Segredos da Magia da Umbanda e Quimbanda III
Segredos da Magia da Umbanda e Quimbanda
QUEDAS
E FRACASSOS DE MÉDIUNS... CAUSAS PRINCIPAIS: VAIDADE, DINHEIRO (PELO
ABUSO DA LEI DE SALVA...REGRAS DA DITA LEI) E SEXO. HORRORES QUE OS
ESPERAM NO ASTRAL PELO QUE “SEMEAREM EMBAIXO, COLHERÃO EM CIMA”...
AS ADVERTÊNCIAS DOS GUIAS E PROTETORES...DISCIPLINA – CASTIGO –
ABANDONO.
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Esses
são assuntos áridos, sobre os quais todos se escusam de falar ou de
escrever e, quando o fazem, é por alto, indiretamente... Nós vamos
abordar essa questão de maneira mais direta possível, pois visamos
assim, tão-somente, a levar um brado de alerta àqueles que estão
predispostos a esses erros e mesmo para os que já caíram neles,
visto termos a esperança de que nossa sincera advertência ainda
possa chegar a tempo do recuo, da salvação ou da regeneração...
Ora, é com grande tristeza, bastante desolado mesmo e sem o menor
resquício de querer ser melhor do que ninguém (pois também temos
nosso karma bem pesado, por erros de pretérito), que vimos, dentro
de uma serena e acurada observação, quase que direta, sobre pessoas
e casos, testemunhando, constatando, como é grande o número de
médiuns fracassados ou decaídos e, o que é pior, sem termos visto
ou sentido neles o menor desejo de reabilitação sincera, pautada na
escoimação real de suas mazelas, de suas vaidades, de suas
intransigências etc. O que temos observado cuidadosamente na maioria
desses médiuns-fracassados são os tormentos do remorso que, como
chagas de fogo, queimam-lhes a consciência, sem que eles tenham
forças para se reerguerem moralmente, pois se enterraram tanto no
pântano do astral-inferior, se endividaram tanto com os“marginais
do astral” que, dentro dessa situação, é difícil mesmo se
libertarem de suas garras... Isso porque o casamento de fluidos entre
esses médiuns-fracassados e esses“marginais do astral” – os
kiumbas – já se deu há tanto tempo, que o divórcio, a libertação
se lhes apresenta dentro de tais condições de sofrimento, de tais
impactos, ainda acrescidos de renuncia indispensável a uma série de
injunções, que o infeliz médium-decaído prefere continuar com
seus remorsos... É duro, duríssimo mesmo, se libertar de um kiumba
que entrou, há muitos anos, na faixa de um aparelho pelas suas
antenas mediúnicas em distúrbio e cujo legítimo protetor ou guia –
caboclo ou preto-velho – o tenha abandonado por causas morais,
principalmente quando o seu caso foi sexo ou dinheiro.
Mas
situemos desde já, dentre os diversos meios pelos quais os médiuns
têm fracassado, os três aspectos principais ou os três
pontos-vitais que os precipitam nos abismos de uma queda mediúnica
etc. Ei-los: I – A vaidade excessiva, que causa o empolgamento e
lança o médium nos maiores desatinos, abrindo os seus
canais-medianímicos a toda sorte de influências negativas. II – A
ambição pelo dinheiro fácil, exaltada pelo interesse que ele
identifica nos “filhos-de-fé” em lhe agradar, em lhe presentear,
para pedir favores, trabalhos, pontos, afirmações etc., que
envolvem elementos materiais. III – A predisposição sensual
incontida, que lhe obscurece a razão, dada a facilidade que encontra
no meio do elemento feminino que gira em torno de si por interesses
vários e que comumente se deixa fascinar pelo “cartaz” de
médium-chefe... de “chefe-de-terreiro”, babá etc. Como a coisa
começa a balançar a moral-mediúnica desses aparelhos?
O
1º CASO – O da vaidade excessiva: uma criatura, homem ou mulher,
tem o dom mediúnico. Naturalmente que o trouxe de berço, isto é,
desde que se preparava para encarnar. Em certa altura de sua vida,
manifesta-se a sua mediunidade. Eis que surge o protetor – caboclo
ou preto-velho. Como no médium de fato e da Corrente Astral de
Umbanda a entidade também é de fato, é claro que ela faz coisas
extraordinárias. Cura. Ajuda. Aconselha. Tem conhecimentos
irrefutáveis etc... São tantos os casos positivos do protetor
através da mediunidade do médium, que logo se forma em torno dele
uma corrente de admiração, e de fanatismo também. A maioria dos
elementos que o cercam, diante das coisas que vêem, são levados a
agradar, a bajular, e com essas coisas, inconscientemente, vão-lhe
incentivando a vaidade latente. Isso de forma contínua. A maioria
desses médiuns não estudam, porque também não receberam ou não
se interessam por uma preparação mediúnica adequada.
O
protetor faz o que pode e deve (respeitando o livre-arbítrio), isso
é, ensina, doutrina, alerta pelos canais mediúnicos: na
manifestação, nas intuições, nos avisos etc. Mas acontece sempre
que o médium, devido a fortes predisposições à vaidade, começa
por não dar muita atenção aos conselhos, às advertências que o
seu protetor vem fazendo... chega a ponto de se julgar o tal, quase
um “pequeno-deus”. Ele pensa que a força é dele... que o
protetor é dele – é propriedade sua... O médium vai crescendo em
gestos, em palavras, pois que todos se acostumam a acatá-lo em
respeitoso silêncio, quando não, pelo medo ou por interesse
próprio...Vai crescendo a sua vaidade e logo começa a fazer
exibições mediúnicas... Ele começa a praticar uma coisa que será
fatalmente a sua cova... Passa a “trabalhar” sem estar
corretamente mediunizado (ou seja, pede apenas a irradiaçãodo
“guia” de sua preferência sobre ele). A sua entidade protetora
pode usar certos meios para manifestar o seu desagrado, mas respeita
também o seu livre-arbítrio, é claro... pois até as Hierarquias
Superiores respeitam esta faculdade. Então, começam os desatinos,
as bobagens e as confusões e a respectiva falta de penetração nos
casos e coisas. Começa a criar casos, a ter preferências e outras
coisas mais. Não obstante as reiteradas advertências do protetor,
ele continua... Eis que surgem os “transtornos”. Os seus
canais-mediunicos, dada a faixa-mental que ele criou com os efeitos
de sua excessiva vaidade, abre portas aos kiumbas, que entram na dita
faixa... Daí tem início uma série de absurdos, de envolvimento
negativos etc. O ambiente do terreiro sai da tônica de outrora. Tudo
se altera. Nessa altura o médium percebe apavorado que o seu
protetor mesmo – aquilo que era bom, foi embora... deixou de sentir
a positividade de suas fluidos benéficos... No principio ele tem um
tremendo abalo...depois...ah! depois, ele vai se acostumando com os
fluidos dos kiumbas etc., e mantém a sua excessiva vaidadede
qualquer forma... não quer perder o “cartaz”... Porém, as
curas, a antiga eficiência, não há mais... muitos percebem e dão
o fora... compreendendo que o “seu fulano não é mais o mesmo” e
alguns até passam a olhá-lo com desprezo... e se afastam ironizando
dele, muito embora, no passado, tenham se beneficiado com sua
mediunidade. O pobre médium que fracassou pela excessiva vaidade no
íntimo é um sofredor, muitos se desesperam com o viver da arte de
representar os caboclos, os pretos-velhos etc... Enfim, ser um
“artista do mediunismo” também cansa, porque a “descrença”
é o “golpe de misericórdia” em suas almas.
O
2o CASO – O da ambição pelo dinheiro fácil. Aqui é preciso que
se note a diferença entre o médium de fato que cai pela ambição
desenfreada do vil metal e do “caso” em que se incluem centenas e
centenas de espertalhões, desses vândalos que usam o nome da
Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a ingenuidade da
massa, de todas as maneiras. Esses são bem reconhecidos... Seus
“terreiros” são enfeitados, há muita bebida, os “comes e
bebes” são constantes, há muita roupagem vistosa, enfim, esses
“terreiros” se caracterizam pelos cocares de penas multicores,
pelos tais capacetes de Ogum, pelas espadas, pelas capas decores,
pelos festejos que fazem sob qualquer pretexto, onde os médiuns
exibem tudo isso e mais os pescoços sobrecarregados de colares de
louça e vidro como se fossem “condecorações”... Tudo nesses
ambientes é movimento, encenação, panorama... São verdadeiras
arapucas, onde tudo é duvidoso. Por ali se paga tudo. Desde uma
consulta até um dos tais “despachos”, até as famigeradas
“camarinhas” com seus obis e orobôs para “firmar o santo na
cabeça”... do paspalhão que acredita nisso. Esses antros de
exploração, que chafurdam o bom nome da Umbanda na lama da sujeira
moral e espiritual, são fáceis de ser reconhecidos. De vez emquando
os jornais dão notícias deles... Mas voltemos ao caso do médium de
fato, que fracassou pelo dinheiro... É sabido que a Corrente Astral
de Umbanda manipula constantemente a Magia positiva (chamada de
magia-branca) sempre para o bem de seus filhos-de-fé ou para
qualquer um necessitado, venha de onde vier... A magia, dentro de
certas necessidades ou casos, requer determinados elementos
materiais. São velas, flores, ervas, plantas, raízes, panos, pembas
e até o fumo e certas bebidas... O fato é o seguinte: quando há
mesmo necessidade disso, a entidade pede e a pessoa TRAZ, ou
providencia, satisfazendo a Lei de Salva (O que uma entidade pede,
independente de seu médium, dentro da Lei de Salva, numa operação
mágica, é uma coisa. E o uso legal da Lei de Salva por um
médium-magista, é outra coisa. Em nossa obra a caminho do prelo
“Umbanda e o poder da mediunidade” está esclarecida, de vez,
essa questão). A coisa quando é manipulada pelas entidades – os
caboclos, os pretos-velhos –costuma sempre dar certo. O resultado é
satisfatório... De sorte que quase todo mundo que “gira” pelos
terreiros, pelas Tendas, sabe disso. Daí é que entra na observação
do médium a facilidade, a presteza com que as pessoas se dispõem
afazer um “trabalhinho” para o seu bem, para abrir ou melhorar
seus caminhos,etc.
De
princípio ele obedece tão-somente às ordens do seu protetor,
quanto a esses aspectos. Depois, através de presentes, de agrados
diversos dos beneficiados, ele começa a pensar seriamente na
facilidade do dinheiro... Então lança mão de uma chave: a questão
da salva...em dinheiro para seu anjo-de-guarda, para o cambono etc.
Aí, já começou a imperar nele a ambição pelo ganho fácil, por
via desses trabalhos... Então, começa a exceder a regra da salva
(dentro da magia) e sobre a qual ele já foi bem esclarecido, porque
essa salva existe, na Umbanda em relação com a Quimbanda. E como é
isto? Diremos: o médium recebe ordens para fazer determinado
trabalho, reconhecidamente necessário, quer seja para um “desmancho”
de baixa-magia, quer seja para um encaminhamento ou desembaraço
qualquer de ordem material ou de um proveito qualquer, tudo dentro da
linha justa, isto é, que jamais implique no prejuízo de alguém.
Quer
seja uma descarga, um “desmancho” ou proveito qualquer, se for
manipulado dentro da movimentação de certas forças mágicas e que
impliquem em elementos de oferenda para certas falanges de
elementares, à pessoa para quem é feito esse trabalho se pede a
dita salva. Essa salva pode constar de certo número de velas ou de
azeite para iluminação ou para posterior uso do médium ou de uma
compensação financeira relativa, da qual parte deve ser dada de
esmola pelo dito médium, na intenção de sua guarda. Essa é uma
lei da magia que existe, nós não a inventamos, nem ninguém, e
sobre a qual não podemos nos estender em detalhes maiores.
Todavia,
devemos esclarecer que essa lei de compensação da Magia, ou para os
trabalhos de cunho nitidamente mágico é indispensável. E uma
espécie de fator de equilíbrio entre a ação, a reação e o
desgaste relativo ao operador (Então repisemos: é claro que estamos
fazendo referência aqui aos médiuns-magistas, isto é aqueles que
sabem e podem movimentar elementos de ligação mágica, para fins
adequados... Não estamos incluindo nisso essa “corja” de
espertos, de exploradores que interpenetram o citado meio umbandista,
justamente para fazer meio de vida, criando a indústria de umbanda.
Porque essa “máquina” está montada e é impressionante
verificar como funciona. E a propósito: Aqui cabe a todos os
umbandistas dignos que felizmente existem aos milhares, fazer a
seguinte pergunta: que fazem essas tais “uniões, federações,
primados, confederações, colegiados e congressos” que, nunca
jamais em tempo algum ousaram levantar suas vozes em defesa da
dignidade dessa mesma Umbanda, desses mesmos caboclos e
pretos-velhos, desses mesmos “orixás” que dizem representar...)
Na
Umbanda, já o dissemos: essa lei (ou esse fator) se denomina Salva,
e é tão antiga que podemos identificar seu emprego entre os
primitivos e verdadeiros Magos e Sacerdotes Egípcios, com a
denominação de Lei de AMSRA.
Disso
também nos falam os Rosacruzes em seus ensinamentos ou instruções
internas (esotéricas). Agora, compete ao magista, seja ele de que
corrente for, não abusar, não exceder, não ambicionar, não
derivar para o puro lado da exploração... Ora, o médium-magista
então, ambiciosamente, começa a abusar disso. Começa por se
exceder na lei de salva, pedindo mais dinheiro. Passa a cobrar grosso
em tudo e por tudo. Inventa “trabalhos” de toda espécie, assim
como “desmanchos” e afirmações para isso e aquilo... E os
aflitos, os supersticiosos, os impressionáveis, os
filhos-de-terreiro, dão e sempre com prazer, visto esperarem sempre
uma melhoria ou uma vantagem qualquer por via disso (aliás a
tendência da maioria das pessoas que freqüentam “giras”, é
pagar, gostam de o fazer). Assim – ele, o médium – de tanto
fazer trabalhos materializados, sempre por conta própria, mas tudo
relacionado com os “exus” (que é o espantalho para essa maioria
de ignorantes, de simples, de ingênuos etc.) e que envolvem
materiais grosseiros, acaba chafurdado na vibração pesada dos
espíritos atrasados, que passam a rondá-lo ou a viver em torno
dele, ansiosos por esses tipos de oferendas... A sua entidade
protetora, como sempre, já lhes deu vários alertas que ele não
levou na devida consideração, pois o dinheiro está entrando que é
uma beleza... E nessa situação o aparelho já está “cego e
surdo” a qualquer advertência e o seu caboclo ou o seu
preto-velho, que, para ele, já são incomodativos, visto temer que
se manifestem mesmo de fato nele e levantem toda essa sujeira,
desmoralizando-o (como tem acontecido), se afastam e deixam-no
envolvido com o baixo-astral, com quem já esta conluiado... pois
ele, o médium, tem o sagrado direito de usar o seu livre-arbítrio
como bem queira... já o dissemos. Porém, chega dia em que esse
infeliz aparelho necessita de uma firme proteção para um caso duro
e apela para a presença do verdadeiro guia e NADA... Abalado, dentro
de um tremendo choque, aterrado mesmo, ele verifica que os fluidos
são de exu e de outros, bastante esquisitos e que lhe causam
mal-estar e que não tinha percebido antes, claramente. Alguns ainda
param, fazem preceitos, para o anjo da guarda, enfim, pintam o sete,
para ver se o protetor volta... porém, NADA.
Então,
comumente se deixam enterrar mais ainda nesses aspectos, porque
afinal de contas o dinheiro é coisa boa e traz muito consolo por
outros lados. Todavia, apesar da fartura do dinheiro fácil
reconhecem depois de certo tempo que é um dinheiro maldito... passam
a viver com a consciência pesada, irritados e sempre angustiados. O
fim de todos eles tem sido muito triste... ou surgem doenças
insidiosas, ou os vícios para martirizá-los por toda a vida ou
acabam seus dias na miséria material, pois a moral já é uma cruz
que ele carrega desde o princípio de seu fracasso mediúnico.
3o
CASO – A queda pelo fator Sexo. Esse é um dos aspectos mais
escabrosos, um dos mais escusos e uma dos mais difíceis de ser
perdoados pela entidade protetora... É um caso que está intimamente
ligado ao 1o, ou seja, o da vaidade excessiva. Um se completa, quase
sempre, com o outro, e às vezes os três juntos. Temos em nossos 26
anos de Umbanda, assistido, constatado, identificado, positivamente,
a situação ou as condições de vários médiuns que caíram
desastrosamente por causa do elemento sexo... É que esse é um dos
fracassos mais duros de ser suportado, não resta a menor dúvida,
porque mais do que nos outros, a MORAL do médium fica na LAMA em que
ele se SUJOU. Por mais que eles digam e se desculpem de toda forma,
ninguém se esquece, ninguém consegue apagar da lembrança a causa
do seu fracasso.... É uma MANCHA, que, mesmo que ele tenha se
regenerado completamente, mesmo assim, não se apaga... Já dissemos
como é que o médium de fato é logo envolvido pelas criaturas, com
admiração, bajulações e fanatismo. Ele sente um constante
endeusamento em torno de si e quase que sem sentir vai caindo na
faixa da vaidade.
Particularmente
(convém repetir) se sente muito visado pelo elemento feminino, que
tem a propensão para se deixar fascinar pela mediunidade, mormente
quando a vê num homem bem apessoado. Bem, todo médium que trabalha
na faixa da luz, no combate a todas as mazelas, especialmente contra
o baixo-astral – convém sempre que o lembremos – é avisado
constantemente pelas entidades protetoras de que sua regra de todo
instante é o“orai e vigiai”.
Por
quê? Porque o baixo-astral que ele contraria, por força de sua
mediunidade positiva, fica na sombra aguardando uma oportunidade para
atacá-lo... Logo, se ele tem um ponto fraco qualquer, nesse caso,
uma forte predisposição sensual, é certo que esse mesmo
baixo-astral lançará mão de todos os recursos para instigá-lo
nessa parte... Então, como não podem atacar diretamente, costumam
fazê-lo, lançando sobre ele a tentação do sexo através de algum
elemento feminino que o cerca e que por sua própria natureza é
fraco. Isso no caso do homem-médium. No caso da mulher-médium é a
mesma coisa. Essa cai mais depressa. Lançam o elemento masculino
sobre elas e pronto... quase não tem muito trabalho, pois a mulher
tem uma ponte de contato maior, muito maior do que o homem, para o
baixo-astral – é sua natural vaidade que é logo decuplicada... e
pronto... é difícil escapar (há exceções, é claro. Estamos nos
referindo à causa comum do fracasso). Mas que não haja dúvidas do
seguinte: o médium é alertado, pela sua entidade protetora, de
todos os aspectos negativos que o cercam.
Exercem
uma constante vigilância sobre ele e nada acontece a esse médium se
ele está dentro da moral ou da “linha justa”. Agora, se esse
médium, usando de seu livre-arbítrio, dentro de uma incontida
predisposição, já por ter criado pela vaidade uma série de
condições negativas, vira as costas à moral e à “linha justa”,
construiu a ponte de contato mental ou vibratório para as
influências inferiores. Dentro dessas condições ele está
repelindo as influencias benéficas e protetoras de suas entidades,
que se vêem jogadas a um segundo plano... E é por tudo isso que,
nessas questões, nesses casos de médiuns-fracassados por causa de
forte incontinência sexual ou pelo irrefreável sensualismo em torno
de mulher ou moça de seu próprio terreiro, não tem desculpa... ou
melhor: um ou outro, excepcionalmente, dadas certas condições
particularíssimas de sua vida, foram desculpados, porém, dentro do
ultimatum de ser o primeiro e o último... Porque, infelizmente, é
duro mas nós vamos dizer: todos os fracassos, todas as quedas de
médiuns, quer seja homem ou mulher, tem se dado, invariavelmente,
com elementos ou criaturas que estão dentro do terreiro ou que fazem
parte do corpo-mediúnico, isto é, criaturas que estão sob a
responsabilidade moral e espiritual do médium-chefe... Não é que
estejamos nos arvorando de Juiz – longe disso! Quem somos nós para
isso... Estamos nos baseando, tão-somente, na observação fria, no
fato inconteste de que, quase todos eles – os médiuns decaídos –
foram abandonados pelos seus protetores imediatamente e esses
protetores não mais voltaram.
E
se abandonaram e não mais voltaram é porque não desculparam o ERRO
ou os erros... E é claro, patente que, se esses protetores não mais
voltaram a ter ligações mediúnicas com o seu “aparelho”, é
porque ele NÃO SE REGENEROU, não entrou no sincero arrependimento,
indispensável à verdadeira reintegração moral-mediúnica... Assim
falamos porque, além da observação direta, além dos
esclarecimentos dados sobre o assunto por uma entidade amiga, temos
acolhido as lágrimas de remorso de inúmeros irmãos que foram, no
passado, médiuns de fato e que depois de terem usufruído por muito
tempo de toda uma aparente situação, acabaram rolando pelo caminho
da doença, da miséria material e moral... Assim, queremos reafirmar
aqui, em tintas negras, para esses irmãos médiuns que estão
predispostos ou que PROSTITUIRAM a sua mediunidade e que CONTINUAM
dentro dessas condições, isto é, sem terem até o presente
procurado o caminho da REGENERAÇÃO, sinceramente, humildemente, que
a LEI É DURA e eles não podem nem imaginar o ABISMO DE HORRORES que
os esperam do outro lado da vida... Esses médiuns decaídos,
fracassados, que persistem no caminho do erro, quando desencarnarem
se verão face a face com o cortejo de horrores, blasfêmias, ameaças
e clamores de vingança daqueles que eles envolverem em suas tramas
de erros, interesses mesquinhos, por via de seus trabalhos, de suas
consultas erradas, de toda má orientação que deram a seus
semelhantes. Por via da influência inferior que acolheram. Verá
todo aquele baixo-astral, que ele arrebanhou para servi-lo através
dos preceitos grosseiros em que ele se transviou, RIR SATÂNICAMENTE,
fazendo valer seus diretos de conluio, isto é, arrebatá-lo para o
seu lado... Verá, quando transpuser o túmulo (se desprender dos
laços carnais, pela “morte”) como num panorama tétrico, o
desfilar em sua própria consciência de todos os seus desacertos. A
sua imaginação apavorada, exaltada, fará uma revisão tão precisa
de seu passado, que tremendos pesadelos astrais o acometerão como
hediondos fantasmas que não dominará e nem sequer poderá afastar
de sua mente-espiritual... Angustiado, acovardado, se verá presa
desse astral-inferior e dos irmãos que ele enganou e prejudicou na
vida terrena.
Ele
será arrebatado – quase sempre é assim – pelo astral inferior
por muito tempo, até que a Providência Divina lhe dê uma chance
para libertação... Agora devemos reafirmar duas coisas. 1a – Que
nem todos os médiuns, por quesão da Corrente de Umbanda e por força
dessa circunstância tem de lidar com os efeitos do baixo-astral,
tendem fatalmente a serem atacados, a serem envolvidos, enfim, a
fracassar... Não! Nos da corrente dita como kardecista, essas
situações também acontecem ... “aqui como lá, maus fados há”...
Conhecemos também vários médiuns de fato que tem a proteção do
seu “caboclo, de seu preto-velho”, desde o princípio, há 15, 20
e mais anos. Nunca se desviaram da linha-justa e nunca sofreram nada
a não ser as naturais injunções ou provações de seus próprios
karmas.
A
2a reafirmação é a seguinte: que no caso de todos os médiuns
fracassados, os seus protetores muito lutaram para evitar as suas
quedas; fizeram o possível e o“impossível”. Muitos desses
“caboclos, desses pretos-velhos”, chegam até a disciplinar, a
castigar mesmo o aparelho, antes do abandono final. Por vezes, jogado
numa cama, com pertinaz moléstia, por meses e até por um, dois e
mais anos. Dão-lhes certos tombos na vida material. Fazem ficar
desempregados, passando necessidades etc. É como se diz na “gira
de terreiro”... “fulano está apanhando quesó boi de canga”...
Esses médiuns que estão dentro dessas condições disciplinares
ficam revoltados, chegam até a xingar os seus guias etc., e costumam
“correr outra gira”, para ver “oque é que há com eles”. E
lá vão se queixar ao protetor do outro, que naturalmente já sabe
do que se trata. É quando “preto-velho” diz com muita
propriedade: “em surra de preto-velho eu não boto a mão”... ou
então, “quando caboclo bate, não reparte pancada”... Depois de
uma séria disciplina, alguns desses médiuns se emendam, ficam com
medo e não facilitam mais, isto é, começam a dominar a
excessiva-vaidade ou voltam à linha-justa quanto à ambição pelo
dinheiro ou às cobranças desregradas, ou sobrepujam as suas
predisposições sensuais incontidas... Porém, a maior parte desses
médiuns, mesmo passando por uma disciplina, um duro castigo, mesmo
assim, voltam a inclinar-se desastrosamente nas antigas e adormecidas
predisposições... então “caboclo ou preto-velho”, vê que não
há mais jeito... não adiantou o castigo, nem advertência, nem
nada.
Assim,
é um fato, é uma verdade que nenhum desses médiuns-fracassados
ficou com o seu protetor, em sua guarda, depois de terem errado,
persistindo no erro. Esses “médiuns” costumam se desculpar,
depois, dizendo que caíram vítimas de demandas muito fortes etc...
mas não! Foi “força de pemba” mesmo. Foi a Lei que faz executar
sobre eles o “semeia e colhe”... A “força de pemba” às
vezes é tão grande, desce com tanta rapidez sobre o médium que
prostituiu sua mediunidade que muitos são levados ao suicídio, à
embriaguez e a vergonhas maiores... Você, meu irmão umbandista (ou
não) que acaba de ler tudo isso, sabe lá o quão doloroso é, para
um médium, depois de ter sido admirado, acatado, respeitado, tido
sua fase de glória mediúnica, acabar completamente desmoralizado,
desprezado, em face de sua moral-mediúnica, sua moral-doméstica e
social que ficou a ZERO?.
Porque,
meu irmão umbandista – cremos que você compreendeu bem o caso –
não é o erro em si, porque errar é humano e afinal todos nós
podemos escorregar, de uma forma ou de outra! A questão é cometer o
mesmo erro, é persistir nos MESMOS ERROS. Caboclo e preto-velho não
são CARRASCOS, mas não podem acobertar erros nem a repetição dos
mesmos erros.