Uso Mágico dos Fluidos Corporais
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Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
É
quase impossível estudar xamanismo e magia simpática, cultos e
rituais antigos, sem esbarrar no sangue. Vodu, Santería, Quimbanda,
Magia Tibetana, Magia Shaivista, Magia Babilônica, Magia Hebraica,
Magia Asteca, Magia Maia – são alguns exemplos de sistemas que se
desenvolveram em torno do sangue. De fato, alguns se tornaram
verdadeiros cultos ao sangue. Pudera, o sangue é a água da vida, a
seiva de Yggdrasil, a força vital e o fluxo energético. É coberto
de sangue que um ser humano vem ao mundo; é o sangue que sinaliza
que uma fêmea está fisiologicamente apta a gerar vida e marca os
machos em rituais de adolescência; e, para os guerreiros antigos,
eram cobertos de sangue que muito provavelmente deixariam este mundo.
O
sangue cobre relativamente bem o ciclo mitológico da roda da vida.
Mas este não é o principal fator pelo qual foi introduzido na
prática mágicka, onde muitas vezes foi utilizado para alimentar os
deuses e pagar os espíritos. É pela relação que o sangue tem com
o conceito de informação. Na magia simpática, por exemplo, é o
sangue da vítima que orienta, da maneira mais eficiente, a quem deve
incidir o feitiço. É também o sangue que transfere
hereditariamente a nobreza ou a corrupção, a saúde ou a doença, a
fertilidade ou a putrefação.
Existe
ainda o sacrifício animal (que eu particularmente não concordo),
onde o sangue age como um recurso energético a ser direcionado. Além
disso, quando um magista usa uma gota de seu próprio sangue para
carregar um sigilo, ele está praticando microcosmicamente o processo
Solve et Coagula alquímico, ensinado nos antebraços de Baphomet. Ao
furar o dedo, por exemplo, a dor gera o estado de gnosis (como frisa
Carroll, a autotortura e flagelação são módulos de gnosis
prediletos de alguns filipinos, cristãos e hindus) e o sangue,
ungindo o sigilo, leva a informação adiante que culmina por
coagular em pouco tempo – simulando a ideia de materialização do
resultado intentado. Esta técnica pode ser aperfeiçoada de maneira
a criar paradigmas com relação ao objetivo do sigilo, como por
exemplo, furar o dedo anelar para sigilos de amor (Vênus), o médio
para guerra (Marte) e o indicador para magia monetária (Júpiter).
Sempre que eu não tenho muito tempo ou saco para atingir estados
gnósticos específicos, eu uso o sangue dessa maneira. Nunca me
falhou, mas assim como para mim a postura de morte era praticamente
inaplicável, esta técnica também pode ser ineficaz para algumas
pessoas. Entretanto, deve funcionar para a maioria dos feiticeiros.
Vale salientar que ninguém está dizendo para matar bebês ou
cometer outro tipo de bastardice ritual inútil que garanta que o
Datena fique manchando a imagem do ocultismo (mais do que já está
manchada). Não faça cagada!
Sêmen
e Fluidos Vaginais
Também
não é novidade a relação entre sexo e magia. Tal afinidade é tão
forte e tão antiga que propiciou ambiente para a criação de todo
um sistema de magia sexual. O orgasmo é tido como o vazio da mente,
‘petit mort’, semelhante ao não-pensamento taoista e ao Samadhi,
onde a vontade pode ser impregnada no subconsciente e precipitar o
resultado mágicko. Juntamente com o orgasmo, os fluídos
relacionados com o sexo e a fertilidade têm grande utilidade
mágicka. Não somente na espermofagia crowleyana, mas também na
função de sigilos com esperma, fluidos vaginais e sangue menstrual.
Isto porque estes fluidos estão relacionados diretamente com a
geração da vida (além da excitação sexual), a fertilidade (em
outros conceitos que não somente biológicos, ex. arte, filosofia,
prosperidade, etc.) e a encarnação do intento. Assim como o DNA
carregado no sêmen possui informações e instruções de como será
o ser fecundado pelo óvulo, o intento mágico é também transferido
pelo mesmo sêmen que deverá ser fecundado pelo sigilo.
A
ênfase da magia sexual em técnicas semelhantes a esta pode fazê-la
parecer uma prática restrita aos homens. Contudo, a lubrificação
vaginal tem tantas qualidades mágickas quanto o esperma. Fluídos
vaginais são compostos de água, piridina, esqualeno, ácido acético
(vinagre bioalquímico), álcool, glicol, ácido lático, cetona e
aldeído – todos elementos que invertem as qualidades espermáticas:
em vez de levar informação a ser fecundada, eles de fato fecundam a
informação pictográfica do sigilo. Porém, as mulheres dispõem de
uma propriedade mágicka não compartilhada com os machos: o mênstruo
unifica os poderes do sangue com os poderes dos fluidos sexuais –
além da dor das cólicas, que podem levá-las naturalmente a um
estado gnóstico.
Urina
e Suor
Na
Alquimia medieval, a urina era utilizada na transmutação de metais
e alguns alquimistas diziam que ela tinha a propriedade de “matar”
metais nobres. Isso provavelmente se deve ao amoníaco e à ureia.
Por tal relevância, a urina ganhou até seu próprio símbolo
alquímico.
Com
tais conceitos anexados à sua essência, a urina pode ser aplicada à
sigilização entrópica, quando há a intenção de corroer e
deteriorar um inimigo lentamente. É desta mesma prerrogativa que
surge o costume de “mijar no túmulo do inimigo”. Além disso,
pode ser usada em sigilos que visam a própria transformação
interna, mas neste caso o suor seria mais aplicável, pois além de
ter substâncias e comportamentos semelhantes ao da urina, vem
vinculado aos princípios do esforço, da disciplina e da
perseverança.
Saliva
e Muco
A
saliva e o muco são particularmente indicáveis para sigilos de
banimento, proteção e exorcismo, embora a saliva também possa ser
empregada como a urina em sigilos entrópicos. Isso porque uma das
principais funções da saliva é iniciar a digestão e, portanto,
simpaticamente a dissolução do inimigo. Entretanto, a saliva também
desempenha o papel de remineralizar os dentes, excretar toxinas e
proteger a mucosa bucal – o que a torna um célebre aditivo em
sigilos de proteção. Em todo caso, não seria boa ideia cuspir numa
pessoa possuída. O Muco tem a função de proteger as vias
respiratórias contra invasões de bactérias e ataques químicos, o
que faz dele um fluído tipicamente aplicável a sigilos de proteção
para pessoas e lugares.