PORMENORES DA VIAGEM ASTRAL
Pormenores da VIAGEM ASTRAL
Viagem astral é em síntese a saída consciente do corpo
físico. Todos nós saímos do corpo quando dormimos. Só precisamos ter a
capacidade de perceber o momento exato dessa saída ou, induzir a saída por
nossa vontade. É uma capacidade que pode ser tanto nata como adquirida. Porque
ela nada mais é do que ter consciência ao sair do próprio corpo físico. Por
natural se entende que essa capacidade faz parte da natureza do individuo e a
adquirida como o nome já diz o individuo a adquiri através de um treinamento
especifico. Certo é que, algumas pessoas têm mais ou menos dificuldades para
sair do corpo físico. Isso é normal e é esperado que assim seja. Por mais que
se diga isso ou aquilo sobre viagem astral, a verdade é que todos nós sem
exceção saímos do nosso corpo físico durante as horas de sono e viajamos pela
dimensão astral, conhecemos lugares e pessoas e temos ali nosso circulo de
amizade. Temos relacionamentos sociais da mesma forma que temos no plano
físico. Enfim, temos ali uma vida alternativa. E dessa forma vivemos o que se
pode dizer uma vida dupla. Entretanto, essa segunda vida que vivemos no plano
astral é na grande maioria das vezes desconhecida de nós mesmos. Salvo algumas
lembranças que vem a nossa consciência através dos sonhos. Sonhos são fantasias
mentais, uma fascinação. Ora, quando estamos acordados podemos perceber que
nossa mente não para, não tem descanso. Estamos sempre cheios de desejos,
pensamentos e sentimentos, e nos identificamos com tudo isso, vivenciamos tudo
isso dentro de nós mesmos. Apesar de nosso corpo físico estar desperto estamos
continuamente em um estado de adormecimento letárgico. Estamos sempre presos a
pensamentos sobre o futuro ou sobre o passado e poucas vezes estamos cientes do
momento presente. Da mesma forma acontece no plano astral. Nossa mente
permanece no mesmo estado. Identificada nos mesmos desejos, pensamentos e
sentimentos. Esta em constante estado de fascinação. Sonhos nada mais são do
que devaneios de uma mente em estado de fascinação. Claro que vez ou outra
nossa mente sai dessa fascinação e percebe algo real. Quando nossa mente tem um
momento de lucidez ela pode perceber a realidade que se manifesta a ela. Esse
momento lúcido da ao sonho uma realidade muito mais vivida, um algo mais, uma
coisa estranha que deixa uma marca em nossa psique, que em meio a bagunça
desconexa de mil e umas fantasias, algo se sobressai e nos faz lembrar de algo
com terrível realidade. Sonhos premonitórios, pesadelos, sonhos orientadores e
outras experiências fazem parte dessa classe de sonhos. Sem duvida que fazem
parte de sonhos, mas não do sonho comum. São sonhos de conteúdo lúcido. A
lucidez mental não é algo fácil de ser conquistado. É, entretanto,
imprescindível para a verdadeira viagem astral. Sair do corpo conscientemente
não é por si mesmo uma verdadeira viagem astral. Essa só se torna real quando
permanecemos lúcidos por completo. Não quero dizer aqui que seja preciso
possuir uma consciência desperta ou ter uma evolução espiritual elevada.
Refiro-me a um estado de lucidez mental. Lucidez mental é uma mente que não se
identifica consigo mesmo, esta ativa e funcional. Uma viagem astral mesmo
estando consciente que esta fora do corpo se não tiver lucidez mental não é uma
viagem. É o que se conhece comumente como sonho lúcido.
Ao leigo ou projetor inexperiente pode parecer que não
existe uma grande diferença entre sonho lúcido e viagem astral. Pois nos dois
casos se esta consciente fora do corpo físico. Para muitos, isso já basta e é
suficiente para andanças no plano astral. Mas para aquele que almeja ser mais
do que um simples andarilho na dimensão astral o sonho lúcido não serve para
nada. Existe uma diferença gritante entre um e outro. Essa diferença esta nas
possibilidades e nos diversos procedimentos ocultos que pode nos proporcionar.
Não se pode fazer nada através do sonho lúcido, a não ser, é claro, passear
pela dimensão astral. Já a viagem astral com lucidez mental completa, nos dá a possibilidade
de agir de uma forma mais incisiva na dimensão astral ao ponto de interagir
sobrenaturalmente com o plano físico. E não somente com o plano físico, mas
também com o corpo físico. Como exemplo dessa interação, temos a materialização
visível do corpo astral e ate mesmo torna-lo palpável no físico. Mover objetos
e ate troca-lo de lugar. Podemos por o corpo físico no astral e nos mover com
ele na dimensão astral. É o que chamam de estado jinas. O que antes era
considerado extraordinário passa a ser comum.
Esse fato aconteceu antes do casamento, quando ainda
namorava minha esposa. Eu gostava dela e estava pensando em me casar.
Naturalmente eu iria contar a ela sobre meus estudos ocultos. Para ir
preparando-a a fiz passar por algumas experiências estranhas, afim de que eu
pudesse ver sua reação. Essa foi a primeira experiência que proporcionei a ela.
Ela estudava a noite num colégio não muito distante da minha casa. Estava
terminando o 2º grau junto com as irmãs. A aula terminava as 23:00 e ela pegava
o ônibus no ponto em frente a escola. Ela não morava longe, mas devido ao
bairro ser um pouco perigoso ela vinha embora de ônibus quando eu não ia
busca-la. O ônibus pontualmente passava uns 15 minutos após terminar as aulas.
Numa noite de sexta-feira avisei que não poderia ir busca-la na escola. As
22:45 deitei em minha cama, relaxei o corpo e a mente e me concentrei nela.
Pouco depois estava fora do meu corpo. Fui ate o colégio dela, entrei em sua
sala e fiquei por ali ate o sinal tocar. Elas e as irmãs foram para o ponto de
ônibus. Acompanhei-as. Esperei ate que o movimento da saída dos alunos
diminuísse e fui para o outro lado da rua. Esperei o momento certo e quando
umas das irmãs dela estava olhando para o local onde eu estava eu me fiz
visível e fiz um sinal para ela. Ela olhou para mim por alguns momentos, me
reconheceu e quando estava avisando minha namorada eu desapareci. Fui para
perto delas e ouvi-a dizer.
-- Ele estava ali. Falava ela apontando para o outro lado
da rua. — Fez um sinal pra mim. Eu tenho certeza. Ela estava um pouco confusa e
bem assustada. – É melhor você ligar para ele. Pode ter acontecido alguma
coisa.
Assim que ela pegou o celular eu voltei para o meu corpo.
Logo o telefone tocou.
-- Alo!
-- Oi amor! Tudo bem com você? Perguntou ela.
-- Oi! Tudo bem sim. E você?
-- Tudo bem. To ligando porque a Neide cismou que viu você
do outro lado da rua e até acenou pra ela. Ficou preocupada pensando que
pudesse ter acontecido algo com você.
-- Só se foi em espírito. Disse eu em tom de brincadeira.
Conversamos mais um pouco sobre bobagens.
-- Vou desligar, o ônibus esta vindo. Beijos! Falou e
desligou o celular.
Dias depois contei a ela o que havia feito. Ficou mais
curiosa do que assustada. Mas ela não disse nada para a irmã que até hoje não
sabe da verdade.
Eu poderia me fazer visível tomando qualquer forma que
desejasse. Tomar variadas formas no astral desde uma simples nevoa á formas
animalescas é conhecido como zoantropia.
“Zoantropia é a capacidade de
tomar formas animalescas, comumente crê-se que essa capacidade pertence a espíritos
malignos e degradantes. Essas formas são as mais diversas, sem esquecer-se da
forma “diabólica” em que muitos se apresentam, com cara de homem, chifres, rabo
e pés de bode, ou seja, um ser hibrido misto de homem e animal. Muitos livros
de ficção foram escritos em torno do tema, e também surgiram vários filmes e
novelas sobre isso. Como sempre, no fundo das lendas e da imaginação popular há
sempre uma verdade a ser encontrada. Mas é preciso não acreditar em tudo e
tampouco negar tudo. Precisamos ser práticos e experimentar por nos mesmos.
Muitas pessoas já me contaram casos de lobisomem
(licantropo) e juram que o viram. Dessa vez, vou deixar de lado esses casos e
narrar alguns encontrados principalmente dentro da hagiografia e da literatura
espírita.
As forças malévolas sempre atacam aqueles que servem
ao bem. E, assim sendo, não é raro encontrarmos na vida dos santos fenômenos de
zoantropia. O hagiógrafo José Hussieim, na obra Heroínas de Cristo (Editorial
Poblet), relata que na vida de Santa Gemma Galgani (1878-1903) ocorreram
dolorosos fenômenos de infestação espiritual produzidos por entidades malfazejas
do mundo invisível, que tomavam as mais terríveis formas. Uma delas aparecia às
vezes “como um cão feroz que se arrojava sobre ela ou como um monstro
gigantesco que a afligia a noite inteira, gritando: Tu me pertences! Tu me
pertences!”.
São Pedro de Alcântara (1499-1562) sofreu grandemente
a investida das forças do mal, às quais venceu com sua humildade e devoção ao
bem. Frei Estefânio José Piat, na obra São Pedro de Alcântara (Ed. Vozes),
descreve um desses ataques, acompanhado de fenômenos físicos: “O Diabo entra
agora em cena. Obsessionado-o sobre formas asquerosas, persegue-o com
escárnios, com gritos e ruídos noturnos. E chega mesmo às vias de fato:
derruba-o, sufoca-o até quase o estrangular; cobre-o com chuvarada de pedras
que, na manhã seguinte, ainda se encontram espalhadas pelo soalho da pobre
cela”.
O Padre Aufíray, na célebre obra Saint Jean Bosco
(Librarie Catholique Emmanuel Vitte), descreve essas perseguições
confidenciadas pelo notável santo aos padres Cagliero, Bonetti e Ruffino, que
certa manhã o encontrou pálido e extenuado. Além de gritos nos ouvidos, ventos
repentinos, puxões nas cobertas, estrondos no teto da casa e outros fenômenos
físicos, Dom Bosco enfrentou também os fenômenos de zoantropia (inclusive a
licantropia), atestando a sua mediunidade poderosa e grande espiritualidade. Os
perseguidores desencarnados apareciam “sob as expressões de animais ferozes –
ursos, tigres, lobos, serpentes – ou sob o aspecto de monstros indescritíveis,
que o atacavam furiosamente”.
São Geraldo Majela (1726-1755), cuja vida foi povoada
pelos mais extraordinários fenômenos, não escapou também a zoantropia. Seu
hagiógrafo, padre Montes, narra vários casos na obra São Geraldo. O primeiro
ocorreu antes de o santo entrar para o noviciado dos redentoristas. Dotado de
grandes virtudes e fervor, gostava de fazer vigília na igreja de Muro, sua
cidade natal. “Uma noite, ao abrir a porta da igreja, viu Geraldo na
obscuridade os enormes olhos esbraseados de um cão que avançou como se quisesse
saltar-lhe ao pescoço. O primeiro impulso do jovem foi o de gritar e fugir.
Compreendeu, todavia, que aquele cão descomunal, que se encontrava dentro do
templo, não era um animal como os demais. Entrou, tomou água benta e fez o
sinal da cruz. O macabro assaltante retrocedeu e, dando horroroso uivo,
desapareceu como por encanto”.
Já como Irmão Coadjutor, em Iliceto e outros conventos,
numerosos grupos de “demônios” apareciam-lhe em forma corpórea. “Às vezes, tais
como os representa a imaginação popular, com enormes chifres, fisionomia
repugnante, pele vermelha ou negra e rabo descomunal. Executavam ataques
simulados e davam gritos e uivos capazes de gelar o sangue a um cristão. Outras
vezes, disfarçados em enormes cães pretos e lobos medonhos, atacavam a Geraldo
como querendo devorá-lo. Vendo que as ameaças não impressionavam ao heroico
jovem, os espíritos infernais não se contentaram com berros e ameaças”.
“Certo dia, lançaram-se sobre Geraldo, deitaram-lhes
suas asquerosas mãos, lançaram-no por terra e maltrataram-no de tal maneira
que, no dia seguinte, não pode levantar-se do leito. Outra noite precipitaram-se
sobre ele dois lobos gigantes, com uivos selvagens e, agarrando-o pela batina,
arrastaram-no pelos corredores, saíram com ele para a horta e lá no fundo,
tendo-o arrastado por pedras e lama e quanta imundície havia, lá o deixaram
semimorto”. Tentavam, também atirá-lo ao fogo ou afogá-lo.
Frederica Hauffe (1801-1829), sensitiva alemã de
faculdades excepcionais, costumava expulsar espíritos por meio de fórmulas
escritas. A pedido do dr. Justinus Kemer, ajudou Fritzien, uma senhora idosa
que foi perseguida durante 24 anos. “Tudo começou quando, ao deitar-se, ainda
acordada, ouviu pela primeira vez um estalo na cama; em seguida viu um jato de
luz azulada e a aparição de um ser semelhante a uma raposa, que se lhe
aproximou da cama e desapareceu. Outra noite percebeu a mão de uma criança na
sua. Esforçando-se para retirá-la, sentiu-se opressa, como sob a influência de
um grande peso. Desde então, viu-se perturbada todas as noites, a princípio por
luzes brandas, depois pela aparição de formas vivas, corujas, gatos ou cavalos,
todos medonhos e assustadores”. Com a ajuda prestada pela vidente cessaram as
perturbações na vida de Fritzien.
Na literatura espírita encontramos as explicações de
como se processam esses aviltamentos das formas. Segundo Gúbio, instrutor de
André Luiz, temos que tomar “por base, acima de tudo, os elementos plásticos do
perispírito”.
A zoantropia não se manifesta só nos desencarnados. Os
encarnados também apresentam problemas desse tipo. Vejamos apenas três casos:
um extraído da Bíblia, outro de uma obra de André Luiz e o terceiro narrado
pelo Cel. Edynardo Weyne.
O caso bíblico, encontramos em Daniel (4:25 a 34), e
fala do rei Nabucodonosor, da Babilônia, que viveu como animal durante sete
anos, findo os quais recobrou o juízo, o reino e a figura humana, glorificando
a Deus e a Sua justiça. Destaquemos o trecho em que se opera a transformação:
“Anunciam a ti, rei Nabucodonosor, que teu reino te foi arrebatado. Vão
expulsar-te dentro os homens para te fazer viver entre os animais dos campos;
pastarás ervas como os bois. Sete tempos passarão sobre ti, até que reconheças
que o Altíssimo domina sobre a realiza humana e que a confere a quem lhe apraz”
(Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria, 18. edição, 1971).
“Na mesma hora se cumpriu esta palavra na pessoa de
Nabucodonosor, e ele foi lançado da companhia dos homens, e comeu feno como o
boi, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu: de sorte que lhe cresceram os
cabelos e o pelo, como as plumas das águias, e as suas unhas se fizeram como as
garras das aves”.
No capitulo 23 da obra nos domínios da mediunidade temos
um exemplo de fascinação muito interessante. Uma senhora, dominada por um
terrível hipnotizador, acompanhado por vários companheiros vingativos, adquiria
aspecto animalesco, “quase que uivando e coleando pelo chão”. Não fosse a
assistência espiritual, seria vítima integral da licantropia deformante. O
instrutor Gúbio explica: “Muitos espíritos, pervertidos no crime, abusam dos
poderes da inteligência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda
sintonizam com eles pelos débitos do passado. A semelhantes vampiros devemos
muitos quadros dolorosos da patologia mental nos manicômios, em que numerosos
pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes
de animais diversos”.
Na obra A Próxima Parada, o Cel. Edynardo narra um
caso interessantíssimo: “A 5 de agosto deste ano (1983), Valdeci Ribeiro de
Souza, filho de João de Souza Filho e Francisca Ribeiro de Souza, 14 anos, residente
no Sítio Coqueirinho, em Mangabeira, Aquiraz, e aluno do Grupo Escolar local,
teve uma crise convulsiva. Foi levado às pressas para o Posto José Frota de
Mecejana. Aplicaram-lhe uma injeção de Diasepan e recomendaram que o
conduzissem ao Hospital de Saúde Mental para tirar um eletroencefalograma, pois
suspeitavam de epilepsia. Como as crises continuassem, não falava, não dormia e
chorava sem parar, o trouxeram para o Hospital de Saúde Mental. Lá ficou por
três dias”.
“Ao voltar para casa, o corpo tinha marcas de
pancadas, o rosto edemaciado e um olho “preto”. Contou que apanhara muito. No
nosso plantão das quartas-feiras, a família o trouxe ao Centro Espírita Amor ao
Próximo. Não mais parecia uma criatura humana! A entidade que o manipulava lhe transmitira
sua configuração Espiritual (fenômeno de zoantropia). Adquirira a forma de um
macaco. Essa degradação do perispírito do possessor foi logo identificada por
uma vidente da nossa equipe de desobsessão. Cerca de dez pessoas, que se
encontravam presentes, viram-no com as mãos dobradas, como se fossem patas,
tentando agredir a tapas. Com fúria animalesca, procurava morder quem dele se
aproximasse. Não falava, guinchava. Sua expressão fisionômica era simiesca.
Coçava a barriga exatamente como fazem os macacos. Sua força era superior a de
vários homens juntos”.
Ele continua narrando que “após três sessões de
transfusão energética, com complementação ectoplásmica, recuperou o aspecto
humano e o comando da mente. Na segunda-feira seguinte, dia de sessão pública,
mais de cem assistentes de todas as classes sociais viram o final dessa trágica
metamorfose. Voltara-lhe a consciência de sua própria identidade!”.
“Reprimir, bloquear, dopar, submeter a choques
elétricos ou bioquímicos a incipiente mediunidade de um paciente sensitivo é
inócuo, quase perversidade! Jamais ele passará de um “trapo ambulante”. Nunca
se chegaria a uma solução autêntica como no caso desse menino-macaco. Para esse
tratamento não empregamos nenhum produto farmacêutico convencional. Apenas o
humilde arsenal terapêutico da Medicina dos Espíritos: a prece, o passe, a
cooperação dos benfeitores do espaço, a água fluidificada, o amor e a fé.
Principalmente a fé. Fé consciente, inamovível, granítica. Aquela fé que remove
montanhas, como nos falou o meigo Filho de Maria”.
Para encerrar essa explanação vou narrar mais um caso
ocorrido com um encarnado, cujas faculdades mediúnicas estavam começando a
aflorar. Na obra Ala Dezoito, o escritor espírita Frungilo Júnior apresenta um
fenômeno de zoantropia muito interessante, ocorrido com um advogado que se
encontrava internado em hospital, por apresentar comportamento anormal, devido
a “visões” que estava tendo: “Roberto começa a se agitar. Abrem os olhos e
aquilo que lhe parecia um sonho começa a se misturar com a realidade. Em
primeiro lugar, não consegue atinar com o lugar onde se encontra; iluminada
pela luz de um abajur, vê a esposa deitada no sofá, porém não a vê sozinha. Ao
seu lado, duas figuras animalescas assediam-na, voluptuosamente. Possuem corpo,
braços, pernas, cabeça, como um ser humano, porém, suas constituições físicas,
no que se refere ao que lhes serve como tecido epidérmico, são de uma textura
animalesca e repugnante. Cascos, no lugar dos pés, garras como mãos, olhos
obliquamente compridos, maxilares protuberantes, chifres recurvados, sexos à
mostra, tudo com forte odor nauseabundo e fétido, são as características
horripilantes dessas criaturas que possuem, como vestes, apenas um tipo de
colete escamoso, que mais parece uma continuação de seus horrendos corpos,
diferenciando de todo o resto pela cor escarlate que apresentam”.
O texto acima apresenta a ideia corrente sobre a
zoantropia. Entretanto, é claro, essa habilidade não é exclusiva de seres
tenebrosos e tão pouco é algo negativo e mau e qualquer projetor astral pode
aprendê-la.
Certa vez, uma amiga tendo perdido seu pai há algumas
semanas, me procurou pedindo para que eu entrasse em contato com ele.
Sinceramente não gosto de me envolver nesses afazeres. Creio que ao partir
desse mundo devemos deixar para traz tudo o que pertence ao mundo. Salvo
algumas exceções realmente necessárias. O caso de minha amiga não era algo
realmente importante. Mas ela era minha amiga e para ela era importante entrar
em contato com seu pai. Eu conheci o pai dela, apesar de ser uma pessoa com
alguns pontos negativos, era no fundo um bom homem.
Numa noite sai em astral em busca dele. O chamei pelo
nome, me concentrei nele. E então como guiado por uma linha telepática fui
levado ate ele. Estava no cemitério. Ainda ligado ao seu corpo físico tinha que
permanecer ali até que o elo se desfizesse ou ate que o viessem buscar para
levar ao seu lugar. Ao me ver ele se assustou e me perguntou se eu havia
morrido. O tranquilizei dizendo que apenas estava fora do meu corpo físico.
Falei sobre a filha dele e o desejo dela em entrar em contato com ele. Ele
ficou feliz e me prometeu que logo faria contato com ela. O que realmente
aconteceu alguns dias depois.
Conheci uma garota que morava em outra cidade e começamos
a namorar e devido as minhas condições financeiras demorava um pouco para ir
visita-la. Ela vivia reclamando que ficávamos longe, que sentia a minha falta,
essas coisas de mulher. Bom já que sente tanto a minha falta assim, a noite
quando for dormir se concentra em mim que vou ai. Falei para ela. Ela não
acreditou muito, mas aceitou. Marcamos um horário para que fossemos nos deitar
na mesma hora. Sai em astral e fui ate ela. Ela dormia em sua cama, um sono
tranquilo. Infelizmente ela estava inconsciente fora do seu corpo físico e não
me percebia. Para confirmar que eu havia cumprido com o combinado fui para o
jardim do seu quintal onde tinha varias roseiras floridas. Eu iria pegar umas
das rosas e por em seu travesseiro ao lado do seu rosto. Gentilmente pedi ao permissão
ao Elemental da roseira para pegar uma de suas flores. Apanhai uma das rosas físicas
e levei ate o quarto dela e a pus sobre o seu travesseiro. Certo é que se gasta
um bom tanto de energia para transportar objetos sejam esses vivos ou
inanimados e os mudar de lugar. A mim requer uma grande concentração, mas já conheci
pessoas que o fazem com facilidade. Depois de gastar um bom tempo e muita
concentração consegui por em seu travesseiro a rosa física. No dia seguinte ela
me liga e antes que ela dissesse algo, eu lhe falei sobre a rosa sobre o seu
travesseiro o que a deixou muito assustada e acreditando na minha visita
astral.
Isso tudo não é difícil, desde que, é claro, se tenha
lucidez mental. Quero deixar claro que essa lucidez mental não esta atrelada a
nenhum estado espiritual. Não há necessidade de ser bom ou mal, seguir esse ou
aquele caminho. Lucidez mental é algo inerente ao ser humano. Faz parte da
nossa natureza espiritual. Então você pode adquirir lucidez mental assim como
eu, assim como Vicente e toda gente e Raimundo e todo mundo. Você não precisa
ser santo nem diabólico. Não precisa ter dom ou alguma faculdade psíquica. Não
precisa ser nada e ter nada. Isso faz parte de você.
Hoje graças a Deus posso sair do meu corpo físico quando
quero. Já não tenho mais dificuldades. Mas, nem sempre foi assim. Tive muitas
dificuldades e somente através de um treinamento intensivo que pude supera-las.
Sei que existem pessoas que tem muita facilidade em sair do seu corpo físico. E
outras com muitas dificuldades. Para essas ultimas o desanimo é um companheiro
continuo, e por isso quase sempre desistem da viagem astral. E o que é pior, muitos
se acham inferiores espiritualmente. Eu Tetragrama afirmo á você. Se você quer
você pode. Assim foi comigo e assim pode ser com você.
O mais importante de tudo é a própria mudança do estado
mental no qual se encontram. Porque é esse estado mental que prejudica em
muito. Por estado mental se entende o conjunto de dogmas, crenças e tudo o que
já esta pré-definido em nossa mente em relação ao espiritual. Se você, por
exemplo, acredita que a saída consciente do próprio corpo é pecado e
desagradável aos olhos de Deus, isso então se torna um empecilho para você. Os
que morrem de medo de que sua atitude seja contrario aos desejos dos seus
amparadores ou guias, ou que tenha em sua mente que tudo acontece no tempo
certo, ou qualquer sentimento ou pensamento que se enquadre dentro deste
contexto, isso também vai ser um empecilho para você. Temos que ter nossa mente
aberta, deixar nossos dogmas, nossas crenças e buscar algo real, algo que
experimentamos por nós mesmos. Deixar de acreditar no que nos dizem, mas passar
a acreditar naquilo que experimentamos. Viagem astral é a primeira porta para
os mundos superiores. Mas para que possamos atravessar essa porta nossa mente
deve estar preparada para aceitar a verdade que esta ali. Eu sou Tetragrama e
não sou nada, nem mestre, nem iluminado, nem nada. Sou o que desenvolvi em mim.
Ou seja, um homem que abriu sua mente para a realidade espiritual, não sou dono
da verdade, mas o que experimento eu creio ser a verdade, pode ate não ser, mas
assim creio porque experimentei. Invoquei anjos e demônios, mortos e
elementais, tanto no astral como no plano físico. Saio do meu corpo físico
sempre que quero e vou pra onde sinto vontade de ir. Vou para lugares bons e
também para lugares ruins, porque esta em mim o buscar conhecimento, buscar o
que esta oculto por trás do véu. Sou criticado e ate expulso fui de algumas
comunidades, considerado por muitos como mago negro, bruxo, aquele que ensina o
lado negro, os procedimentos e tal. Bom isso não me afeta em nada, porque eu e
Deus sabemos o que sou e Deus sabe o coração do homem e eu estou de consciência
limpa e tranquila. Claro que muitos me consideram e me tem de bom grado e de
coração aberto e é justamente para esses que continuo escrevendo e ensinando
coisas ocultas que são escondidas por pessoas mesquinhas que desejam tudo para
si. Dão apenas migalhas para os que buscam. Eu não sou médium, nem nasci com
algum dom. Sou uma pessoa comum que um dia decidiu que iria sair em astral
consciente. E assim que me decidi a isso eu me esforcei, busquei, não poupei
esforços para conseguir o que desejava. Podem pensar alguns que eu já nasci com
tal facilidade em sair do meu corpo, que tenho algum dom, que sou médium e
coisas do gênero. Engano. Não tenho nada disso e não sou nada do que pensam.
Minha primeira viagem astral foi involuntária. Somente depois de um ano de
esforço e perseverança que consegui uma saída consciente por minha própria
vontade. E não foi conquistada facilmente não, tive que batalhar muito nesse um
ano. Muitos exercícios de concentração, imaginação, muita preparação psíquica.
Batalhei e consegui. Então depois de um ano comecei a ter minhas primeiras
experiências lúcidas. Ora, e não era também coisa de se conseguir facilmente,
às vezes tinha uma ou duas por mês. Mas não fraquejei nem desisti. E hoje estou
nesse estado que me encontro agora porque me esforcei e persisti no meu
propósito. Portanto, persistência, dedicação e força de vontade são essenciais
para o sucesso. Não desista frente aos insucessos, encha-se mais de vontade e
determinação. A cada insucesso tenha mais determinação em conseguir. E não
desista. Continue e continue e terá sucesso. Tudo depende da sua força de
vontade e da sua persistência. Vou relatar aqui algumas experiências que tive
no inicio.
Eu devia ter uns 15 anos, pouco mais ou menos quando
entrei em contato com as informações sobre viagem astral. Sinceramente fiquei
maravilhado pela possibilidade de sair do meu corpo físico. Naquela época não
tinha internet e as informações eram somente através de livros. Minha família
era pobre e eu não tinha condições de comprar livros. Comprava alguns
esporadicamente, mas não tanto quanto gostaria. Então minha única opção era a
biblioteca da cidade. Chegava à biblioteca de manha e só saia à tarde. A seção
de livros esotéricos e espiritualistas era a minha preferida. Apesar de não ter
muitos livros, existiam alguns interessantes. Um destes que foi fundamental
para o meu interesse pela viagem astral era um livro gnóstico de Samael Awn
Weor. Através deste livro obtive informações sobre os mundos superiores e sobre
o plano astral. Então resolvi procurar o movimento gnóstico da minha cidade.
Procurei e não achei. Então um dia andando na rua vi um panfleto num poste
sobre um curso de viagem astral gratuito. Peguei o endereço e no dia fui.
Estava ansioso para conhecer o curso, conhecer as técnicas usadas e tal. Em
minha inocência pensava que apenas usando uma técnica, conhecendo a forma
correta, já seria suficiente para sair do meu corpo físico. Participei do curso
com muita atenção, anotando num papel todas as informações que achava serem
importantes. No final da palestra dei meu nome para a matrícula no curso da
gnose e comprei o folhetim que estavam vendendo referente ao assunto. Gastei o
dinheiro da passagem do ônibus. Eu morava num bairro afastado do centro da
cidade. O percurso feito a pé levava mais ou menos 1 hora. Mas fui embora
feliz, lendo meu folhetim e ansioso para por em pratica o que havia sido
ensinado.
A noite chegou e fui
para a cama. Segui as etapas descritas no curso e estava ansioso e também com
um pouco de medo. Eu iria sair do meu corpo físico e entrar no plano astral.
Relaxei o meu corpo seguindo as orientações do curso e me concentrei nas
batidas do meu coração. Então percebi que tinha uma péssima concentração. Mas
mesmo assim persisti e forçava e forçava. A cabeça começou a doer. Bom isso
deve fazer parte do processo. Pensei e continuei forçando. Depois de um tempo a
boca começou a ficar meio seca e amarrenta. Agora com dor de cabeça e boca
amarrenta. Isso me incomodava. Mas não desisti. Não sei por quanto tempo fiquei
assim. Mas dormi e só acordei no outro dia. E nada de sair do meu corpo físico.
Fiquei um tanto desanimado, não era tão fácil como havia imaginado. Mas eu
estava disposto a sair do meu corpo físico. Sabia que meu ponto fraco era a
falta de concentração. Então decidi treinar minha concentração. Naquele tempo
não se tinha acesso tão facilmente às informações como é hoje em dia, ainda
mais sobre esses assuntos. Após buscar informações em vários livros, encontrei
diversos exercícios para o desenvolvimento da concentração. Foram bons e
cumpriram o seu papel. Minha concentração melhorou, mas, ainda sentia que não
estava bom. Então, encontrei um exercício que foi fundamental para o pleno
desenvolvimento da minha concentração. É um exercício pouco conhecido e que ate
hoje não o encontrei disponível no meio esotérico e oculto. Arrisco a dizer que
é um exercício que se manteve em oculto, escondido do leitor leigo, por qual
motivo não sei dizer. Mas, o coloco a disposição dos meus leitores cumprindo
assim com o meu objetivo de trazer ao conhecimento publico aquilo que ainda é
desconhecido. Sem duvida que esse propósito me tem causado alguns problemas com
pessoas que me classificam como mago negro e tantos outros termos negativos.
Essas pessoas se assustam e murmuram quando se deparam com algum artigo meu
onde falo abertamente daquilo que se deve dizer. Como exemplo fui excluído e excomungado
não de uma, mas varias comunidades esotéricas na internet quando publiquei em
seu fórum o artigo sobre o órgão Kundartiguador. Mas isso faz parte do meu
trabalho e o continuo fazendo com prazer, não tanto quanto gostaria, pois, me
falta tempo, mas, o faço sempre que possível.
Para o
desenvolvimento da concentração. O exercício mais utilizado pela maioria das
escolas esotéricas e que de certa forma não é muito divulgado em sua totalidade
se chama “7 portas”. Essa técnica esotérica é constituída de sete exercícios.
Essa técnica tem como finalidade desenvolver oito graus de concentração.
Portanto, é um exercício completo para o desenvolvimento dessa faculdade.
O primeiro
exercício se chama “O Ovo”, o segundo “O Bastão”, o terceiro “O Véu Obscuro”, o
quarto “A Vela”, o quinto “A Rosa”, o sexto “O Baú”, o sétimo “O Pentagrama”.
Antes de começar
os exercícios é necessária uma preparação do corpo físico. Essa preparação é o
relaxamento. Relaxamento é muito importante, pois através dele preparamos nosso
corpo físico de forma que facilite os exercícios posteriores. No relaxamento
induzimos nosso corpo à um estado de sonolência e consequentemente com isso
abrimos uma pequena porta ao subconsciente o que nos ajuda muito. Portanto,
antes de qualquer exercício é preciso fazer um relaxamento do corpo físico.
Deite-se de forma
confortável, em decúbito dorsal, ou melhor, dizendo de “barriga para cima”, é a
posição mais ideal. Entretanto, algumas pessoas não se sentem bem ficando nessa
posição. Portanto, desde que se sinta confortável pode escolher a melhor
posição para você. O importante não é a posição em si mas sim, você se sentir
bem.
Escolhida a
posição que melhor se adapte a você, feche os olhos naturalmente. Respire
profundamente o máximo que puder e solte o ar devagar e conforme vai soltando o
ar sinta que todo o cansaço sai junto com ele. Diga a você mesmo, “relaxe
corpo, relaxe corpo”. Repita isso por 10 vezes. Após isso deixe sua respiração
normalizar por si mesma, ou seja, deixe-a ir diminuindo e diminuindo ate que
volte ao normal.
Visualize seus
pés, imagine que uma luz envolve seus pés, primeiro o esquerdo e depois o
direito. Comece pelo dedão do pé, imaginando que uma luz azul surge nele e vai
aumentando e aumentando ate que envolva todo o pé, sinta que a luz vai
relaxando os dedos e os pés e vai subindo pelas pernas e relaxando elas,
subindo pelas coxas, barriga, tórax, ombros, braços, cabeça, até que todo o seu
corpo esteja envolvido por essa luz e que esteja todo relaxado. Então imagine
que essa luz entra por sua cabeça e envolve todo o seu cérebro, sinta a mente
relaxada. Fique assim por alguns minutos e então comece o exercício que se
propõe.
Vamos agora ao
exercício. Nesse exercício começaremos a desenvolver a concentração e junto com
ela a imaginação. Faça o exercício de relaxamento, estando bem relaxado tanto
corpo como a mente. Imaginamos que na escuridão dos olhos, surge um pequeno
ponto de luz branca. Mantenha sua atenção nesse ponto luminoso, assim que
estiver bem pratico em manter sua atenção nesse pontinho imagine que em volta
dele surge uma nevoa esbranquiçada que se movimenta a sua volta. Em meio a
fumacinha da nevoa, imagine minúsculos pontinhos luminosos. Então a nevoa é uma
fumacinha cheia de pontinhos minúsculos que se movimenta em volta do ponto de
luz. Agora imagine que o ponto de luz começa a pulsar e conforme pulsa ele
brilha mais. Pulsando e brilhando e depois de algum tempo começa a aumentar o
seu tamanho. Pulsa, brilha e aumenta. Faça isso ate que o ponto de luz fique do
tamanho e forma de um ovo. Um ovo de luz brilhante e pulsante. Agora através da
imaginação vai cobrir esse ovo brilhante com uma casca de ovo branca, ou seja,
vai cobrir todo o ovo brilhante com casca, casca de ovo.
Faça pedacinho por
pedacinho, imaginando que a luz vai sendo coberta pelas cascas ate que esteja
totalmente coberta e na sua mente esta um ovo branco. Mantenha na sua mente por
um pouco de tempo essa imagem do ovo, depois lentamente vai descascando ele,
tirando a casca e conforme vai tirando pedacinho por pedacinho, imagine que a luz
se solta a cada pedacinho tirado como um pequeno raio de luz e que esse raio é
absorvido pela nevoa, e conforme a nevoa vai absorvendo os pequenos raios ela
se torna luminosa, cada vez mais luminosa, ate que na sua mente exista apenas a
nevoa luminosa e cheia de pontinhos brilhantes. Faça esse exercício todos os
dias durante uma semana.
No segundo
exercício “O Bastão”, devemos imaginar que no escuro de nossa mente surge um
bastão. A imagem do bastão fica ao seu critério podendo ser um bastão de bambu
ou de arvore. Apenas o bastão na sua mente envolto pela escuridão. Do bastão
sai luz, uma luz azul e essa luz começa a dar vida à escuridão. Imagine que aos
poucos vai surgindo terra, imagine a terra, pedras, tudo de forma mais nítida
que puder. O bastão esta fincado na terra, imagine que da terra brota grama
verde, imagine que da grama, brota flores multicoloridas, imagine cada flor
nascendo desde sua semente ate o seu desabrochar. Imagine que da terra nasce
arvores, desde sua semente até seus galhos e folhagens, imagine o vento
balançando as arvores, soltando suas folhas secas. O bastão no centro começa a
brotar. Se for um bastão de bambu, dele brota um bambu ate que se torne um
bambuzal. Se for um bastão de arvore, dele deve brotar a arvore. Crie tudo isso
de forma mais nítida possível, folhas, flores, galhos, terra, pedras. Depois de
tudo construído na sua mente, faça o inverso. Imagine que as arvores secam e
morrem, as flores e a grama, e a terra desaparece, voltando a ficar somente o
bastão, e esse por fim desaparece também. Esse exercício deve ser feito durante
uma semana.
O terceiro
exercício “O Véu Obscuro”. Este é um exercício frequentemente utilizado para se
penetrar na vida intima de um ser (objeto, planta, animal, ser humano), usado
por algumas ordens esotéricas.
Selecione um
objeto, preferencialmente um que seja feito de somente um tipo de material,
sente-se confortavelmente e coloque o objeto a sua frente de forma que você
possa facilmente visualizá-lo. Deve-se optar por objetos simples no começo, pois
algo complexo pode distrair sua atenção. Uma vez selecionado o objeto, sente-se
confortavelmente, feche os olhos e o visualize a sua frente. Vá aumentando
gradualmente o objeto em sua imaginação até que ele se torne bastante grande,
grande o suficiente para que, se ele fosse uma porta, você poderia passar
através dela. Em seguida imagine que você esta se unindo ao objeto, que você e
o objeto estão de fato se tornando um só. Quando você sentir que foi bem
sucedido, e que de fato se uniu psiquicamente ao que quer que seja que você
esteja usando, tente se tornar sensível a quaisquer sentimentos ou sensações
que possam vir para você. Com certa pratica a primeira coisa que acontecerá é
que você de fato se sentirá unido ao objeto que escolheu se não fisicamente,
então psiquicamente. Dessa forma, enquanto você progredir começará a ter
sensações, intuições e até pensamentos reais, que lhe ocorrerão enquanto faz o
exercício, e que procedem diretamente desse sentido de união que você produziu.
No começo não se deve esperar demais, e logo você descobrirá que com a pratica
esta técnica simples pode ser desenvolvida em um instrumento de grande poder.
Depois de haver
trabalhado um pouco sobre seu objeto inanimado, será tempo de subir um degrau
na hierarquia da consciência e tentar a mesma experiência com uma planta. Você
pode usar uma arvore que esteja em seu jardim, ou se preferir apanhar uma folha
de alguma arvore. Uma vez que você selecionou seu objeto planta, faça a mesma
coisa que você fez com o objeto inanimado. Esse exercício deve ser feito
durante quinze dias.
No quarto
exercício “A Vela”. Nesse exercício alem de treinar a concentração iremos
também trabalhar com o elemental do fogo. Um trabalho chamado integração
elemental que tem como objetivo uma interação da nossa mente com o elemental.
Sobre uma mesa de preferencia redonda e de mármore posicione três velas de
qualquer cor da seguinte forma ^, ascenda as velas. Sente em frente a mesa de
forma confortável, relaxe bem o corpo e a mente. Com os olhos abertos comece a
focalizar sua atenção na chama da primeira vela a sua esquerda, fique alguns
minutos com sua atenção focalizada nela, depois passe para a chama da vela a
sua direita e depois de alguns minutos passe para a terceira vela. Agora feche
os olhos e relaxe totalmente a sua mente. Tente reproduzir a chama da primeira
vela, depois da segunda e por fim a terceira. Tendo na sua mente reproduzido as
trés velas dispostas num V de cabeça pra baixo ^, se concentre nessas três
chamas por um tempo, então devagar imagine que da primeira vela, sai de sua
chama uma pequena chama e essa chama vai se ligar a chama da segunda vela, e da
segunda vai para a terceira e desta volta para a primeira fechando dessa forma
um triangulo. Então teremos na nossa mente as três velas ligadas em si pelas
suas chamas. Concentre-se nisso por um tempo, depois imagine que no centro
desse triangulo, surge uma cadeira, ou trono, ou mesmo uma pedra e que esta em
chamas e sobre as chamas um rosto ígneo. Imagine e se concentre nisso e fique
assim por um tempo. No decorrer desse exercício você pode sentir muito calor,
suar muito e sentir como se o fogo estivesse pertinho do seu rosto, não se
preocupe se isso acontecer pois esta acontecendo o inicio da integração
elemental. Se persistir nesse exercício poderá entrar em contato com o
elemental do fogo.
No quinto
exercício “Exercício da Rosa”. Observe uma rosa vermelha de preferência.
Observe-a ate guardar na sua mente todos os seus detalhes. Depois disso
deite-se de forma confortável, relaxe a mente e o corpo. Imagine que em seu
umbigo abre um buraco de luz e no meio dessa luz vá recriando a rosa vermelha.
Comece imaginando uma semente, a semente germinando, e imagine as etapas da
criação da rosa ate que ela esteja completa e totalmente desabrochada. Então
comece a fazer o contrario. Imagine ela murchando, pétalas caindo, secando, e
assim vai fazendo ate que ela desapareça completamente e o buraco de luz se
fecha. Esse exercício além de praticar a concentração também vai começar a
abrir o chacra do plexo solar.
No sexto exercício
“Exercício do Baú”. Esse exercício era e ainda é muito utilizado no Tibete. Seu
objetivo é praticar a concentração e também criar um elemental artificial.
Entretanto, o tempo que iremos utilizá-lo não sera o suficiente para a criação
do elemental artificial. Relaxe o corpo e a mente imagine um baú fechado com um
cadeado. Abra o baú, dentro dele não tem nada, apenas uma pequena nevoa
luminosa. A partir dessa nevoa, crie um ser. No tibete era utilizado imagens de
Deuses e demônios. O ser que ira criar fica a seu critério. Use a nevoa
luminosa dando forma aos poucos ao seu ser, criando parte por parte nitidamente
ate que esteja completo. Assim que ele estiver completo, passe a ele a sua
consciência de forma que agora você através dos olhos dele vê o seu próprio
corpo a sua frente. Então comece a desfazer o seu corpo, parte por parte,
começando pelos pês e subindo ate fazê-lo desaparecer sobrando apenas uma nevoa
luminosa. Então passe a sua consciência para essa nevoa e comece a desfazer o
ser que criou começando pelos pês ate que ele desapareça e sobre apenas uma
pequena nevoa luminosa, e por fim essa nevoa se junta a você que também é
nevoa. Você entra dentro do baú e fecha a tampa sobre si.
Por fim o
“Exercício do Pentagrama”. Deitado confortavelmente e bem relaxado imagine que
sobre você tem um grande pentagrama posicionado com as duas pontas para os seus
pés e a superior para sua cabeça. Imagine que do centro dele sai uma luz
violeta e que essa luz começa a girar como um redemoinho e desse redemoinho sai
raios e um desses raios atinge você. Preste atenção onde esse raio atinge você.
Pois é nesse lugar que tem que se concentrar. E vai fazer da seguinte forma.
Concentre-se no local onde o raio atingir, imagine e sinta-o pulsando e que
essa pulsação vai aumentando e se espalhando pelo corpo de tal forma que depois
de um tempo todo o seu corpo esteja pulsando. Assim que todo o seu corpo
estiver pulsando, imagine e sinta que quando pulsa ele se enche e enchendo fica
leve e ficando leve começa a subir. Esse exercício alem de praticar a
concentração, pode despertar chacras, e sair em astral. Faça um exercício de
cada vez. Aconselho a treinar cada um por um mês. Somente depois disso passe
para o próximo. No final de todos você vai ter uma ótima concentração.
Conforme minha
concentração ficava melhor, meus exercícios para sair do meu corpo físico
ficavam mais interessantes. Apesar disso, minhas saídas astrais não eram
constantes e ainda muito dificultosas. Um dos obstáculos que me atrapalhava muito
era não saber a hora certa de me levantar. Eu me concentrava, chegava ao EV
(estado vibratório) com certa facilidade, mas a partir daí não sabia mais o que
fazer. Esperava sair naturalmente, o que nunca aconteceu comigo no inicio.
Sentia meu corpo formigar, inflar como um balão, mas continuava dentro do meu
corpo. E isso se sucedia muitas e muitas vezes. Então percebi que era preciso
fazer algo mais. Mas fazer o que? Não conhecia ninguém que soubesse desse
assunto. Quanto aos livros, os que eu tinha acesso não mencionavam nada. E
quando conseguia sair do meu corpo me deparava com uma serie de obstáculos. O
maior obstáculo para a saída astral é o medo.
O sentimento do
medo é inerente ao ser humano e que faz parte de sua psique é muito prejudicial
no que se refere ao espiritual. E todos nós temos medo, uns mais outros menos,
mas todos nós temos e continuaremos a ter. Se você se acha um medroso, não é o
único. E se você se acha um grande medroso, não se preocupe nem tenha vergonha
de ser assim. Existe e sempre existira grandes medrosos. E se te faz sentir
melhor saiba que eu Tetragrama fui um desses grandes medrosos. Pensa num cara
medroso, o mais medroso que você conhece, agora multiplica por tres, o
resultado era eu. Eu tinha medo do escuro, entrar num quarto escuro nem pensar,
ir no fundo do meu quintal a noite muito menos. Pra se ter uma ideia do tamanho
do medo que sentia, quando tinha uns 14 anos mais ou menos eu não conseguia ir
ao banheiro no meio da noite sozinho, tinha que chamar a minha mãe, então ela
acordava, levantava, ascendia a luz, e ia ate o meu quarto. Então eu me
levantava e enquanto ela ficava na cozinha eu ia no banheiro, ai ela tinha que
me esperar deitar para apagar as luzes e voltar pro quarto dela. Sempre dormia
com a cabeça coberta e do lado da parede, só o nariz pra fora. E podia fazer o
calor que fosse, eu sempre com a cabeça coberta. Para melhorar a situação pouco
tempo depois uma entidade vinha ate o meu quarto e eu sentia ela ali pertinho
de mim. Era terrivel o medo que sentia, debaixo das cobertas eu suava e me
molhava todo. E toda noite la vinha ela, começava com um barulhinho como de
escamas arrastando no chão e vinha chegando ate parar na beira da minha cama e
eu debaixo das cobertas suando como um condenado. Então passei a me deitar bem
mais cedo, tipo umas oito horas da noite, todo mundo estava acordado ainda e eu
me sentia melhor, o medo era menor. Mas numa bela noite eu acordei no meio da
madrugada e estava de lado, abri os olhos e vi na beira da minha cama, ali no
chão um cachorrinho pequeno que abanava o rabinho e me olhava com uns olhos
vermelhos. Meu amigo quase me defequei todo. Em casa não tinha cachorros. Era
aquela entidade. Eu rezava, orava e pedia a Deus. E muitas noites de terror
depois ela deixou de vir. Mas o medo continuava e assim permaneceu. Numa tarde
tive minha primeira experiência astral consciente, foi de forma espontânea e
fiquei maravilhado com aquilo. Então comecei a pesquisar sobre o assunto e
descobri o astral. Mas também descobri que o astral era o mundo espiritual e
ali havia entidades e espíritos. Como explorar esse mundo se eu morria de medo
de espíritos, fantasmas e entidades. Bom, comecei a tentar sair em astral de
dia, sempre as tardes, de dia o medo era menor. Então eu fazia minhas praticas
no decorrer do dia, mas havia um problema, eu também tinha medo de ficar em
casa sozinho durante o dia. Mas mesmo com esse medo eu fazia as minhas
tentativas de sair no astral consciente, mas era muito dificultoso, qualquer
barulho dentro de casa eu me sobressaltava e la vinha o medo tomando conta de
mim. Então comecei a fazer minhas praticas escutando musica clássica, a musica
abafava os ruídos e eu concentrado nela o medo era menor. Esporadicamente
obtinha sucesso em sair no astral consciente, mas mesmo durante o dia, quando
estava no astral sentia medo, então voltava para o corpo e sempre era assim. Um
pouco de tempo depois já com mais experiência, um dia sai em astral durante o
dia, e dentro da minha casa havia varias pessoas eram meninas mui bonitas, umas
quatro. Então veio em minha mente fazer um experimento, pus minha mão direita
na testa de uma e imaginei um pentagrama, para minha surpresa aquela menina tão
bonita, começou a gritar e se transformar numa coisa esquelética e feia. Para
minha surpresa não senti medo, apenas me assustei com aquilo, mas não medo.
Então percebi que o medo quando estamos fora do corpo não é tão forte quanto
dentro do corpo, e ocasiões que supostamente eu poderia sentir muito medo, não
sentia o que imaginava sentir. Isso me aliviou um pouco e passei a fazer as
praticas a noite, mas como sentia ainda muito medo, esse sentimento me
atrapalhava muito nas minhas saídas. Termino aqui meu relato somente para que
saibam que Tetragrama já foi um grande medroso, mas nem por isso desisti daquilo
que me interessava e nunca poupei esforços para superar isso. Mas agora vamos
ao que interessa, vamos entender o medo, o que acontece e como poder modificar
isso a nosso favor. O que vou expor aqui é um conhecimento que só é desvendado
nas esferas mais desenvolvidas do puro esoterismo e que de forma velada esta
contido no caibalion, e que agora rasgo o véu e passo a vocês.
O sentimento do
medo causa ao nosso organismo diversas alteraçoes químicas, quando sentimos
medo, nosso coração acelera, nossa atenção aumenta, nosso metabolismo produz
uma grande quantidade de adrenalina, todo nosso organismo se transforma e fica
pronto para o que vier, ou seja, correr e fugir. O sentimento de medo é um
estado mental que como um gatilho desperta o nosso instinto de sobrevivência.
Esse instinto nos capacita, ou melhor, nos torna aptos para fazer coisas que
sem ele não imaginaríamos capazes. Mas tudo o que acontece no nosso corpo físico
proveniente da manifestação do instinto de sobrevivência é na realidade uma
reação de uma ação muito maior que ocorre na nossa estrutura energética. Uma
grande quantia de energia é acumulada em nós, os chacras trabalham a todo
vapor, absorvendo, transformando e acumulando essa energia e toda nossa
estrutura espiritual se prepara com todas suas potencialidades para evitar
aquilo que acha ser o fim. Então o medo nos condiciona a fugir. Todas as
potencialidades e energia acumulada são usadas para a fuga. O que o esoterismo
nos ensina em relação a isso que podemos mudar essa condição, podemos usar todo
esse poder para lutar ao invés de fugir. E de que forma podemos fazer isso?
Ora, criando um estado mental oposto ao medo. Um estado mental que é acionado
pelo estado mental do medo. Um estado influenciando ou ligando ao outro. Esse
estado mental a ser criado é o da coragem. Ao contrario do estado mental do
medo que é algo negativo, o estado mental da coragem torna-se oposto a ele,
então é positivo. O que vamos realizar é o que segue no seguinte raciocínio. O
estado mental do medo toma conta de nós, sendo ele um gatilho para por em
funcionamento nosso instinto de sobrevivência, esse sobrevém e poe em atividade
toda nossa estrutura espiritual com todo acumulo de energia e potencialidades.
Vamos então ligar esse estado mental do medo ao seu estado mental oposto, ou
seja a coragem e dessa forma usaremos todo nosso poder que antes era para
fugir, para lutar.
Agora vamos passar
da teoria para a pratica. Já sabemos o que temos que fazer, mas não sabemos
como fazer. É o que vamos aprender agora. Percebemos que para criar um estado
mental oposto ao medo temos que fazer o uso da vontade. Uma vontade oposta a
vontade do medo. Em outras palavras temos que fazer o oposto do impulso que o
medo nos impulsiona. Por exemplo, se temos medo do escuro e esse impulso nos da
a vontade de fugir deste, o impulso contrario seria não fugir e sim enfrentar.
Quando enfrentamos o medo de algo, criamos então um estado oposto a ele, ou
seja, a coragem. Então um exemplo de exercício é o que segue: supomos que tenha
medo do escuro, tenha determinação de ir ao escuro e vá, e quando sentir o medo
diga “não tenho medo" e diga com determinação e siga em frente com passos
firmes, sentindo-se forte e pronto para enfrentar qualquer coisa. Esse exercício
deve ser feito se possível todos os dias. Mas isso só não basta, esse exercício
no físico apenas cria a base ou esqueleto do estado mental que desejamos criar.
Para completar a criação do estado mental oposto ao medo, devemos realizar o
seguinte exercício no astral. Quando sair em astral e, estando ali, sentir
medo. Você pode fazer o que eu fazia quando comecei a criar esse estado mental
de coragem. Ou fazer algo diferente desde que siga a mesma lógica de criação.
No astral quando eu sentia medo eu me enchia de determinação e criava o oposto do
impulso de fugir. Determinação de lutar. Com essa determinação firme dentro de
mim. Eu me imaginava com garras afiadas, dentes grandes como de um animal e me
transformava psiquicamente num animal feroz e insano com o único objetivo de
destruir e dilacerar. Então avançava com determinação de destruir e dilacerar o
que estivesse na minha frente. Com isso eu mudava o estado mental de medo para
o estado mental de luta, usufruindo de todo poder que o instinto de sobrevivência
me oferecia. E sinceramente nesse estado nunca houve entidade que ficasse a
minha frente, nem mesmo a minha volta, pois, eu era naquele momento uma bomba
de destruição. Com esse exercício terminamos de criar esse estado mental oposto
ao medo e assim podemos usa-lo sempre que sobrevier em nós o medo. Cabe aqui
relatar uma experiência que tive nesse sentido. Numa noite sai como de costume
em astral, sai da minha casa e fui para a rua e parado no meio da rua ainda
decidia aonde ir. Então de repente apareceram ali na rua uma multidão de entidades,
seres uns parecidos com humanos outros não, alguns de forma ate que agradável e
outros horrendos, eram muitos e me cercavam e me vi encurralado por aquela
multidão de entidades e então senti medo. Ora, mas eu havia criado o estado
oposto ao medo e me enchi de determinação em enfrentar aquela situação, ou
seja, enfrentar o medo que sentia. Então seguindo um instinto que sobreveio a
mim comecei a rodopiar, isso é apenas o que me lembro de começar a fazer,
rodopiar. Então perdi a consciência quando voltei a ter novamente consciência,
toda a minha volta estava destruído, arvores caídas, postes tombados, as casas
em ruínas e ate o asfalto havia se trincado numa grande rachadura e não havia
mais nenhuma entidade por ali. O que fiz, e o que aconteceu ali não me lembro
ate hoje. Mas o fato é que estando de posse de todo aquele poder proveniente do
estado criado pelo meu instinto de sobrevivência, o meu subconsciente de alguma
forma desconhecida pos em ação um procedimento desconhecido para o meu
consciente, um conhecimento adormecido com a função de lutar e defender sem que
minha consciência tomasse parte naquilo. É isso que vai acontecer com você e
com todos que vierem a criar esse estado contrario ao medo. Nós somos espíritos
e no decorrer das eternidades da nossa existência aprendemos muitas coisas e
isso tudo esta dentro de nós, adormecido sim, mas latente e quando da
necessidade de tal uso, usaremos mesmo sem ter consciência disso.
Esse texto não foi
escrito para os de coragem, mas sim para os medrosos. Para aqueles que antes
mesmo de sair de seu corpo ja sente medo do que vai encontrar ali. E depois de
muitas dificuldades, quando consegue sair do corpo, assim que sai e se vê
sozinho em seu quarto, sobrevém o medo e torna a voltar para seu corpo,
perdendo assim a oportunidade de ter uma experiência. E dessa forma se frustram
ante as inúmeras tentativas para vencer algo que lhes é tão prejudicial. Mudar vibrações,
bons pensamentos isso é valido, mas as vibrações do medo são de medo. Primeiro
deve-se vencer o medo, criar a coragem, ter tranquilidade. Não é possível ter
coragem sem auto-confiança, não se adquiri coragem pensando que é fraco. Temos
que nos sentir fortes e se encher de determinação. E assim podemos mudar a
vibração do medo, pois esse se alimenta da fraqueza e da falta de confiança em
si mesmo. O exercício acima foi valido pra mim, perdi o medo e adquiri coragem.
Hoje saio em astral com tranquilidade e sem temor. Saio do meu corpo ao deitar
para dormir e volto a ele de manha ao acordar sem a mínima preocupação. No
astral não brigo nem arrumo confusões nem sou violento, muito pelo contrario
sou de muita paz e abomino a violência seja qual for, mas sei que sou forte,
pois tudo posso naquele que me fortalece. Assim eu venci o medo e ensino o que
aprendi, funcionou para mim e pode funcionar pra você.
Devemos sentir o
oposto do que o medo nos faz sentir. E devemos fazer isso com intensidade. Se o
medo nos faz sentir que vamos morrer, então temos que sentir que vamos matar,
se nos faz sentir ser destruídos, temos que sentir com poder de destruir, se
nos faz sentir ser dilacerados, temos que sentir capazes de dilacerar, se nos
faz sentir um rato, temos que nos sentir como monstros. Isso deve ser feito no
astral pelo menos umas dez vezes. Se fizeste esse exercicio como o descrito,
meus parabéns, você acaba de vencer o medo. Mas isso é apenas consequencia de
algo muito maior que acaba de adquirir. Adquiriu uma capacidade, um poder
atraves do medo. O poder da transmutação mental. E como isso aconteceu? Veja
que pegamos uma grande quantidade de energia, pela vontade a acondicionamos e
junto com o desejo lhe demos uma vibração especifica. Vibração de oposição. A
vibração de oposição torna-se tão profunda quanto a profundidade do medo.
Transmutação mental é a capacidade de mudar e transformar estados mentais em
outros. Supomos que tenha o vicio do cigarro. Assim que sentir vontade de
fumar, você linka esse desejo ao estado de determinação oposta. De forma automática
vai sentir se encher de determinação do mesmo modo e profundidade que
oposicionou com o medo. Eu parei de fumar dessa forma. Escolhia um dia,
determinava que não fumasse naquele dia, o dia todo, e não fumava de forma
alguma. Isso pode ser usado para estados mentais de tristeza, angustia,
depressão e melancolia etc..
Com certeza depois
desses exercícios, se os levar a serio e com determinação vai ter uma
experiência fora do corpo. Mas as dificuldades para o iniciante não acaba aqui.
Na verdade é aqui que começam as dificuldades. O iniciante de posse de um novo corpo,
ou melhor, dizendo um novo estado de consciência não possui autocontrole. É
como uma criança quando começa a andar. Por um momento sai seu corpo e contra
sua própria vontade volta de novo para ele. Outras vezes, estando fora do seu
corpo não consegue enxergar nada, é tudo uma grande escuridão. Em alguns casos
mais comuns do que imaginamos, ficamos fazendo malabarismos, subindo ou
descendo com movimentos desconexos e totalmente fora do nosso controle. Isso
tudo é perfeitamente normal da mesma forma que é normal uma criança iniciando
seus primeiros passos cair e se desequilibrar. Mas assim como a criança não
desiste de explorar suas novas possibilidades, assim devemos ser e ter a mesma
persistência.
Em breve
continuação*******************************************