EXPERIENCIAS FORA DO CORPO







VIAGENS ASTRAIS

As experiências de projeções fora do corpo são a prova de que o corpo e a mente estão separados, ou existem explicações médicas e psicológicas para o fenômeno ?
Larry Mayer olhou para baixo e viu o seu corpo ao lado da sua esposa Mary Mayer. Já há algum tempo, Mayer tentava passar por uma experiência fora do corpo (EFDC) através de métodos de transe e de uma intensa concentração. Teria Larry Mayer, finalmente, conseguido o que queria?

Por um momento ficou em dúvida. "Que imaginação a minha!", pensou e começou a rir. Porém, sentia que aquilo tudo parecia muito real. Se era um sonho, era extremamente vívido e bem diferente de um sonho normal.

Posicionado no teto, Mayer olhou pela janela do quarto e se perguntou se era possível chegar perto da ferrovia. Na mesma hora, ele já estava atravessando o vidro da janela. Ele chegou facilmente à estrada de ferro e olhou para trás, a janela já estava bem distante. Rapidamente ele seguia as vias, acompanhando por uma forte sensação de euforia. Porém, o mais estranho era que Larry Mayer não reconhecia a paisagem que estava vendo.

Olhando para cima, Larry Mayer viu um curioso túnel de névoa suspenso no ar. Deslizou até a sua boca de redemoinho movido pela mesma curiosidade que o fez seguir as ferrovias. Deixou-se arrastar até o seu interior, mas ficou preso. Centenas de mãos surgiram da névoa e começaram a surrá-lo. Assustado, Larry Mayer começou a se defender.

De repente a névoa no final do túnel dissipou-se para mostrar uma impotente cordilheira. Seus picos escuros levantavam-se com todo o seu petrificado esplendor. Um sol dourado brilhava em um céu claro e azul. Teria sido muito fácil render-se e continuar naquele paraíso, mas Mayer sentiu que aquele não era o momento certo.

Quando Larry Mayer viu a idílica paisagem à sua frente, as mãos voltaram a perseguí-lo. Olhou para elas e, de repente, encontrou-se novamente dentro de seu corpo. Tinha voltado para a sua cama, respirando rápido e com o pijama ensopado de suor. Jazia acordado se perguntando se o que tinha acontecido era algo além de uma alucinação. Larry Mayer queria saber se a sua essência, talvez a sua alma, tinha saído de seu corpo e viajado em outro plano da existência.

A crença de que uma pessoa pode existir independente do seu corpo é tão antiga quanto a humanidade. Descrita como o espírito, a alma ou o ego, a essência do homem já era conhecida pelos egípcios com ka e ba, pelos gregos com psyiche e nous, os muçulmanos a chamavam de sirr, ruh e nafs, os hindus de atman e jiva, os judeus de neshaman, ruah e nefash, e os sábios medievais louvavam os mistérios da anima divina e da anima humana.

Disso partiu o conceito do corpo astral, uma réplica imaterial do corpo físico. Os ocultistas acreditam que um estado de vigília, as duas entidades estão unidas. Porém, as drogas, o estresse, a doença ou a idade avançada, podem fazer com que o corpo astral saia dessa "sobreposição".

Existem inúmeros exemplos de pessoas que abandonaram temporariamente o seu corpo. Algumas acham que isso ocorre de forma natural durante o sono e, que os sonhos de vôos são lembranças de uma EFDC. Enquanto está fora do corpo físico, o corpo astral pode viajar pelo nosso mundo ou entrar em outra dimensão: o plano astral. As pessoas que acham que podem passar por uma EFDC, chama esse fenômeno de "viagem astral".
Contudo, as fortes crenças e os relatos dos acontecimentos não bastam para convencer a comunidade científica da realidade objetiva das experiências fora do corpo. São necessárias provas verificáveis.

Jenny Randles pesquisou o caso de um menino que testemunhou a cirurgia que realizaram nele, em um hospital de Merseyside, Grã-Bretanha. O menino viu de perto do teto como era implantada uma válvula de plástico no seu coração. Depois, perguntou de forma inocente, porque os cirurgiões o haviam ignorado quando falava com eles durante a operação. O mais importante foi que o menino deu uma descrição detalhada da válvula, que não tinha visto antes da operação. A equipe médica tinha achado melhor não mostrá-la ao menino para não assustá-lo.

Em 1993, Ami Gillingham, de Kent, Grã-Bretanha, deu aos pesquisadores o mais assustador relato sobre uma EFDC. Nasceu com uma alteração cerebral que o faz desmaiar com apenas uma simples perturbação, porém volta a si depois de um minuto ou dois. Aos três anos, Ami tinha sofrido dezenas desses ataques. Enquanto estava inconsciente, saía do seu corpo e depois descrevia de forma precisa as tentativas de reanimação que faziam nele, e inclusive, fragmentos de conversas.

O biólogo Lyall Watson descreveu uma experiência de projeção para fora do corpo pela qual passou durante um acidente de ônibus no Quênia, África. Vi o meu próprio corpo inclinado sobre um menino preso sob a sucata. Os destroços do ônibus estavam prestes a cair sobre o menino. O Dr. Lyall Watson voltou rapidamente para o seu corpo e saiu do ônibus relativamente ileso. Foi diretamente onde tinha "visto" o garoto, comprovando que a sua visão estava certa e conseguiu salvá-lo.

Os cientistas têm conseguido algumas provas, ainda que controvertidas. O Dr. Charles T. Tart fez experiências com uma mulher da Califórnia que dizia poder realizar uma EFDC. Em uma folha de papel escreveu ao acaso um número de cinco cifras, e a guardou na estante que estava acima da mulher deitada e conectada a um aparelho de eletroencefalograma (EEG). Depois de quatro provas, ela indicou o número na única ocasião em que disse que havia saído do seu corpo. Durante essa prova, o EEG registrou padrões de ondas cerebrais que indicavam um estado alterado de consciência.

O parapsicólogo Dr. Karlis Osis, da American Society for Psychical Research (Sociedade Americana de Pesquisas Psíquica), colocou perto do teto uma figura caleidoscópica, apenas visível se olhada pelo buraco de uma caixa. A experiência foi bem sucedida, porém algumas críticas recaíram sobre Karlis Osis por ele ter registrado um acerto quando só havia sido descrita apenas uma parte da figura.

Para dissipar qualquer dúvida a respeito dos resultados positivos de algumas experiências, o professor Arthur Ellison usou um computador para gerar e apresentar na tela um número aleatório fora do alcance de vista de quem estava realizando o teste e do indivíduo submetido ao teste. O indivíduo testado tentava ver o número quando estivesse fora do corpo e em seguida devia teclá-lo no computador. A máquina gerava imediatamente um outro número e assim sucessivamente. No final da sessão, o computador avaliava a precisão da pessoa testada. Os resultados positivos foram pobres, talvez devido à dificuldade de se operar uma máquina em um estado de projeção fora do corpo.

A Dra. Susan Blackmore acredita que as EFDC são construções imaginárias que usam detalhes do mundo real para fornecer-lhes autenticidade. Baseia a sua opinião nas suas próprias tentativas de sair do corpo quando ainda era uma estudante. Durante um estado de relaxamento induzido, ela flutuou aparentemente por cima dos telhados do campus da universidade. Depois, ao comprovar as suas visões, pôde ver que as telhas e chaminés não eram como ela tinha "visto" durante a sua experiência.

Um dos mecanismos citados pelos céticos, para explicar essa "ilusão" é a epilepsia do lóbulo temporal. Os lóbulos temporais são as principais regiões de armazenamento de memória. Quando concentram-se nos lóbulos temporais, os ataques epilépticos não manifestam-se na forma de convulsões, eles deixam a vítima em um estado alterado de consciência no qual experimentam fantasias extremamente vívidas e convincentes.

Os céticos têm usado a epilepsia dos lóbulos temporais para explicar todas as formas de experiências em outros mundos. A Dra. Susan Blackmore fez parte de uma experiência realizada para o programa Horizon da BBC, no qual o Dr. Michael Persinger estimulou os seus lóbulos temporais com impulso elétrico. Durante a sessão, a Dra. Susan Blackmore disse que sentia uma mão na sua perna, apesar de ninguém tê-la tocado.

Nem todas as pessoas concordam que a epilepsia do lóbulo temporal seja a responsável pelas experiências paranormais. O Dr. M. C. Walker, do Grupo de Pesquisa da Epilepsia do Reino Unido, aponta que ainda que o estímulo cerebral tenha induzido o movimento dos membros, ilusões de luz e alterações emocionais, nunca chegou a provocar alucinações mais complexas.

Os efeitos de um episódio epiléptico incluem náuseas, vertigens e palpitações, porém, as pessoas que passaram por uma EFDC nunca tiveram essas sensações antes ou durante esse estado.
Como pode-se deduzir de tudo isso, as provas de uma EFDC são muito intrigantes mas não constituem uma prova definitiva. Essa falta de provas pode ser devida ao fato dos cientistas não terem estabelecido nenhum programa de pesquisa com o financiamento adequado. Depois de tudo, os céticos talvez tivessem razão ao afirmarem que a EFDC é uma forma de realidade virtual, ou seja, não passa de uma fantasia criada pelo cérebro.

PERFIL

ANDARILHO NOS SONHOS

Michael Bromley considera-se um druida celta. Passou sete anos com os feiticeiros Chumash, Cheyenne, Lakota e Potawatomi, que o ensinaram a sair do corpo e a viajar no plano astral.

"Viajo no plano astral para curar e ajudar quem está perto de morrer, acompanhando o morto ao mundo dos espíritos. Em outras ocasiões viajo no plano astral com o espírito dos pássaros e de outros animais. Nessas ocasiões sinto uma grande sensação de liberdade e iluminação."

Michael Bromley nunca diz às pessoas como ele consegue curar e confortar os moribundos. Ele acha que não seriam capazes de entender o conceito.

"Para realizar o meu trabalho, tenho que entrar em seus sonhos. Chamo isso e "caminhar nos sonhos". Contudo, não posso fazê-lo sem a permissão das pessoas, que me pode ser concedida subconscientemente. Depois, algumas pessoas me disseram: "Senti a sua presença nos meus sonhos."

ANÁLISE

LUGARES COMUNS

A EFDC é muitas vezes a primeira etapa das experiências próxima da morte. Por exemplo, o viajante astral Stanley Melling disse ter visto mundos paradisíacos e menciona "anéis brilhantes" e "um longo tubo ou túnel", e diz que foi observado através das "lentes de um microscópio".

O Dr. Melvin Morse, pediatra, registrou a seguinte experiência: Deidra estava desconsolada pela morte de seu filho recém-nascido e sentiu-se empurrada para o interior de um túnel de luz. Logo viu-se sentada em uma colina observando algumas crianças brincando. "Sabia" que um deles era o seu bebê. Mais tarde, sem saber das experiências da sua mãe, outra filha de Deidra disse-lhe: "Mamãe, vim contigo para ver o meu irmãozinho. Agora ele está morto, não é verdade ? Na próxima vez dê-lhe um abraço por mim."

Peter Hough, que dedicou mais de vinte anos ao estudo desse assunto, comenta: "Não devemos traduzir esses relatos ao pé da letra. Uma parte de nós parece ser capaz de projetar-se para além do nosso cérebro, mas as experiências de visitas a lugares parecidos com o céu e de encontros com entidades de outro mundo é o resultado da tentativa da mente em explicar os seus encontros com algo estranho".

PROVAS

EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADA

Existem provas que demonstram que as experiências de projeções extracorporais não estão limitadas a um pequeno grupo de pessoas. De fato, as pesquisas indicam que a EFDC é bem corriqueira. A psicóloga Dra. Susan Blackmore supervisionou quatro pesquisas nas quais quase 800 pessoas (15% dos pesquisados) diziam Ter passado por uma EFDC, o que a torna uma das experiências mais comuns.

Em 60% dos casos a EFDC ocorreu apenas uma vez. 80% disse que tinha visto o seu corpo de cima, porém, poucos realmente se separaram. E, apesar da crença dos espíritas de que um cordão de prata une o corpo astral ao físico, só 4% declarou tê-lo visto.

PONTO DE VISTA

ENERGIA CEREBRAL

O neurocirurgião canadense, Dr. Michael Persinger, acredita que as forças eletromagnéticas são a origem de muitas experiências paranormais. Dr. Michael Persinger realizou experiências nas quais ele gerou forças eletromagnéticas no cérebro para simular experiências próximas da morte. Ele acredita que as experiências místicas estão fortemente relacionadas à atividade dos lóbulos temporais, e disse que "toda experiência vem do cérebro e por isso queremos averiguar qual é o tipo de padrão de atividade elétrica do cérebro geradas por certas experiências". Persinger também acha que a natureza do campo magnético da Terra indica que todos os cérebro humanos podem estar inter-relacionados.

As experiências fora do corpo podem ser provocadas por um estado de transe, ou podem acontecer espontaneamente, principalmente em fases de crise. Os espíritas acreditam que possuímos um corpo físico e um astral que estão unidos por um cordão de prata.

Em muitas experiências fora do corpo aparecem túneis de luz, mas a Dra. Susan Blackmore diz já ter passado por um túnel de árvores.

O "vôo" da Dra. Susan Blackmore por cima dos telhados, ainda que vivido e convincente, a fez pensar que essas experiências não provam que a mente se separe do corpo. Em contrapartida, ela acredita que essas visões são a prova da extraordinária capacidade do cérebro para construir realidades alternativas convincentes, ainda que se possa demonstrar que são falsas.

"Vi que eu podia manipular o meu corpo astral para fazer o que quisesse. Saí pela janela e voei sobre os telhados..."

No seu livro The Romeo Error, o Dr. Lyall Watson fala de uma experiência extracorporal na qual a sua mente saiu do seu corpo e voltou com uma informação que não poderia ter sido conseguida de outra forma.

"Não há dúvidas de que naquele momento para mim era vantajoso estar separado do meu corpo".

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