O que é animismo?
"O
que é animismo?"
Uma
escola do pensamento cresceu dentro da parapsicologia, e cerca seus
limites, levando muito a sério a idéia da morte ser uma EFC na qual
não se consegue voltar para o próprio corpo. Gauld [Gau82] se
refere à esta escola do pensamento como "animística"
(anima = alma), sendo "animismo” o ponto de vista que toda
mente humana, quer antes do seu estado de morte, quer depois, "é
essencialmente e inseparávelmente uma ligação com algum tipo de
veículo prolongado quase físico, que não é normalmente percebido
pelos sentidos dos seres humanos na presente vida" [Bro62]. Como
argumento, o qual comumente se ouve dos membros da escola animistica,
corre o seguinte: EFCs e experiências quase morte são, até onde
podemos dizer, universais. Elas tem sido relatadas de muitas partes
diferentes do mundo e em eras históricas. As experiências das
pessoas envolvidas devem portando refletir características genuínas
da constituição humana, pois não podemos possivelmente supor que
derivem de uma corrente de tradição religiosa ou crença folclórica
-- as sociedades das quais elas foram relatadas são largamente
separadas no espaço e no tempo para que a idéia comum seja uma
possibilidade séria.
O
tiro mais poderoso na armadura dos animistas permanece ainda para ser
mencionado. Há alguns casos -- de jeito nenhum negligenciáveis –
no qual uma pessoa que está empreendendo uma EFC e se acha em ou "se
projeta" para um determinado lugar distante do seu corpo físico,
ter sido vista naquele mesmo lugar por algumas pessoas lá presentes.
Tais casos são geralmente conhecidos como casos "recíprocos".
Assim o animista, começando do seu estudo de EFCs e EQMs, afirma ter
evidências diretas que, após a morte permanecemos os indivíduos
conscientes que sempre fomos, e que o "veículo" das nossas
memórias sobreviventes e outros tendências psicológicas, é corpo
hospedeiro, cujas propriedades (talvez outras que não sejam as
maleáveis pelo pensamento) são, ele admitiria, largamente
desconhecidas.
Além
de aceitar EFCs e EQMs como evidência da sobrevivência, o animista
poderia bem se sentir capaz de oferecer o seguinte argumento como
prova referente a mais uma classe do fenômeno como evidência para
sobrevivência da consciência depois da morte física. Há na
literatura de aparições um pequeno e substancial número de casos
de aparições de pessoas falecidas, algumas das quais foram vistas
por testemunhas que não as conheciam em vida. Uma investigação
estatística extensiva feita pelo falecido professor Hornell Hart
[Har56] sugere fortemente que as aparições de mortos e de fantasmas
de "projetores" vivos em casos recíprocos são, como
classes, indistiguíveis um do outro, no que pode ser chamado suas
"características externas" -- tais como a figura era
sólida, vestida em roupas comuns, vista por mais de uma pessoa, se
falou, se enquadrava a sua vizinhança física, etc. Agora sabemos
que em casos recíprocos o fantasma do projetor é em certo sentido
um centro ou um veículo da consciência, isto é a consciência do
projetor. Já que as aparições do morto e dos projetores vivos
pertence de modo claro à mesma classe de objetos ou fatos, podemos
adequadamente inferir que, então, as aparições dos projetores
vivos são veículos para a consciência da pessoa em questão. Isto
deve ser verdadeiro também com relação às aparições dos mortos.
Daí então a consciência das pessoas falecidas sobrevive e pode
ter, ou fazer uso, de um tipo de corpo.