CHAKRAS
Existe
uma energia que abrange tudo no universo. É, portanto, uma energia universal.
Energia que penetra em todas as dimensões existentes. Essa energia é conhecida
na China como Ki e na Índia como Prana. É através desta energia que pela
capacidade de manipula-la se produz milagres e procedimentos fantásticos. Estas
praticas ainda permanecem ocultas ao homem comum e somente são conhecidas pelos
iniciados. Nos místicos templos esotéricos do oriente o ensinamento é dado a
todo aquele que o faz por merecer. Nas artes marcias depois de muitos anos
preparando o corpo chega-se o momento em que o discípulo após passar por
severas provações tem o direito e privilegio de acessar o conhecimento proibido
que fará dele um verdadeiro mestre. A energia Ki ou Prana pode ser usada tanto
para o bem como para o mal. Tudo depende daquele que a manipula. O segredo da
manipulação da energia é algo guardado com muito zelo. E poucos são os que tem
acesso a este segredo terrível. Aquele que manipula a energia tem a capacidade
de matar ou curar a distancia, manipular vontades e desejos, causar doenças ou
cura-las e muitas outras maravilhas que aos olhos do leigo são milagres mas
para o iniciado são procedimentos comuns. Por motivos óbvios eu Tetragrama não
posso revelar os procedimentos de nível avançado como, por exemplo, o Toque da
Morte e os Nove cortes do Diamante entre outros, por serem muito perigosos e
por não ter permissão para revela-los ao leigo. Mas os procedimentos simples e
alguns de nível intermediário darei a conhecer aos meus caros amigos e
visitantes. Eis que, portanto, tem aqui nesse artigo ensinamentos incomuns. E
se fores persistente e tiveres força de vontade aprenderás muitas coisas.
A
energia Ki penetra em todas as regiões do universo, seja esta física ou
espiritual. Portanto, a sua manipulação é tanto física quanto espiritual.
Dentro do contexto espiritual as entidades do mundo astral tem por esta energia
uma necessidade vital para sua ação no ambiente em que manifestam sua existência.
Dessa forma entidades de nível negativo necessitam dessa energia para sua ação
em dimensões superiores á que estão. Quando se esta em um determinado nível
vibratório e se deseja passar para um nível vibratório superior necessita-se de
energia e essa energia só pode ser de um ser pertencente ao nível vibratório.
Assim sendo todo ser espiritual que necessita de energia para se manifestar em
determinada vibração é, portanto, inferior a esta. Já, entretanto, para se
descer a uma dimensão inferior já não se necessita de tal energia uma vez que a
estrutura espiritual de tal ser já possui em si mesmo as qualidades necessárias
para a sua descida.
Mas
a energia Ki ou prana é muito mais do que uma ponte de acesso para dimensões
superiores. Ela é na verdade uma fonte de poder espiritual. É ela, a sua
absorção e a capacidade de manipulação que determina o poder e nível de uma
entidade. Uma entidade poderosa é a que possui em grande quantidade essa
energia e além disso como fator de muita importância é a sua capacidade de
manipulação do seu ambiente através dessa energia. No homem como ser
quaternário essa energia quando processada torna-se muito poderosa. Muito mais
do que a energia não processada pelo organismo quaternário. É por essa razão
que o homem é atrativo ás entidades inferiores. E por isso é constantemente
vampirizado quer seja inconsciente nos momentos em que dorme ou em estado
semiconsciente enquanto se esta desperto. Normalmente todos os seres humanos
enquanto dormem são vampirizados por entidades negativas. E em alguns casos
tornam-se verdadeiras baterias energéticas cuja única função é abastecer seres
negativos, e não necessariamente precisam estar dormindo para isso. No dia a
dia, enquanto despertos são manipulados por esses seres, afim de não apenas
ceder sua própria energia, mas também a dos outros com o qual mantém contato.
Tornam-se verdadeiros vampiros energéticos cujo único objetivo é fornecer
energia e causar estragos espirituais aos que estão ao seu redor.
A
energia que sobra de todo o processo energético dentro do organismo estrutural
do homem fica a sua volta como um invólucro. Nossa aura provem dessa energia.
As suas cores provem do nosso estado espiritual, psíquico e físico. Claramente
que podemos ser contaminados ou contaminar pessoas com nossa energia. Pode-se
sujar energicamente uma pessoa simplesmente através do toque físico ou
tomar-lhe energia ou dar-lhe energia, causar doenças, curar doenças,
manipulação mental e tantas outras coisas simplesmente pelo toque quando se
conhece a técnica adequada. Da mesma forma no plano astral nossa energia pode
ser tomada, drenada, sugada por alguma entidade que se preste a isso. Mas tanto
no plano físico quanto no plano astral isso pode ser evitado quando se conhece
os meios para isso. Mas não iremos nos aprofundar nesse assunto porque não
estamos falando especificamente em vampirismo mas sim em energia e ate aqui já
basta para o nosso objetivo que é um prelúdio para falar sobre chacras. Para
isso precisamos entender um pouquinho sobre kundalini.
O que é o
Kundalini? Não vamos nos ater a descreve-la, pois essa descrição se encontra em
qualquer lugar, mas vamos visualizar e entender de modo simples na medida do
possível, o que é em si mesmo. Todos nós sabemos, ou ouvimos falar sobre os Chacras,
que são vértices ou pontos energéticos, e os meridianos ou nadis, que são vasos
ou veias ou artérias, por onde percorre a energia absorvida pelos Chacras e
consequentemente sustenta toda a nossa estrutura física e espiritual. Vamos
imaginar, por exemplo, o seguinte. Temos varias camisas, do mesmo tamanho,
posicionamo-las umas sobre as outras, em perfeita simetria de modo que cada
casinha de botão fique exatamente sobre a outra, então com apenas um botão,
abotoamos todas juntas, e assim fazemos em cada casinha Imaginemos esses Chacras
como se fossem botões, e as camisas como os corpos, cada Chacras é um botão que
une as estruturas desses corpos e os sustenta energicamente, entrelaçando na
base desses Chacras, ou seja, antes da primeira casinha, estão os nadis
chamados ida e pingala, os nomes não importam, mas a sabedoria oriental os
batizou assim, poderiam ser chamados de 1 e 2, ou Zé e Mané, não mudaria nada.
Eles entrelaçam e volteiam cada Chacras. Eles começam la na base da espinha
dorsal, eles não estão na espinha, mas na direção do cóccix, eles começam
entrelaçados, enrolados como uma serpente, como duas serpentes, mas os dois
rabos, ou as cabeças, depende da sua visualização, não estão unidos, estão
separados um do outro por um pequeno espaço. Bom dentro desses nadis ou
serpentes ou meridianos, percorre energia. Essa energia entra nos dois, a mesma
energia, mas dentro de cada nadis, essa energia sofre uma mudança vibracional,
ela absorve para si a propriedade do nadis, um nadis é feminino e outro
masculino, a energia dentro de cada um tem a sua propriedade característica,
então teremos energia feminina e masculina, feminina e masculina é apenas um
modo de dizer que são opostas em si mesmo. Bom essas energias nesses nadis
estão ali puras e muito poderosas, cada uma com seu poder especifico, cada uma
delas como um magma incandescente, uma longe da outra, mas aos poucos no
decorrer da sua circulação pelas ramificações nadicas elas vão se mesclando aos
pouquinhos, apesar de serem opostas elas se atraem e como é um processo lento
essa mescla das duas, a força gerada por essa união é mínima. Quando duas
forças opostas se unem, dessa união surge uma nova força e essa força é
destrutiva ou transformadora, mas como essa união normalmente ocorre muito aos
poucos, essa força é muito sutil, muito pequena e de efeitos mínimos. Essa é a
energia chamada Kundalini, e aqui nesse contexto ela esta adormecida. Para
despertar o Kundalini, é preciso unir os rabos ou as cabeças das serpentes já
citadas, como elas estão separadas por um pequeno espaço, é nesse pequeno
espaço que se trabalha. Para isso usa-se comumente a energia sexual, claro que
pela meditação e outros exercícios também é possível, entretanto mais demorado,
a energia sexual ou o semem tanto da mulher como do homem, quando transmutado
em energia e direcionado nesse espaço, forma como que uma ponte de ligação
entre os dois nadis, ao se ligarem um ao outro, a força de atração das duas
forças a fazem unir, e dessa união surge a terceira força que é o kundalini,
como os rabos ou cabeças das serpentes estão unidas, é como um curto circuito,
desse curto circuito nasce a energia kundalini, essa energia ali, faz com que
as partes que se juntaram se colabem pela força de atração e pela solda dessa
terceira força o kundalini, conforme vai se colabando, se juntando, vai
chegando perto dos vórtices de energia, que são os Chacras, como estão
entrelaçando eles, ao colabarem nesses pontos faz com que eles vibrem muito
forte, podemos imaginar nesses vértices quando normais como umas pás de
ventilador girando bem devagar, mas quando colabados pelos nadis e sobre o
efeito do Kundalini, eles giram como hélices de avião, então eles despertam ou
aumentam a sua vibração especifica, sempre aumentam da base para cima, ou seja
da primeira casinha de botão, e assim vai subindo e conforme vai subindo, vai
despertando o Chacras e sua qualidade especifica. O risco físico do despertar o
Kundalini esta justamente nessa primeira fase de fazer a ponte entre as duas
serpentes. Os riscos espirituais nas varias casas de botões das camisas.
Mas
especificamente falaremos sobre os chacras e o desenvolvimento de cada um deles
dentro do contexto oriental. Primeiramente veremos a definição dos chacras
dentro da visão leiga, ou seja, o que é passado às pessoas comuns.
A palavra chakra é de origem sânscrita
e significa "roda". São centros ou vórtices de energia. Os vedas
(2000 a.C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem
noticia. Quando foi escrito o yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho
energético dos chakras. Esta e outras fontes históricas citam uma quantidade de
88.000 chakras e 350.000 nadis no corpo humano. Isso significa que todas as
partes do corpo contêm estes órgãos sensíveis, para receber, manipular e
transportar a energia vital (Prana). A maioria dos chakras é muito pequena.
Existem aproximadamente 40 chakras secundários de maior importância
(considerados de tamanho grande), que se encontram na área do baço, da nuca, na
palma da mão e na sola do pé. Compreender os chakras pode nos ajudar a
compreender como a energia é processada por um ser humano dentro da vasta e
complexa interação de uma existência de múltiplos níveis. Ao estudar Kundalini
Yoga, iremos nos concentrar nos oito chakras principais.
O yoga clássico conta sete chakras
principais (também chamado de Chakras Magnos, correspondentes a áreas do
sistema endócrino ou aos plexos nervosos), os quais estão alinhados na frente
da axis vertical do corpo. Estes chakras são essenciais para as funções mais
importantes do corpo de cada pessoa. A Kundalini Yoga considera a aura como o
oitavo chakra principal do corpo humano (corresponde ao campo magnético).
A natureza dos chakras é energética e se manifesta nos corpos
energéticos de qualquer ser vivo. Nesta forma são percebidos como vórtices
(rede moinhos ou míni-ciclones), que fazem circular as energias numa
determinada frequência. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos
energéticos e através deles nosso corpo energético se manifesta mais
intensamente no corpo físico.
Quando os chakras estão harmonizados, as correntes da vida fluem com
mais vigor através das estruturas etéreas, influenciando beneficamente os
órgãos físicos. Assim, as emoções tornam-se mais intensificadas, as atitudes
mais otimistas, além da autoconfiança e amor-próprio.
Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas
funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos
esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que o
"prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. O
sentido giratório é oposto entre homem e mulher. Se um desses centros começa a
diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado
- e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Na literatura indiana os chakras também são chamados de Lótus, pela sua
forma que lembra uma flor com pétalas. As pétalas refletem os canais
energéticos (Nadis) conectados ao chakra, pelos quais as energias fluem para os
campos energéticos. Através destes Nadis os chakras estão interconectados. A
quantidade de pétalas começa com quatro (Chakra Básico) até quase mil (Chakra
Coronal). Perpassando a coluna espinhal existe um canal (parecido com o talo do
Lótus), que conecta os chakras com o canal energético (Nadi) mais importante
chamado Shushuna, que está situado na coluna vertebral.
Os primeiros três chakras são conhecidos como Triângulo Inferior,
enquanto o quinto, o sexto e o sétimo chakras são conhecidos como Triângulo
Superior. O quarto chakra, o Chakra do Coração, é o ponto de equilíbrio entre
os demais, onde a experiência muda de "mim para ti" ou de "mim
para nós”.
Nenhum chakra funciona isoladamente. Quando exploramos a Anatomia do
Yoga, precisamos mudar a nossa compreensão da necessidade de analisar e
separar, para uma abordagem mais holística que reconheça que tudo funciona em
uníssono. Os chakras fazem parte de um ciclo maior de evolução e de
transferência, manifestação e sublimação. Os chakras do Triângulo Inferior
focalizam a eliminação e a redução e são equilibrados pelos chakras do
Triângulo Superior, que acumulam, criam e refinam.
Os primeiros cinco chakras estão associados com cada um dos cinco
tattvas (elementos densos: terra, água, fogo, ar e éter) e com as qualidades
que cada elemento representa. Os três chakras superiores correspondem a
domínios mais sutis, portanto não há mais correlação com as tattvas.
O Prana, a energia vital, dá força aos chakras, limpando os bloqueios
para o fluxo natural e livre da energia através deles. Kundalini Yoga facilita
essa limpeza, ao equilibrar e maximizar o funcionamento do corpo, da mente e do
espírito.
Os chakras afetam nossas percepções, sentimentos e escolhas. Eles afetam
o fluxo e os tipos de pensamentos que temos e a energia que reunimos para agir
a partir deles e manifestá-los. Em todos os nossos comportamentos, os chakras
afetam o relacionamento entre consciente e subconsciente. Abrir e equilibrar os
chakras abre os sentidos e os integra numa rede interativa que pode
relacionar-se a uma fonte de campo de energia maior, da qual viemos e para onde
retornaremos.
O que acabamos de ler é bonito e
gracioso. Muito bom para o homem leigo que se contenta com migalhas. Mas para
aquele que busca algo mais profundo isso não basta, falta algo. Ora, muita
pagina se gastaria para descrever a verdade sobre os chacras e muita coisa
ficaria a se compreender. Os chacras são os responsáveis pela capacidade de
manipulação energética. Ou seja, através dos chacras é que aprendemos a
manipular o Ki. Quando a energia Ki esta acumulada em determinado chacra, então
adquiri a particularidade deste ou seja, ocorre a potencialização dos seus
poderes. Usamos então o Ki para despertar determinado chacra com sua
particularidade potencializada. E através dessa particularidade manipulamos o Ki.
A energia Ki entra pura no chacra e sai transformada pela qualidade ou poderes
ou particularidades do chacra especifico. A energia antes pura é transmutada em
poderes específicos de determinado chacra. Depois de determinado chacra
desenvolvido a energia absorvida por ele torna-se naturalmente os poderes ou
faculdades sobrenaturais característicos do chacra. Os chacras são como moldes
e a energia Ki o ingrediente que da a forma. O conhecimento e a meditação nos
chacras são essenciais para o seu desenvolvimento. A mente é a responsável por
quase todo o processo de desenvolvimento dos poderes dos chacras. É ela que
através da meditação e concentração molda a energia Ki conforme as qualidades
dos chacras. A concentração e imaginação são fatores fundamentais no
desenvolvimento dos chacras. Por isso que antes de ter acesso ao conhecimento
do desenvolvimento dos chacras o neófito é treinado de forma rígida nos
exercícios de concentração. Tendo assim essa qualidade bem desenvolvida passa
para a fase mais importante de todo o seu aprendizado esotérico. Nos mais
profundos mistérios das artes marciais o aprendiz penetra no que realmente
importa em todo o seu tempo treinando mente e corpo. Estes são apenas prelúdios
de algo muito mais profundo que aos poucos começa a dar os primeiros passos
para o seu entendimento. A manipulação da energia é muito usada no antigo kung
Fu shaolim. Mas todo os procedimentos dos setenta e dois katis em seus treze
estágios são apenas demonstrações físicas do uso da energia Ki das mais
diversas formas e que não revela o seu uso psíquico e oculto. Todos esses
procedimentos nada mais são do que a habilidade de movimentar a energia Ki no
organismo humano. Vejamos por exemplo o kati da mão dourada ou mão de ferro, no
qual confere a capacidade de quebrar pedras ou garrafas de vidro com os dedos
ou a mão. Nesse kati se usa a energia com a particularidade do chacra Muladhara
ou chacra raiz, chacra do elemento terra, cuja particularidade é a solidez.
Essa energia com a particularidade da solidez confere a qualquer parte do corpo
a capacidade de resistir aos mais diversos impactos ou de quebrar objetos com
extrema facilidade. Essa energia quando levada pela concentração da mente a
determinado membro forma a sua volta uma espécie de campo de proteção
energético que o protege de qualquer impacto, ou pela vontade ser lançado ao
encontro de objetos que são estraçalhados. Assim no kati da mão dourada a
energia é focalizada nos dedos e lançada na rocha que ao toque se quebra como
se fosse de barro. No kati da virilha de ferro um monge pode ser golpeado por
um poderoso chute nos órgãos genitais e não sentir nada. Ora, fisicamente não
existe exercício ou preparo para o organismo humano resistir a tal impacto,
principalmente para uma região tão sensível do corpo masculino. Mas quando se
conduz a energia nessa região não se sente dor, porque a força do golpe na
realidade não atinge o local ela é dissipada pela camada de energia ali
direcionada pela concentração. É literalmente um campo de força energética. A
força do Ki com a particularidade solida. Trabalha-se muito com o chacra raiz
nos setenta e dois katis e muitos ficam apenas nessa fase de desenvolvimento e
se contentam com tais procedimentos. Poucos são os que abrem a sua mente e
avançam para níveis mais elevados. Esses poucos motivados por inquietações
espirituais são escolhidos para algo maior e iniciam estudos mais amplos e
ocultos. Assim como existe setenta e dois katis ou procedimentos de
desenvolvimento do uso da energia na forma física, também existe katis de
desenvolvimento psíquico, mental e espiritual que gradualmente o neófito vai
aprendendo a desenvolver e manipular o que acarreta profundas modificações em
sua estrutura espiritual e psíquica. Mas expor tudo isso é bonito e
interessante, mas de nada vale sem uma parte pratica. De que adianta falar e
falar e não dar ao leitor um exercício pratico para que tenha por si mesmo uma
experiência. Como é de meu costume trazer aos meus leitores e amigos exercícios
poucos comuns e de certa forma inédito ao leigo, demonstrarei a técnica Shigun.
Através deste exercício você vai aprender a absorver, represar e conduzir a
energia Ki pelo seu organismo. E posteriormente no decorrer da nossa leitura
aprendera a estimular seus chacras e dependendo da sua ousadia e desejo
desenvolver certas capacidades psíquicas.
Antes de iniciar na técnica shigun
devemos aprender o que são mudras. Mudras são posicionamentos dos dedos e das
mãos. O significado da palavra mudra é “selo” ou “símbolo”. Cada mudra possui
um significado particular, manipulando uma quantidade significativa de energia.
Aproximadamente existe 108 mudras conhecidos e outros tantos desconhecidos. Não
há necessidade que o leitor conheça todos os diversos mudras existentes. Basta saber
que um mudra ou o símbolo representado funciona como um gatilho mental que
desperta ou ativa determinadas forças internas. Um mudra numa explicação
simplificada é uma chave que abre portas internas.
O shigun usa uma técnica peculiar de
respiração cuja função é absorver energia. Inicialmente essa forma peculiar de
respiração pode causar mal estar, tonturas e outros sintomas desagradáveis que
logo desaparecem assim que o organismo se acostuma. Portanto, não se assuste,
sintomas estranhos serão sentidos e ate esperados ao iniciar o exercício shigun.
Não preciso dizer que concentração e imaginação são indispensáveis para a correta
pratica do shigun. Uma posição comum para a pratica é aquela posição oriental
onde se senta sobre as pernas cruzadas usada na yoga. Naturalmente que nós não possuímos
tal costume e por isso tal posição pode não ser muito confortável. Então podemos
fazer deitados em decúbito dorsal. Cabe a cada um escolher a melhor posição,
pois essa não influencia em nada o exercício em si. Então, deitados em decúbito
dorsal relaxamos o nosso corpo, e esvaziemos nossa mente. Olhos fechados, corpo
e mente relaxado, começamos a criar através da imaginação um ponto de luz logo
acima do nosso rosto quando esse ponto de luz estiver bem nítido e firme em sua
mente como se fosse algo real pairando sobre o seu rosto você deve erguer o seu
braço direito, o braço físico mesmo e com a mão em gestos circular e de forma
lenta começa a moldar esse ponto de luz, trazer ele para um lado e outro, então
levanta o braço esquerdo e começa a fazer a mesma coisa, através de gestos de
ambas às mãos comece a moldar e aumentar o ponto de luz, inicialmente pequeno e
aumentando aos poucos ate que se obtenha uma bola de luz do tamanho de uma bola
de futebol. Quando chegar a esse ponto, deve começar a puxar essa bola de luz
para dentro de você da seguinte forma. Respire profundamente e imagina que uma
lingueta dessa luz entra pela sua narina direita mas assim que entra pela
narina direita direcione a luz para o lado esquerdo e da mesma forma faça com a
narina esquerda. Ficando da seguinte forma. Inalando a luz pela narina direita
e direcionando ela para a esquerda e inalando a luz pela narina esquerda e
direcionando ela para a direita. Devemos imaginar inalando a luz apenas por uma
narina de cada vez. Ou seja, cada respiração deve ser alternada, uma vez pela
direita outra pela esquerda, nunca imaginar que entra pelas duas narinas de uma
vez, mas em uma de cada vez a cada respiração. Leve a lingueta de luz que entra
pela narina esquerda e é direcionada para a direita ate o seu umbigo e da mesma
forma faça com a narina direita. Assim a energia entra pela narina direita e
vai pela esquerda ate o seu umbigo e da mesma forma com a direita. Acumulando a
energia ali no umbigo como uma bola de fogo. Nesse ponto é necessário que se
faça um movimento com o abdomem, um movimento para baixo no sentido de
empurrar. Então empurre a bola de fogo de energia para baixo. Imagine ela
descendo e parando um pouco abaixo do seu umbigo. Essa energia não esta no
chacra como talvez você possa pensar. Ela esta um pouco abaixo deste, numa
lugar chamado Hara. O hara é um espaço vazio onde se pode acumular energia sem
que essa se dissipe ou escape. A cada 10 respirações de cada narina leve a bola
de fogo de energia que esta no umbigo ate o hara com o movimento abdominal. Esse
exercício deve ser feito no mínimo por 20 minutos a contar do momento em que
começa a inalar a energia pelas narinas. Após terminar o exercício que termina
quando o ultimo fiozinho de luz é inalado você deve encerrar o exercício com um
movimento de ambas as mãos logo acima da sua barriga, uma mão se encontrando
com a outra imaginando o hara se fechando conforme vai aproximando uma mão da
outra ate que as duas se encontrem e o hara se fecha. Esse primeiro exercício deve
ser feito por no mínimo um mês todos os dias. Após isso daremos inicio ao
segundo exercício que é o de movimentar a energia pelo corpo. Aqui podemos
ficar em pé ou sentado ou mesmo deitado. Escolha a melhor forma para você. A posição
das suas mãos deve ser essa da imagem.
Com os olhos fechados e concentrado
afaste uma mão da outra lentamente e enquanto faz isso imagine que o seu hara
se abre. Imagine a bola de energia ali, visualize ate que possa sentir um
pulsar ou qualquer sensação que o faça focar sua atenção naquele local. É necessário
que sinta algo, se não sentir deve praticar mais, pratique ate que sinta algo. Quando
sentir estará preparado para continuar com o exercício. Imagine que a energia
contida no hara forma em volta da sua cintura um alo ou circulo brilhante. Então
com as mãos abertas e viradas para baixo movimente devagar para baixo
imaginando a energia pesar para baixo, e depois eleve as mãos para cima,
sentindo a energia subir para cima. Faça esse movimento com as mãos varias
vezes, sempre imaginando a energia subindo e descendo conforme o movimento de
suas mãos. Depois de praticar bastante esse subir e descer da energia você pode
começar a conduzir ela pelo seu corpo. Com a mão direita leve a energia
vagarosamente ate o seu braço esquerdo e da mesma forma com a mão esquerda
levando a energia para o braço direito. Da mesma forma faça com as pernas
sempre usando as mãos para conduzir a energia. O movimento da mão deve estar
associado a imaginação, ao movimentar a mão imagine movimentando a energia ate
onde quer. Esse exercício deve ser feito por um mínimo de dois meses com 40 a
60 minutos de duração todos os dias. Daqui a dois meses iremos começar os exercícios
de ativação do chacra muladhara.
TETRAGRAMA
04/01/2012