Intuição e Inspiração
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Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
Sérgio
Biagi Gregório
1.
CONCEITO DE INTUIÇÃO
A
palavra intuição (do latim in tueri = ver em, contemplar) significa
um conhecimento direto, imediato do conjunto de qualidades sensíveis
e essenciais dos objetos e de suas relações, sem uso do raciocínio
discursivo (1).
2.
TIPOS DE INTUIÇÃO
Dentre
os vários tipos de intuição, destacamos três:
1º)
intuição sensível ou empírica: visão da laranja;
2º)
intuição intelectual: o todo é maior que as partes;
3º)
intuição metafísica: intuição de Deus.
Em
filosofia, aceita-se somente a intuição intelectual, porque é a
única que se pode provar (1).
3.
INTUIÇÃO INTELECTUAL
Intuição
é um ato simples, por meio do qual captamos a realidade ideal de
algo.
Intelectual
refere-se ao trânsito ou à passagem de uma idéia à outra, àquilo
que Aristóteles desenvolve sob a forma de lógica.
Assim,
intuição e intelectual são termos que se excluem, que se repelem.
O
essencial no pensamento de Fichte, Schelling e Hegel é considerar a
intuição como método da filosofia. E por que consideram a intuição
intelectual como método da filosofia?
Porque
dão à razão humana uma dupla missão:
1ª)
penetrar intuitivamente na essência das coisas;
2ª)
partindo dessa intuição intelectual, construir, de modo puramente
apriorístico, toda a armação, toda a estrutura do universo e do
homem dentro do próprio universo (2).
4.
FATORES FAVORÁVEIS À MANIFESTAÇÃO DA INTUIÇÃO
1º)
- Desejar imperiosamente solucionar o problema.
2º)
- Acumular ricos conhecimentos práticos e teóricos.
3º)
- Trabalhar e pensar longa e intensamente.
4º)
- Passar rapidamente de uma atividade à outra.
5º)
- Ter a mente flexível e aberta ao novo.
5.
CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO CIENTÍFICO
A
distinção entre ambos pode ser expressa da seguinte forma: enquanto
o conhecimento intuitivo se reduz a um ato, simples e individual, o
conhecimento científico resulta de um processo complexo de análise
e de síntese.
o
conhecimento intuitivo consiste em um ato de experiência sensível
ou espiritual, já o conhecimento científico toma a experiência
como primeiro passo ou estágio inicial de um longo processo de
pesquisa.
o
conhecimento intuitivo é de ordem subjetiva, enquanto o conhecimento
científico fundamenta-se na objetividade e na evidência dos fatos,
e, porque essa objetividade e evidência são demonstradas lógica ou
experimentalmente, o conhecimento científico adquire o caráter
objetivo de validade geral e independente de intuições (3).
6.
INTUIÇÃO, RAZÃO E ESPIRITISMO
O
conhecimento vindo através do intelecto nos faz apreender o mundo
ambiente, ao passo que a intuição nos dá o discernimento das
coisas divinas;
O
conhecimento intelectual se estriba na razão que mediu, pesou,
dividiu, analisou, concluiu;
A
intuição, porém, se apóia na fé, porque somente crê e confia. O
campo da razão vai até onde a inteligência alcança, mas o da
intuição não têm limites, porque é o campo da consciência
universal. Por isso, às vezes diz “sim”, quando a intuição diz
“não”; uma fala “prudência”, a outra ordena “confiança”;
uma diz “raciocina primeiro”, mas a outra determina “crê e
segue” (4).
7.
CONCEITO DE INSPIRAÇÃO
Inspiração
- do latim inspiratio do verbo aspiro, soprar para dentro. Segundo o
Dicionário Aurélio, qualquer estímulo ao pensamento ou à
atividade criadora.
Na
aspiração, quando o espírito humano, no seu dinamismo, dirige a um
valor puro, como liberdade, justiça, a aspiração torna-se
inspiração.
Fala-se
muito na inspiração dos artistas, esse misterioso poder de criação
espontâneo, que parece como se uma potência exterior viesse em
auxílio daquele.
Muitos
artistas realizam obras num estado de mínima consciência,
apercebendo-se do que fizeram quase no fim ou no término do que
encetaram. Alguns chegam a afirmar um caráter de mediunidade, como
se o artista não passasse de um instrumento dócil às mãos de um
ser misterioso que o guiasse na realização de sua obra, como Mozart
que ouvia os seus concertos, num só ato, escrevendo-os, depois, por
memorização (5).
8.
MÉDIUNS INTUITIVOS E MÉDIUNS INSPIRADOS
Médiuns
Intuitivos: o papel desta categoria de médiuns é ser intérprete
dos Espíritos. Enquanto o médium mecânico age como uma máquina, o
médium intuitivo, para transmitir o pensamento, deve primeiramente
compreendê-lo, para depois apropriar-se dele e traduzi-lo fielmente,
embora esse pensamento não seja o seu.
Médiuns
Inspirados: é uma variedade da mediunidade intuitiva, entretanto a
intervenção de um poder oculto é ainda bem menos sensível, ou
seja, no inspirado é mais difícil distinguir-se o pensamento
próprio daquele que lhe é sugerido. O que caracteriza este último
é sobretudo a espontaneidade (6).
INTUIÇÃO,
INSPIRAÇÃO E MEDIUNIDADE
Intuição
significa um conhecimento direto, imediato do conjunto das
qualidades sensíveis e essenciais dos objetos e das suas relações,
sem uso do raciocínio discursivo. Inspiração quer dizer soprar
para dentro. É o estado de exaltação emotiva, de íntima e
misteriosa iluminação, em que, pela intuição estética, o artista
apreende o seu objeto de modo impreciso, mas em plenitude.
Por
essas definições depreende-se que na intuição o indivíduo
busca o conhecimento por si mesmo, penetrando-o através de seus
próprios esforços. Por outro lado, na inspiração, a
descoberta vem espontaneamente, transparecendo em muitos artistas a
existência de uma percepção extra-sensorial - mediunidade.
Muitos realizam suas obras num estado de mínima consciência,
como é o caso de Mozart, que depois do êxtase, escrevia seus
acordes de cor.
Teoricamente
não é difícil separar esses dois conceitos. Mas como precisar, com
certeza, onde começa um e onde termina o outro? A doutrina dos
Espíritos, codificada por Allan Kardec, fornece-nos uma luz. De
acordo com seus postulados, estamos envoltos pela presença de
Espíritos, que tanto podem influenciar-nos para o bem quanto para o
mal. Neste sentido, o insight de uma descoberta poderia,
perfeitamente, provir do sopro de um Espírito amigo.
No
desenvolvimento desses raciocínios, o homem de gênio poderia ser
apontado como o ser exclusivamente intuitivo. Isso não é
impossível, visto que ele, em outras encarnações, conquistou,
através dos próprios esforços, condições para tal fim. Mesmo
assim, não se invalida a influência exercida pelos bons
Espíritos. Estes podem utilizar-se da matéria cerebral do gênio e
comunicar-lhe as invenções necessárias para a evolução da
humanidade.
No
estudo da psicografia, Kardec usa os termos médium intuitivo e
médium inspirado. O médium intuitivo escreve e percebe que as
idéias são do Espírito comunicante e com o médium inspirado isto
não ocorre. Afirma, ainda, que o segundo é um caso especial do
primeiro. Ele considera a intuição e a inspiração como
mediunidade, ao contrário dos filósofos, que tratam da intuição
como sendo uma abstração do próprio sujeito cognoscente.
Excluindo-se
a terminologia exclusivamente mediúnica de Kardec, podemos dizer
que a intuição refere-se ao fenômeno anímico, enquanto a
inspiração, ao fenômeno mediúnico. Estejamos atentos para separar
um do outro.