mas pode acontecer em situações adversas.

Nesse sentido, o ideal seria que cada asilo, hospital, pronto-socorro tivesse uma sala para orações e para atendimentos com REIKI. Somente nesse local o atendimento seria realizado. Os pacientes que podem se locomover seriam levados até essa sala; os pacientes em coma ou em UTI, que não poderiam ser levados até a sala, receberiam REIKI a distância, com os atendentes, devidamente preparados, enviando energia daquela sala destinada para esse fim.

E o que deve ter nesta sala? A sala deve ter apenas as macas, um recipiente com água (com a qual a equipe medica espiritual fará remédios) e, se possível, um abajur de cromoterapia. Velas, incensos, espelhos de Feng Shui, imagens de santos ou de “mestres ascensionados”, cristais etc. não são necessários. Tudo isso é objeto decorativo e pode mais assustar do que ajudar o enfermo a relaxar.

Florais e REIKI

Os espíritos que encarnam com a missão de ajudar a humanidade se caracterizam por seu total desapego aos bens materiais e pela dedicação amorosa e fraterna a causa que abraçaram antes de mais uma encarnação. Porém, nem sempre aquilo que estes espíritos deixaram para a humanidade segue na mão de seus divulgadores o objetivo original. O sagrado se profana com muita rapidez. Mas temos que saber perdoar os que assim agem, pois ainda estamos todos engatinhando em nossa evolução espiritual e não nos encontramos à altura dos verdadeiros mestres para atuarmos de forma desinteressada e caritativa.

Sem julgar aqueles que traem a essência dos ensinamentos de E. Bach, procuramos compreender, a partir dos próprios escritos do pesquisador e criador da terapia floral, seus fundamentos psicosóficos.

Comecemos divulgando uma carta de Bach para um de seus pacientes, escrita em

1935[4]:

Em sua primeira visita, o senhor mencionou a questão da remuneração e eu creio que lhe disse para esperar pela presente carta. Nosso princípio é o seguinte: como estamos usando apenas as Flores dadas a nós pela Divina Providência e a Arte da Cura é muito sagrada para ser comercializada, não se devendo ter lucros com ela, vivemos da generosidade de nossos pacientes, dos quais dependemos totalmente, não só no que se refere a nós mesmos, mas também quanto à assistência que damos aos outros. Mesmos as casas em que trabalhamos nos são emprestadas por uma senhora caridosa.

Podemos, contudo, assegurar-lhe que somos realmente gratos pela menor das doações, pois ela aumenta nossa capacidade de ajudar aos muitos pobres que atualmente contamos às centenas”.

Esta carta de Bach não deve ser muito difundida nos milhares de cursos espalhados pelo mundo, pois a primeira atitude de vários terapeutas florais da “Nova Era” é definir o valor da consulta, estabelecendo o retorno financeiro que terão com essa “terapia alternativa”. Mas como dissemos, não devemos julgar e muito menos punir. O próprio Bach não se cansava de dizer que cada pessoa se encontra em um nível de aprimoramento espiritual diferente, o que relativiza as chamadas virtudes. Se servir é uma virtude para um espírito mais consciente e desapegado, para um outro pode ser algo inconcebível e distante da sua “realidade”, pois ainda se encontra muito preso aos bens terrestres e ao sucesso material. Quantas pessoas ávidas por dinheiro não acreditam que atuar com uma Terapia que utiliza energias sutis é um caminho “fácil” para se “ganhar a vida” sem precisar passar pelos tortuosos e espinhosos estudos e avaliações que envolvem a medicina oficial?

Essas pessoas ajudam a desacreditar tais terapias, abrindo brechas para o charlatanismo e descaracterizando toda a dimensão sagrada e espiritual que possuem. Mas é a própria consciência, com o decorrer das encarnações, que irá se punir e buscar a reparação de tais “erros”.

Outra questão importante em sua Psicosofia está na compreensão do que seriam as doenças e o papel dos florais. Encontraremos significativas diferenças entre o que Bach escreveu e o que os chamados “terapeutas florais” difundem hoje em dia. Para ele, estamos no mundo para aprender a transformar o ego em abnegação, a separação em unidade, obter conhecimento e experiência para que possamos viver em harmonia com os ditames de nossa alma eterna. Nesse sentido, a doença “é o resultado de um conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer aos ditames da alma e há desarmonia ente o Eu espiritual e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos”. Em outras palavras “a doença serve para nos fazer parar de praticar ações erradas”.

Podemos compreender pelas citações acima que, para Bach, a cura não vem do exterior. A cura depende do próprio enfermo aprender a lição que a doença lhe traz e fazer uma mudança interior, o que denominamos como “reforma íntima”, ou seja, mudando o padrão de nossas atitudes, sentimentos e pensamentos.

A doença, em sua compreensão, tem uma natureza benéfica e o papel do médico é o de também assistir espiritualmente o enfermo, ajudando-o a compreender quais atitudes ele necessita abandonar e quais ele necessita abraçar em sua jornada de crescimento. Sem a transformação interior, nenhuma cura irá se processar. Essa questão, inclusive, é levantada pelo médico alemão Rudiger Dahlke, em seu livro “A doença como caminho”, quando afirma que, filosoficamente, a medicina acadêmica e a medicina alternativa caminham de mãos dadas. Ambas pensam a cura como algo vindo do exterior, mudando-se apenas o remédio. Na primeira, ministra-se remédios químicos e, na segunda, remédios “naturais”, mas evita-se falar na necessidade do paciente mudar sua forma de encarar a vida, seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

Dito isso, podemos nos perguntar: então, qual é o papel dos remédios florais? Eles curam? Na verdade não. Eles são apenas vivificantes. Ou seja, sua vibração ajuda no processo de recuperação do enfermo, elevando sua vibração e, consequentemente, ajuda a eliminar energias negativas presentes em nosso corpo astral ou perispírito, criados por pensamentos, sentimentos ou atitudes equivocados.

Em linhas gerais, seguem o mesmo princípio de outras terapias vibracionais, como o REIKI, a Musicoterapia e a Cromoterapia. Todas elas obedecem a Lei do Carma e do merecimento e, portanto, não fazem milagres.

Com o enfermo recebendo uma dose de vibrações eletromagnéticas positivas, seja por meio da cor, do som, da bioenergia de um reikiniano ou pela energia sutil de flores, o enfermo estará sendo auxiliado, mas deverá se comprometer com sua própria cura, realizando sua reformulação interior se quiser, de fato, se ver livre daquela enfermidade que lhe traz sofrimento e dor.

Poucos terapeutas alternativos enfocam a importância da reforma interior para seus pacientes, seja por medo de vincular sua profissão com “religião”, seja por medo de perder um “cliente”. Daí encontrarmos com frequência pessoas indo de consultório em consultório, passando por muitas “alternativas” terapêuticas, mas sem nunca obter a cura.

Quando cada um tomar consciência de que a cura está tão próxima, dentro dela mesma e que, do exterior, encontrará, no máximo, um auxílio para retomar o seu caminho, as pessoas serão mais saudáveis.

A reforma íntima é um caminho que ninguém está autorizado ou pode percorrer pelo outro. A própria pessoa é que tem capacidade para percorrê-lo. É por isso que cada um possui sua Cruz, adequada em peso e tamanho, para si próprio.

Alguns espíritas gostam de falar, inclusive em palestras ou em cursos de orientação mediúnica, que as terapias alternativas como os Florais, o REIKI, a Cromoterapia, entre outras, são “coisas” de médiuns fascinados. Pode até ser que, pela forma como tais terapias costumam ser difundidas, haja, de fato, muitos médiuns fascinados e obsidiados envolvidos com elas, mas, se buscarmos suas essências espirituais, vamos perceber que elas apontam sempre para o verdadeiro e único caminho possível para se obter a cura: o aprimoramento espiritual através da reforma íntima.

Sem falar que, com certeza, todas elas possuem o amparo da espiritualidade socorrista quando praticadas com ideal crístico e caritativo.

Algumas enfermidades e as emoções correspondentes

Abaixo apresentamos um quadro genérico que deve ser utilizado como Hipótese de trabalho e nunca como tabela para diagnóstico. Ele deve ser utilizado para orientar a consulta ou a triagem das pessoas que procuram por atendimento.

Como há sempre muitas causas envolvidas, a enfermidade é uma trama complexa na qual entra os carmas de vidas passadas, as imprudências da vida atual, os efeitos que se transformam em novas causas etc.

O objetivo é levar a pessoa a se autoconhecer e refletir se ela vivencia tais sentimentos e atitudes em sua vida diária. Em caso afirmativo, ela deve buscar ajuda de um profissional qualificado para superá-los.

Abscesso - emoções reprimidas por medo, culpa, paternalismo, repressão social etc. na região genital (emoções sexuais e afetivas), pulmões/coração (sensações afetivas sublimadas), na cabeça (espiritualidade sublimada). Sentimento de culpa ou inveja.

Acnes - timidez exagerada, medo de ser descoberto (traição, segredos que não deveriam ser revelados, etc.). Espinhas: energia sexual reprimida.

Afonia (engolir em seco, engolir sapos) - não dizer o que pensa para não receber represálias. Forma de sufocar palavras, opiniões e até palavrões que gostaria de dizer, mas não pode, por alguma razão. Repressão por motivos morais, educativos, familiares etc.

Alergia - necessidade de se defender do meio em que vive (família, trabalho, escola etc.), tensão e infelicidade, rejeição de ajuda externa.

Amnésia - perda de interessa pela vida, desânimo.

Anemia - medos e receios conduzindo para uma diminuição do prazer, da euforia. Cansaço, angústia sexual ou afetiva, mudança ideológica ou paradigmática (processo de derrelição). A anemia pode representar a necessidade de mudanças no campo afetivo, econômico, ideológico etc.

Arteriosclerose - ciúmes, inveja (dor de cotovelo), possessividade.

Asma - autodesaprovação, superproteção dos pais, medo, insegurança, sufocamento dos desejos e paixões, medo de entrar em contato com suas próprias necessidades e desejos para não contrariar as pessoas com quem convive, conservadorismo, rigidez. O mesmo vale para bronquite.

Bursite - necessidade de carregar os outros nos ombros, sentir-se responsável pela felicidade alheia. Necessidade de agradar a todos.

Câncer - estagnação da energia vital. Deve-se relacionar com o órgão atingido. Ausência de resignação (lembrar que resignação não é conformismo, mas compreensão do problema e respectiva aceitação ativa das provas ou expiações), depressão, conformismo.

Ciático - nervo sexual por excelência. Sexualidade contida ou mal conduzida. Sublimação negativa do sexo (repressão sexual).

Colesterol - mágoas, amarguras e tristeza não superadas.

Coração - hiperatividade, perfeccionismo, falso otimismo, pouca imaginação, ego narcísico. Dificuldade para controlar as emoções que sente. Costuma preceder um infarto as situações de humilhação ou desonra.

Dismenorreia (menstruação dolorosa) - não conseguir soltar as tensões e a raiva acumulada no dia-a-dia. Sentimentos de culpa, ressentimento ou ciúmes. Repressão sexual por motivos religiosos ou culturais.

Esclerose - perfeccionismo com os outros e indulgente consigo mesma.

Estômago - dificuldade em aceitar e digerir as próprias emoções ou relacionadas a outras pessoas. Aceitam tudo, mas perdoam pouco. Possessividade, perfeccionismo em relação aos outros (falta doçura, ternura e carinho nas opiniões sobre os erros de outras pessoas). Inveja.

Fadiga - falta de amor à atividade exercida, dificuldades afetivas.

Fígado - defesa das posses matérias ou psicológicas, tendências às explosões emocionais, autocrítica, auto-rejeição, emoções instintuais exacerbadas (sexo, alimento, excesso de preocupação com a sobrevivência material).

Garganta - sufocamento das emoções e vontades por medo de represálias. “Nós na garganta”: emoções sufocadas ou reprimidas. Engolir a raiva, as opiniões, os desejos.

Impotência - falta de confiança, auto-rejeição, dificuldades económicas ou profissionais.

Miomas - sexualidade confusa, medo exagerado da maternidade, sufocamento de fantasias e desejos sexuais.

Vícios (álcool, cigarro, drogas etc.) - em geral relaciona-se com o vazio interior, não encontrar sentido para a vida. Insegurança, auto-rejeição.

Apêndice 5

Alguns princípios da Cura prânica que o reikiniano deve conhecer

1 - Os movimentos da mão em sentido horário favorece a absorção de prâna pelo organismo da pessoa enferma.

2 - Os movimentos da mão em sentido anti-horário favorece a remoção de energia estagnada do organismo da pessoa enferma.

3 - A varredura (passar a mão sobre a aura do enfermo antes de iniciar o processo de energização) tem duas funções:

3.1 - A varredura de cima para baixo causa sonolência na pessoa. Ajuda em pacientes hiperativos.

3.2 - A varredura de baixo para cima ajuda a pessoa a se reanimar. Ajuda, no término da sessão, para que a pessoa volte ao estado de vigília.

4 - Pontos do corpo físico que transmitem calor estão com excesso de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o calor ou a vibração diminua.

5 - Pontos do corpo físico que se encontram gelados estão com falta de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o frio ou a vibração aumente.

6 - Limpeza após a sessão: sempre tomar banho, fazer um lanche leve, ter contato com a natureza, realizar uma prece de agradecimento.

Obs.: a prece nunca deve ser realizada com orações decoradas. Deve ser feita com humildade, sinceridade, reverência e concentração.

Aromaterapia e o REIKI

A aromaterapia se baseia no uso de aromas naturais que interagem com o nosso organismo, estimulando ou inibindo certas áreas da região cerebral. Apesar de não curar, a aromaterapia facilita a cura de certas enfermidades quando associada com outras técnicas.

Ela pode, assim, ser utilizada em conjunto com o REIKI. A melhor água é a fluidificada, mas pode ser utilizada água comum.

Utilize os aromas com parcimónia. Não é necessário que o paciente saiba qual é o aroma. O rechaut ideal é o de pedra sabão ou com prato de vidro. Outros acumulam fuligem no fundo ou trincam facilmente. A fuligem acumulada prejudica a saúde.

Os incensos devem ser evitados devido ao carvão. O ideal é sempre usar essências. Duas ou mais essências podem ser utilizadas em conjunto.

O rechaut deve ser lavado antes de um novo uso.

Algumas essências e sua atuação:

clip_image003contra alergia.

clip_image004inibidor do apetite sexual.

clip_image005auxilia como estimulante nervoso.

clip_image006age no sistema respiratório e no nervoso.

clip_image007expectorante. Age no sistema respiratório.

clip_image008clip_image009FRUTAS VERDES

relaxa o sistema nervoso.

clip_image010problemas pulmonares.

clip_image011tratamento do estômago, gastrite e úlcera.

IMANACÁ

artrite e artrose.

JASMIM

problemas circulatórios.

LAVANDA

problemas respiratórios.

LARANJA

estimula a clarividência.

MAÇÃ-VERDE

aumenta a energia sexual.

MADEIRA

aumenta a sensibilidade emocional.

MANJERONA

facilita a circulação.

MENTA

atua na bexiga e o esôfago.

MUSGO-SELVAGEM

enfermidades nos olhos (catarata, miopia etc.)

PÊSSEGO

atua nos rins, intestinos e fígado.

PINHO

atua sobre a garganta e no nariz

RAÍZES

estimulante.

ROSA BRANCA

atua no fígado.

SÂNDALO/LÓTUS

anti-estresse. Estimulante.

SAY-FLORA

atua nos rins.

VETIVER

relaxante. Em excesso, causa sonolência em demasia.

Perguntas à espiritualidade sobre o REIKI

Na ONG Círculo de São Francisco o trabalho é orientado por entidades orientais, indígenas, pretos-velhos e por médicos famosos no meio espirítico brasileiro. Todos preferem servir de forma anônima. Assim, não identificamos as entidades que responderam às perguntas abaixo.

Como se processa a sintonização no REIKI?

Resposta da espiritualidade - Quando o processo de iniciação ou de sintonização no REIKI for realizado em um local seguro e protegido pela espiritualidade, o que acontece é uma “auto-iniciação”. Algumas pessoas presunçosas e arrogantes se consideram “mestres” e cobram para “iniciar” alguém no REIKI. Utilizam-se de vários rituais, a maioria sem necessidade, para capacitar a pessoa a ser um “canal” de energia.

Passar por um ritual desse tipo não garante que a pessoa estará capacitada para ser um doador de energia curativa. Há sempre exceções, mas a maioria das pessoas que ajudarão a espiritualidade em tratamentos com o REIKI ou outras técnicas, assumiu tal compromisso no Além, antes de encarnar. São pessoas que produzem quantidade considerável de fluidos animalizados (ectoplasma) e foram preparadas para este trabalho. Todos sabem que se comprometeram a doar gratuitamente essa sagrada energia e terão que prestar contas ao retornarem ao Lar.

Fazer um número determinado de iniciações (I, II, III-A e III-B) não significa que, “do lado de cá”, esta pessoa se transformará em um instrumento adequado. O que mais importa é a condição moral do praticante.

Se este comprometimento não aconteceu antes de reencarnar, ou seja, se a pessoa não foi preparada para ser um doador fluídico, não importa a quantidade de iniciações que

faça ou sistemas que aprenda. Esta pessoa não terá condições de participar ativamente de um trabalho de cura espiritual[5].

O melhor trabalhador é aquele que age com amor e humildade. Aquele que se preocupa com títulos, graus, certificados etc. nem sempre são os que possuem o amparo dos bons guias e protetores espirituais. Em suma, as “iniciações” só funcionarão naqueles que já possuem o “Dom”, ou seja, o compromisso de trabalhar e auxiliar a espiritualidade socorrista.

Para estes, as “iniciações” fortalecem o campo energético e “firmam” as vibrações com as entidades também anteriormente programadas para trabalhar com aquele reikiniano. Porém, mais importante que as “iniciações”, é a busca pela transformação interior, a conduta reta e o sentimento de doação, a vontade de exercitar a caridade desinteressada. Durante a iniciação, em um espaço protegido, a espiritualidade imprime no corpo astral do neófito uma vibração capaz de liberar agregados astrais destrutivos, regularizar seus chakras, entre outras coisas. Esta intervenção do além é importante para o iniciante abrir seus campos energéticos. Mas, em seguida, ele deve aprender através dos ensinamentos morais de cada símbolo a se livrar sozinho dessas cargas deletérias, renovando-se intimamente, ou seja, mudando o padrão de seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

E qual é o verdadeiro papel do símbolo nesse processo?

Resposta da espiritualidade - Na realidade todos nós, encarnados ou não, somos energia e magnetismo. As vibrações provenientes de cada um dos chakras favorecem funções psíquicas distintas. Cada um dos sete símbolos do REIKI representa um chakra. Os símbolos identificam tais vibrações. Ou seja, eles demonstram qual caminho o praticante irá seguir. Ou seja, qual a linha vibratória que ele pretende movimentar. Trata-se de um código de acesso que demonstra o resultado que o praticante deseja alcançar. Daí a necessidade de se trabalhar com um símbolo por vez. Mas o praticante pode também se comunicar através do pensamento com a equipe médica espiritual que ali se encontra. Mas é a prece, sincera e pura, que eleva a vibração do local e facilita o intercâmbio com a espiritualidade socorrista.

É por isso que a preocupação em desenhar corretamente o símbolo é dispensável. Aliás, há muitas variações para o mesmo símbolo.

A espiritualidade não deixará de atender caso o praticante não “abra” corretamente o símbolo. Ela deixará de ajudar quando o sentimento amoroso e o altruísmo forem substituídos pela vaidade, pelo orgulho e pelo egoísmo.

O que vem a ser a crise de cura que acomete muitas pessoas que passam por sessões de REIKI ou quando são sintonizadas na técnica?

Resposta da espiritualidade - Em primeiro lugar é preciso salientar que, de fato, pode acontecer uma “crise de cura” quando alguém recebe REIKI em uma sessão ou é “iniciado” na técnica. Normalmente, a pessoa pode ter uma crise de choro ao desbloquear energias estagnadas em seu organismo ou expandir seus chakras. O contato com espíritos amigos pode também estimular uma lembrança inconsciente e resultar em uma forte emoção, entre tantos outros fenómenos que não daria para relatar extensivamente aqui. Porém, o que normalmente muitas pessoas descrevem como “crise de cura” merece uma atenção toda especial. Algumas pessoas têm diarréias que duram dias, outras fortíssimas dores de cabeça, outros vomitam sem parar etc. Sem falar naquelas que passam noites inteiras com febres e pesadelos com monstros que as agarram. Pois bem, aqui temos um problema muito sério e que não podemos definir como “crise de cura” ou “catarse”. Estas pessoas podem estar sob forte ação obsessiva ou terem recebido fortes cargas de energia deletéria durante a sessão.

As iniciações no REIKI em locais desprotegidos ou mistificadores são frequentemente acompanhadas por entidades de baixa vibração que se divertem com os rituais e que se aproveitam da invigilância dos participantes para lhes enviar fortes cargas deletérias. É claro que isso não acontece somente no REIKI. Há centros espíritas ou terreiros de umbanda, nos quais os trabalhadores são invigilantes, onde o consulente pode voltar para casa muito pior do que quando lá chegou, devido ao “passe” que recebeu.

Pacientes que não possuem “merecimento”, seja por qualquer razão, e procuram reikianos que não valorizam a dimensão espiritual e caritativa do REIKI estão mais vulneráveis à energia negativa destes “terapeutas”. Assim, enquanto o organismo físico e perispiritual não se purificar, a pessoa passará muito mal, terá febres e outros problemas. A situação poderá ser ainda pior se, além de não ter Fé, a pessoa for viciada em cigarro, bebidas alcoólicas, abusar do consumo de carne e tiver vida sexual promíscua.

A pessoa que tem Fé e Merecimento recebe a proteção da espiritualidade socorrista. Os fluídos deletérios do reikiano são isolados e ela é tratada pela espiritualidade sem problema algum.

E como fica, então, as pessoas que aplicam REIKI em qualquer lugar? Em ônibus, em cinema, em shopping, em hospitais, asilos etc.?

Ter um local preparado para aplicação de REIKI é fundamental. A sala se transforma em um hospital com todos os equipamentos cirúrgicos necessários. Se a pessoa aplica REIKI em sua própria residência, precisa ter um quarto ou ambiente dedicado somente a isso. Nunca deverá fazer o tratamento no quarto onde dorme ou em locais onde há muita circulação de pessoas, festas ou outras atividades sociais. A sala de REIKI é protegida pela espiritualidade que impede a presença de espíritos de baixa vibração e malévolos. Além disso, o trabalho acontece nas 24 horas do dia terrestre.

É preciso ter sempre em mente que a energia é neutra, o uso que dela é feito depende da intenção. Porém, certos locais não se encontram preparados para um trabalho energético sem que uma limpeza anterior seja realizada. Dos locais que você apresenta acima, são paradigmáticos os hospitais e os asilos.

Atualmente, o ideal para se mandar energia para as pessoas internadas em hospitais ou em asilos é a distância. Da sala onde vocês realizam as sessões, enviem a energia pedindo sempre para o processo ser intercedido pela espiritualidade. Esse processo é importante porque vocês não estão em condições de avaliar a situação cármica do enfermo ou da pessoa que se encontra internada em um asilo e nem têm como se proteger de possíveis obsessores que acompanham estas pessoas. O REIKI respeita o Carma e o merecimento de cada um. Ele não faz milagre. E se a pessoa estiver sob ação obsessora o reikiniano pode sofrer um ataque repentino, pois passa a ser visto como um inimigo do obsessor.

Se a espiritualidade realiza esse processo, fazendo a intermediação entre o doador de energias e o enfermo, saberá como agir com o obsessor, seja adormecendo-o ou levando- o para um trabalho de “doutrinação” ou outro encaminhamento, conforme seu merecimento e grau de compreensão intelectual.

Quando a dimensão espiritual do REIKI for esclarecida, talvez os hospitais e asilos passem a ter uma sala própria para esse tipo de atendimento. Os pacientes que podem se locomover serão levados até essa sala para serem tratados e, os que não podem, serão atendidos a distância, com o reikiniano enviando energia de dentro da sala, com a proteção da espiritualidade socorrista. É importante salientar que o REIKI não está atrelado a dogmas doutrinários e, por isso mesmo, pode ser praticado em um lugar não religioso, desde que seja um ambiente preparado para esse fim e por pessoas libertas da vaidade e do egoísmo.

E como fica a cobrança pelo REIKI?

Em primeiro lugar é preciso salientar que não é preciso pagar para aprender REIKI e muito menos receber certificados. A pessoa que diz que cobra porque pagou para aprender REIKI está apenas procurando legitimar sua baixa evolução espiritual. É preciso salientar que ninguém poderá nos capacitar para aquilo que não temos: energia para doar. Os aproveitadores da Fé alheia não merecem serem chamados de reikinianos. Estão distantes do REIKI e de suas sagradas leis. São como cegos guiando outros cegos.

Como já dissemos, não é um certificado que prova que a pessoa foi iniciada. A “linhagem”, hoje tão valorizada dentro do REIKI, serve muito mais para identificar cavalos. O verdadeiro mestre que encarnou na Terra jamais iniciou outra pessoa. Aliás, aqueles que dizem que Jesus e Buda foram reikianos, deveriam aprender a lição que estes Mestres nos deixaram e começar a ensinar e praticar, gratuitamente, o REIKI.

Aqueles que cobram pelo REIKI alimentam a união com entidades de baixa envergadura espiritual. Os “mestres ou guias de REIKI” que vão a esses locais são entidades mistificadoras que apreciam o dinheiro e satisfazem sua sede vampirizadora agindo sobre os pacientes e sobre os praticantes, sobretudo os mais egoístas e orgulhosos, que se consideram os “mestres” a conduzir aprendizes pelo caminho espiritual. Se além de “mestre” tal pessoa tiver alguma mediunidade acabará entrando em contato com espíritos fascinadores que dizem ser Jesus, Buda, Arcanjo Gabriel ou qualquer outro Ser de grande envergadura espiritual. Estes espíritos passam a estimular o orgulho do incauto, como se ele fosse o eleito para ser o grande mensageiro dos “mestres” espirituais.

É preciso salientar que toda casa espiritualista séria faz a caridade gratuita e desinteressada. Não importa se é uma casa espírita, umbandista, esotérica ou outra qualquer. Ela se torna um grande hospital para tratamento de problemas físicos ou espirituais, de uma simples dor a um caso sério de obsessão.

Para se ter o apoio e a proteção do Astral Superior é necessário praticar a caridade sem alarde, como Jesus sempre procedeu. A sala de atendimento se torna protegida, de forma que espíritos zombeteiros ou desocupados são repelidos e impedidos de ali adentrarem. Por sua vez, os obsessores que acompanham os enfermos são recolhidos e levados para tratamento na própria casa ou em outro agrupamento espiritualista, levando-se em consideração a Lei do Carma e o merecimento de cada um. O REIKI não altera o livre- arbítrio de ninguém e nem cura doenças morais.

Devemos nos lembrar que o fluido animalizado dos encarnados ou ectoplasma é algo disputadíssimo pelos marginais do Umbral inferior. Eles os buscam em locais onde predominam o orgulho, a vaidade, o egoísmo, o ciúme etc. É essa energia que movimenta e sustenta suas criações mentais enfermiças. No caso do REIKI, como para quem paga sempre existe quem receba, muitas casas “holísticas” tornam-se fontes inesgotáveis de fluidos animalizados para estes seres devido ao seu desequilíbrio com as leis cósmicas.

[1] Utilizamos alternadamente o termo reikiano e reikiniano para distinguir aquele que usa o Reiki como profissão e aquele que o utiliza como missão espiritual, respectivamente.

[2] Roger Feraudy, em seu estudo profundo sobre a Umbanda (Umbanda, essa desconhecida...), afirma que os pontos riscados devem ser acompanhados pela vontade e pelo comando mental que orienta a energia (a quem é dirigida, sua qualidade e intensidade). Sem estas “chaves” (vontade, sabedoria e ação) “estas figuras geométricas não produzirão resultado algum”. O mesmo acontece com os símbolos do REIKI.

[3] Os cursos de REIKI costumam ensinar quatro símbolos. O chamado “mestre” aprende um quinto símbolo. Muitos acreditam que este símbolo é necessário para a sintonização de outras pessoas. Com a espiritualidade aprendemos mais dois símbolos. Brincando com essa hierarquia iniciática e com o nosso sistema acadêmico, gosto de dizer que se o quinto símbolo é o do mestre. O sexto e o sétimo são, respectivamente, o do doutor e o do pós-doutorado em REIKI.

Escritos selecionados de Edward Bach”. Ed. Ground, 1991.


[5] Certa vez, um mestre de REIKI me disse que de cada 10 pessoas que ele iniciava, apenas 3 ou 4 realmente aplicavam energia em outras pessoas ou em si mesmo. Se o comprometimento anterior não existe, dificilmente ser “iniciado” na técnica garantirá que a pessoa será mais um reikiniano, independente do valor que pague pela “iniciação”.

Postagens mais visitadas deste blog

ENTIDADES III (Entendendo a vampirização II )

UM CASO DE VAMPIRISMO

BREVE INTRODUÇÃO MAGICA III