O Despertar da Visão Interior V
VISÃO
5.1
O caminho dos videntes
A visão
é uma das funções mais elevadas do consciente humano. É uma
experiência extraordinária e que te permite sondar sua própria
grandeza. É claro que há diferentes níveis de visão. Nosso
objetivo constante será evitar a mais baixa clarividência astral do
transe psíquico médio, e adentrar na visão da "Verdade"
ou visão do Self que é como uma explosão de todas as limitações
da mente.
Uma
diferença chave entre estas duas formas de visão é que, na
primeira, existem figuras que fluem no seu quadro de consciência.
Para alcançar a visão da Verdade, por outro lado, um dos segredos é
se tornar menos interessado naquilo que vê e focar mais no processo
da visão, deixando seu estado de consciência se expandir através
da mesma. Assim você alcança uma percepção e um entendimento
completamente diferente do universo. A pessoa nunca consegue transpor
completamente em palavras "o que é visto", porque a
experiência transcende a lógica comum da mente. É por isso que a
verdadeira visão alimenta o Espírito e dispersa as falsas
concepções da alma. A "visão" não deveria ser
considerada apenas como uma ferramenta para percepção, mas como uma
experiência que tem um valor de transformação em si mesma. Ver é
uma modalidade expandida da consciência. É um "amplificador
ontologico" e significa um meio para SER mais. Se você pensar
em clarividência nestes condições, tem muito menos chance de ser
enganado pelas ilusões da visão astral mais baixa.
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Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
Um
dos enganos mais comuns aos novatos é esperar ver realidades
espirituais com suas visões ordinárias e seus olhos físicos, como
se, de repente, auras e seres espirituais fossem somados aos quadros
do mundo que é percebido pela mente. Isto não vai funcionar, porque
a consciência mental habitual é justamente aquela parte de você
que é cega. Para começar a ver, a primeira coisa a fazer é sair de
sua mente.
Isso
explica uma das constantes lembranças deste capítulo: se você quer
a "visão", deixe de olhar. Em outras palavras, deixe de
processar e analisar imagens como está acostumado a fazer com sua
mente. Não tente "ver", pois quando você tenta, você
opera com sua mente. Deixe-se mudar para um diferente modo de
consciência, e permita que "algo mais" aconteça.
Como
sempre, o segredo principal para o sucesso repousa em três palavras:
pratique, pratique, pratique...
Nossa
primeira meta é alcançar algumas inovações fora das imagens de
nossa consciência mental habitual, e adquirir vislumbres de
realidades não-físicas. Para preencher este propósito, uma série
de técnicas que envolvem estabelecer contacto visual (olhos
nos olhos, contacto visual ) serão introduzidas. Elas
podem ser praticadas com um amigo, ou sozinho, estando de frente a
você em um espelho. Ambos têm suas vantagens, e eu recomendo que
pratique ambos os modos.
5.2
Quanto às práticas de contacto visual
As
duas pessoas não devem se sentar longe uma da outra. Uma distância
de 90 centímetros (3 pés) pode ser considerada ideal. Se você não
pode tocar a face de seu par com a palma de sua mão, então está
muito distante. Se estiver no espelho, sua imagem deve parecer estar
aproximadamente com a mesma distância, ou pouco mais.
É
sempre preferível ter uma parede branca como fundo e usar velas em
vez de luz elétrica.
Os
olhos das duas pessoas devem estar na mesma altura, assim se uma é
mais alta que a outra, devem ser usadas almofadas para um ajuste.
Você
pode se sentar em uma cadeira em vez de se sentar no chão, mas suas
costas devem estar retas. Para facilitar uma livre circulação de
energias, não apóie contra a parede ou o encosto da cadeira.
Você
sabe distingüir um deus de um ser humano (de acordo com as
escrituras hindus)? Os deuses são imortais - algo que pode não ser
imediatamente óbvio quando você os vê; assim os textos Sanskritos
descrevem alguns outros sinais: diferente dos seres humanos, os
deuses nunca fazem sombra. Outro sinal é que os deuses podem
contemplar o Sol sem danificar os olhos.
De
maneira bastante interessante, vi mais de um paciente esquizofrênico
de repente começar a contemplar o Sol no meio de um delírio
místico, causando grandes danos às suas vistas. Esquizofrenia é
uma doença fascinante na qual não é incomum para pacientes
relacionar informações genuínas sobre mundos espirituais. Algumas
de suas percepções são bastante reais, embora eles não estejam
integrados ou sejam capazes de entender, e elas acontecem no contexto
de uma desintegração geral da personalidade.
Agora,
o ponto é: sendo humano, ao olhar para o Sol, seus olhos sofrerão
um dano irreversível extremamente depressa. Óculos de sol não
fazem nenhuma diferença. Nenhuma forma de contemplação deve ser
praticada ao Sol, de forma alguma. De forma semelhante, contacto
visual não deve ser praticado ao ar livre durante o dia, a fim
de evitar um excesso de luz que danificaria sua vista. Mesmo porque
você adquire melhores resultados em semi-escuridão, em lugar
fechado. Se você pratica durante o dia, é melhor escurecer o quarto
puxando as cortinas.
Semelhantemente,
é recomendado que você não contemple a Lua sem piscar, pois sua
luminosidade também pode ser prejudicial a sua vista. Mas não há
nenhuma restrição quanto a contemplar as estrelas, o que, de fato,
é uma prática iluminada que preenche a alma.
Espelhos...
o espantarão! Como pode ser possível para uma superfície física
não só refletir sua imagem física, mas também sua aura, faces
suas no passado e no futuro, faces de seus guias? Chogyam Trungpa, o
conhecido mestre Tibetano, uma vez falou para um amigo que ele podia
ver o reino de Shambhala em seu espelho quando estava em meditação
profunda. O espelho é um do elementos básicos de iniciação nas
escolas ocidentais de esoterismo.
Os
ancestrais devem ter tido uma sensação da natureza misteriosa dos
espelhos, uma vez que a palavra espelho vem do
latim mirari . Mirari significa tanto surpreender
como admirar, e é a origem de outras palavras como: maravilha,
admirar, milagre... e miragem!
5.3
Reconexão com o espaço
Antes
de começar quaisquer das práticas de contacto visual , e
entre elas, reconecte com seu olho do seguinte modo:
Sente-se
com seus olhos fechados.
1)
Comece a respirar com a fricção na garganta (seção 2.1).
2)
Perceba a vibração entre as sobrancelhas, e conecte-a com a fricção
na garganta. Continue edificando a vibração entre as sobrancelhas
por aproximadamente 1 minuto.
3)
Perceba padrões de luz ou cor entre as sobrancelhas. Conecte a
fricção na garganta com a luz. Continue durante 1 ou 2 minutos.
4)
Perceba o espaço púrpura ou escuro (o fundo das luzes e cores).
Permaneça no espaço durante 1 ou 2 minutos.
Você
descobrirá nestas instruções a serem praticadas com seus olhos
fechados, que ela é uma versão encurtada da meditação do terceiro
olho, descrita na seção 3.7. Como sempre, "o olho" se
refere ao terceiro olho, entre as sobrancelhas, e não aos olhos
físicos.
Pratique
5.4 Foco no olho e o "estado de visão"
Vamos
começar com as duas primeiras partes do nosso processo triplo de
visão que será descrita por completo na seção 5.13.
Sente-se
com as costas retas, na frente de um amigo ou um espelho, de acordo
com os princípios descritos na seção 5.2.
Antes
de começar, passe 3 minutos com os olhos fechados, fazendo um
reconexão como na seção 5.3.
Então
abra seus olhos. Dirija seu olhar aos olhos de seu amigo ou aos seus
próprios, se estiver praticando na frente de um espelho.
Parte
1: Foco imóvel no olho
Fique
consciente no olho, entre as sobrancelhas, e permaneça extremamente
imóvel. Trabalhe para alcançar esse estado de imobilidade, que é
mais que uma abrupta ausência de movimento. Estando focado no olho,
tudo se torna quieto dentro de você, como se sua energia estivesse
coagulando. Você pode se sentir ficando mais denso.
A
quietude do contacto visual é um "conectado estado de
imobilidade" no qual você pode sentir a energia de seu olho
ressonando com a vibração de seu corpo por toda parte. Daí a
sensação de densidade mais alta ou freqüência mais elevada
experimentada em seu corpo.
Uma
vez que você alcança o clímax da quietude, você adquire a
sensação de que mesmo se quisesse se mexer, você não conseguiria;
mas é claro que pode se realmente quiser. Mas para fazer isto, você
teria que sair da experiência primeiro.
Ao
longo do livro, sempre que a expressão "o olho" é usada,
refere-se à área entre as sobrancelhas; mas a expressão "focar
entre as sobrancelhas" significa apenas que você deve
permanecer atento àquela área. Isso não quer dizer que você deve
dirigir seus globos oculares como se tentasse olhar entre suas duas
sobrancelhas. Os olhos não são para serem dirigidos para qualquer
lugar em particular, e quanto mais você se esquecer deles, melhor.
Isto se aplica à meditação do terceiro olho (Capítulo 3) na qual
os olhos são mantidos fechado, como também para os exercícios
de contacto visual .
Parte
2: Estado de Consciência do "estado de visão"
(Parte
1 e 2 serão aplicadas simultaneamente.)
Aqui
vem um grande segredo dos videntes, que pode criar uma profunda
alteração dos mecanismos de percepção. Normalmente, quando dirige
sua atenção para um objeto com seus olhos abertos, você olha a
imagem e suas diferentes partes; e então, os vários elementos são
processados por sua mente consciente. Algumas técnicas até visam
desenvolver sua acuidade mental para apanhar mais detalhes de uma
imagem. Por exemplo um desenho de vários objetos é apresentado a
você. Um tempo limitado de alguns segundos é designado para
esquadrinhá-lo. Assim você deve listar tantos objetos quanto sua
mente pôde reter conscientemente. Tudo isso é relacionado ao que
poderia ser chamado de "modo mental de visão", visão da
consciência mental ordinária. Como foi discutido antes, esta camada
é justamente a parte de você que é cega para mundos espirituais.
Para ficar capaz de ver auras e seres espirituais, é necessário
apagar este modo mental de visão.
Para
este propósito, há um segredo: em vez de olhar quaisquer dos
detalhes da imagem, fique ciente do fato da visão. Normalmente, com
o modo mental de visão, ao olhar a imagem, você estaria ocupado
descobrindo se seu conteúdo é redondo ou quadrado, verde ou
amarelo, bonito ou feio, e assim por diante. Mas agora, com o modo
não-mental de visão, você está fazendo algo completamente
diferente. Você deixa de lado o interesse pelos componentes da
imagem. Ao invés disso, você se dá conta do fato de ver. Para ver,
você deixa de olhar. Você muda sua atenção do objeto de percepção
para o processo de perceber. Em vez de assistir o objeto, você
começa assistindo a ação de ver, o fato de ver ou "estado de
visão"
Resumindo
prática 5.4
Este
primeiro nível de contacto visual consiste em duas partes,
aplicadas simultaneamente enquanto se senta na frente de um amigo ou
um espelho:
1)
absoluto estado de imobilidade que cresce do firme enfoque no olho,
piscando o menos possível
2)
consciência do fato de ver, ou "estado de visão", em vez
de olhar.
Duração
da prática de contacto visual : comece com 3 a 5 minutos.
Aumente gradualmente até 15 minutos ou mais. Ao terminar a prática,
siga os passos indicados na próxima seção (5.5).
Se
"estado de visão" é um problema...
Ao
longo deste livro nós nos referiremos a um processo triplo de visão,
da qual parte 1 é o "estado de imobilidade" no olho, e a
parte 2 é o "estado de visão". A terceira parte tem a ver
com o coração e será introduzida na seção 5.13. Se você acha
isto difícil de relacionar ao "estado de visão", por
favor lembre-se dos seguintes pontos:
A
percepção do "estado de visão" não tem que ser precisa.
Uma vaga sensação do estado de ver é suficiente para o processo se
desdobrar.
Se
nem mesmo uma consciência vaga do fato de ver pode ser alcançada,
então deixe isso de lado temporariamente e proceda do seguinte modo:
perceba o fato de que há uma imagem à sua frente. Se esqueça do
amigo ou do espelho e de qualquer detalhe da imagem.
Em
vez de olhar a imagem, tente senti-la.
Substitua
"estado de visão" por "sentir a imagem em vez de
olhá-la" e continue o processo. (Note que não é apenas a
imagem de seu amigo que você deve sentir, mas também o espaço ao
redor dele ou dela.)
As
coisas ficarão mais claras por si mesmas conforme você progride.
Serão
dadas explicações mais detalhadas sobre "estado de visão"
na seção 7.12.
5.5
Para terminar qualquer prática de contacto visual
Feche
seus olhos.
Esfregue
suas mãos uma com a outra durante alguns segundos.
Coloque
as palmas (não os dedos) em seus olhos fechados, tocando a face, de
forma que elas toquem a pele.
Deixe
o calor das palmas penetrar em seus olhos. Permaneça nesta posição
por meio minuto ou mais, desfrutando o efeito curativo.
Durante
esta fase, você terá experiências momentâneas de luz interna.
Então
clique os dedos e abra os olhos.
Troque
impressões com seu par.
Então
comece novamente. Faça uma reconexão com seus olhos fechados
durante 2 ou 3 minutos (seção 5.3). Então abra-os e restabeleça
o contacto visual da mesma maneira.
Dicas,
truques e armadilhas
O
que realmente acontece quando você alcança o estado de imobilidade
absoluto, e quando tem a sensação que sua energia coagula? Entre
outras coisas, a conexão entre o corpo etérico e o corpo físico
fica ligeiramente mais solto. O corpo etérico é a camada da
vibração. Sempre que você sente a vibração, você sente o
etérico. Quando você alcança uma quietude total que é mais que
uma ausência de movimento, significa que seu corpo etérico não
está mais tão preso ao corpo físico. Ele está parcialmente livre,
e mais disponível para executar certas funções independentemente
do corpo físico. Portanto, você pode sentir uma vibração muito
intensa por toda parte.
A
Medicina Tradicional Chinesa diz que "os olhos são os portões
do coração", e "o coração é o portão do Shen".
Em nosso contexto, esta última frase pode ser traduzida como: "o
coração é o portão do Eu Superior" (Higher Ego). Ao aplicar
suas palmas sobre seus olhos, você pode sentir o calor que alcança
seu coração? Tente aumentar esta transferência de energia afetuosa
que alimenta o coração.
5.6
Piscar ou não piscar
Em
Hatha-ioga há uma técnica chamada tratak, onde a pessoa contempla
um micro objeto, como por exemplo um ponto na parede, ou a chama de
uma vela. Os textos Sanskritos dizem que a prática deve continuar
até que lágrimas sejam derramadas, e então serão curadas todos os
tipos de doenças do olho. Ouvi, freqüentemente, mestres da India
comentarem que durante o tratak as lágrimas liberam muitos "venenos"
e energias negativas que se acumularam nos olhos. Como médico, achei
esta técnica muito útil para corrigir certos defeitos da vista,
qaundo aplicada a tempo. Várias pessoas se livraram dos óculos
fazendo este exercício, estando claro de que elas não os usavam por
muito tempo, sem ultrapassar alguns meses ou no máximo um ou dois
anos. Em particular para adolescentes, tratak funciona
maravilhosamente bem.
Tudo
isso é para dizer que se você alcança a fase onde seus olhos estão
queimando e lágrimas começam a rolar por sua face, você não deve
se preocupar, mas se regozijar. De acordo com a ciência antiga de
Hatha-ioga, isto liberará tensões de seus olhos e prevenirá várias
doenças. De qualquer maneira, use bom senso: Aumente a duração do
exercício de forma gradual e não force a prática. Não há nenhum
valor espiritual em se machucar.
Dicas,
truques e armadilhas
Como
sempre, quando você lida com energia, há dias que é fácil e não
requer esforço permanecer sem piscar por longos períodos. Outras
vezes, é como se você apenas tivesse uma nuvem de fumaça tóxica
em frente aos seus olhos, e parece impossível ficar sem piscar por 2
segundos. A melhor solução é aceitar que a energia é caprichosa e
variável por natureza, e continuar praticando sem dar muita
importância a estas flutuações.
5.7
Algumas experiências comuns ao praticar contacto visual
A
imagem fica distorcida. Contornos definidos ficam embaçados.
Não
resista, deixe a imagem se distorcer cada vez mais. No princípio,
você tem que deixar ir a imagem física antes que imagens
não-físicas possam ser percebidas. Dessa forma, deixe a imagem
física ficar distorcida e embaçada. Flua com o que vem, mesmo se
não fizer sentido. Você pode analisar a experiência depois. Se
você tentar pensar sobre ela enquanto acontece, ela não acontecerá.
Em
uma fase mais avançada, ficará possível ter tanto a imagem física
quanto a não-física ao mesmo tempo. Mas no princípio, você tem
que deixar os contornos definidos sumirem e deixar a imagem se tornar
embaçada antes que possa ver halos e cores astrais.
A
pessoa à sua frente parece muito mais longe do que na realidade
está.
Este
é um sinal satisfatório. Indica que você está saindo da visão da
realidade física para a visão de reinos sutis. Assim que você
alcança a percepção do mundo astral, distâncias assumem um
aspecto muito diferente. É comum que a pessoa sentada na sua frente
pareça estar longe. Sempre que isto acontecer, você sabe que o que
está vendo está além do plano físico.
Vendo
cores
Nos
mundos astrais, a luz não vem de um sol, ou de qualquer fonte
externa como luminárias. Os objetos e seres podem ser vistos devido
à própria luminosidade. Eles derramam sua própria luz e aparecem
como se fossem "feitos de cores" em uma atmosfera de
semi-escuridão.
Porém
deve ser sempre lembrado de que cores astrais são bem diferentes das
físicas. É então virtualmente impossível descrevê-las
precisamente, devido à falta de referências em nosso ambiente
material. Uma diferença principal é que, freqüentemente, as cores
astrais parecem ser uma mistura de matizes diferentes, mas tais
componentes não se misturam de forma alguma, ao contrário do que
pode ser observado no mundo físico. No mundo físico, quando duas
cores se misturam, elas desaparecem e um tom intermediário acontece.
Por exemplo, você mistura azul e amarelo e aparece verde. O azul e o
amarelo desapareceram, restando apenas o verde. No astral, a situação
é bem diferente: as cores parecem ser feitas de milhares de pontos
minúsculos hiper--brilhantes. Por exemplo, há um
"azul-amarelo-verde" no qual podem ser vistos pontos azuis
brilhantes, pontos amarelos, e pontos verdes, intrinsicamente
tecidos. Cores astrais são raramente uniformes por completo. Sua
grande variedade e beleza surpreendente estão além de qualquer
comparação com o que é observável no mundo físico.
Devido
à diferença da natureza das cores astral e física, não é
pertinente tentar rotular uma aura de "verde" ou "azul"
ou "amarela". Essa é a razão pela qual deve-se ter
cuidado ao ler em certos livros que o verde na aura indica uma emoção
particular, o azul outra, e assim por diante. Simplificando demais, a
pessoa pode acabar fazendo afirmações completamente sem sentido.
O
quarto no qual você está praticando parece ficar mais escuro, a
qualidade das cores muda.
O
fundo das cores astrais é o que ocultistas chamaram de "luz
astral". É a cor básica que penetra o espaço astral, e nada
diferente da luz púrpura que você vê quando medita no olho. Também
poderia ser chamada "escuridão astral", porque aparece
como uma semi-escuridão, definitivamente mais escura que a luz do
dia do mundo físico, mas de uma natureza diferente da escuridão de
nossas noites. A escuridão física é uma ausência de luz. A
escuridão astral cintila, daí a expressão "escuridão
visível" (darkness visible) usada na Tradição Maçônica.
Quando
você está praticando contacto visual e o quarto ao seu
redor de repente parece mais escuro, embora você possa estar no meio
do dia, isso significa que você está vendo a luz astral. Você está
saindo da percepção do mundo físico para o espaço astral. Muito
freqüentemente, isto será acompanhado por uma percepção diferente
das cores: elas aparecerão a você como indicadas nos parágrafos
prévios.
O
espaço astral não é igual nem uniforme. Conforme você avança em
sua meditação e sua viagem, você aprende a saltar de um espaço
astral para outro. Uma das referências que te ajudam nesse passo é
a qualidade das cores e o matiz básico da luz astral: ambos variam
de acordo com o espaço em que você está. Em certas regiões do
espaço, o fundo de luz astral é lácteo, em outras é mais escuro,
quase negro, ou até mesmo verde-azulado como no fundo do oceano.
Mesmo antes de alcançar a fase atual de viajar, você pode observar
estas variações de cor do espaço quando medita em seu olho.
A
maravilha é que se torna possível, quando seu "estado de
visão" amadurece, ver algumas destas camadas ao mesmo tempo. Em
uma certa fase do processo de abertura, você se torna capaz de
incluir simultaneamente o mundo físico em sua visão.
Nesta
explosão de cores, a magnificência do universo fica tal que força
seu coração a abrir. A beleza, às vezes, chega no limite do que é
suportável. A vida se torna uma maravilha constante, e uma grande
diversão.
No
outro lado dos mundos astrais está um outro mundo, chamado de
devachan pelos ocultistas ocidentais e svarga-loka ou mundo dos
deuses pela tradição hindu. Novamente neste mundo, é percebido um
arsenal completamente diferente de luzes. Elas são para as cores
astrais o mesmo que o dia é para a noite.
Outra
face aparece no lugar da face do seu amigo.
Esta
é um das experiências mais comuns ao praticar as técnicas
de contacto visual : O rosto do amigo sentado na sua frente
desaparece e outra face pode ser vista. Se você está praticando
sozinho na frente do espelho, é sua própria face que desaparece e é
substituída por outra. Estas faces correspondem principalmente a
quatro possibilidades: 1) um espírito guia 2) uma vida passada 3)
uma sub-personalidade 4) uma entidade.
1)
espírito guia: é bastante comum seus espíritos guias se
manifestarem deste modo para a pessoa com quem está praticando.
Conforme você progride, ganhará capacidade para manifestar
conscientemente seus guias sobre sua própria energia, de forma a ser
visível a outros, mesmo se a clarividência deles for
mínima. Contacto visual é de fato um dos modos mais
simples e diretos para conseguir ver guias espirituais.
Uma
variação desta experiência acontece freqüentemente enquanto
escuta uma palestra dada por um professor espiritual. Se você ficar
bem imóvel, deixar de piscar, e praticar nosso método de visão
enquanto o contempla, poderá ver a face dele desaparecer e ser
substituida pela a do professor de seu professor ou algum ser mais
elevado por trás deles.
2)
outra possibilidade, quando as mudanças de face ocorrem, é a de que
você está vendo uma imagem sua ou de seu par em uma vida passada.
3) a
face também pode ser uma sub-personalidade sua ou de seu par. Isto
não é completamente diferente do que foi descrito no 2, se
considerar que sub-personalidades são construídas pelas
circunstâncias de vidas passadas.
4) a
face também pode ser uma entidade e pode significar uma presença
que se prendeu a você. Uma entidade pode ser considerada como um
parasita não-físico. Da mesma maneira que alguns parasitas físicos
podem aderir a partes diferentes de seu corpo, algumas energias ou
presenças não-físicas podem, igualmente, se prender a sua energia.
5.8
O que fazer com suas experiências
Este
é um ponto que pode salvá-lo de muitos problemas, se for capaz de
entendê-lo por completo: eu recomendo veementemente que você não
tente analisar muito do que vê. Conforme pratica este exercícios,
visões diferentes virão a você. Você tem que aceitar que vai
levar um certo tempo antes que realmente possa entender o que elas
querem dizer. É necessário muita experiência interna e
conhecimento esotérico antes que se possa interpretar seguramente o
significado das visões.
Por
exemplo, quando você vê outra face durante contacto visual ,
é muito difícil, no princípio, saber se pertence à outra pessoa
ou a você. À parte do fato de que você pode se enganar e confundir
uma entidade com um guia espiritual (que é extremamente comum nestes
dias), nunca negligencie a possibilidade de que o que você vê na
face de seu amigo possa ser uma projeção sua. Se tentar analizar as
coisas muito depressa e dar sentido a tudo, você corre o risco de
ser completamente iludido.
Visões,
e experiências em geral, são para serem digeridas profundamente no
nível da alma, e não em avaliações mentais. É muito mais sábio
levar alguns lápis e fazer desenhos de suas visões, do que se
preocupar sobre elas. Deixe as experiências acontecerem em você
ao invés de tentar entender o que elas querem dizer .
Lembre-se
que nossa ênfase está no fato de ver, ou "estado de visão"
e não no conteúdo das visões. Quando pratica de acordo com os
princípios expostos neste livro, a visão é uma penetração em
regiões mais elevadas de consciência, criando brechas em nossa
fachada de rigidez mental, e nutrindo o crescimento do Eu Superior
por mecanismos sofisticados de alquimia interna. Neste sentido, o
conteúdo das visões é secundário.
Se
você pratica ao longo destas linhas, pondo mais ênfase no fato de
ver do que no conteúdo das visões, então você não construirá
castelos no astral, e sua jornada espiritual estará segura. Em
última instância é a pura luz do Espírito que lhe permitirá
discriminar e se mover em direção à Verdade, mesmo nas
circunstâncias mais confusas.
5.9
Vigiando o apego da mente
Prepare-se
para estabelecer contacto visual (seção 5.2). Lembre-se
de que se a palma de sua mão não pode alcançar o nariz de seu
parceiro, vocês estão longe demais um do outro Faça um reconexão
(seção 5.3) durante 2 ou 3 minutos.
Pratique
contacto visual como descrito na seção 5.4:
1)
Perceba entre as sobrancelhas. Deixe seu foco no olho ficar
completamente imóvel, e pisque o menos possível.
2)
Em vez de olhar quaisquer dos detalhes da imagem à sua frente,
torne-se ciente do fato de ver, ou "estado de visão". (Se
"estado de visão" não está claro para você, apenas
"sinta a imagem" ao invés de olhá-la.)
A
tendência natural é de que a imagem física se altere. Os contornos
se tornam embaçados, novas cores aparecem, e todos os tipos de
modificações de imagem acontecem, como descrito na seção 5.7.
Conforme
você vai praticando, um mecanismo de interesse primordial pode ser
observado. De vez em quando, algo parece se recolher dentro de você.
De repente, as cores ou faces (não-físicas)se perdem, os contornos
ficam definidos novamente e você volta na imagem física. É como se
algo o trouxesse de volta, como uma parte sua que não consegue
aguentar a expansão da visão; e em uma fração de segundo, você
retorna a seu modo habitual de percepção da realidade física. Os
halos desapareceram e os contornos ficam claramente delineados
novamente.
Agora
você não tem que fechar seus olhos, mas precisa relaxar, voltar no
olho, e começar o processo novamente. Edifique o enfoque imóvel no
olho, fique consciente do fato de ver... e lentamente você retorna
ao "modo não-mental de visão": a imagem se torna embaçada
novamente, e as cores e halos reaparecem.
Outro
achado interessante é que quando você está no modo expandido de
percepção (a imagem embaçada "não-mental"), sua visão
fica periférica e abraça todo o campo à sua frente. Você vê
muito mais do que se encontra em cada lado da imagem. Mas assim que
você é trazido de volta para a imagem clara e definida, sua visão
fica seletiva novamente. Sua percepção é limitada a alguns
detalhes no meio da imagem, e você perde a visão do que está aos
lados. Você só fica em contato com uma fração do campo.
Resumindo:
esta prática consiste em ir para o olho e ficar imóvel, sem piscar,
deixando a imagem ficar embaçada. Então observe como "algo
dentro" se recolhe de tempos em tempos e o projeta de volta na
imagem com esboços definidos. Relaxe, deixe-se voltar mais uma vez
para a imagem embaçada na qual cores alteradas podem aparecer... até
que "algo dentro" se contraia novamente, e então é como
uma queda: você perde sua percepção abruptamente. Tente perceber
mais sobre a natureza desse "algo" que o faz sair de seu
estado de percepção.
Continue
a prática durante 5 ou 10 minutos ou mais.
Então
feche seus olhos. Esfregue suas mãos. Coloque suas palmas sobre seus
olhos fechados, como indicado na seção 5.5.
5.10
agarrar é a natureza da mente
Qual
é a parte de você que se encolhe quando você pratica o exercício
indicado acima (seção 5.9)? É a camada da consciência mental
ordinária que corresponde ao corpo astral no idioma Clairvision (e
de Steiner), e ao manas da tradição indiana. É uma camada que
funciona por reação. Os mestres tibetanos usam uma palavra
excelente para descrevê-la: agarramento (grasping). Veja como sua
mente opera normalmente. Um pensamento vem a sua mente, sobre sua
geladeira, por exemplo. Imediatamente a mente agarra o pensamento e
desencadeia um segundo. É como uma reação ao pensamento anterior.
Você pensa, "eu tenho que ir ao supermercado, encher a
geladeira". E então um outro pensamento se agarra ao primeiro:
"eu também tenho que ir ao banco"... e assim por diante.
Uma cadeia de pensamentos é tecida e o leva para longe do pensamento
original.
Durante contacto
visual , sua própria experiência confirmará como a palavra
"agarramento" é pertinente para descrever esta pequena
reação rápida que o faz perder sua percepção da imagem embaçada,
projetando-o de volta na imagem física definida. Quando isto
acontece, você sente uma espécie de pequena contração - não no
nível físico, mas um aperto da mente.
A
percepção elevada requer um "deixar acontecer", e isso é
exatamente o que a consciência mental ordinária, o manas-mente, não
pode suportar. A mente tem que se agarrar, essa é sua natureza. O
manas-mente te agarra de volta à imagem física, da mesma maneira
que um músculo do corpo físico fica tenso em uma situação de
tensão emocional.
É
essencial que você continue observando este processo cuidadosamente.
Volte o foco no terceiro olho e no "estado de visão",
deixe a imagem se alterar novamente... e de repente, outro aperto da
mente, e todas as percepções desaparecem. Quando um mestre como Sri
Aurobindo diz que uma mente silenciosa é um pré-requisito para uma
experiência mais elevada, nada é mais significativo que um
erradicação desses apertos e "agarrações". Quanto mais
você os observa, mais eles te aparecerão como algo que se sobrepõem
à sua percepção natural.
5.11
Qual estado de percepção é o alterado?
Vamos
desenvolver este último ponto, porque tem imensas repercussões no
modo como vemos o mundo.
Quando
começamos a trabalhar em nós mesmos, normalmente temos um
preconceito implícito: Consideramos que o mundo, do modo como o
vemos diariamente através de nossas mentes, é a realidade. E
deduzimos que auras e seres espirituais podem ser sobrepostos a esta
visão da realidade física, por algum tipo de percepção adicional.
Este
exercício (5.9) demonstra exatamente o oposto. É a imagem mental
nitidamente definida que aparece como uma realidade artificialmente
construída. Assim que você deixar ir o aperto da mente, a imagem
explode em uma multidão fluida de cores astrais. Não é quando você
vê auras, seres espirituais, etc. que algo é somado, mas quando
você vê pela mente! A mente se contrai e adiciona uma fachada de
contornos rígidos sobre a realidade fluida. Quanto mais você
entender o funcionando de sua mente, mais perceberá que é um tipo
de câimbra. Liberte-se da câimbra e a definida realidade física
desaparece: os mundos não-físicos se abrem a você.
Tudo
isso, claro, é um processo gradual, que não vai acontecer de um dia
para outro. A mente é a parte mais tenaz do ser humano, e não vai
deixar você em paz tão cedo. Não obstante, quando você faz o
trabalho, uma nova percepção se desenvolve lentamente. De vez em
quando, você se encontra apenas "sendo". É um estado
muito simples e inocente de consciência. E nesta simplicidade, são
percebidos auras e outros mundos.
Na
maioria do tempo você está preso ao funcionamento habitual da
mente. Mas conforme você avança, a mente aparece cada vez mais como
uma crosta em cima de seu ser. Fica óbvio que ela é algo somado,
sobreposto. Somente se agarrando e apertando é que ela pode operar.
Assim você começa a considerar as imagens artificialmente definidas
como algo automaticamente construido pela mente, e o nível fluido de
luzes e cores como a verdadeira realidade por trás disto. Você
começa a se interessar cada vez mais em ver o mundo como realmente
é, e não como sua mente o compõe.
Uma
das razões pelas quais eu insisto neste ponto é que não é uma
teoria filosófica mas algo que você pode observar facilmente em si
mesmo pela prática. Conforme você continua trabalhando no exercício
5.9, os apertos da mente ficarão mais óbvios a você.
Aqui
chegamos a uma das características essenciais da abordagem
Clairvision. Nosso objetivo não é adicionar alguns truques em nossa
camada mental ordinária para alcançar a clarividência. Nosso
propósito é usar a percepção para alcançar uma condição pura
de consciência, além das falsas aparências e fora dos agarros do
manas-mente. O processo inteiro visa o desapego das construções
mentais e retornar, como no 24° hexagrama do I-Ching, para o estágio
não corrompido.
5.12
Clímax Atlantido
Feche
seus olhos e comece com um reconexão (seção 5.3): fricção na
garganta, consciência da vibração no olho. Então permaneça
ciente do espaço púrpura ou escuridão por aproximadamente 2
minutos.
Abra
seus olhos e aplique o processo duplo de visão descrito na seção
5.4:
1)
consciência entre as sobrancelhas, com quietude total,
2)
simultaneamente, em vez de olhar quaisquer dos detalhes da imagem à
sua frente, fique consciente do fato de ver, ou "estado de
visão" (ou, mais simplesmente, sinta a imagem em vez de
olhá-la).
Para
esta prática em particular, é essencial que você pisque o menos
possível, de preferência não pisque. Você tem que edificar uma
forte pressão entre as sobrancelhas, e alcançar um clímax de
quietude. Estas duas fases vão muito bem juntas: quanto mais você
está focado no olho, mais você consegue ficar imóvel; e quanto
mais você deixa sua energia se densificar (ou "coagular")
através de sua quietude positiva, mais você pode edificar a
vibração no olho.
Fique
mais e mais imóvel. Edifique a pressão entre as sobrancelhas até
que seu corpo se sinta tão sólido quanto uma estátua - uma estátua
de vibração. Esse estado se desenvolve lentamente em umestado de
imobilidade conectado que dá a sensação de um grande acumulo
de poder, como se seu olho estivesse recebendo a força de uma coluna
de energia que cai diretamente sobre ele. Quanto mais você conseguir
cessar o movimento de cada célula de seu corpo, mais seu olho pode
receber a força, e mais densa e intensa a vibração se torna.
Vá
edificando a vibração durante alguns minutos. Explore o clímax, o
poder máximo que pode receber em seu olho através da quietude
absoluta. Deixe o poder resplandecer pelo seu corpo.
Então
feche os olhos. Esfregue as mãos. Coloque suas palmas sobre os olhos
fechados, como indicado na seção 5.5.
Dicas
Durante
os últimos períodos da era de Atlantida, através de práticas
similares a esta, era possível alcançar um grande domínio sobre os
poderes de natureza. Agora a roda virou, e os métodos de ontem já
não rendem os mesmos resultados. Várias leis da natureza operam de
um modo completamente diferente e não se pode mais alcançar a mesma
mestria ao se usar estas técnicas. Alguns novos caminhos de
iniciação têm que ser seguidos.
Quando
praticado com a intensidade requerida, este exercício constrói um
estado de consciência com duas características principais: A
primeira é uma extraordinária sensação de poder. A segunda é uma
falta óbvia de compaixão. Este estado é destituído de qualquer
sentimento ou empatia pela pessoa que se senta a sua frente. Estes
dois aspectos resumem muito bem a condição da antiga Atlantida, e é
parte das razões de sua queda.
Esta
prática não será aplicada com uma base regular. É indicada aqui
apenas para te dar um vislumbre de antigos estados de consciência.
Será especialmente interessante praticar a próxima técnica (5.13)
logo após esta daqui, para perceber a diferença da vibração e da
atmosfera provocadas pelo coração.
5.13
Contacto visual, técnica completa:
O
triplo processo de visão, inclusive a visão do coração,
Sente-se
com suas costas retas, de frente a um amigo ou espelho. Feche seus
olhos e faça uma breve reconexão, como descrevi na seção 5.3:
edifique a vibração no olho e respire com a fricção na garganta.
Então fique consciente do espaço púrpura ou escuro. Permaneça no
espaço durante 1 ou 2 minutos.
Em
seguida abra os olhos e retome o processo de visão que descrevemos
na seção 5.4:
1)
permaneça focado entre as sobrancelhas e muito imóvel. Pisque o
menos possível. Deixe sua energia se "coagular" através
da quietude.
2)
em vez de olhar qualquer detalhe da imagem, esteja ciente do fato de
ver, do "estado de visão". Se nenhum "estado de
visão" pode ainda ser percebido, apenas sinta a imagem ao invés
de olhá-la - a imagem inteira da cena à sua frente, e não só a
imagem de seu par. Sinta de um modo "tátil", sentindo a
pressão (não-física) da luz em seu olho.
A
isto nós somamos um terceiro componente a ser aplicado agora,
simultaneamente com os dois primeiros:
3)
Fique ciente do centro de seu coração, no meio do tórax.
Tente
sentir a outra pessoa (ou você em um espelho) a partir de seu
coração. Não preste atenção à imagem, embora seus olhos estejam
abertos. Apenas fique focado em seu olho e sinta seu par com o
coração.
Seu
foco agora é duplo: no olho e no coração. Mas não é uma divisão.
É mais como ancorar seu olho em seu coração. Não é olhar tanto
pelo olho quanto pelo coração, mas ver através do coração, pelo
olho.
Dicas
Este
é nosso triplo processo de visão: o olho, o "estado de visão",
o coração. Você pode jogar com estes três elementos e enfatizar
mais um ou outro , dependendo do fluxo de energia do momento.
Onde
está localizado o centro do coração exatamente? Sempre que você
deseja localizar um chakra, é preferível não ser muito preciso. Um
chakra não é um ponto, mas uma zona, uma área de vibração. Assim
pode-se basicamente dizer que o centro da área do chakra cardíaco
está no meio do esterno (ao redor do ponto de acupuntura Concepção
17), e também atrás dele, dentro do tórax. Mas não procure muito
por ele. É preferível tornar-se consciente nesta área, e deixar a
sensação surgir por si só. Contanto que você permaneça no meio
do tórax e não entre, desencaminhadamente, no plexo solar, estará
tudo bem.
Esta
abordagem introduz um modo de percepção que é bastante diferente
do modo habitual em que a mente opera. Normalmente, ela tenta
organizar o mundo pegando detalhes das imagens diante de nós, e
tirando conclusões das mesmas. No caso da nossa abordagem, a
percepção está baseada na sensação do coração,
independentemente de quaisquer das características da imagem. Você
sintoniza na pessoa à sua frente e estabelece uma conexão a partir
do coração em um nível totalmente diferente do da mente. Você a
vê além da imagem.
Esta
técnica mostra um claro contraste com a anterior ("Clímax
Atlantido"). Uma suavidade é agora introduzida e que estava
previamente ausente. Em termos da história oculta de nosso planeta,
o aparecimento desta empatia do coração, que dolorosamente faltava
em nossos antepassados da Atlantida, tem muito a ver com a
manifestação da Consciência Cristã.