A VISÃO ETÉRICA E O QUE ELA REVELA II
(
Todas as reações, incluindo as da matéria vivente, são ligadas ao
núcleo (1964-1965))
O
Auxiliar Invisível trabalha diretamente dentro e sobre a estrutura
molecular do corpo no Éter Químico, embora ele possa materializar a
mão física o suficiente para massagear, fazer ajustes quiropáticos
ou até mesmo efetuar uma cirurgia.
Os
bioquímicos, naturalmente, presumem que todo fenômeno
eletromagnético do corpo procede da química do corpo. O ocultista
alega que o corpo vital possui uma existência independente, que ele
existe antes do corpo e que é a sua matriz permanente. Não há
dúvida de que os bioquímicos, algum dia, pegarão seus instrumentos
e testarão um corpo morto e, naturalmente, não encontrarão campo
magnético. Eles vão declarar que isto prova que este campo
magnético emanava do corpo denso e que, por estar morto, não tem
campo. Mas, se o ocultista estiver certo, o bioquímico descobrirá o
seu campo elétrico, caso ele desenvolva instrumentos sensíveis
capazes de explorar o espaço logo acima do cadáver, pois ali
descobrirá que, durante alguns dias após a morte, existe um campo
magnético flutuando sobre o cadáver. E mais tarde, se olhar com
atenção, se souber onde conduzir seus instrumentos e como
colocá-los, ele poderá descobrir um campo magnético com a forma
física correspondente ao corpo morto, mas separado dele no espaço e
no tempo!
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Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
Mas,
se a teoria de um campo magnético flutuante parece estranha, podemos
lembrar que os astrônomos atualmente admitem que os campos
magnéticos existem no espaço interestelar, os quais - se nada mais
fazem - lançam os raios cósmicos em seus caminhos, através do
universo.
7
- O Éter de Vida e o Fogo Cósmico
Diversas
vezes tem-se feito menções sobre o "Fogo de Vida" que
arde no Éter de Vida. Não é apenas um calor físico, mas um Fogo
que denota a presença de um espírito vivente. Na assim chamada
"Palavras Perdidas de Jesus", descobertas no Egito em 1904
(e novamente em 1945), aparece a declaração: "Onde houver
dois, eles não estão sem Deus, e onde houver um, Eu digo: Eu estou
com ele. Levanta a pedra e ali Me encontrarás; quebra a rocha e ali
Eu estou". Há ainda hoje, em certas igrejas, o costume de
fazerem uma Cerimônia da Páscoa em que parte do ritual consiste em
tirar, pela fricção, faíscas de uma rocha, e acender as velas da
Páscoa com a chama dessas faíscas, sugerindo que o Fogo do Cristo
Cósmico (Espírito de Vida) está aludido nesses versículos.
Entretanto,
o Fogo Universal é "frio" enquanto dorme na rocha e no
espaço cósmico; é ainda "frio" no reino vegetal, embora,
à visão etérica, tenha a aparência de uma chama delicada, não
uma chama que arde e salta, mas um reluzir constante rosa-alaranjado
que caracteriza o Éter de Vida no reino vegetal. Nos animais e nos
homens adquire uma cor vermelho escuro ou rosado forte, pois, assim
como a radiação de energia e partículas atômicas não são
visíveis ao olho humano, embora existam, assim também o "calor"
dos animais de sangue frio ou das plantas não é perceptível aos
sentidos humanos no âmbito geral. A este propósito citamos o Dr.
Donald H. Andrews, da Johns Hopkins University, que disse numa
palestra: "Se você apagar as luzes e permanecer no escuro, você
não ficará brilhando; entretanto, se ficar na frente de uma câmara
de televisão infravermelha, em completa escuridão, a tela da
televisão mostrará uma forma reluzente brilhando com luz que
irradia de você, como resultado das vibrações de seus átomos.
Isto é um fato físico estabelecido".
Há
uns dez anos atrás, o professor Dr. Bernard Strehler, da Chicago
University, e o Dr. William Arnold, vinculado ao National Laboratory,
em Oak Ridge, descobriram que plantas verdes emanam uma luz vermelha
esmaecida, igual à luz dos pirilampos, e depois, no laboratório,
produziram uma substância que parece ser a mesma que nas plantas
emitem o brilho avermelhado. A luz vermelha não pode ser vista a
olho nu, declararam eles, mas algo que a produz deve estar lá. E
acrescentaram: "Estas descobertas foram possíveis pelo estudo
dos pirilampos e de bactérias luminosas. Atualmente julga-se que há
uma íntima relação entre a emissão da luz que liberta energia e a
fotossíntese, que armazena energia ... Mais surpreendente é o fato
de que os mesmos compostos químicos, que são responsáveis pela
emissão de luz nos pirilampos e nas bactérias luminosas - muitas
vezes produzindo peixes luminosos à noite - estão envolvidos na
fotossíntese".
Somente
nos animais de sangue quente e no gênero humano, o Fogo "frio"
do espaço provoca calor, que é sentido como tal, no mecanismo
sensorial humano.
O
aspecto de calor do Éter de Vida no corpo humano é realmente uma
propriedade conferida pela atividade de forças que operam no pólo
positivo do Éter de Luz, do qual trataremos em nossa próxima série
de lições. Justamente porque não fomos capazes de separar
totalmente o Éter Químico do Éter de Vida, também não podemos
separar completamente o Éter de Vida do Éter de Luz. Todos os
éteres reagem e interagem uns com os outros.
Assim
como a cor está associada à luz solar, no âmbito geral da visão,
também a cor está associada ao magnetismo do corpo na visão
etérica. As cinco cores especializadas pelos éteres que estão
entre o violeta e o vermelho num círculo cromático, não são
encontradas no espectro solar como as conhecidas pela visão comum,
não aparecem no arco-íris, o qual é luz solar refratada. Estas são
as cores que vão desde o violeta, passando pelo púrpura médio, o
magenta ou a cor da flor de pêssego, até abaixo do vermelho. Embora
estas cores não sejam encontradas no espectro solar, elas são, na
verdade, cores primárias no Mundo do Desejo, e a cor da flor do
pêssego é a cor da Força Vital tal como é vista no Éter ,de Vida
no corpo humano. Max Heindel diz que esta cor não é sempre descrita
em termos idênticos por aqueles que a vêem. Ele mesmo a denomina de
"cor-de-rosa azulada" ou "rosado púrpura". É a
expressão do Espírito de Vida Universal, conforme foi salientado
anteriormente, e desde que é um éter de vida, aparece apenas nas
plantas, nos animais e no homem - não no reino mineral. Comumente, a
cor do corpo vital é designada como "cor rósea".
O
Éter Químico é caracterizado pelo azul ou índigo, com maior
tendência para o púrpura médio ou o quase preto.
Outras
cores podem também aparecer nestes dois éteres inferiores, porém,
aquelas mencionadas são básicas.
Quando
o éter solar flui através do baço e é refratado no átomo-semente
do corpo vital no plexo solar, ele flui pelo corpo de modo que cada
átomo do corpo, tanto físico como etérico, recebe seu estímulo. O
excesso de força, então, irradia para fora em linhas de cor rosada.
O primeiro pensamento de Max Heindel quando estudava os éteres, foi
de que esta força adquiria esta cor rosada pela refração através
de cada átomo etérico prismático. Mais tarde, determinou que a
mudança ocorria no átomo-semente do plexo solar, e um grupo de
átomos o rodeava. (Conceito Rosacruz do Cosmos - Introdução). Ele
não havia completado suas pesquisas quando ocorreu sua súbita morte
em janeiro de 1919.
Sumário
Voltamos
mais uma vez ao corpo vital, tal como é visto através da visão
etérica do cientista ocultista. Necessariamente o átomo do corpo
vital é visto em conjunto com o átomo físico, com o qual o átomo
etérico está fortemente entrelaçado. Para descrever os átomos
físico e etérico do corpo, imagine uma cesta de arame na forma de
uma pêra, tendo paredes de arame encurvadas em espiral que correm
obliquamente de pólo a pólo. Esta é a parte física do átomo. É
de formato quase idêntico à nossa Terra, e o átomo prismático do
corpo vital está inserido no topo, que é o mais largo e corresponde
ao pólo positivo da terra. Visto que o prisma vital está inserido
no topo, o ponto do prisma estende-se em direção à base da
"cesta", que é denominada de pólo negativo. O átomo
todo, assim interpenetrado, lembra um pião girando, agitando-se e
vibrando, numa nota que é determinada pelo arquétipo e pela Chama
Sonante na medula oblongada.
Isto
sugere que o "prisma" é parte do núcleo atômico (do qual
pouco se conhecia durante a vida de Max Heindel), enquanto que a
"cesta de arame" seria, talvez, os caminhos em espiral de
elétrons passando pelos vórtices magnéticos determinados pelo Éter
de Vida. Note-se que este átomo não tem forma de disco, mas sim de
uma pêra, como agora se julga ser o globo terrestre, com a sua parte
maior no Pólo Sul. ( Max Heindel especificamente designa isto como o
átomo físico comum; mas escritores ocultistas modernos acham que
talvez não seja o átomo de hidrogênio, mas um átomo "etérico"
que é realmente subatômico )
Do
que se costuma chamar "o derradeiro átomo físico" Max
Heindel diz: "Se alcançarmos um desenvolvimento tal que nos
permita deixar nosso corpo físico e sair para um vôo anímico pelo
espaço interplanetário, veremos que o derradeiro átomo do corpo
físico tem forma esférica, como a nossa Terra, isto é,
apresenta-se como um globo". (Os Mistérios Rosacruzes - pág.
3)
Físicos
do século XIX sustentaram que os átomos possuíam várias formas,
daí este comentário de que o verdadeiro átomo é redondo. Físicos
modernos dizem que os átomos da matéria são energia em movimento
circular.
Os
prismas etéricos expandem-se quando a força de vida está passando
por eles e contraem-se ("encolhem-se") quando fatigados e
as linhas de força ficam enroladas e encurvadas, forçando o Ego a
se retirar através do sono. Na página 70, do livro "Os
Mistérios Rosacruzes", Max Heindel comenta: "Por fim, o
corpo vital sofre um colapso, por assim dizer, os diminutos raios de
força que penetram cada átomo parece que se contraem e o Ego é
impelido a abandonar o corpo às forças restauradoras do sono".
Ele menciona, também, certas forças que circundam o átomo e a
terra, do pólo ao equador. (O Corpo Vital, pág. 42 – Ed. em
inglês).
Para
a visão etérica, pontos do prisma etérico são vistos
projetando-se para todas as direções. Mas, do mesmo modo que a
visão física varia, assim também a visão etérica varia de pessoa
para pessoa, e, embora todos vejam em grande parte a mesma coisa, ela
é vista em graus variados de intensidade e clareza. Portanto, os
estudantes devem evitar declarações arbitrárias até ficarem
seguros de que a sua visão etérica está bem desenvolvida. Para um,
o corpo vital pode apresentar-se não mais que uma neblina vagamente
colorida que se estende cerca de uma e meia polegada do corpo. Para
outro, esta névoa apresenta-se dentro de uma multidão de linhas de
força rosadas. O Éter Químico pode ser visto junto ao corpo, e
para alguns a sua cor azul escura pode ser interpretada como um
espaço vazio, à semelhança do centro de uma chama de gás. Muitos
têm observado cristais, moléculas e partículas fluindo da
superfície do corpo. Faíscas de energia vital que disparam da
cabeça, da face e das mãos podem ser vistas, de vez em quando, por
quase todos. Também podem ser observadas ao redor das plantas, e uma
faísca azulada que voa de uma semente pode assinalar a presença de
um Espírito da Natureza que reside nessa semente.
Constatamos,
com freqüência, que quando Max Heindel diz "corpo vital, ele
se refere especificamente ao Éter de Vida, mais do que ao Éter
Químico, pois, naturalmente, "Vital" significa que
pertence à vida, mas é o Éter Químico que forma o verdadeiro
duplo etérico de cada simples molécula no corpo humano. Contudo,
cada átomo está também penetrado e envolvido por uma leve aura dos
Éteres de Luz e Refletor. (0 Corpo Vital, pág. 43 - Ed. em inglês).
A
morte do corpo ocorre quando o arquétipo entra em colapso, que é
seguido pela ruptura do átomo-semente no coração e pelo colapso do
corpo vital (como antes no sono), forçando o Ego a retirar-se dos
seus veículos. Vê-se, então, o corpo vital elevar-se semelhante a
uma coluna de fumaça, que logo toma a forma do indivíduo,
assemelhando-se a ele, permanecendo acima do corpo ao qual ainda está
ligado pela parte inferior do Cordão Prateado, e com o qual se
decompõe sincronicamente. No folclore, este fenômeno é descrito
como fogo-fátuo, e, embora seja vista geralmente como uma neblina
azul acinzentada mais ou menos brilhante, tem sido observado, em
certas ocasiões, na cor verde ou azul-esverdeado, mudando a cor no
processo de decomposição.
A
morte é, muitas vezes, acompanhada pela sensação de movimento em
espiral nos átomos do corpo, mas esta sensação não é
necessariamente uma indicação de morte, e o estudante não
necessita sentir-se alarmado se isto acontecer. O trabalho
pré-iniciatório "solta" os átomos etéricos de modo
seguro, capacitando o Iniciado a sair para fora do corpo, deixando os
dois éteres inferiores com o corpo denso. Somente um exercício
exato dado pelos verdadeiros mestres ocultistas, habilita o indivíduo
a fazer a divisão certa dos éteres, entre os dois inferiores e os
dois superiores. Exercícios errados - especialmente aqueles que são
dados aos médiuns - podem causar a divisão entre os Éteres Químico
e de Vida, ou entre os átomos do Éter Químico e os físicos, e
quando isto ocorre, provocam várias doenças, entre elas a
tuberculose. (O Corpo Vital, pág. 71 - Ed. em inglês). Em qualquer
caso, o "movimento em espiral" dos átomos é uma sensação
característica.
Deve-se
também observar aqui que, quando os Éteres Químico e de Vida são
dirigidos para fora do corpo denso, ocorre uma profunda
inconsciência, que não é o sono, e quando a consciência volta
sobre os átomos vitais, reentrando em sua contraparte física, uma
sensação de picadas e formigamento é sentida. Os fisiologistas
dizem que isto é devido à circulação do sangue que está sendo
restaurada, pois a mesma sensação acontece quando a circulação
cessa em uma parte do corpo, como quando a "mão adormece".
Quando isto é sentido, o ocultista vê a mão etérica caída por
baixo da mão física. De modo semelhante, na hipnose, a "cabeça"
etérica é pressionada para baixo ao redor dos ombros da pessoa,
dividindo-a desde o alto. A circulação do sangue também diminui
sob tais condições.
Os
átomos do corpo físico têm uma vibração muito lenta; o átomo
etérico estimula cada átomo físico para ação e vibração,
(incluindo os átomos do sangue). No corpo humano, a média de
vibração do átomo físico é normalmente uma oitava abaixo da
vibração do átomo etérico que o anima (Corpo Vital - pág. 191 -
Ed. em inglês).
A
sensação de agulhadas, que é sentida quando o átomo etérico está
reentrando no átomo físico, do qual foi retirado, não cessa até
que a vibração normal do átomo do corpo, uma oitava abaixo do
etérico, tenha sido alcançada. Então, o desconforto cessa, pois a
atividade normal está, uma vez mais, estabilizada.
A
ciência oculta ainda não esclareceu o relacionamento existente
entre o magnetismo planetário, solar e etérico das coisas vivas na
Terra. Horóscopos para as pessoas nascidas no hemisfério sul são
tradicionalmente invertidos, de modo que, onde um mapa do norte
demonstre o nascimento em Áries, por exemplo, o mapa do sul apontará
Libra. Será isto, talvez, o efeito da polaridade planetária? Isto é
um dos muitos mistérios para serem ainda solucionados pela ciência
ocultista do futuro.
8
- Estrela e Espiral
Vimos,
num capítulo anterior, o que a ciência moderna tem a dizer sobre a
Espiral. É um fato curioso que a Estrela de cinco pontas, sempre de
grande importância para o esoterismo, é também reconhecida como um
traço característico de vida neste planeta, como aprendemos na
biologia moderna. Vamos pesquisar um pouco mais o que este símbolo
representa no mundo que nos rodeia.
Numa
certa carta de TAROT (desenhada por A. E. Waite) encontra-se este
desenho interessante: o crescimento de uma florzinha com formato
idêntico a uma verdadeira estrela de cinco pontas. Realmente essa
flor existe, semelhante a uma estrela de cinco pontas, com a mesma
forma de estrela repetindo-se várias vezes na flor e na sua base.
Essa estrela é de uma delicada cor de malva, nada diferente da cor
azul-rosada do corpo vital, conforme o descreve Max Heindel; e, ao
ser tocada, suas pétalas parecem um veludo macio. Cresce
principalmente na Austrália, mas também é vista no Oriente Próximo
e na Ásia, e recentemente foi "descoberta" pelos
jardineiros da Califórnia, pois ela se desenvolve bem no Sul da
Califórnia. É conhecida como a flor Hoya.
Assim,
entre os seis sistemas de cristais conhecidos pela ciência, "não
existe forma admissível com um eixo de quíntupla simetria e,
portanto, nenhum cristal pode ter tal eixo". (Crystals and
Crystals Growing, Holden and Singer, pág. 163). "É
interessante refletir sobre a diferença neste caso entre os cristais
e organismos vivos. Os ranúnculos e as estrelas do mar, por exemplo,
possuem eixos de quíntupla simetria; porém, os cristais não podem
tê-los". Portanto, não há estrela - nem pentáculo - no
domínio dos cristais (incluindo a maior parte da crosta sólida da
nossa Terra), mas somente no reino de vida. A rosa silvestre de cinco
pétalas, ancestral de todas as rosas modernas, pode também ser
relacionada com a estrela do mar e com os ranúnculos.
Não
há dúvida que os antigos cientistas observaram este simples fato da
Natureza, pois em toda a parte a Estrela de cinco pontas é o símbolo
do ser humano, como no Cristianismo é o símbolo do Cristo-Menino e
indica o nascimento do Cristo em todo homem.
Intimamente
associada ao esoterismo da Estrela de cinco pontas está a Espiral da
Vida, observada por todo o universo. No simbolismo oculto é vista
como as serpentes enroladas no Bastão de Mercúrio, o Caduceu e,
como tal, é a representação da ascensão do tríplice fogo
espiritual-espinal, comentado nos livros "Maçonaria e
Catolicismo" e "Iniciação Antiga e Moderna", de Max
Heindel.
Os
esoteristas compreenderão imediatamente a suprema importância desta
combinação de símbolos: a Estrela e a Espiral, intimamente
relacionadas com os mais complexos processos de vida.
Tanto
no simbolismo Maçônico como nos rituais e mistérios da Rosacruz e
do Santo Graal, a Espiral é vista na escada encontrada no Templo de
Salomão. Historiadores e arqueólogos não estão de acordo quanto
ao tipo de construção do Templo de Salomão. Alguns comparam-no aos
templos da antiga Ur na Caldéia, local de nascimento de Abraão,
onde o Templo do Deus-Lua coroava o mais elevado dos três grandes
andares de alvenaria, semelhante a uma montanha. Outros o comparavam
aos zigurates da Babilônia, pirâmides de sete andares com uma
pequena cela na cúpula ou santuário, localizada no último piso,
onde dizia-se que o deus aparecia para os sacerdotes ou sacerdotizas.
Podemos considerar essa "sala superior" do Templo
Babilônico como o local do Oráculo, onde a vontade do céu fazia-se
conhecida.
Havia
dois zigurates, ou pirâmides com degraus, dentro dos muros da
Babilônia maior: o Templo de Bel, dentro da área central, e o
Templo de Nebo ou Mercúrio, mais para o leste no subúrbio de
Borsippa, os dois ligados por um caminho sagrado" ou rua murada.
A Torre de Mercúrio, em Borsippa, era a mais antiga e a mais
sagrada, e pode-se até acreditar que, do seu topo, os sacerdotes
astrônomos observavam a minúscula estrela perto do Sol, que era o
planeta Mercúrio.
As
pirâmides em degraus da Caldéia e Babilônia necessariamente
possuíam escadas e inclinações que levavam de um piso para outro,
até alcançar o pavimento superior. Sem dúvida, também tinham
escadas secretas internas em espiral, como atalhos para atingir o
topo, que somente eram conhecidas pelos sacerdotes e seus iniciados,
como tão bem sugere a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Contudo,
os arqueólogos jamais descobriram qualquer passagem interna nas
torres e pirâmides da Babilônia. A Assíria e a Pérsia
participavam da civilização da Caldéia e possuíam, igualmente,
torres que eram ao mesmo tempo observatórios e templos. Também
tinham grandes bibliotecas. Talvez mais claramente do que em qualquer
outro lugar, a China mostra a verdadeira natureza das pirâmides e
torres construídas nos tempos antigos como, por exemplo, o famoso
Altar Celestial, em Pequim, com seus três terraços de mármore e
nove círculos concêntricos, suas escadas nos quatro pontos cardeais
e os numerosos "pagodes" - alguns com até treze pisos -
cada um com seu telhado circular, contendo apenas uma escada em
espiral para levar ao topo, evidentemente designado para observações
de astronomia, bem como para venerar o Céu, em uma nação onde, por
milhares de anos antes de Cristo, a religião oficial era puramente
astronômica.
Recentemente,
os arqueólogos descobriram nas ruínas de Qumran, a sede dos
Essênios, no Mar Morto, vestígios de uma torre, e nela a sugestão
de um pilar central ao redor do qual havia uma escada que o
serpenteava. Seria apenas um depósito? Uma torre de vigia? Ou um
observatório? Talvez tudo isso e algo mais. É sabido que Mercúrio
e o dia da semana dedicado a Mercúrio eram importantes para os
Essênios. Dizia-se que a Quarta-feira era o seu Sabbath.
Voltando
agora à Europa Cristã, encontramos em alguns relatos que o
legendário Templo do Graal possuía, também, uma alta torre, em
cujo interior havia uma escada em espiral que dava para o nível
superior, onde se achava a Capela do Graal e onde os Mistérios do
Graal eram celebrados. O que era mostrado nesses Mistérios no topo
da torre? Evidentemente a abóbada celestial girando ao redor da
Estrela Polar guardada pelo dragão, e, um pouco antes do amanhecer,
em certas ocasiões do ano, o planeta Mercúrio brilhando qual um
diamante não distante do Sol nascente. É isto precisamente o que as
lendas mais antigas dizem: que o Mistério do Graal está revelado
nas estrelas do céu, especialmente no zodíaco e nos seus decanatos.
Outros
registros dizem que os artesãos do Templo pintavam os céus na
cúpula principal do Templo, que tinha a forma de arco, com as
estrelas e os planetas movendo-se em suas órbitas. Do mesmo modo, no
Templo de Cura em Mount Ecclesia, o teto sugere a abóbada celeste em
torno da qual as doze constelações do zodíaco se alinham, com Leo,
o Leão dos Mistérios, sobre o altar, e Aquarius, o Filho do Homem
("todo aquele que desejar, poder vir") sobre a porta da
entrada.
Numa
época em que a falta de instrução era comum, é fácil deduzir
como o neófito seria ensinado a visualizar a escada sinuosa e, à
medida que seu corpo físico relaxava-se num "sono lúcido",
que não é o transe como é comumente definido, a mente desperta
subiria pela escada em espiral até o local dos Mistérios, no cume,
virando sempre para o lado direito, E O NEÓFITO DESPERTAVA NOS
PLANOS INTERNOS DENTRO DO SANTUÁRIO DO TEMPLO DE INICIAÇÃO, ou no
seu limiar, ou nas ante-salas, de acordo com seus méritos.
Nos
planos internos, o espaço não é considerado. A "saída"
existente no topo da escada em espiral, leva o neófito,
imediatamente, (sem passagem intermediária) ao seu destino. Hoje, a
filosofia da ciência reconhece esta condição, que é designada
como "o colapso do espaço" e seu correlato, "o
colapso do tempo". É como se todo o espaço existente entre um
ponto e outro desaparecesse, e o atravessar "daqui" para
"lá" fosse instantâneo.
Às
vezes, a meditação proporciona um vislumbre disso, pois, como a
mente torna-se espiritualmente lúcida, o neófito vê como num
espaço cristalino, talvez contemplando algum ponto distante na
superfície da Terra. Ele não deixou o corpo, nem foi para parte
alguma; contudo, sente a realidade da localidade distante e, algumas
vezes, é visto e mesmo percebido de maneira tangível, ou sua voz
mental é audível por pessoas que ali vivem. Ele sente que pode
estender a mão e tocar objetos naquele local distante, visto que ele
está "ali" e "aqui" ao mesmo tempo.
Este
"colapso do espaço" é o responsável por muitos sonhos
estranhos, cujos acontecimentos e locais parecem misturar-se uns aos
outros, sem razão ou lógica. Explica, também, porque o mesmo
Templo de Mistério foi "descoberto" em muitos lugares
diferentes: na floresta densa e escura, no topo de uma montanha, nos
brejos e pântanos, nos palácios e nas cortes, na casa do próprio
pesquisador.
Quando
o neófito experimenta uma sensação como de movimento no espaço
interno, isto significa que a sua atenção está esboçando
mentalmente a distância interposta e, por assim dizer, está
construindo uma trilha mental ou uma ponte sobre a qual parece
viajar. Contudo, isto é desnecessário. A viagem pode ser imediata e
sem nenhum sentido de transição.
Assim,
para o estudante da Escola de Mistérios, a Estrela e a Espiral, além
do seu significado exterior científico e exotérico, revela algo
diferente e único: a ascensão espiral da mente na torre da
consciência, e no seu cume a estrela flamejante, que é o próprio
Auxiliar Invisível, brilhando para o mundo.
Pela
madrugada, o Auxiliar volta ao seu corpo físico, e, à medida que
flutua sobre ele, sentindo a atração magnética do corpo vital
puxando-o para dentro do seu invólucro carnal, torna-se consciente
da rotação dos inúmeros vórtices de força em sua aura; e,
enquanto estes vórtices giram, ele suavemente instala-se, sem choque
ou desconforto algum, no instrumento físico, o corpo denso, que
repousa no leito. Então, desperta para novamente levantar a cruz do
corpo no mundo do tempo e do espaço.
PARTE
III
O
Éter de Luz
9
- O Éter de Luz e o Sol
Nos
capítulos sobre o Éter de Vida aprendemos algo sobre o que Max
Heindel designou como o "éter solar incolor" e o "fluido
solar" e notamos que este fluido solar era visível à visão
etérica sob vários estados ou condições: como uma espécie de
"chuva" de força cósmica que se precipita através do
baço etérico para adquirir uma cor rosa no plexo solar. Aprendemos
ainda que esse fluido solar era magnético, e, como tal, era
percebido pelos sentidos etéricos e, embora designado como um éter
"solar", é estudado em conexão com o Éter de Vida em vez
de o ser com o Éter de Luz, porque o Éter de Vida é a avenida
particular através da qual ele é especializado. Como magnetismo,
ele pertence ao espectro "escuro" que existe abaixo e acima
da faixa normal de luz visível para o olho humano. Nas criaturas de
sangue frio e no reino vegetal, o éter solar mostra-se "incolor"
e "frio" aos sentidos etéricos. Podemos traçar um
paralelo com essa condição, se pegarmos em nossas mãos um ímã de
ferro comum. Esse imã terá um pólo norte e um sul ou um pólo
positivo e um negativo, e atrairá limalhas de ferro, embora,
normalmente, não possamos ver luz nem sentir qualquer sensação
emanadas do ímã. O ferro é frio e escuro, a despeito de seu campo
magnético que é tão facilmente demonstrado.
Somente
quando o Éter de Luz está atuando conjuntamente com o Éter de Vida
temos a manifestação do magnetismo biológico e do binômio
vida-fogo das criaturas de sangue quente. As cores associadas às
atividades do Éter de Vida, como observamos, são aquelas que partem
do ultra-violeta ao infra-vermelho e de outros raios que ainda não
são familiares ao público leigo. Porém, a percepção dessas
forças e cores representa alguma coisa a mais.
Quando
o estudante ocultista começa a estudar o Éter de Luz, e penetra no
campo da luz, do calor e da cor, que são perceptíveis aos sentidos
normais, porque os assim chamados "cinco sentidos" são os
dons das forças que trabalham através do pólo negativo deste éter.
Podemos
dizer, além disso, que o Éter de Luz é a fortaleza do
cérebro-mente, porque ele é o assento de toda a percepção
sensorial tanto interna, quanto abaixo e acima do âmbito dos órgãos
dos sentidos. A percepção extra-sensorial pertence a este Éter no
seu mais alto alcance, onde atua sobre o Éter Refletor e com o qual
se interage.
As
forças que trabalham ao longo do pólo negativo do Éter de Luz são
as que vitalizam e, no início, criam os órgãos dos sentidos,
especialmente o olho, dando-lhes o poder de responder e identificar
diferentes graus de vibrações, bem como de classificá-los em
conformidade com os efeitos produzidos no Ego-percepção. O sistema
nervoso é o seu campo especial de atividade. Sabemos que os nervos
são, na realidade, parte do mecanismo sensorial do cérebro, o qual
é feito da mesma "matéria cinzenta" como os nervos, e a
nova biologia sabe que impulsos elétricos percorrem o cérebro e os
nervos.
As
vibrações situadas na faixa de 16 a 32 mil por segundo são
identificadas pelo Ego como som. Estas são vibrações no ar,
entretanto, há o supersom (vibrações supersônicas) que é
audível, também, aos sentidos etéricos. Há outra classe de
vibrações que o Ego identifica como sensibilidade (calor e frio,
suave e áspero, etc,); outras como a visão, o olfato, o tato, e
assim por diante. Todas são simplesmente variações de vibrações
identificadas pelo Ego, cuja velocidade produz as diferentes
sensações distribuídas para os cinco sentidos ou espécies de
receptores. Também há órgãos de recepção interna: receptores
que informam ao Ego coisas tais como peso (sensação de peso), calor
(sensação de calor), equilíbrio (sensação de equilíbrio), o
relacionamento entre as várias partes do corpo (sentido
proprioceptivo - essencialmente um sentido muscular), ao passo que o
"sentido de proximidade" como o que é desenvolvido pelas
pessoas cegas, proporciona a sensação de algo que está perto e que
não pode ser visto ou sentido - a proximidade de um objeto ou de uma
presença invisível - a tal ponto que o "sentido e proximidade"
diminui gradualmente e entra no âmbito de percepção
extra-sensorial.
Todas
estas percepções sensoriais são propriedades do pólo negativo do
Éter de Luz, conhecidas pela ciência oculta. É de interesse
especial para o estudante esotérico saber que a ciência moderna
finalmente localizou o "sentido de calor" num conjunto
especial de nervos, centralizados no próprio cordão espinal, o qual
emite longos filamentos (nervos) a regiões da pele, principalmente
ao redor do meio do corpo. (As nádegas e as costas são mais
sensíveis à temperatura). (Readers's Digest, Set. 1963 - Mistérios
do nossos sextos sentidos).
O
centro controlador do calor no corpo foi assinalado na área cerebral
do cerebelo ou medula oblongada, onde os ocultistas dizem arder a
Chama da Vida.
É
esse pólo negativo do Éter de Luz que trabalha, juntamente com o
Éter de Vida, na produção de seres viventes com uma ampla gama de
percepções sensoriais, ou seja, consciências física e etérica. O
tálamo, um órgão pequeno perto do centro da cabeça e em frente à
glândula pineal, julga-se ser o cérebro original ou primitivo, onde
os instintos primitivos residem; enquanto que a grande massa do
cérebro é o assento da consciência sensorial ou da percepção. (O
corpo pituitário está bem abaixo e mais adiante do tálamo). Talvez
sejam estes os assentos das mentes conscientes e subconscientes
definidos pela moderna psicologia analítica. A assim chamada mente
"subconsciente" da psicologia moderna, atualmente inclui o
que o cientista ocultista designa como mente "superconsciente"
e como as forças que operam no Éter Refletor.
Por
que a faixa do Éter de Luz é definida em termos de espectro solar?
Porque todos os sentidos humanos evoluíram num sistema dominado pelo
nosso Sol, cuja maioria de seus raios situam-se neste âmbito
particular, do infravermelho ao ultravioleta. A ciência, até pouco
tempo atrás, nada tinha a dizer aos ocultistas sobre as atividades
dos pólos positivo e negativo do Éter de Luz. O que o ocultista viu
com a extensão da visão não pôde ser explicado em termos de
ciência acadêmica. Entretanto, a situação mudou. Uma correlação
agora é possível e também explicável, pois a Teoria do Quantum de
Plank é digna de confiança. De acordo com esta teoria, a unidade
básica da radiação é o Quantum - um feixe de energia chamado
"fóton" - que é criado continuamente no espaço livre
pelas colisões de positrons e elétrons e são também liberados do
interior do átomo quando mudanças eletrônicas ocorrem. Nenhuma lei
foi ainda descoberta para demonstrar como ou quando essas centelhas
de energia são criadas ou passíveis de serem criadas. Há um
"princípio de incerteza" na Física.
"A
radiação é composta de unidades individuais conhecidas como
quanta. Quando existe uma quantidade suficiente destas partículas,
elas organizam-se em modelos de ondas. Cada modelo possui um
comprimento de onda". (Hoyle). Assim, a luz é tanto
"partículas" (no sentido de quanta ou feixe de energia)
quanto ondas. Ambas são visíveis, como tais, à visão etérica.
Podemos compreender isto melhor se imaginarmos que umas poucas gotas
de água não podem formar uma onda; porém, quando há milhões de
gotas de água, a onda se torna possível porque apresentaram-se
condições certas. Porém, notemos também que cada unidade
("foton") é ao mesmo tempo partícula e onda.
"Vale
a pena notar", diz Hoyle, "que, quanto mais curto seja um
comprimento de onda, mais energizada se torna o quanta individual
(fotons). Daí a razão pela qual os raios gama, raios X, e mesmo a
luz ultravioleta são destrutivos ao tecido animal, ao passo que as
ondas de rádio são inofensivas".
Ele
continua: "Um ponto também interessante para considerar é que
da vasta faixa de comprimento de ondas, desde as ondas do rádio até
aos raios gama, somente uma faixa estreita de quatrocentos
milionésimos a oitocentos milionésimos (de um centímetro) pode ser
detectado pelos sentidos humanos". Ele explica: "Isto ...
contudo, não é um acidente, porque esta é a faixa correta na qual
a maior radiação solar é emitida. É certo que o Sol emite alguns
raios ultravioletas e mesmo raios X, porém, a atmosfera da Terra
absorve fortemente essas radiações destrutivas, evitando, assim,
que atinjam o solo. Por isso, vê-se a razão pela qual as criaturas
na Terra não tiveram a oportunidade de desenvolver sentidos
receptivos a estes comprimentos de ondas". (Frontiers of
Astronomy, de Hoyle). Entretanto, os ocultistas podem e fazem
desenvolver sentidos receptivos a estes e outros comprimentos de
ondas por meio das forças que operam no pólo negativo do Éter de
Luz; mas, é o aspecto científico da própria luz que é mais
facilmente observado pelo ocultista cientista que está ainda no
começo de seu desenvolvimento. Toda percepção sensorial pertence
ao aspecto negativo ou passivo do Éter de Luz.
Hoyle
continua dizendo que mais do que outros raios, o raio infravermelho é
o que mais atinge o solo, devido às gotículas de água no ar (não
vapor) que absorvem mais a luz visível do que o infravermelho - este
raio não afeta o olho humano. "Evidentemente seria uma grande
vantagem possuir olhos sensíveis aos raios infravermelhos, como na
verdade eu suspeito que os pássaros possuam. Tal explicação nos
levaria mais além, até a elucidação da espantosa visão que os
pássaros parecem possuir".
Os
astrônomos dizem que o nosso Sol é uma estrela amarela ou "cor
laranja", da classe conhecida como "Laranja" ou "Anões
amarelos", estando entre as mais instáveis das estrelas.
Portanto, a luz solar não é realmente "branca", mas
matizada de amarelo ou dourado. O Éter de Luz é também descrito
pelo cientista como dourado ou amarelo e, tal como a luz solar,
possui uma faixa completa de cores que é visível à vista comum
como cor ou como luz; mas visível à vista etérica como vibração
e como pontos faiscantes de energia.
10
- A Visão do Ocultista Sobre o Éter de Luz
Embora
todos os quatro éteres tenham um trabalho a fazer em todas as partes
do organismo vivo, cada éter tem uma atividade especial a
desempenhar. O Éter Químico é a avenida das forças concernentes à
formação e nutrição do corpo todo, porém, o seu campo especial
de ação é a estrutura óssea ou esqueleto. O Éter de Vida promove
as atividades de crescimento e de perpetuação das espécies; sua
área especial está no sangue e em outros líquidos do corpo, no
sistema gerador e nas glândulas endócrinas. O Éter de Luz é a
avenida das forças cósmicas relacionadas com a luz solar, a cor e o
calor todos consideravelmente importantes em nossa evolução;
entretanto, a sua área especial de ação é o sistema nervoso,
tanto o voluntário como o simpático. A glândula pineal e o
cérebro, como um todo, são o assento do Espírito Humano (Ego). O
cérebro é a grande central, recebendo e coordenando o centro do
sistema nervoso, organizando todas as sensações à medida que são
enviadas pelos órgãos dos sentidos através dos nervos. Dissemos,
em nosso último capítulo, que pensa-se que o minúsculo corpo
talâmico poderia ter sido o cérebro original, e que os instintos e
os poderes psíquicos ainda tenham aí um foco, ao passo que o
cérebro superior governa toda a evolução posterior dos poderes
sensoriais.
Novamente
verificamos que o Éter de Vida especializa o "fluido solar"
que atua como a eletricidade do sistema nervoso. Max Heindel
acrescenta que, além disso, o Éter de Luz transmite a força motriz
ao longo de vários nervos, o que proporciona ao Ego meios de
movimentar o corpo. A força motriz não é a mesma que a energia de
vida envolvida no crescimento e na perpetuação das espécies,
embora brote da mesma raiz primordial. Notemos que o fluido solar
também circula nas plantas, as quais já possuem um sistema nervoso
rudimentar e, portanto, um início de percepção sensorial. A física
moderna oferece algum esclarecimento a respeito destes tópicos,
afirmando que o "fóton", unidade do espectro
eletromagnético, por si próprio "não tem carga", embora
carregue energia eletromagnética. Os fótons comentados nas lições
sobre o Éter de Luz, pertencem somente àquela faixa do espectro
eletromagnético que conhecemos como a nossa luz solar. O espectro
eletromagnético estende-se tanto acima como abaixo dessa faixa.
Já
mencionamos a operação do Fogo Cósmico no Éter de Luz. O Ego
Humano é parte desse Fogo e suas energias atuam através do Éter de
Luz, não como uma parte do complexo de raça e sim como um Espírito
individual, desejoso e pensante, capacitado a elaborar o seu próprio
destino. Max Heindel diz que o Ego opera particularmente no calor do
sangue.
Afirma-se
no "Conceito Rosacruz do Cosmos" o seguinte: " ... as
forças que atuam pelo pólo positivo, (isto é, o Éter de Luz), são
as que geram o calor do sangue nas espécies mais elevadas dos
animais e no homem, convertendo-os em fontes individuais de calor".
(Essas forças também circulam o sangue). Aos vinte e um anos de
idade, quando "a mente nasce" - despoja-se de seu
envoltório - o Ego assume o completo controle de seus corpos, e o
calor do sangue que na adolescência era muitas vezes superaquecido,
agora mantêm-se ao redor de 98,6 graus Farenheit (37 graus
centígrados). Este calor do sangue é necessário para manter a
consciência do Ego no corpo. Se a temperatura sanguínea baixar
muito ou elevar-se além dessa faixa, o Ego vê-se forçado a sair do
corpo, ocorrendo os estados que reconhecemos como sono, coma ou
morte. O Fogo do Ego é o Fogo do Alquimista que, no seu devido
tempo, cria o "corpo de diamante" do Adepto.
Nos
animais de sangue frio somente a circulação do sangue é ativada
através do pólo positivo do Éter de Luz e não há necessidade de
calor.
Nas
plantas, as forças que atuam pelo pólo positivo do Éter de Luz
circulam na seiva, e estão mais relacionadas com o calor do Sol do
que com a sua luz. Através da investigação moderna, ficou
demonstrado que no Solstício de Inverno, no Hemisfério Norte, mesmo
naquelas regiões em que a neve e gelo cobrem a terra, a leve mudança
das forças etéricas, ocorrida quando o Sol começa a dirigir-se
para o norte após a sua mais longa declinação austral, causa o
despertar das árvores e a movimentação da seiva na profundidade de
seus troncos e de suas raízes. É o "calor" cósmico,
adormecido no pólo positivo do Éter de Luz, que impulsiona esse
despertar.
"As
forças que atuam pelo pólo negativo do Éter de Luz são aquelas
que operam através dos sentidos, manifestando-se como funções
passivas da visão, da audição, do tato, do paladar e do olfato.
São também as que constroem os olhos e os nutrem". (Conceito
Rosacruz do Cosmos).
Para
os sentidos etéricos, as várias cores estão, atualmente, tão
tangíveis como visíveis, e alguns investigadores ocultos declaram
que todas as outras sensações têm uma correlação com a luz e com
a cor. Os diferentes comprimentos de onda de cor no raio da luz solar
podem ser sentidos, assim como uma diferença de qualidade pode ser
percebida. Crianças cegas podem, algumas vezes, diferenciar cores,
embora não as possam ver. Alguns físicos falam de uma "visão
facial" desenvolvida por estas crianças, mas há mais de
quarenta anos atrás, o Dr. Jules Romain demonstrou (relatando em seu
livro "Visão sem olhos", atualmente esgotado) que muitas
áreas da pele poderiam ser usadas para a percepção visual. Para
ele, áreas como a fronte, as têmporas, as maçãs do rosto, o peito
e as mãos eram especialmente sensíveis à luz. Embriologistas
também confirmam que quase todas as partes da pele de um embrião
podem ser usadas para a formação de olhos. O Dr. Romain explicou
isto ao dizer que a pele é guarnecida por pequenas células chamadas
ocelli, as quais, realmente, assemelham-se a olhos em miniatura. Os
ocultistas afirmam que onde quer que o Éter de Luz esteja presente,
qualquer organismo vivente sempre desenvolverá a percepção
sensorial, especialmente a percepção da luz, em alguma forma de
estrutura ocular.
As
forças que operam ao longo do pólo negativo do Éter de Luz são
aquelas que depositam a clorofila e as cores nas flores. Assim, todas
as cores nos reinos da Natureza são "depositadas" por
intermédio das forças que operam no pólo negativo do Éter de Luz.
Como
sabemos agora que a luz não é meramente ondas em um éter, mas
consiste, também, de verdadeiras partículas, como "pacotes"
de energia chamados "fótons", encontramo-nos na posição
de ver que existe uma substância definida e real que as Forças da
Natureza podem usar e manejar nessa operação de depositar a cor.
Estas Forças da Natureza incluem as fadas, os seres angelicais e o
Ego humano.
Como
o Éter de Luz é a avenida para as forças que promovem a percepção
sensorial, especialmente a dos olhos, é natural que a primeira
experiência do estudante com a visão etérica relacione-se com os
fenômenos deste Éter. Em geral, ele percebe primeiro uma espécie
de névoa azulada ou teia, que parece preencher o espaço e que
ocorre muitíssimas vezes na penumbra de um aposento mais claro,
digamos, num corredor. A percepção desta névoa é vista como um
violento movimento quando a luz a atinge, movimento este que, em sua
rapidez, assemelha-se ao bater das asas de um beija-flor.
Posteriormente, ele poderá ver que esse bater de asas (ou teia) de
luz está repleto com as cores do arco-íris, entre as quais inúmeros
pontos de luz prateada que se arremetem de um lado para o outro.
Quanto mais intensa for a luz, mais perceptíveis essas partículas
se tornam à visão, e maiores parecem ser. Projetam-se na atmosfera
com intensa energia, aparecendo e desaparecendo continuamente, mas
elas não descem para o solo. (Nem todas elas são basicamente luz
solar - algumas têm outra origem).
Sob
uma inspeção mais aguda, essa teia no espaço parece consistir de
pequenos flocos transparentes, com um núcleo semelhante a um cometa
- que é a centelha primeiramente percebida - então, o floco, como
um todo, torna-se transparente e turvo. Os físicos referem-se à luz
dizendo que consiste tanto de ondas como de partículas – isto é,
o próprio fóton é ambas as coisas. O ocultista, por sua vez, vê
este fóton como uma cadeia pertencente à radiação do nosso Sol,
tal como já foi descrito. O floco transparente pareceria representar
o aspecto-onda do fóton, e a faísca o aspecto-partícula; o
ocultista sugere que o primeiro é negativo e o segundo positivo,
porém, isto é experimental.
No
complexo corpo humano, diz-se que o Éter de Luz é dominantemente
positivo nos homens e negativo nas mulheres. Vejamos como isto
funciona. Os sentidos e as cores pertencem ao pólo negativo, e as
reações sensoriais das mulheres são, muitas vezes, mais rápidas
do que a dos homens; elas vêem as cores com mais clareza e sofrem
menos da cegueira da cor. Suas auras etéricas também mostram uma
ampla proporção do dourado Éter de Luz, porém, a energia positiva
do Éter de Luz é evidente no dinâmico impulso para a ação,
característica da encarnação masculina, e a aura masculina muitas
vezes cintila densamente com os pontos de energia pertencentes a este
Éter. O homem também mostra mais o impulso ígneo.
Desde
que a Luz é constituída de fótons e os fótons consistem tanto de
ondas como de partículas, ambos são vistos completamente unidos no
espaço.
Na
tentativa de estudar o Éter de Luz, o estudante não deveria olhar
para um objeto, para a parede ou teto, MAS DIRETAMENTE PARA DENTRO DO
ESPAÇO.
A
observação seguinte merece a nossa atenção: "O Éter de Luz
é uma substância de um tipo peculiar que não tem o mosaico-atômico
familiar, que normalmente designamos como matéria ... Podemos
designá-lo como uma substância, mas também como espaço ...
mantendo em mente que ... o espaço pode possuir certas
características morfológicas ou estruturais que o tornam muito mais
complicado que os conceitos da Geometria Euclidiana. Na realidade, na
física moderna, a expressão Éter de Luz (despojada das suas
alegadas propriedades mecânicas) e o espaço físico são
considerados sinônimos". (Gamow: One, Two, Three ... Infinity)
O
estudante poderá observar esse Éter, pela primeira vez, se estiver
reclinado no leito, num quarto bastante iluminado e olhar para o
canto do teto. Seus olhos não devem pousar na superfície, mas
dentro do espaço em si: então começará a ver ondas e fagulhas do
Éter de Luz. Deve ser evitado forçar os olhos.
11
- Sumário: Os Três Éteres
Antes
de discorrermos sobre o Éter Refletor, façamos uma revisão das
características mais evidentes dos três éteres inferiores como são
conhecidos pelas ciências física e oculta. Primeiro: a luz pertence
ao chamado espectro eletromagnético, do qual somente um pequeno
segmento ou faixa é visível à visão humana, pois esta faixa
representa a radiação que vem do nosso Sol, em cujo campo nossos
sentidos desenvolveram-se. Se a nossa raça tivesse evoluído, por
exemplo, num planeta pertencente a um gigante sol vermelho, nossa
visão teria se desenvolvido na faixa do infravermelho. É um fato
curioso que quando a visão etérica começa a se desenvolver, é o
aspecto invisível da luz em nosso próprio espectro solar o que,
geralmente, é visto primeiro: as verdadeiras ondas de luz e o núcleo
de energia faiscante existente nessas ondas. As ondas do Éter de Luz
são realmente constituídas de unidades ou feixes de energia que
são, ao mesmo tempo, ondas e partículas. Ambas são visíveis,
simultaneamente, à visão etérica. A unidade de energia é chamada
"fóton" e não é apenas uma unidade da luz solar, mas é
a unidade de todas as ondas eletromagnéticas.
Os
fótons, diz o físico, são feixes de energia que correspondem aos
átomos e moléculas que são feixes de matéria. Os elétrons, os
prótons e as partículas alfa são partículas de eletricidade. Toda
energia radiante consiste de fótons. O fóton é definido,
apropriadamente, como "pedra angular do campo eletromagnético".
Ele se movimenta à velocidade da luz.
O
fóton nunca está em repouso. O elétron, o próton e o nêutron
podem descansar, mas o fóton não. Por isso o elétron, o próton e
o nêutron são chamados unidades de matéria, e na terminologia
oculta designados como "feixes" dos Éteres Químico e de
Vida, e descritos por Max Heindel como "éteres estacionários".
A energia radiante, porém, cuja unidade é o fóton, representa a
energia que está continuamente escapando da matéria. Sob o ponto de
vista oculto é a unidade do Éter de Luz. O fóton, por si mesmo,
não possui carga, mas carrega energia eletromagnética. As
partículas sub-atômicas e os fótons têm uma rotação e, quando
carregados, respondem aos campos magnéticos. Os astrônomos dizem
que há campos magnéticos no espaço interestelar, onde novas
galáxias tendem a se formar; mas o cientista ocultista também vê
uma chuva de força cósmica, de natureza elétrica ou magnética,
que designa como "o éter solar incolor". Não é idêntico,
em natureza, às forças cósmicas ou ao magnetismo solar e
planetário, mas, de alguma forma, apresenta uma conexão ainda não
determinada pela ciência mundana e oculta. O éter solar incolor
está sujeito ao chamado da mente e da vontade humana.
Assim
como os campos magnéticos do espaço são conhecidos porque dão
atividade em espiral a certas partículas sub-atômicas (comumente
núcleos), da mesma forma o "magnetismo animal" da ciência
oculta parece ser acompanhado de atividade em espiral no Éter de
Vida, o qual forma e dirige as atividades do Éter Químico. Os dois
éteres inferiores são considerados, em geral, como um trabalho em
unidade, pois é praticamente impossível estudá-los separadamente.
( A ciência fala de "bioeletroquímica" e
"bioeletromagnetismo" )
Os
fótons não são uniformes em grandeza. A quantidade de energia está
em proporção à freqüência. "Os Raios-X têm freqüência
mil vezes maior do que a luz visível, assim, quando dão sua energia
aos átomos, elétrons, etc., os seus 'impactos' são maiores e mais
facilmente observáveis", explica o físico.
A
estrutura do corpo é formada nos dois éteres inferiores, e o Éter
de Vida especializa o fluido solar que atua como eletricidade no
organismo vivo; o fluido solar é convertido de magnetismo cósmico
"inorgânico" em magnetismo "vivo", conhecido
pela ciência oculta e, atualmente, está sendo pesquisado pela
ciência física.
A
energia elétrica do fluido solar energiza os sistemas nervosos do
organismo humano, tanto o voluntário como o simpático. "As
duas metades complementares que suprem todo o funcionamento do
circuito elétrico" foram descobertas pelos biologistas.
Mencionamos, de passagem, que na parte posterior da cabeça
descobriu-se que há uma carga positiva e na frontal uma negativa, a
qual é chamada uma "área silenciosa", e supõe-se estar
associada à percepção extra-sensorial. Na ciência oculta, a
nota-chave do corpo vital é ouvida zunindo na medula oblongada e sua
vibração é sentida, muitas vezes, na parte posterior da cabeça.
Os
investigadores científicos dizem que há três eixos de força
magnética aos quais o ser humano está sujeito, e eles estão
testando vários pacientes em hospitais, para ver se emissões de
raios cósmicos, tormentas magnéticas no Sol e outros fenômenos
desta espécie têm algum efeito no estado nervoso do ser humano. Há
séculos a ciência oculta vem ensinando que tais condições
cósmicas (o macrocosmo) tem efeito sobre o organismo humano (o
microcosmo). Atualmente, a ciência moderna aplica as expressões
"macrocosmo" e "microcosmo" tão abertamente como
a ciência oculta o fazia na antiguidade; porém, o "microcosmo"
da física moderna tende a ser o interior dos átomos e das moléculas
e não simplesmente o organismo humano como um todo - sendo o
infinitamente grande, o macrocosmo e o infinitamente pequeno, o
microcosmo.
Uma
compreensão cada vez maior do Éter de Luz produzirá uma nova e
importante ciência no que se refere ao uso da cor, tanto para a cura
como para o desenvolvimento de plantas e de animais. A terapia da cor
já está em grande progresso, não somente entre os ocultistas, mas
também no mundo da física, da química e da medicina. É
compreensível, agora, quando se tem o conhecimento de que a natureza
da luz consiste tanto de partículas como de ondas, e que a cor pode
ter um efeito físico bem claro e definido. Até mesmo doenças
orgânicas muito sérias foram submetidas à cromoterapia por mãos
de especialistas; não somente doenças nervosas e mentais, mas
distúrbios físicos comprovados.
Os
terapeutas da cor crêem que um raio de cor representa uma verdadeira
substância, e que as vitaminas e outros elementos contêm essas
substâncias e, dessa forma, num sentido muito real e como exemplo, é
o raio vermelho que fornece o ferro necessário ao sangue, e assim
por diante.
Mas
nenhum destes depósitos de cores poderiam ser feitos nas plantas sem
uma nota-chave ou atividade-padrão do Éter de Vida, conforme já
indicamos. Na linha divisória dos Éteres de Vida e de Luz, as
singulares substâncias vitais chamadas enzimas executam o trabalho
deles. Descobriu-se que "em plantas tão diversas como nas
macieiras e nas alfaces, lá estão as delicadas e sensitivas enzimas
regulando o seu crescimento, em todos os estágios, desde a
germinação até o amadurecimento da fruta". Estações
Experimentais do Governo (por ex. o Departamento Americano de
Pesquisas Agrícolas em Beltsville, Md) já isolaram parcialmente a
substância, que é efetiva em quantidades mínimas, e reproduziram
em tubos de ensaio aquilo que parece ser a sua reação crítica. A
enzima existe em duas formas e transforma-se reversivamente, de uma
forma para outra, quando exposta ao comprimento apropriado das ondas
de luz. Uma forma absorve a luz na faixa do alaranjado ao vermelho, a
outra absorve o vermelho extremo da luz, próximo ao limite do
espectro visível. A primeira forma causa um efeito como o do
avermelhamento das maçãs e a germinação das sementes da alface; a
outra forma promove o florescimento e regula o crescimento.
"A
forma predominante da enzima na planta depende da cor da luz à qual
a planta está exposta. Ambas as formas estão presentes em
quantidades quase iguais depois de expostas à luz na linha mediana
da faixa do vermelho. A reação de uma extensão maior de onda
favorece a forma que absorve o vermelho-alaranjado, enquanto que a
ação de uma onda mais curta (em direção ao amarelo) estimula a
produção da forma que absorve o vermelho intenso. Na planta viva, a
intensidade, bem como o comprimento da onda de luz, influencia a
função da enzima. Os investigadores verificaram que a planta da
soja florescerá se exposta, durante a noite, a um período
extremamente curto à luz vermelha intensa, mas não florescerá se a
intensidade da luz for aumentada 100 vezes mais. A exposição a uma
baixa intensidade da mesma extensão de onda, estimula a germinação
da semente da alface, reduzindo a sua germinação a zero quando
exposta a uma intensidade alta".
A
ciência oculta divide o espectro da luz em áreas positiva, negativa
e neutra; as cores abaixo do verde são chamadas "quentes"
ou positivas, e as cores acima do verde são chamadas "frias",
elétricas ou negativas. O verde é neutro, porém nenhuma cor é
mais importante do que esta, pois ela é a cor da clorofila. Na
cromoterapia, as cores positivas ou "quentes" são aquelas
que, segundo dizem, correm para cima, como se saíssem da Terra, ao
passo que as negativas ou "cores frias são aquelas que correm
para baixo, como se saíssem dos céus, enquanto que o verde, a cor
neutra, projeta suas forças horizontalmente. O verde, conforme
provado pela nova ciência das cores, é uma cor primária.
Tudo
o que pode ser dito dos efeitos da cor no ser humano como sendo
puramente psicológicos, não se pode dizer das influências da luz
colorida na vegetação, pois algumas espécies de luz provocam o
crescimento das raízes, outras dos caules, das folhas e flores;
outras, a germinação das sementes, e assim por diante; enquanto a
enzima, delicada e sensível à luz, dá provas de ser, no tecido das
plantas, um elo importante no processo vital.
A
ciência atingiu profundamente os limites do vermelho intenso do
espectro, porém não se defrontou ainda com a cor da "flor de
pessegueiro", conhecida pelos ocultistas.
A
extensão de ondas de cor algum dia será usada para abrir as
faculdades espirituais, porque, conforme temos demonstrado, estas
também pertencem às forças do Éter de Luz. A percepção
supra-sensorial, assim como a percepção sensorial comum, são
dependentes deste Éter, no que se refere à consciência do corpo.
Parte
IV
O
Éter Refletor
12
- Entre dois Céus
Por
mais antigos que sejam os registros que lemos, sempre encontramos
referências à "reflexos" e "imagens" para
ilustrar a forma pela qual as Idéias criadoras de Deus
objetivaram-se no espaço e no tempo. Ao olharmos uma poça d'água
límpida - o primeiro espelho do homem - vemos que o céu, que está
mais distante e acima de nós, é a parte mais profunda refletida na
água; ao passo que outros objetos, inclusive nós mesmos, ocupam
posições intermediárias ENTRE DOIS CÉUS.
Em
nosso estudo do Éter Refletor vamos manter essa imagem na mente, tal
como os neófitos das Escolas de Mistérios o fazem há milhares de
anos.
No
capítulo I do "Conceito Rosacruz do Cosmos", Max Heindel
escreveu: "Por mais de uma razão o Éter Refletor é assim
denominado, pois as imagens nele encontradas são apenas reflexos da
Memória da Natureza. A verdadeira Memória da Natureza encontra-se
em reino muito mais elevado. Nenhum clarividente muito desenvolvido
preocupa-se em ler esse éter, que apresenta imagens nebulosas e
vagas comparadas com as do reino superior. Neste Éter Refletor lêem
os que não têm escolha, na realidade, os que não sabem o que estão
lendo ou vendo. Como de regra, os psicometras e os médiuns obtêm
suas informações neste éter. O estudante das escolas ocultistas,
nos primeiros estágios do seu desenvolvimento, também investiga
neste Éter Refletor, mas é prevenido pelo Instrutor da
insuficiência deste éter como meio de adquirir informações
corretas, o que evita que ele venha a tirar conclusões erradas.
"Este
éter é também o meio pelo qual o pensamento impressiona o cérebro
humano. Está intimamente relacionado com a quarta subdivisão do
Mundo do Pensamento, a mais elevada das quatro subdivisões contidas
na Região do Pensamento Concreto - a pátria da mente humana. Ali se
encontra uma versão muito mais clara da Memória da Natureza do que
no Éter Refletor".
Max
Heindel ainda afirma que o aspecto "memória" desse éter
reside no pólo negativo, enquanto que os processos de pensar fazem a
sua impressão no cérebro por intermédio do pólo positivo.
Entretanto, ele não diz que esses pólos são pólos magnéticos. O
Éter Refletor não é nem elétrico e nem magnético; seu pólo
"positivo" é dominante na parte frontal do cérebro, na
área onde o "Vigilante Silencioso" (o Espírito Divino)
tem o seu assento.
Ensina-nos
mais adiante, que o Éter Refletor é o menos denso dos quatro
éteres; que no ciclo de crescimento ele amadurece aproximadamente
aos vinte e oito anos; que é negativo nos homens e positivo nas
mulheres; que, como o Éter de Luz, é volátil e migratório; que,
na realidade, é um hiperéter, tanto astral como etérico e mesmo
mental (já que é intimamente penetrado pelas matérias de desejos e
mental), e que, enquanto à primeira vista parece estar vazio,
esconde dentro de seus translúcidos invólucros muitos segredos em
forma de registro de quadros, que não somente reproduzem formas
físicas mas também sentimentos e emoções. Conseqüentemente,
quando o estudante-vidente aprende a ler nesse éter, ele pode
surpreender-se ao descobrir que não somente vê movimentação de
quadros de sua vida passada, como também, algumas vezes, vê
formações áuricas e pensamentos-formas que os acompanharam, embora
ele não tivesse clarividência ao tempo em que os eventos ocorreram.
Outra
particularidade do Éter Refletor, que torna difícil avaliar a
importância do que ali é visto, é familiar a muitos estudantes,
pois Max Heindel mencionou-a muitas vezes. É o meio pelo qual o
fluxo do tempo no Éter Refletor parece mover-se para trás, de
maneira que se quisermos investigar um evento, digamos do ano 500, é
necessário observar primeiramente o ano 600 e depois deixar o
registro desenrolar-se para trás, até o ano 500. Entretanto, não
se deve supor que esse fluir para trás possa ser comparado ao
desenrolar de um filme, no qual, por exemplo, a galinha volta a ser
pintinho e daí entra novamente no ovo e a casca do ovo se fecha ao
seu redor. Esse desenrolar para trás é mais comparável a um
movimento de pulsações de tempo, que volta para trás até um
determinado ponto e então move-se para a frente em conformidade com
uma lei ainda não definida que governa as imagens-tempo. É um
conhecimento comum entre os estudantes ocultistas que os quadros de
vidas passadas parecem desenrolar-se de forma regular e normal, a
menos que um intervalo aconteça. O exercício de Retrospecção é
recomendado para desenvolver a visão do fluxo-tempo, com o poder de
regular o fluir das imagens.
O
Éter Refletor algumas vezes inverte os números e um número lido
como 235, na realidade pode ser 532. Entretanto, a analogia não deve
ser levada assim tão longe e não seria correto dizer que os números
refletidos no Éter Refletor estejam invertidos, tais como os números
refletidos num espelho o estão e como também acontece com a
caligrafia. Livros e documentos vistos na "biblioteca" do
Éter Refletor são normalmente lidos diretamente, tal como acontece
no mundo físico; porém, em muitos casos, o leitor verifica que,
repentinamente, ao invés de estar lendo o escrito, vê-se de repente
mergulhado no centro da história ou registro que ele observa como um
expectador onipresente, mas invisível.
Note-se,
entretanto, que os poderes suprasensoriais variam bastante de acordo
com a tendência e temperamento individuais, pois, assim corno o olho
físico não pode ver um objeto se a sua pálpebra estiver
cobrindo-o, da mesma forma a clarividência nada poderá mostrar ao
vidente a menos que ele definitiva e conscientemente enfoque sua
atenção numa direção determinada. Os Santos da Igreja, em muitos
casos, demonstram possuir a clarividência, porém, nada viam no
mundo astral a não ser os pensamentos-formas do céu e do inferno
construídos pela sua própria comunidade de fé.
Os
estudantes-ocultistas desenvolveram a faculdade de ver espíritos
desencarnados, as Forças da Natureza e as Hierarquias celestiais,
sem jamais terem descoberto as forças nucleares conhecidas pelos
físicos modernos, e isto porque não pensaram em procurá-las.
Os
quadros no Éter Refletor geralmente se desvanecem em alguns milhares
de anos, deixando "buracos" onde o vidente nada encontra.
Entretanto, nas áreas confiadas aos Templos de Mistérios, os Irmãos
Maiores e seus Iniciados lêem uma versão muito clara da Memória da
Natureza, a qual, na quarta ou região arquetípica do Mundo do
Pensamento, traz em si todos os registros pertencentes ao nosso atual
Período Terrestre, e como esses registros são revisados e
vivificados na mente de cada Iniciado, o registro correspondente no
Éter Refletor é, por assim dizer, reforçado e continua a ser
acessível mesmo para a deficiente visão do clarividente comum ou
estudante principiante da escola de ocultismo. Os Mestres, nos planos
internos, muitas vezes, projetam no Éter Refletor quadros que eles
desejam que o neófito veja e venha a recordá-los. Assim, o neófito
vê os registros que, de outra forma, não lhe seriam acessíveis.
Max
Heindel mostrou-nos que os Éteres de Luz e Refletor estão
intimamente associados não somente ao Dourado Manto Nupcial, mas
também às funções específicas do organismo corporal. O estudante
poderá achar a proximidade de funções desses dois éteres uma
fonte de confusão quando observadas pela primeira vez.
Quando
o estudante-vidente começa a ver a agitação do Éter de Luz, com
seus movimentos semelhantes a asas e com seus arrojados cometas de
energia como numa película, passa a reconhecer que o espaço está
pulsando como as vagas do oceano - em grandes e lentas ondas. À
medida que ele investiga esses espaços-ondas azulados, começa a ver
o que pode parecer-lhe, à primeira vista, formas transparentes
incolores, algumas vezes formas geométricas mas, muitas vezes,
formas semelhantes à folhas que se movem no mar de éter como
plantas aquáticas. Então, continuando atento e focalizando a sua
atenção nessas profundas marés de luz, o estudante poderá,
repentinamente, compreender que ele está realmente contemplando o
Éter Refletor, já que por detrás do movimento ondulante de luz,
seu olhar pousa naquilo que parece ser um mundo de espelhos, um mundo
com quadros tão nítidos e claros como as imagens num espelho. Aí
não existe nenhuma ondulação, nenhum movimento.
À
primeira vista, os registros no Éter Refletor não são fáceis de
ler, mas, uma vez que o éter parece estar repleto deles, todos podem
ser vistos inteiramente, de modo que é necessário prática para
separá-los, antes que cada um possa ser lido. Isto é feito pelo
poder da vontade em manter a atenção focalizada sobre uma imagem,
não permitindo imagens colaterais que distraiam a atenção. Há uma
tendência em todos os videntes não desenvolvidos em simplesmente
relaxar e permitir que esses quadros fluam ou se movam além da visão
mental, sem nenhuma tentativa de controlá-los ou analisá-los. A
pessoa comum pode, na verdade, nunca compreender que seja possível
controlar o fluxo de imagens, e pode até se vangloriar do fato de
que não pode "desligar" os quadros que se precipitam ante
seus olhos. Este é o segredo do desenvolvimento negativo que pode
conduzir à obsessão; se não à obsessão completa, pelo menos à
mediunidade ou, talvez, à falta de controle mental e emocional, os
quais a ciência médica designa como "desequilíbrios" ou
"distúrbios".
O
estudante deve, portanto, exercitar a discriminação em relação ao
fluxo de imagens que vê. Pode parecer-lhe que essas imagens são
irresistivelmente auto-impelidas, mas não é assim, pois elas
respondem à sua vontade, como logo descobrirá quando fizer um
esforço para controlá-las.
Notemos
que nem todas estas imagens são "registros". Elas incluem,
algumas vezes, cenas atuais e pessoas reais vivendo na Terra; e,
também podem incluir faces e formas daqueles que já passaram para o
"além", bem como cenas dos mundos internos. Este Éter
pode assemelhar-se a um espelho de duas faces, como Max Heindel diz,
refletindo o universo exterior de um lado e os mundos internos e
espirituais de outro.
13
- O que o Éter Refletor reflete
Freqüêntemente
é dito que cada observador colore (por meio de sua própria
tendência mental) suas observações do mundo, tal como estas
existem tanto fora como dentro de si mesmo. Não há argumentos
quanto a isto. Naturalmente, nós vemos o mundo e recebemos dele
experiências através daquilo que somos. Não pode ser de outra
maneira. Porém, o filósofo da ciência moderna vai além disto
quando diz que não são somente aquelas impressões do mundo
exterior que dependem de sua atitude mental, ou a sensibilidade
individual situado no cérebro, mas que O MUNDO EXTERIOR OU OBJETIVO
É REAL E LITERALMENTE ALTERADO PELO ATO DA OBSERVAÇÃO E DA
EXPERIMENTAÇÃO, através da interação de forças físicas e da
pressão de forças geradas mentalmente como na telecinésia. Como
isso pode ocorrer?
A
resposta para o ocultista encontra-se no Éter Refletor, com as suas
estranhas qualidades parecidas com as do espelho.
É
a força Arquetípica do Ego, "refletindo" ou
"projetando-se" na grande raiz-substância da Natureza, a
mente subconsciente do cosmos, que assim afeta seu mundo. O Éter
Refletor, como Max Heindel demonstrou, estende-se através do
Primeiro Céu e mesmo através do Segundo Céu, pois ele contém o
princípio da memória, e tem uma conexão especial com a Região das
Forças Arquetípicas. Podemos designá-lo como o "soalho"
dos dois céus inferiores. Quando o filósofo da ciência observa que
não é mais necessário separar o sujeito do objeto, o observador do
observado, ele está expressando a realidade espiritual das Forças
Arquetípicas como são conhecidas pela ciência oculta. O espaço e
o tempo entram em "colapso" no reino do Éter Refletor,
porém o Espírito Virginal, como Ego-consciência, permanece.
Para
o cientista material, as características exteriores do Éter
Refletor são de fundamental interesse. Ele pensa em mundos e
universos de matéria que são explicados pelas leis inerentes (ou
refletidas) nesse plano sutil. Porém, para o ocultista, o mais
importante é o UNIVERSO INTERNO, que se reflete no Éter Refletor. O
que entra em colapso aqui é a "sensação de barreira", a
sensação de separação entre a humanidade e o Universo Vivente,
com suas inumeráveis Hierarquias que vão desde as forças
elementais até ao Ser Supremo Uno, em quem toda a criação vive,
move-se e tem sua perene existência.
Assim,
a afirmação de Max Heindel de que esse hiperéter é um espelho que
reflete um duplo reflexo - o universo superior ou interno e também o
universo descendente ou externo - recebe uma nova aplicação na
ciência moderna,
Lembramos
que Max Heindel designou ambos os Éteres, o de Luz e o Refletor,
como sendo "migratórios" e "voláteis". O Éter
Refletor, como o Éter de Luz, é luminoso e flui, condição que, em
certo ponto, dificulta o vidente quando pretende dizer onde um cessa
e outro começa.
Mostrou-se
que, uma vez que o estudante aprendeu a ver as ondas do Éter de Luz
e pratica sua visão observando essas ondas na meia obscuridade
quando o ar parece repleto de correntes pulsantes de luz ou de
neblina azulada, sua visão fixa-se sobre formas que parecem folhas
que flutuam e circulam nesse éter aquoso como plantas sub-aquáticas.
Aqui, ele poderá ver, no inverno, os desenhos familiares das geadas
nas vidraças, com suas ramificações ondulando no constante fluir,
e depois de algum tempo, ele poderá ficar consciente da presença da
cor e da vida movendo-se entre aquelas formas. Pode ainda ocorrer que
ele veja uma pequena árvore com aparência de cristal movendo-se
suavemente em ondas de luz; e um pequeno enxame de formas aladas como
se fossem borboletas de cristal pousadas em seus galhos. Verificará
que quando ele fixa sua atenção nessas formas, elas repentinamente
parecem mover-se em sua direção como se aumentassem de tamanho, e
suas cores e detalhes de estrutura podem ser estudadas como se
estivessem ampliadas. Porém, se a atenção se desvia, tudo
desaparece.
Embora
designado como "migratório" e "volátil", o Éter
Refletor apresenta quadros tão vivos e nítidos como aqueles vistos
no espelho, dando ao estudante a impressão de estar andando "através
do espelho" quando tem sua primeira experiência com este éter.
Olhando
para as ondas-espaço movendo-se na quase obscuridade, o estudante
tem a impressão de estar no fundo de um oceano com uma luz azulada
opaca, e as grandes vagas pulsando ao seu redor revelam-lhe
incessantemente formas novas, todas elas movendo-se lentamente como
objetos levados pelas marés.
Algumas
vezes, o estudante fica convencido que pode ver realmente com sua
visão física nessa luz azulada e pode fixar seus olhos sobre alguma
coisa existente no quadro, digamos um quadro que ele sabe estar
pendurado em determinado lugar. Por um momento, parece que ele está
realmente vendo o quadro; depois, percebe que, ao invés disto, está
vendo as mesmas onipresentes formas vegetais brilhando translúcidas
e cristalinas no éter. O espaço está pleno de padrões: "Deus
geometriza". Nesta altura, a visão do estudante-vidente passa,
sem ele perceber, do pólo negativo do Éter de Luz para a visão do
pólo negativo do Éter Refletor. É virtualmente impossível dizer
quando ou em que lugar a fronteira foi atravessada.
Note
que esses "padrões" que nadam no Éter de Luz, indicam que
são os padrões-guias para as forças elementais que constroem as
formas terrestres. Os padrões geométricos e também os intrincados
padrões dos vegetais de toda espécie, juntamente com as formas de
vida que trabalham através e com eles, como observados aqui,
pertencem não somente aos registros do passado, mas, diretamente, ao
mundo atual.
É
na fronteira existente entre esses dois éteres que as Forças
Arquetípicas cruzam misteriosamente sobre e para o contínuo
espaço-tempo. Aqui está o ponto em que a chamada subjetividade
torna-se objetiva e o pensamento-forma paira no limite da
quimicalização.
O
registro inscrito no átomo-semente do coração e no pólo negativo
do Éter Refletor, é somente uma manifestação das forças
existentes no Éter Refletor, é o registro especializado pertencente
a um indivíduo. O Éter Refletor do planeta é a "memória"
do globo inteiro, recebendo reflexos da própria envoltura mental do
planeta, onde os registros - memórias do Espírito vivo da Terra são
mantidos inviolados e imutáveis.
Alguns
quadros no Éter Refletor pertencem inteiramente ao que chamamos
passado, quer estejam contidos na mente subconsciente de nossa
presente encarnação, ou registrados no subconsciente da raça,
inscritos no átomo-semente situado no ápice do coração, que
levamos conosco vida após vida. Todo o passado situa-se nessa parte
do Éter Refletor que designamos como "subconsciente",
tanto no homem como na Natureza - o que poderá ser provado através
de técnica adequada.
A
propósito disto Max Heindel diz: "George du Maurier escreveu
uma história intitulada Peter Ibbetson, na qual esta teoria da
memória subconsciente é claramente mostrada. Peter Ibbetson,
prisioneiro numa penitenciária inglesa, aprendeu como 'sonhar
verdadeiramente', isto é, colocando o seu corpo numa certa posição,
ele APRENDEU COMO PRENDER DENTRO DE SI AS CORRENTES DE ÉTER, podendo
assim, à noite, entrar em contato com qualquer cena de sua vida
passada, conforme sua vontade. Podia ver-se como um espectador (na
qualidade de homem adulto) entre seus pais e companheiros de
brinquedos no mesmo ambiente da época dos acontecimentos. Podia ver
todas as cenas mais detalhadamente do que quando aconteceram no mundo
material ... Quanto ao futuro, era-lhe absolutamente impossível
obter qualquer informação, ao passo que o passado estava inscrito
na placa do seu coração e era, portanto, acessível sob condições
adequadas." (Perguntas e Respostas, Vol. I, Pergunta nº 54).
Note
que o vidente não precisa "ir" à Região Etérica para
ler os registros contidos no Éter Refletor. Não tem que deixar seu
corpo ou "ir" a algum lugar. Simplesmente lê no Éter
Refletor que permeia o ar que respira, o qual tem uma conexão
especial com a corrente sanguínea e com o átomo-semente no coração.
No entanto, Max Heindel disse que, em sua opinião, é necessário
ser capaz de deixar o corpo conscientemente para poder ler na Memória
da Natureza situada na quarta Região do Mundo do Pensamento, porque
esse registro existe elevado na atmosfera mental do planeta.
Embora
o Éter Refletor esteja largamente confinado ao passado e ao presente
imediato, também é uma realidade que os "eventos vindouros
projetam suas sombras antecipadamente", mas quando estas
"sombras" estão sendo projetadas no Éter Refletor, estão
no limiar da materialização. Clarividentes, muitas vezes, vêem
essas sombras do futuro refletidas em seu próprio Éter Refletor e
também no de outras pessoas, mas eles não vêem as forças
arquetípicas que pertencem ao nível superior do Mundo do Pensamento
e que podem mudar essas "sombras" quase no mesmo instante
em que são percebidas. O estudante-vidente deveria notar que ele
mesmo, o Ego, sendo ativo como um ser pensante, e laborioso Ser no
mundo mental, pode alterar ou cancelar qualquer quadro visto no Éter
Refletor; porém, fará isto não atacando o ambiente material, mas
ajustando-o por meio da força espiritual e da compreensão da Idéia
Criadora atrás do quadro, a qual pertence ao Mundo do Pensamento
(Abstrato), o mundo-lar do Espírito humano.
Há
muitas histórias interessantes de pessoas que tiveram sonhos,
lampejos de quadros de eventos futuros, geralmente aqueles que estão
prestes a ocorrer. Algumas vezes, como um aviso de perigo e atuando
para salvar a vida do vidente. Porém, na maioria das vezes, esses
quadros não são bastante claros ou completos para que o vidente
seja capaz de planejar o rumo a ser tomado; e, freqüentemente, eles
mostram circunstâncias sobre as quais a pessoa não tem controle. Em
tais casos é bom lembrar que o LUGAR VERDADEIRO DO CONTROLE ESTÁ NO
MUNDO ARQUETÍPICO DO PENSAMENTO, de onde o Ego trabalha com as
forças sutis da Natureza e controla cada situação em harmonia com
a lei cósmica.
O
Ego pode e realmente controla os eventos que estão a ponto de
materialização, e que são, portanto, visíveis como quadros no
Éter Refletor, uma vez que é através do pólo positivo desse Éter
que o pensamento faz sua impressão sobre o cérebro. Entretanto, que
ninguém fique perturbado por profecias daqueles que lêem a sorte ou
por seus próprios sonhos ou quadros repentinos, porque esses
pertencem somente ao Éter Refletor e podem ser reportados às forças
espirituais do mundo-lar do próprio Ego, onde ele segura as rédeas
do poder.
Então,
como é feito o registro? Max Heindel diz (Perguntas e Respostas Vol.
I, pergunta 54): "Há três tipos de memória. Em primeiro lugar
o registro produzido pelos nossos sentidos . . . essas impressões
são gravadas sobre as células do cérebro e somos capazes de,
conscientemente, trazê-las de volta - embora nem sempre ... pois
esta memória é extremamente falível e caprichosa e se esse fosse o
único método de obter um registro de nossas vidas, a Lei de Causa e
Efeito seria invalidada - nossa vida futura não seria uma seqüência
daquilo que fizemos ou deixamos de fazer no passado.
"Deve
haver uma outra memória, e essa é o que os cientistas chamam de
mente subconsciente. Assim como o éter leva para a câmara do
fotógrafo um registro da paisagem circundante e imprime-a sobre a
placa sensível nos mínimos detalhes, assim também, o mesmo éter
que transporta o quadro aos nossos olhos, imprime-o em nossa retina,
e leva para os nossos pulmões um quadro semelhante que é, então,
absorvido pelo sangue e, à medida que o sangue passa através do
coração, este registro fica indelevelmente inscrito sobre o
sensitivo átomo-semente que está localizado no ventrículo esquerdo
do coração, próximo ao ápice. As forças ("a alma")
desse átomo-semente são retiradas pelo Espírito no momento da
morte e contêm o registro da vida toda nos mínimos detalhes, de
modo que, independente de nós termos observado ou não os fatos de
uma certa cena, eles estão registrados aí".
(Podemos
acrescentar que a terceira espécie de memória é a memória
supra-consciente, situada no Mundo do Espírito de Vida, o qual é a
Consciência de Cristo). (Conceito Rosacruz do Cosmos - cap. III).
Max
Heindel disse que cada átomo do corpo tem uma película dos Éteres
de Luz e Refletor, o que nos leva a admitir que isto deve formar,
coletivamente, um envoltório ou aura. À medida que o Ego desenvolve
maior espiritualidade, ele projeta-se mais profundamente sobre os
Éteres cósmicos de Luz e Refletor e a película que envolve os
átomos cresce e expande-se até o ponto de envolver todo o corpo
numa ampla aura munida de poderes e propriedades especiais: o
"Dourado Manto Nupcial" do Iniciado.
O
registro permanente do átomo-semente vai com o Ego, vida após vida;
mas a película do Éter Refletor leva em cada átomo um registro
pertencente à presente vida, momento por momento, até a morte e
tudo fica gravado no registro permanente do átomo-semente que é
levado vida após vida.
Há
uma pequena quantidade dos dois Éteres superiores no organismo
humano comum que se encontram principalmente no sangue, no cérebro e
no sistema nervoso. É precisamente o aumento da aura dos Éteres de
Luz e Refletor que proporcionam uma memória mais ampla, mais forte e
uma focalização melhor dos quadros que vêm da Memória da Natureza
planetária, bem como as que vêm do átomo-semente do coração.
Os
filósofos medievais fizeram a surpreendente dedução que a memória
não era uma parte da mente, do mesmo modo que, atualmente, nós
dizemos que ela pertence ao sub-consciente, seja qualificada como
voluntária ou involuntária.
Ou
ainda, como Max Heindel afirmou em sua analogia com a máquina
fotográfica, que os quadros do Éter de Luz são focalizados sobre a
película, que é o Éter Refletor e o registro permanente do
átomo-semente.
Uma
vez que o Éter de Luz e o Espaço são "quase sinônimos",
vemos que os "quadros" no "espaço" imprimem suas
imagens sobre a película do Éter Refletor, fluindo em duas
direções: uma em direção ao passado e outra em direção ao
futuro.
14
- O Éter Refletor e o Registro dos Renascimentos Anteriores
O
Éter Refletor não só contém os registros pertencentes à vida
diária, mas também o registro das horas que dormimos, as quais,
para o ocultista, são momentos de grande atividade. Poucos
estudantes lembram-se das atividades durante a noite quando, como
Auxiliares Invisíveis, trabalham ou estudam nos mundos espirituais.
Os Auxiliares Invisíveis têm preferência de ação, e, enquanto a
maioria mostra interesse no Serviço de Cura, alguns têm outros
campos de atividade. Freqüentam aulas e têm oportunidade de visitar
as regiões do Purgatório e do Primeiro Céu para observar as
condições ali existentes. Algumas fases desse aprendizado é
recordada, porém, uma boa parte é esquecida. Mesmo depois da
Primeira Iniciação, diz Max Heindel, sua memória ainda não estava
suficientemente perfeita, carecendo de treinamento adicional.
Psicólogos
referem-se a pessoas que possuem "memória visual",
"memória-auditiva" ou, "abstracionistas" (como
poderíamos designar o terceiro grupo) que relembrariam cenas, mesmo
sem imagens de qualquer natureza. Inacreditável, como poderá
parecer para muitas pessoas, há os que podem descrever
pormenorizadamente o que comeram no café da manhã, descrevendo tudo
o que havia sobre a mesa, ainda que afirmem que não "vêem"
qualquer imagem de tudo isso. Possivelmente esse tipo de recordações
sem imagens pertence à mente matemática, comum às pessoas que
raciocinam sem imagens, excetuando fórmulas matemáticas. O
estudante ocultista, que está começando a despertar nos planos
internos, mostra diferenças semelhantes de memória e recordação,
as quais, indubitavelmente, são devidas às diferenças de
temperamento e de hábitos mentais. Alguns dirão a si mesmos: "Eu
estive em tal e tal lugar ontem à noite e falei com fulano e
sicrano". Se pedirmos a eles que descrevam o lugar ou a pessoa,
não poderão fazê-lo, não possuindo nenhuma imagem em sua mente
relativa àquela situação. Talvez na vida diária de um estudante
ocorra a mesma coisa, isto é, a ausência de lembranças com
imagens. Para melhorar a memória, ele deverá construir imagens
mentais, tal como lhe é ensinado no exercício de concentração que
deve realizar todas as manhãs ao despertar.
Se
o estudante é portador de "memória auditiva", e se tiver
faculdade auditiva aguda, terá recordações mais definidas das
palavras e conversações do que das imagens. Se ele possui "memória
visual" e sua reação visual for de excelente qualidade, ele se
lembrará de cenas, objetos e pessoas. Obviamente, os artistas
plásticos são portadores de "memória visual"; músicos e
oradores da "memória auditiva". Porém, mesmo aqueles que
dizem recordar experiências sem imagens, seja auditiva ou visual,
não deixam de registrar essa forma de memória.
Recentes
experiências psicológicas, realizadas em várias universidades,
sugeriram que a ocorrência de esquecimento acontece em virtude da
interferência de vários sistemas de memória, cujas imagens e
detalhes são intimamente similares. Isto contraria a crença popular
de que as recordações são mais facilmente lembradas quanto mais
similares forem. No caso de recordações dos planos internos, os
eventos incomuns são os mais facilmente lembrados, enquanto a vida
de trabalho e os estudos contínuos, noite após noite, são
esquecidos, porque assemelham-se, de várias formas, às nossas
atividades diárias.
Paralelamente
à habilidade de recordar as experiências dos planos internos, onde
o Espírito funciona durante o sono do corpo (levando-se em
consideração que tenha algum interesse superior àqueles do corpo)
surge a habilidade de ver os quadros no pólo negativo do Éter
Refletor, relativos aos renascimentos passados. Sabemos que esses
registros, ainda não definidos em termos científicos, são
impressos no átomo-semente do coração e levados vida após vida.
Esses registros do átomo-semente estão entre aqueles que,
refletidos no pólo negativo do Éter Refletor, o estudante vê,
freqüentemente, antes de adormecer e antes de despertar pela manhã.
Psicólogos designam-no como visões "hipnagógicas",
visões que são projetadas do subconsciente na ocasião do sonho ou
nas proximidades do adormecer. Uma vez que elas surgem durante o
sono, como sonhos, o estudante não é capaz de exercer controle
algum sobre elas, mas, à medida que a consciência-anímica do
estudante se amplia, o controle será adquirido. A maioria das visões
de "transe" pertencem à área das visões hipnagógicas.
Entretanto, na fase superior da clarividência, a pessoa encontra-se
plenamente desperta, relaxando-se em completa tranqüilidade por um
ato de vontade e, então, vê as chamadas visões "hipnagógicas"
em plena consciência de vigília e aprende a controlá-las e
dirigi-las.
Devido
à necessidade de completo relaxamento é que inúmeras escolas de
ocultismo, no passado, situavam-se em lugares retirados, no topo das
montanhas, no interior das florestas e lugares desertos onde o ar era
puro e onde somente se ouviam os sons da Natureza. Obviamente, quando
estudantes instruídos na quietude de tais lugares são levados a
viver nas barulhentas ruas das cidades, tendem a perder seus poderes
tão arduamente conquistados e têm de aprender a concentrar-se no
meio do ruído e da confusão.
A
Escola de Mistérios Ocidentais Rosacruzes compreendeu e enfrentou
esse problema. Desenvolveu um treinamento destinado a ser usado pelo
habitante das cidades e, embora possa parecer a este estudante que o
seu progresso é lento, ele verificará que o seu progresso é maior
do que se tivesse feito um retiro em algum ambiente espiritual
afastado. Verá que adquiriu mais força do que imaginava e que leva
uma vantagem em relação aos estudantes que foram treinados num
lugar solitário.
Não
devemos pensar que a visão "sonolenta" leva a um estado de
vigília. O que queremos dizer é que o estado de sono torna-se
gradualmente mais claro ou torna-se permeado pela consciência de
vigília, a qual cobre tanto as horas de vigília como as horas de
sono, bem como as zonas intermediárias onde ocorrem as visões
"hipnagógicas".
Nesse
estado clarificado ou "claro", o estudante-vidente lê no
pólo negativo do Éter Refletor e, às vezes, nesse Éter verá
quadros de seus próprios renascimentos passados, assim como os de
outros.
Há
certos pontos importantes para serem observados em relação à essas
visões no Éter Refletor. Primeiro, a conhecida característica
deste éter de inverter algumas imagens, como foi o caso de Mme.
Blavatsky que lia o número de uma página às avessas. A analogia
com o espelho não deve levar-nos muito longe porque, além de tudo,
o Éter Refletor não é um espelho de material físico: ele é um
espelho quadrimensional, onde as três dimensões do espaço são
experimentadas pela consciência como uma reflexão.
Isso
significa que, ao contrário da imagem refletida no espelho a qual
nunca é confundida com nosso próprio físico mas permanece à
parte, nós mesmos parecemos ser levados para o fluxo do Éter
Refletor, de modo que permanecemos no próprio centro dos
acontecimentos que ali são mostrados. É somente no começo que os
quadros lançam-se para o passado, parecendo-nos um filme familiar. O
estudante, em algum ponto, ver-se-á como personagem na cena, e ele
admite isto como sendo um quadro de seu próprio renascimento
passado. Em geral isso é verdadeiro. As primeiras cenas vistas são
geralmente aquelas que pertencem aos nossos próprios renascimentos
passados. Contudo, pode ser que nós não nos reconheçamos numa cena
onde muitas pessoas são mostradas e onde o nosso interesse dirigi-se
a alguma determinada personagem. Inevitavelmente, o estudante-vidente
identificar-se-á com quem sentir mais forte simpatia, porque ele, em
razão do poder "refletivo" do Éter, penetrou no padrão
emocional da pessoa que ele vê. É por essa razão que muitas
mulheres escreveram a Arthur Weigall, o Egiptólogo, agradecendo-lhe
o modo delicado que adotou ao descrever a história de Cleópatra -
pois diziam que tinham sido Cleópatra em renascimentos passados!
Como essas várias mulheres puderam crer que tinham sido Cleópatra?
Obviamente tiveram visões do Egito com Cleópatra como personagem
central, sentindo uma forte identidade emocional com a infortunada
rainha.
Podemos
admitir que as videntes foram pessoas que, realmente, viveram no
Egito e conheceram Cleópatra. Poderiam ter sido servas, damas da
corte ou amigas da rainha e até mesmo francas inimigas dela,
envolvidas em sua queda e morte, e, quando no Purgatório, entre
renascimentos, identificaram-se com o seu sofrimento e aprenderam a
arrepender-se do mal praticado. Agora, no renascimento, onde serão
levadas ao Caminho da Iniciação, o passado abriu suas portas
mostrando-lhes onde tinham criado tal destino. Elas não se
encontravam apenas no meio das cenas dos tempos de Cleópatra, mas
estavam também no meio das ondas emocionais originadas na corte,
onde ela era o pivô e o centro dos acontecimentos. Cada uma das
mulheres videntes, obviamente, devido à vaidade pessoal e, talvez,
ansiosas por projeções pessoais, admitiram que eram a própria
Cleópatra renascida.
Dessa
maneira, vemos que há uma memória de emoção, bem como a memória
do pensamento e da ação, e isto também é alcançado pela
clarividência no Éter Refletor; embora esta memória-emoção seja,
para muitas pessoas, mais raramente experimentada do que as outras.
Contudo, quando a imagem do passado não é simplesmente vista, mas
ocorre uma identificação com a mesma, tal como já foi descrito, a
memória-emoção manifesta-se. Assim, desde que muitos de nós
identificamo-nos com nossas emoções e sentimentos em maior ou menor
grau do que com as sensações corporais e com o pensamento, é
natural que, sentindo uma forte emoção emanada de uma pessoa
imaginada, assumamos uma identificação com aquilo que realmente não
somos. Dessa maneira, situações ridículas surgem, tais como as das
várias mulheres que pensaram ter sido Cleópatra.
15
- O Éter Refletor e a Sua Relação com a Matéria
Note
que todo objeto existente no universo exterior tem sua réplica,
clara e inconfundível, no Éter Refletor. Não é somente o
Corpo-Alma, o Dourado Manto Nupcial, que se encontra lá. Tudo no
universo tem seu reflexo neste éter. Porém, as leis de reflexão no
hiperéter não são simplesmente uma imagem refletida no espelho,
embora esta analogia sirva de base para as explicações dos
professores. Consideramos que as teorias científicas mais recentes
sobre a matéria e anti-matéria têm seu pivô nesse éter e, assim
como a anti-matéria tem antigravidade, podemos ler aqui uma
explicação admissível para o velho ditado que a levitação é
realizada por intermédio da luz astral. Uma teoria atual diz que, no
princípio, a matéria e a anti-matéria existiam juntas numa espécie
de "ovo cósmico", e, posteriormente, foram separadas pela
ação de alguma força repulsiva ainda desconhecida. Max Heindel
disse que a levitação é efetuada pela reversão da polaridade dos
átomos.
A
proposição que o pólo negativo do Éter Refletor possa
constituir-se de uma "grande massa negativa", que é o
fundamento do contínuo Espaço-Tempo do qual a ciência moderna
começa a levar em consideração, poderá causar espanto a
estudantes que ainda não compreenderam quão próxima está a Física
da Metafísica.
Max
Heindel refere-se, inúmeras vezes, aos "éteres
interplanetários" cujos principais são os Éteres de Luz e
Refletor. Ele associa o interplanetário Éter de Luz ao Cristo
Cósmico ou Logos Solar. Assim como a matéria se estende através do
universo nos espaços interplanetários e interestelares - existem
átomos de matéria em cada centímetro cúbico do espaço cósmico;
o espaço não é vazio - assim também fazem os éteres e cada
planeta especializa seu próprio campo no qual a evolução prossegue
para a onda de vida pertencente àquele planeta.
Muitas
das assim chamadas ilusões da matéria devem-se, indiretamente, às
propriedades do Éter Refletor, o qual é chamado o Espelho dos
Deuses.
Todos
os três éteres inferiores são ativos dentro dos limites do Éter
Refletor. Em verdade, podemos dizer que cada Éter, começando do
superior, está incluindo, envolvendo (e interpenetrando) os que lhe
são inferiores. Assim, o Éter Refletor "contém" os
Éteres de Luz, de Vida e Químico. O Éter de Luz "contém"
os Éteres de Vida e o Químico; e o Éter de Vida "contém"
o Éter Químico, o qual, podemos acrescentar, "contém" o
organismo físico.
Exemplificando:
o Ego imprime o pensamento sobre o cérebro por intermédio do pólo
positivo do Éter Refletor. Sabemos que os processos de pensar e
memorizar do Ego renascido têm não só correlações
eletromagnéticas com os Éteres de Luz e de Vida, como também
correlações puramente químicas com o Éter Químico. Há uma
química de memória e uma química de pensamento, assim como há um
padrão eletromagnético e forças no cérebro e nos nervos que
transmitem impulsos de pensamento ao corpo e que levam impressões
sensoriais do corpo ao cérebro.
Certas
forças no Éter de Luz fluem em resposta ao impulso do pensamento
focalizado pelo Ego no pólo positivo do Éter Refletor, onde o
pensamento-forma move-se para fora em direção à quimicalização,
passando no plano inferior (que está por fora) por meio do espectro
eletromagnético e do Éter de Luz. Alguns biólogos formularam a
teoria ele que correntes elétricas no sistema nervoso voluntário
realmente projetam-se do cérebro, onde são geradas. O ocultista diz
que o Ego tem seu assento no cérebro. Max Heindel fala de grandes
ondas de energia que se projetam do cérebro, quando o Ego quer agir
no corpo.
Por
isso, o biólogo diz que há "uma intrincada base química para
explicar como as pessoas se lembram ou porque esquecem".
Experiências têm demonstrado que o ato de aprender reflete-se em
mudanças nas células produtoras do RNA (Ácido ribonucléico),
porém, ainda ignora-se como o RNA é alterado. Sabe-se, entretanto,
que o processo de aprendizagem é acompanhado por mudanças básicas
na composição desse complexo químico. Desde que as moléculas do
RNA comunicam às células que proteínas fazer, as mudanças na
estrutura do RNA resultarão em mudanças na produção de proteínas.
Essas proteínas, aparentemente, "formam a base química do
pensamento".
Novamente
um escritor científico comenta: "A enormidade da tarefa de
mecanização e eletrificação do poder cerebral ilustra-se pelo
fato dele conter ao redor de 10.000.000.000 de células nervosas. Não
sabemos como se opera o translado de impulsos nervosos em visão,
audição e tato ou como ele armazena e retém tão enorme quantidade
de conhecimento". O ocultista situa o "poder cerebral"
e os impulsos nervosos no Éter de Luz, e o armazenamento e retenção
de conhecimentos no Éter Refletor. O Éter de Vida supre a força de
vida que mantém os tecidos e as células vivas em crescimento, e o
Éter Químico é o campo no qual os átomos e moléculas são
cimentados magneticamente dentro dos padrões de evolução. Max
Heindel diz que o fluido vital emanado do Sol "carrega" os
Éteres Químico e de Vida e que, "assim carregados, os éteres
Químico e de Vida são as avenidas da assimilação que preservam o
indivíduo, e da fecundação que perpetuam a raça". (A Teia do
Destino pág. 71).
Como
a percepção visual através do Éter Refletor não está na
dependência do nervo óptico, o fisicamente cego pode aprender a ver
nesse éter, não só os acontecimentos do plano interno, como também
imagens do plano físico. Embora essa percepção possa parecer um
pobre substituto da visão física, consideremos que normalmente
ninguém pode ver externa e diretamente o mundo físico. Comumente
vê-se só a imagem que atinge a retina, a qual é transformada em
impulsos nervosos que, por sua vez, vão passando internamente ao
centro óptico do cérebro, onde, de alguma forma, os impulsos
nervosos retornam como imagens, as quais são interpretadas pelo Ego.
Onde se opera essa transformação? Onde, a não ser no Éter
Refletor que interpenetra o cérebro?
"Há
um mecanismo construído dentro de cada indivíduo, ainda não
descoberto, que permite ao homem evoluir. O DNA (ácido
deoxiribonuclêico) que incorpora esse mecanismo - o código genético
de todos os organismos viventes (exceto o sangue e vários vírus) -
é composto de quatro elementos químicos básicos: a adenina, a
guanina, a citosina e a timina. São as diferentes combinações
desses quatro elementos químicos que fornecem as informações
específicas usadas pelas células na construção de proteínas. É
esse DNA que é modelado pela evolução. Nessas combinações há
uma permanente competição pela sobrevivência e, dessa maneira, o
organismo lentamente enriquece-se com experiências que facilitam
essa sobrevivência. Ainda não foi descoberta a seqüência básica
dessas diferentes combinações destinadas a um simples gene e
lembremo-nos que cada célula contém milhares de genes. Estamos
agora fora do campo das generalidades da Epigênese e da Filosofia,
situando-nos no laboratório dos velhos alquimistas que, com seus
quatro elementos básicos, sentiam-se perfeitamente em casa".
(Rays from the Rose Cross, nov. 1963, pág. 516).
Sem
o Éter Refletor, o Ego não poderia expressar consciência no corpo
físico, isto é, não podia ser consciente no mundo físico. Segundo
sugere um filósofo da moderna ciência, Erwin Schrodinger, a
consciência aparece no papel de um tutor. Ela "supervisiona"
nossa educação introduz-nos em novas experiências, mas permite-nos
continuar na nossa velha rotina na forma de "hábitos" - o
que nos relaciona com o pólo negativo do Éter Refletor. Por estar
intimamente relacionada com tudo o que é novo, a consciência também
o está com o processo de aprendizagem, isto é, com novas
experiências, com a criatividade, com a epigênese, com as forças
que operam no pólo positivo, em suma, com o futuro.
Os
ocultistas há muito reconheceram que o fósforo é muito importante
para o processo do pensamento. Max Heindel diz: "O fósforo é o
elemento particular que permite ao Ego expressar o pensamento e
influenciar o corpo denso: ... O grau de consciência e de
inteligência é proporcional ao montante de fósforo contido no
cérebro". "O desenvolvimento anímico capacita o cérebro
a assimilar uma quantidade crescente de fósforo" (o qual é um
veneno químico).
A
expressão "Luz Astral" não é de origem oriental (como
comumente é apresentada), mas foi adotada antigamente pelos Mestres
Ocidentais em virtude de sua semelhança com o brilho estelar do
Corpo Alma e de sua aura. Paracelso refere-se a ela como "luz
sideral". As palavras do grande Paracelso são muito
significativas: "As coisas ocultas da alma, que não podem ser
percebidas pelos sentidos físicos, poderão ser encontradas através
do corpo sideral, através de cujo organismo podemos olhar dentro da
Natureza, da mesma forma que o Sol brilha através do vidro. A
natureza interna de todas as coisas pode, portanto, ser conhecida
pela magia em geral e através dos poderes da interna ou segunda
visão". Na Filosofia Rosacruz o termo descritivo é "Éter
Refletor", ao invés de "Luz Astral", incluindo este
último termo tanto o Éter de Luz como o Éter Refletor.
Cremos
importante assinalar que tanto os ocultistas medievais europeus como
os orientais afirmaram que corpos pesados podem levitar pela ação
da Luz Astral, além de apontarem sua função para promover a
manifestação de outros poderes suprasensoriais. Podemos estudar as
várias propriedades químicas e eletromagnéticas e os processos de
um corpo único ou formas coletivas, porém, a raiz do mistério só
se encontra no Éter Refletor, no pólo negativo, que é o Refletor
Cósmico, e no pólo positivo, que projeta a imagem arquetípica
trabalhando criativamente e que representa o futuro.
16
- O Éter Refletor e as Forças Arquetípicas
Um
Estudo do Diagrama I do Conceito Rosacruz do Cosmos
Neste
capítulo final sobre o Éter Refletor voltamos novamente à
afirmação de Max Heindel de que "este Éter é o meio através
do qual o pensamento impressiona o cérebro humano. Está intimamente
ligado a quarta subdivisão do Mundo do Pensamento. Esta é a mais
elevada das quatro subdivisões contidas na Região do Pensamento
Concreto e é o mundo-lar da mente humana. Lá se encontra uma versão
muito mais clara da Memória da Natureza".
A
quarta subdivisão da Região do Pensamento Concreto é denominada a
Região das Forças Arquetípicas (ver Conceito Rosacruz do Cosmos"
cap. I). Vamos nos aprofundar mais no que diz respeito a esta região,
para que possamos ter uma compreensão mais clara do Éter Refletor,
pois é o registro nesta região que está refletido "abaixo",
no Éter Refletor, e a relação cósmica existente entre o Mundo do
Pensamento e o Éter Refletor tem a sua réplica microcósmica dentro
da aura do ser humano que renasceu.
Os
registros da Memória da Natureza estão contidos no pólo negativo
do Éter Refletor e o mesmo acontece com a memória individual. Mas o
Ego dirige a sua força de pensamento positivo para dentro do cérebro
através do pólo positivo do Éter Refletor. Esta força de
pensamento positivo, que trabalha através do pólo positivo do Éter
Refletor no cérebro e no sistema nervoso (a mente realmente trabalha
em toda parte em que esteja presente a "matéria cinzenta"
no corpo), é criadora; não é passivamente receptiva. O pólo
negativo é o receptor e, portanto, contém a memória, sendo o
depósito de todas as imagens, como se descreveu até aqui.
Max
Heindel escreve a respeito da região das Forças Arquetípicas: "É
a região central e mais importante dos cinco Mundos onde se efetua a
evolução do homem. De um lado desta região estão as três Regiões
Superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida
e o Mundo do Espírito Divino. Do lado oposto dessa Região das
Forças Arquetípicas estão as três Regiões Inferiores do Mundo do
Pensamento, e dos Mundos do Desejo e Físico. Portanto, esta região
torna-se uma espécie de "cruz", limitada de um lado pelos
Reinos do Espírito, e do outro pelos mundos da forma. É o ponto
focal, por onde o Espírito se reflete na matéria". (Conceito
Rosacruz do Cosmos - cap. I).
Em
outro lugar, Max Heindel assinala que, sob outro ponto de vista, o
Mundo do Espírito, propriamente dito, começa unicamente com o Mundo
do Espírito de Vida, ao qual ele chama o primeiro mundo universal e
que, num sentido mais amplo, o universo material começa com a Região
do Pensamento Abstrato e tudo o que está acima é Espírito "puro".
O Mundo do Pensamento Abstrato é "caos, a sementeira do
Cosmos", onde as "idéias germinais" - os germes de
toda a causa, e portanto da evolução - são criadas nesse mundo por
inteligências espirituais. No "Conceito Rosacruz do Cosmos",
Diagrama I, é-nos mostrado um desenho esquemático para compreender
melhor a "relativa permanência dos mundos visíveis e
invisíveis", por meio de uma analogia com a lanterna mágica e
suas imagens projetadas. O Diagrama é desenhado sob o ponto de vista
do ESPÍRITO VIRGINAL, cuja Vontade corresponde ao operador da
máquina estereóptica, a qual concebe, no Mundo do Espírito de
Vida, um conceito por intermédio da divina imaginação criadora.
Este conceito toma a forma de uma Idéia na Região do Pensamento
Abstrato e a Idéia é posta diante da Lente da Mente, na quarta
subdivisão do Mundo do Pensamento. Unicamente esta quarta divisão é
apropriada e cientificamente designada "A Mente". A mente é
a lente, mas a luz emana do Espírito de Vida, enquanto que o "slide"
representa a idéia permanente criada pelo Espírito Virginal na
Região do Pensamento Abstrato. Isto é, esta Idéia Permanente é a
"Idéia Germinal", assim chamada porque é a "semente"
da qual brotam os objetos do mundo exterior. A luz do Espírito de
Vida projeta a Idéia vivente e permanente através da Mente, que
existe especificamente na Região das Forças Arquetípicas e,
portanto, são estas Forças Arquetípicas que, desse ponto em
diante, são representadas pelos raios de luz que emanam do Mundo do
Espírito de Vida. As Forças Arquetípicas irradiam para baixo,
através da Região do Pensamento Concreto e do Mundo do Desejo,
despertando a força impulsionadora do desejo, e a imagem (raios de
luz) é objetivada no mundo exterior, correspondendo à imagem
reproduzida na tela pela estereóptica projetora. O que são as
Forças Arquetípicas? São todos os seres viventes que trabalham
sobre os Arquétipos no Segundo Céu, e Arquétipos são formas de
pensamento. Incluem seres humanos entre renascimentos, Forças da
Natureza e as Hierarquias Celestiais, tais como os Senhores da Mente,
os Arcanjos, os Anjos, membros avançados da nossa própria onda de
vida (Mercurianos, Venusianos) etc., e os Adeptos da nossa própria
humanidade.
Quando
chegamos ao Mundo Físico, em que a imagem é objetivada, aparecem
sete subdivisões, das quais as quatro superiores são os éteres que
constituem o tema destas lições; e, destes quatro éteres, o Éter
Refletor é o superior. É, diz Max Heindel, um hiperéter. Este Éter
é a tela sobre a qual a imagem é projetada da mente. Mas as forças
do Mundo do Desejo estão presentes com a imagem, assim como o calor,
a luz e a eletricidade da máquina estereóptica estão incluídas na
projeção da imagem impressa na lâmina de vidro para a tela ou, em
outra analogia, o quadro em movimento projetado desde o diapositivo.
Mas
a imagem projetada da máquina estereóptica ou projetor
cinematográfico é plana e bidimensional. A imagem projetada,
contida dentro (não sobre) o Éter Refletor é tridimensional. É
projetada em profundidade, e com vida e força. A Memória da
Natureza e da mente humana é comparável, nesta analogia, às
galerias de arte e aos jornais que têm quadros e símbolos, mas
estes são apenas uma parte do próprio Mundo Físico completo, o
assim chamado espaço-tempo contínuo da moderna ciência física.
O
espaço-tempo contínuo, como um todo, relaciona-se com o Éter
Refletor e, portanto, os cientistas modernos falam de "viajar no
tempo" ou "aniquilação ou colapso do espaço", e do
"colapso do tempo". Enquanto o ocultista diz que lê na
Memória da Natureza" - particularmente no Éter Refletor - o
cientista diz que "viaja no tempo". E muitas ficções
científicas apresentam esta viagem no tempo como se fosse possível
a uma pessoa que vive no século XX voltar, efetivamente, a um tempo
e forma de vida antigos, retendo, como apresentado, a personalidade e
o conhecimento do presente. O ocultista questiona tal inversão da
corrente do tempo. Realmente, ele viaja para trás, conscientemente,
durante as suas Iniciações, nas quais revê e recorda as suas
existências anteriores - não somente os seus renascimentos como ser
humano no Período Terrestre, mas também as suas existências
anteriores, análogas aos seres animal, vegetal e até mineral, nos
primeiros períodos da evolução.
Mas,
se bem que aqueles períodos tenham sido experimentados sem
consciência própria, o Iniciado agora os contempla e entra neles
com satisfação (ou com empatia, empaticamente), em plena
consciência própria despertada e, ao fazê-lo, torna-se capaz de
usar voluntariamente as forças que, àquela altura, usou
involuntariamente - passiva ou negativamente - sob a orientação de
seres espirituais superiores.
Assim
como o corpo denso do homem está rodeado pelo mundo à sua volta e
deriva deste, assim também o Espírito Divino e o Espírito de Vida
estão rodeados pelos seus correspondentes mundos macrocósmicos do
Espírito e deles derivam. O Espírito Humano também é diferenciado
dentro do Mundo do Pensamento Abstrato, e a Mente e o Corpo de
Desejos dentro dos seus correspondentes mundos; enquanto o Corpo
Vital consiste de éteres que o rodeiam por todos os lados, o Corpo
Denso é feito de substâncias físicas.
Mas,
sob outro ponto de vista, podemos dizer que o universo consiste
unicamente de Espírito: o Espírito Divino que é "refletido"
ou condensado dentro do Corpo Denso, como seu representante; o
Espírito de Vida, que é "refletido" ou condensado dentro
do Corpo Vital, como seu representante; o Espírito Humano que é
"refletido" ou condensado dentro do Corpo de Desejos e na
Mente Concreta como seu duplo representante. Mas - conforme vemos
como resultado de um processo de eliminação - é a própria mente
que é o foco, condensação ou reflexo do Espírito Virginal puro. E
o Éter Refletor é, por assim dizer, uma espécie de polaridade
inferior ou oitava da mente; a mente subconsciente ocupa um plano
abaixo da verdadeira mente.
Chamar
o Éter Refletor a "oitava inferior" da mente é,
naturalmente, uma analogia musical, mas tal analogia tem um alto grau
de exatidão em relação ao Mundo do Pensamento, porque esse mundo é
o grande mundo cósmico do tom ou som. Cada modelo de som cósmico
criado na Substância-Raiz-Cósmica por uma Idéia Criadora, é
enviado pelo Tríplice Espírito, conforme mostra o Diagrama I do
"Conceito Rosacruz do Cosmos". O Mundo-Arquétipo canta um
canto emanado do Logos Solar e do Grande Espírito diante do Seu
Trono, que é o Logos Planetário; e o Homem, como Espírito
Virginal, é parte deste Canto, e ele canta também em companhia dos
inumeráveis espíritos das Hierarquias celestiais.
Os
músicos sabem - assim como os físicos que esboçaram uma ciência
do som - que quando uma certa nota é tocado num piano, outras notas
que estejam em harmonia com ela vibrarão também em harmonia,
criando tons, semi-tons, acordes e oitavas, conforme seja o caso
(Conceito Rosacruz do Cosmos). Assim, a harmonia do Tríplice
Espírito soa, e ao soar cria modelos de tons no Mundo do Pensamento
Concreto, que se traduzem em forma e substância no Mundo Físico. É
por esta razão que se diz que o Éter Refletor é a "oitava
inferior" da quarta região ou Região Arquetípica do Mundo do
Pensamento e, portanto, reflete ou ressoa com os quadros da Memória
da Natureza, e com todas as outras forças que pertencem a esse reino
superior.
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FIM