OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS I
OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS
“A
grandiosa contribuição do pensamento oriental, de Buda a
Vivekananda, a Ramakrishna e outros, dos taoístas tibetanos aos
físicos nucleares, enseja a revisão dos parâmetros aceitos, bem
como dos modelos estabelecidos, propondo a identificação de fórmula
com aparência diversa, no entanto, que se harmonizam, unindo duas
culturas - a do passado e a do presente - em uma síntese perfeita,
em favor de um homem e de uma mulher holísticos, completos, ao revés
de examinados em partes.
Esse
concurso que se vinha insinuando multissecularmente, logrou impor-se
através das terapias libertadoras de conflitos, tais a meditação,
a respiração, a oração, a magnetização da água, a bioenergia,
os exercícios de tai-chi-chuan, o controle mental de inegáveis
resultados nas mais variadas áreas do comportamento, do inter-
relacionamentopessoal, da saúde ...
(...)
Somente quando estudado na sua plenitude - espírito, perispírito e
matéria - podem-se resolver todos os questionamentos e desafios que
o compõem, alargando-lhe as possibilidades de desenvolvimento do
deus interno, facultando completude, realização plenificadora,
estado de Nirvana, de samadhi, ou de reino dos Céus que lhe cumpre
alcançar”.
espírito
Joanna de Angelis
Entre
as diferentes técnicas de fluidoterapia (passe espírita, cura
prânica, cromoterapia mental etc.), o REIKI é uma das mais fáceis
de ser praticada e, ao mesmo tempo, uma das que mais mistificações
possui em seu ensinamento e difusão. Provavelmente, tais
mistificações decorrem da mercantilização da técnica pela
indústria espiritual “Nova Era”, ávida por novidades
“esotéricas” que podem se transformar em dinheiro fácil.
O
REIKI é o método que menos esforço mental exige do terapeuta.
Basta um comando mental e o desenho de um símbolo gráfico para que
a energia do terapeuta seja encaminhada para o organismo energético
de um enfermo, apesar de muitos acreditarem que estão “canalizando
a energia cósmica”.
Na
cura prânica, por exemplo, o terapeuta deve mentalizar a energia
sendo produzida em um de seus chakras, de acordo com a variação
eletromagnética que o terapeuta pretende enviar. Durante o trabalho
ele deve se manter concentrado e com o pensamento elevado nesse
processo. Por sua vez, na Cromoterapia Mental, o praticante deve se
concentrar e mentalizar a cor da energia que ele pretende enviar ao
enfermo.
No
REIKI o processo é muito mais inconsciente, intermediado pelo
símbolo. Talvez, por isso, acredita-se que a energia enviada ao
enfermo apenas atravessa o terapeuta. Em outras palavras, que sua
própria energia não seja disponibilizada no tratamento. Daí
acreditar-se que o terapeuta pode fumar, abusar do álcool, etc. Por
não se concentrar, existe a falsa impressão de que o terapeuta não
se cansa, uma vez que, uma pessoa concentrada por vinte minutos emite
uma quantidade e qualidade fluídica similar a de uma pessoa que fica
por duas horas “enviando” energia sem se concentrar no que está
fazendo, assistindo TV ou conversando. Obviamente, a primeira sentirá
algum cansaço enquanto a segunda estará “disposta” após a
sessão.
Podemos
perceber, portanto, que do ponto de vista da exigência de uma
qualidade mental do terapeuta, o REIKI é a terapia menos exigente.
Nas demais terapias citadas acima, o terapeuta precisa ter um
aprimoramento e um controle mental mais rigoroso. Talvez, por isso
mesmo, alguns mestres de REIKI exageram e chegam a difundir que é
possível enviar energia vendo TV, fumando, na mesa de um bar etc.
Porém, caro leitor, NUNCA leve em consideração tais informações
banalizadas por revistas e livros comerciais.
O
REIKI é, sem dúvida, um caminho democrático para quem deseja
servir de forma desinteressada e tem boa vontade. Seria como o
Espiritismo que, no século XIX, democratizou o acesso de qualquer um
aos ensinamentos antes restritos as confrarias iniciáticas e que
exigiam um aprimoramento mental e moral já elevado de seus
discípulos.
Porém,
o verdadeiro reikiniano[1] não deve parar por aí. Deve, no início,
usar os símbolos como uma “muleta” enquanto busca se aprimorar
mental e moralmente, sobretudo através de sua própria reforma
íntima. Aumentando seu padrão vibratório através da mudança de
atitudes, abandonando pensamentos e sentimentos negativos o
reikiniano conseguirá abandonar a dependência dos símbolos e
passará a utilizar apenas sua mente para manipular sua energia
eletromagnética, projetando cores (como na cromoterapia mental) ou
de forma mais abstrata, como na cura prânica.
É
importante sempre lembrar que a energia que enviamos ao enfermo não
é a energia cósmica. Mas uma energia derivada dela, a nossa energia
vital ou “energia zôo”. Portanto, para que seja uma energia de
qualidade é preciso tomar certos cuidados que não é demais
repetir: mudar nossos padrões de pensamento, atitudes e sentimentos;
abandonar os vícios como o fumo e o álcool e, gradativamente,
substituir a alimentação carnívora pela vegetariana, além de
abandonar práticas promíscuas e manter uma vida sexual regrada.
Assim,
o REIKI pode ser considerado um caminho seguro ou uma etapa inicial
para todos que desejam se aprimorar espiritualmente, nosso verdadeiro
objetivo aqui na Terra. Pois, para praticá-lo, basta, inicialmente,
ter boa vontade. Aqueles que o encaram como Fim ou como profissão,
infelizmente perdem uma chance importante de saldar compromissos do
passado, além de manter a mente limitada às “muletas” que são
os símbolos, deixando de lado o que é mais importante: os
ensinamentos morais que acompanham cada um deles.
Muitos
neófitos e espíritos nos degraus mais baixos da cadeia evolutiva
possuem, naturalmente, uma dificuldade para mentalizar o “abstrato”.
Assim, no REIKI, como em tantas outras práticas orientais,
utiliza-se símbolos como catalisadores. Eles servem para facilitar e
orientar a emissão de pensamento e, portanto, de energia. Em suma,
eles são como os objetos ritualísticos ou os pontos riscados[2]
utilizados em outras práticas espiritualistas. Porém, para que um
tratamento com REIKI seja eficiente e sem contra- indicações,
exige-se do praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições)
e 90% de Amor e Vontade de servir.
Para
um leitor desavisado e envolvido pelas publicações mercadológicas
sobre o REIKI, a impressão que se tem é que estamos diante do
supra-sumo da espiritualidade, da “terapia do novo milênio” etc.
Na verdade, o REIKI é, tão somente, o primeiro passo rumo a Deus de
mais um Ser resgatado das trevas...
É
importante aprender a manipular a energia através dos símbolos,
mas, é muito mais necessário colocar em prática os ensinamentos
morais que os acompanham. Quando tais conhecimentos forem vividos
diariamente ou estiverem interiorizados em nós, os símbolos não
serão mais necessários.
Na
Antiguidade oriental, os livros eram escritos em folhas de palma. Os
antigos yogues e outros mestres orientais utilizavam-se, então, de
um recurso mnemotécnico para transmitir os seus ensinamentos. Daí o
surgimento dos símbolos ou yantras, em sânscrito. Estes, juntamente
com alguns rituais, ajudavam a fomentar a devoção e a infundir a
sabedoria espiritual nos discípulos. Estes desenhos eram simples
instrumentos para que os discípulos tivessem condições de recordar
e recapitular toda a psicosofia (sabedoria espiritual) apreendida.
Eles funcionavam como notas de aula.
Assim,
cada um dos símbolos do REIKI está relacionado a um aprendizado
espiritual que se sustenta sobre um tripé: Amor, Pensamento e Ação.
Cada um dos símbolos nos apresenta um ensinamento moral que, ao ser
praticado, expande o respectivo chakra ao qual está associado.
Qualquer
ritual, independente dos objetos utilizados ou formas, é sempre
acompanhado pela ação mental, seja através de preces ou de
mentalizações do praticante, pois é ela que aglutinará o prâna,
a energia necessária para que se alcance o objetivo desejado.
Lembrando sempre que, para se ter proteção da espiritualidade
superior, tais pedidos devem ser sempre de ordem espiritual ou para
fins que não visem a interesses materiais. Quem afirma que para se
enviar REIKI não é necessário preces, mentalizações, Fé etc. e,
além disso, cobra pelo atendimento, corre sérios riscos de estar se
envolvendo com consciências desencarnadas perversas. Mas cada um
decide o que quer colher, de acordo com o que semeia.
O
REIKI, originalmente, seria um “programa” de Animagogia (Educação
Espiritual) e não necessariamente uma Terapia. Mas, como a
verdadeira cura é espiritual, quando modificamos nossa essência,
estamos também nos autocurando e, quem sabe, deixando de necessitar
de outras encarnações sobre a Terra.
No
decorrer deste livro, apresentaremos o significado moral de cada um
dos símbolos, o chakra relacionado e também os dois símbolos pouco
difundidos no Ocidente, relacionados aos chakras frontal e coronário.
Mas
é preciso ter em mente que não é preciso saber os símbolos ou ser
sintonizado por um mestre para você enviar bons fluidos, basta ser
uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar,
desinteressadamente, o próximo. A vontade é o que produz a emissão
de fluidos e não os símbolos. Estes favorecem a imaginação do
terapeuta/magnetizador, aumentando sua crença e capacidade de
concentração. Não podemos nos esquecer que o dínamo, ou o gerador
de toda energia curativa é o nosso corpo mental. Mas é muito fácil
descambar para práticas “negativas”, pois o uso indevido dessa
energia adormecida na maioria das pessoas é extremamente perigosa.
Podemos dizer que usar o REIKI é como caminhar sobre o fio de uma
navalha. Daí, todo cuidado é pouco.
No
capítulo seguinte discorreremos sobre a importância da mente e do
pensamento elevado, necessários para salvaguardar nosso
aprimoramento espiritual, evitando os atalhos que podem nos levar ao
precipício.
A
importância do pensamento
O
veículo necessário para a manipulação energética é o
pensamento. Para falar sobre este assunto precisamos, mesmo que
rudimentarmente, falar um pouco sobre o Perispírito, também
conhecido como Corpo Astral pelos teosofistas. Este corpo energético
é o responsável pela expressão dos desejos e da consciência.
Seu
campo de energia não é, necessariamente, de natureza
eletromagnética. Mas costumamos defini-lo assim devido aos nossos
ainda limitados conhecimentos físicos dessa realidade sutil e
astral. O importante, porém, é sabermos que o nosso Corpo Astral é
o veículo para que possamos expressar nossas paixões, sentimentos,
desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental
(ou apenas mente) e o Corpo Físico. Em suma, trata-se de um veículo
de consciência e de ação responsável pela transmissão de
vibrações, tanto do plano físico para o mental ou vice-versa. Em
outras palavras, como o Corpo Físico se limita a colher no mundo
exterior as vibrações daí provenientes, estas, ao chegar ao Corpo
Astral, são transformadas em sentimentos como amor, ódio, prazer,
dor, alegria etc.
Porém,
o que mais nos interessa no momento é que, a matéria astral, se é
que assim podemos nos referir a esse tipo de energia, é plasmada
pela emissão de pensamento. E nossos sentimentos imprimem nessa
mesma matéria astral determinadas cores, variando conforme a
intensidade do sentimento. Daí o fato da Cromoterapia ser uma
técnica importante e que deveria ser conhecida por todos os
interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração da
energia são determinadas pela qualidade do pensamento e da emoção,
como também pela intenção e vontade do curador.
Assim,
o que necessitamos para enviar bons fluidos é, em primeiro lugar,
aprender a controlar nossos pensamentos e nossas emoções, além de
ter vontade de servir ou de se doar. E onde entram os símbolos do
Reiki? Estes representam ensinamentos morais que ajudam a pessoa a se
concentrar em uma realidade superior. Em suma, ajuda a pessoa a
despertar, lentamente, o kundalini adormecido. Cada símbolo está
relacionado a um chakra e a sua respectiva energia, pois, apesar do
prâna ser uno, manifesta-se em sete variedades principais e com
funções psíquicas diferentes.
Como
já foi salientado, temos sérias dificuldades para mentalizar o
abstrato. Assim, em quase todas as culturas, criam-se determinados
objetos ou símbolos que são catalisadores para facilitar e orientar
a emissão de pensamento ou de energia. Com o REIKI acontece o mesmo.
Devemos
sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia
positiva ou negativa. Daí muitos “acidentes” que acontecem
quando o praticante traça corretamente o símbolo, mas fica a sessão
toda emitindo pensamentos negativos ou se encontra descontrolado
emocionalmente. Além disso, pela Lei numinosa do Carma, toda e
qualquer emissão de pensamento, quer positivo ou negativo, terá um
efeito sobre aquele que o manifestou.
A
energia emitida pelo REIKI é a mesma energia estudada e classificada
como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia
bioplásmica” ou “psicotrônica”, segundo vários cientistas da
antiga União Soviética e da Tchescolovaquia. E, desde a
Antiguidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de
indivíduo para indivíduo, pela imposição das mãos ou a
distância, através da vontade, da oração sincera e pura ou do
pensamento elevado. Através da vontade sincera é possível emitir
uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que
nos propomos.
Uma
pessoa que não saiba os símbolos ou não foi “sintonizada” por
um “mestre” pode ser capaz de enviar fluidos balsâmicos para um
enfermo se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar,
desinteressadamente, o próximo. Como é a vontade e o pensamento que
produzem a emissão de fluidos e não os símbolos, ser um reikiano
não garante a qualidade das vibrações emitidas.
Os
símbolos favorecem a imaginação e a concentração em uma
realidade superior. E está aumentando a quantidade de reikianos que
percebem, na prática, que é necessário sim se concentrar para
enviar REIKI; que é necessário elevar o pensamento ou fazer prece;
que após algumas sessões seguidas a pessoa se cansa etc. O simples
ato mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente
se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para algum
enfermo. Por mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo
está em sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um
ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de
cada praticante. Justamente o que a maioria dos cursos de REIKI deixa
de lado. Os símbolos servem, em suma, para disciplinar o pensamento
e a vontade.
A
“onda mental” emitida pelo pensamento terá uma frequência
vibratória maior, além de alcance e duração mais intensos,
conforme o pensamento se torna elevado e altruístico. Além disso,
pela Lei numinosa da Afinidade, bons pensamentos atraem pensamentos
afins, seja de encarnados ou de desencarnados. O mesmo acontece com
os maus pensamentos. É por isso que não basta traçar um símbolo e
não se concentrar em uma realidade superior. Quem aplica REIKI em
locais de baixa vibração, ou consome drogas, cigarros e bebidas
alcoólicas, corre sérios riscos de intoxicar seus pacientes com
fluidos enfermiços.
Muitos
“mestres” de REIKI desconhecendo as realidades astrais mais
sutis, afirmam que seus pacientes estão tendo uma “crise de cura”
quando passam mal, vomitam, ficam com fortes dores de cabeça etc. Em
nenhum momento reconhecem que foi sua péssima energia que causou
tais transtornos ao paciente, pois acreditam que estão apenas
canalizando a “energia cósmica” e que não precisam se
concentrar, ter Fé etc. para enviar REIKI. Os que acreditam que
basta traçar os símbolos, impor as mãos e receber o dinheiro no
final, infelizmente, terão que ajustar contas com suas próprias
consciências após o desencarne.
Veremos,
adiante, como cada símbolo está relacionado a um ensinamento moral
que, ao ser vivido pelo praticante, vivifica, pela ação de
Kundalini, um determinado chakra. Esse processo, se bem orientado
pelo “mestre”, fará com que o reikiniano passe do plano mais
grosseiro ao mais sutil, aumentando sua capacidade psíquica e
mediúnica, além de intensificar seu poder de cura ou de doação
fluídica. Em suma, não basta aprender a forma dos símbolos ou ser
“sintonizado” por um “mestre”, é necessário fazer a
“reforma íntima” proposta pela psicosofia (sabedoria espiritual)
que acompanha cada um dos símbolos. O resto é apenas ritual e
charlatanismo.
O
que são os chakras?
Trata-se
de campos de energia localizados em nossos corpos sutis e que possuem
diversas funções. Entre elas, a mais importante é a de produzir
atividades psíquicas. Cada chakra possui uma vibração
eletromagnética específica.
Tais
vibrações podem ser estudadas como arquétipos. O arquétipo, por
sua universalidade, costuma ser usado em várias abordagens
espiritualistas, entre elas, na Umbanda. Como cada chakra está
relacionado a uma vibração cósmica, sendo sete as mais
importantes, cada uma identifica um Orixá. Muitos acreditam que os
Orixás seriam variações de santos católicos ou entidades
espirituais que não encarnam. Mas, na verdade, são vibrações
eletromagnéticas cósmicas de difícil compreensão (apesar da
Física já falar na existência das supercordas) e que, por isso
mesmo, passaram a ser tratadas como arquétipos. Assim, cada Orixá
adquire certos atributos comportamentais e universais que o
identifica. O mesmo acontece com os mitos gregos, que personificam
estas forças macrocósmicas. É importante ressaltar que os Orixás
não encarnam e nem “incorporam”. Eles não são espíritos. Eles
são os princípios vibratórios que regem o Cosmo.
Cada
um dos sete chakras principais funciona como uma antena receptora que
capta estas vibrações macrocósmicas. Todas elas nos influenciam,
mas, de acordo com o momento existencial e cármico de cada pessoa,
uma vibração ou outra poderá estar mais ativada, daí dizer que a
pessoa é “filha” deste ou daquele Orixá, pois um vetor se
encontra mais dinamizado do que outros.
Algumas
vezes lemos em publicações esotéricas que a pessoa promiscua
possui o chakra básico expandido ou aberto. Essa informação não é
correta. Ao contrário, sem preocupações morais, podemos dizer que
a pessoa promíscua possui seu centro sexual desregulado, o que a
leva a buscar prazer apenas em estímulos externos. A pessoa que
possui o seu chakra básico regulado age com reserva e discernimento.
Tais energias deixam de ser consumidas em expressão exterior e
passam a ser utilizadas na manutenção do equilíbrio físico.
Os
chakras quando se encontram distorcidos ou deformados adquirem,
segundo os videntes, uma cor cinza que os impedem de funcionar
perfeitamente, alterando profundamente sua produção psíquica. Tais
“aderências” são frutos do pensamento negativo, de sentimentos
deletérios ou de atitudes doentias. É claro que se trata de uma
relação recursiva. Em outras palavras, um chakra desequilibrado
estimula pensamentos negativos e sentimentos inferiores e vice-versa.
Não dá para definir cartesianamente quem é a causa e quem é o
efeito. Trata-se de uma via de mão dupla ou recursiva.
Se
pensarmos que o espírito foi criado “simples e ignorante”,
possivelmente seu perispírito (corpo astral) deve ter sido em sua
origem uma massa quase inerte com consciência muito vaga. A expansão
dos chakras, nesse sentido, indica seu processo evolutivo. Como já
nos referimos, cada um dos chakras está associado, na Umbanda, a um
determinado Orixá. Por sua vez, o REIKI é formado por sete
símbolos[3] que também estão relacionados a esse processo de
despertar espiritual do ser humano, que vai do fogo kundalínico
(adormecido no chakra básico) à integração cósmica (expansão do
chakra coronário), passando pelos demais chakras.
Em
suma, a Animagogia do REIKI é a de fazer com que o Kundalini que se
encontra latente no chakra básico dos homens comuns desperte
lentamente através de um constante aprimoramento moral, estimulando
a vontade de praticar o Bem (altruísmo). O verdadeiro Mestre não
inicia ou sintoniza ninguém, apenas orienta e vigia seu discípulo
no processo de atualização dessa energia, enfatizando sempre a
dimensão moral e a prática da caridade para que tal energia não
seja mal canalizada, pois todos colhem o que semeiam.
Veremos,
a seguir, cada um destes chakras.
O
chakra básico
Conhecido
no Oriente como Muladhara (alicerce), possui sua simbologia associada
ao elemento Terra. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da
cor vermelha e a da nota musical C (dó). Seu funcionamento está
relacionado aos padrões ou aos instintos de sobrevivência, tanto
mental, físico ou emocional. Os medos, sobretudo o da morte, podem
desregulá-lo.
Devido
ao paradoxo vivido entre os estímulos eróticos vendidos pela mídia
em geral e o puritanismo das religiões cristãs, a maioria das
pessoas, no Ocidente, possui bloqueios neste chakra. Tais bloqueios
refletem em enfermidades somatizadas na região genital ou mesmo nos
pés e nas pernas. Emocionalmente, tais bloqueios podem levar também
ao fanatismo religioso, manifesto quase sempre de forma violenta e
raivosa, devido à frustração sexual.
Os
verdadeiros “santos” não eram frustrados sexualmente, mas como
já haviam sublimado seus impulsos inferiores, não se manifestavam
com violência. Como exemplo, podemos citar Jesus, São Francisco de
Assis ou Gandhi (possivelmente, estas duas últimas personalidades
foram vividas pelo mesmo espírito).
Este
chakra se localiza na base da coluna e é responsável pela
energização de todo o corpo físico. Ele controla também o
funcionamento das glândulas supra-renais. Quando o chakra básico se
encontra saudável, a pessoa se assemelha a uma árvore que possui
raízes sólidas, capazes de a sustentar para que possa alcançar as
esferas superiores.
O
chakra umbilical
Conhecido
no Oriente como Svaddhisthana (a morada), está associado
simbolicamente ao elemento Água. Sua vibração eletromagnética se
assemelha a da cor laranja e a da nota D (ré). Seu funcionamento
está relacionado diretamente com a nossa identificação com o corpo
físico e com a polarização sexual. Quando em desarmonia, pode
ocasionar medo, insegurança, desejo sexual irresistível. É
importante salientar que o inverso também é verdadeiro: o medo pode
acarretar desarmonia neste chakra.
Este
chakra controla a energia dos órgãos sexuais e da bexiga. Quando se
encontra equilibrado, a pessoa torna-se capaz de participar dos jogos
sociais sem ansiedade. Suas respostas são, emocional e fisicamente,
estruturadas e estáveis; longe, portanto, da histeria emocional e
estabelecendo relações sociais saudáveis.
É
impossível listar ou fazer uma relação rigorosa dos problemas que
surgem com o desequilíbrio nestes dois chakras. Em cada pessoa o
processo de desequilíbrio será diferente, devendo se levar em
consideração o carma e o estilo de vida adotado na atual
encarnação. Sem falar que existe, como vimos acima, uma relação
recursiva entre a “causa” e o “efeito”. Mas, em linhas
gerais, podemos afirmar que o equilíbrio energético nesses dois
chakras auxilia o corpo físico a se tornar firme e estável e sem
problemas nas articulações. Diminui a incidência de problemas de
pele, tornando-a brilhante. Favorece a longevidade, a constância e a
segurança, como também a persistência e a resignação.
Em
desequilíbrio (excesso ou falta de energia), podem ocasionar
problemas psicossomáticos diversos, tais como:
-
Avidez e descontrole sexual,
-
Masculinização da mulher,
-
Dificuldades de raciocínio,
-
Sexo sem afetividade,
-
Depressão,
-
Somatização de doenças ligadas aos ovários, próstata,
intestinos, rins, bexiga, pernas.
-
Indigestão,
-
Perda da memória,
-
Diminuição da sensibilidade corporal.
Normalmente,
os pensamentos, sentimentos e atitudes que colaboram para o
desequilíbrio nesses dois chakras são, entre outros:
-
A tendência a guardar mágoas e ódios,
-
A dificuldade ou medo de tomar decisões ou executar tarefas,
-
Fugir dos compromissos,
-
A dificuldade em aceitar mudanças, sobretudo de ordem moral,
-
O conservadorismo religioso,
-
O pavor de novidades (defesa intransigente de “purezas”
doutrinárias ou ideológicas) que levam ao fanatismo,
-
A teimosia,
-
A possessividade,
-
O Ciúme, etc.
O
Plexo Solar
Conhecido
no Oriente como Manipura (o centro). Está associado simbolicamente
ao elemento Fogo. Sua vibração eletromagnética se assemelha a da
cor amarela e a da nota musical E (mi). Este chakra sofre as
consequências das emoções mais poderosas, tais como a raiva, a
frustração, a preocupação, a excitação etc. O reequilíbrio
deste chakra passa, necessariamente, pela aprendizagem espiritual, ou
seja, pela aquisição do senso de responsabilidade e pelo
aperfeiçoamento moral.
Este
chakra está relacionado diretamente ao funcionamento do pâncreas,
do fígado, do estômago, do intestino grosso, do diafragma e de
parte do intestino delgado. O coração também pode ser afetado por
este chakra.
Ele
é considerado o centro porque é o locus de compensação
energética, uma vez que boa parte da energia (prâna) proveniente
dos chakras inferiores passa por ele antes de atingir os superiores e
vice-versa. Ao energizar este chakra, todo o corpo costuma ser
fortalecido. Vários exercícios de meditação em movimento que
aprendemos com a espiritualidade terminam com o praticante impondo as
mãos sobre este chakra.
Quando
em equilíbrio, ele permite dirigir o ego com firmeza e gentileza.
Desequilibrado, pode gerar o intelectualismo estéreo, como o
encontrado nas Universidades (muito mais associado ao “conhecimento”
do que à “sabedoria”); postura crítica, punitiva e vingativa
etc.
O
chakra cardíaco
Conhecido
no Oriente como Anahata (o que não soa), tem sua simbologia
relacionada ao elemento Ar. Sua vibração eletromagnética se
assemelha a da cor verde e a da nota musical F (fá). Este chakra
está relacionado, sobretudo, com a harmonização e integração das
nossas “sombras”. O aprendizado necessário para o harmonizar
está relacionado com a resignação diante das perdas e com a
vivência da compaixão. Este chakra está relacionado diretamente ao
coração, aos pulmões e ao timo, glândula relacionada ao nosso
sistema imunológico.
Quando
em equilibro, ele gera a vontade, a alegria e a força para suportar
a dor; favorece a relação amorosa com as pessoas e com o mundo
circundante. A pessoa passa a viver o amor incondicional, a compaixão
e se torna altruísta. É capaz de libertar-se do pensamento dualista
e dos apegos. Possibilita, também, integrar as forças inferiores
dos chakras já descritos com os superiores, que veremos adiante.
Em
integração com o plexo solar, estimula o bom funcionamento dos
sistemas endócrinos, favorecendo a absorção de proteínas, sais
minerais e de vitaminas pelo corpo físico; harmoniza as ondas
cerebrais, favorecendo a memória. Porém, quando ambos se encontram
em desequilíbrio, obscurecem a emoção, causam entorpecimento
intelectual, agitação, mudança brusca de humor, enfraquecimento da
memória. Podem gerar problemas nos pulmões e no coração,
aumentando a tendência a osteoporose (sobretudo em mulheres) e o
enfraquecimento do sistema imunológico.
Sentimentos
e atitudes que atrapalham o bom funcionamento destes dois chakras
costumam ser: o orgulho, a agressividade, o egoísmo, a ambição, o
desejo de mudança pela mudança, o radicalismo político ou
religioso, o fanatismo, a tendência em julgar de forma parcial ou
apaixonada, a tendência ao conflito etc.
Para
harmonizar tais chakras, devemos buscar o autoconhecimento, evitando
o excesso de instabilidade emocional. Praticar meditação ou buscar
se concentrar em um objetivo de cada vez ajuda também a
reequilibrá-los.
O
chakra laríngeo
Conhecido
no Oriente como Vishvdha (limpeza), possui sua simbologia associada
ao elemento éter. Sua vibração eletromagnética assemelha-se a da
cor azul e a da nota G (sol). A comunicação, a criatividade e a
clariaudiência são “temas” relacionados com esse chakra. O
aprendizado necessário para o seu bom funcionamento está em
expressar com segurança as emoções e os pensamentos.
Este
chakra controla o funcionamento das glândulas tireóides e
paratireóides e também a garganta, os brônquios, os pulmões, a
faringe e os ouvidos. Esta relacionado com a nossa expressão verbal
e vocal, com a comunicação e com os mecanismos da clariaudiência.
O
chakra frontal
Na
verdade existem dois chakras muito próximos: o frontal (na testa) e
o “terceiro olho” (entre as sobrancelhas). Neste livro, por
razões didáticas, trataremos como se fossem apenas um. É conhecido
no Oriente como Ajna (o comando), não está associado a nenhum
elemento, mas à dualidade primordial. Sua vibração eletromagnética
é similar a da cor índigo ou violeta e a da nota A (lá). Está
relacionado diretamente à mente não racional (intuição) e a
clarividência.
Ele
favorece, diretamente, o funcionamento da glândula pituitária, da
pineal, o do sistema nervoso e, de certa forma, do cérebro. Costuma
ser chamado de “chakra mestre”, uma vez que dirige e controla os
demais chakras e suas glândulas endócrinas correspondentes. Este
chakra também está relacionado aos olhos e ao nariz.
Equilibrado
permite a integração dos dois hemisférios cerebrais, além de
estimular a hipófise e o sistema endócrino.
Os
chakras laríngeo e frontal quando equilibrados, refletem em alegria,
em comedimento, em gestos delicados e harmoniosos, em julgamentos
moderados, inteligentes e racionais. Porém, em desequilíbrio,
ocasionam a queda de cabelo, o odor ocre na cabeça, boca e axilas, a
agressividade e os julgamentos contundentes, a histeria, o
egocentrismo intelectual, a esquizoidia, a personalidade paranóide e
o abstracionismo excessivo. Podem também favorecer a fuga da
realidade material, a inflamação da garganta e a sonolência.
Os
sentimentos e valores que costumam gerar desequilíbrios nestes
chakras são, essencialmente, o orgulho, a prepotência e o
materialismo.
O
chakra coronário
Conhecido
no Oriente como Sahasrara (mil pétalas). Não tem sua simbologia
relacionada com nenhum elemento, mas encontra-se diretamente
relacionado ao mundo transcendental. Sua vibração eletromagnética
se assemelha a da cor branca ou dourada e a da nota B (si). Este
chakra nos conecta à consciência cósmica. Está relacionado também
ao cérebro e à glândula pineal.
Como
quadro geral, podemos fazer a seguinte associação resumida:
Muladhara
(básico). Localizado próximo ao cóccix (área do períneo).
Relacionado aos órgãos sexuais, aos testículos, aos ovários, à
bexiga, ao reto, ao ânus etc.
Svaddhisthana
(umbilical). Localizado entre a sacral e a 5a lombar (área dos
órgãos sexuais). Relacionado aos rins, ao intestino grosso, à
vesícula seminal, ao útero etc.
Manipura
(plexo solar). Localizado entre a 8a e a 12a dorsal (área do
estômago). Relacionado ao fígado, ao estômago, ao baço, ao
duodeno, ao intestino delgado, ao pâncreas etc.
Anáhata
(cardíaco). Localizado entre a 4a e a 6a dorsal (área do coração).
Relacionado ao coração, aos pulmões, à traquéia, ao esôfago
etc.
Vishuddha
(laríngeo). Localizado entre a 3a e 5a cervical (região da
garganta). Relacionado à tiróide, às amígdalas, às glândulas
salivares, aos ouvidos etc.
Ájna
(frontal). Localizado entre a 2a e 3a cervical (entre os olhos).
Relacionado ao cérebro, à hipófise, ao cerebelo, ao bulbo etc.
Saháshara
(coronário). Localizado entre a 1a e 2a cervical (região
hipofisiária - coroa da cabeça). Relacionado ao cérebro, à pineal
etc.
E
as lições que devemos aprender em cada chakra são,
respectivamente:
1
- A Pureza. Trata-se de um chakra físico e seu aprendizado está
relacionado com o aprender a ter responsabilidade pelo uso e cuidado
com o mundo material e com o corpo físico, superando a intolerância,
os instintos, o egocentrismo...
2
- O uso correto dos sentimentos e emoções. Trata-se de um chakra
emocional e, portanto, relacionado com a construção de uma
Identidade pessoal e social saudável e emocionalmente equilibrada,
no qual sentimentos como o ciúme e a inveja possam ser superados,
assim como a possessividade, a cobiça e os medos intensos ou
inconscientes.
3
- O uso do poder pessoal. Aprender a cooperar e liderar. É o chakra
da razão, daí o seu aprendizado estar simbolizado na expressão
“Liberdade com Responsabilidade”, superando sentimentos de
arrogância, falta de humildade, fervor religioso ou ideológico ou a
racionalidade excessiva.
4
- A tolerância e o discernimento. A lição deste chakra é a crença
na Justiça divina e a vivência do Amor Incondicional que não
espera nada em troca. É o chakra da confiança, da amizade, da
tolerância e da flexibilidade. O altruísmo é o melhor caminho para
expandi-lo.
5
- O valor da criatividade, da vontade de se transformar e do ensinar.
A lição está em perceber o Infinito. É o chakra da imaginação
criativa e da alteridade. Para expandi-lo é preciso superar a falta
de comunicação interior e exterior, deixar de se importar com a
opinião alheia, não ser duro ou insensível com aqueles que pensam
e agem de forma diferente e buscar, através da Fé raciocinada, a
Verdade e a Luz que ilumina.
6
- A inteligência (em outras palavras, a Sabedoria e não
necessariamente o Conhecimento). Aprender a projetar corretamente a
mente para as formas superiores. Trata- se do chakra da comunhão ou
da integração (religare). Para expandi-lo é preciso trabalhar
nossa própria sombra - nossa irracional necessidade de julgar e
punir o outro, culpar alguém, criar bodes expiatórios. Agir, ver e
falar com simplicidade ilumina e expande esse chakra.
7
- Despertar o relacionamento com Deus. Trata-se da transmutação
física, da unidade cósmica. É o Chakra da transmutação e da
humildade sem ostentação. Ao se expandir a pessoa deixa de
necessitar de “muletas”, sejam elas doutrinas, símbolos, rituais
etc. A plenitude do Ser é alcançada quando este chakra se expande.
Podemos
perceber que para iluminar cada um destes chakras temos um verdadeiro
roteiro iniciático ou sete estágios para serem superados. Os
símbolos do Reiki, assim como os Orixás da Umbanda, o
Kundalini-Yoga ou qualquer outro conhecimento esotérico são
caminhos diferentes para se atingir o mesmo fim: despertar o ser
humano da ilusão materialista e o conduzir com segurança para a
plenitude e integração cósmica.
Como
funciona o REIKI
Em
nosso livro (Dharma-Reiki: o aprimoramento espiritual e a caridade
como caminhos para a cura), classificamos o REIKI como um tratamento
vibracional, medianímico e bionergético. Nesse livro iremos
resumir, classificando-o como uma técnica psicoterapêutica,
entendendo o prefixo psique como representando a alma, o espírito
(sede da consciência e dos sentimentos) e não no sentido
reducionista das psicologias acadêmicas.
Como
salientamos naquele livro, o REIKI não cura a causa da enfermidade.
Esta deve ser curada com a “reforma íntima”, mudando os
sentimentos, pensamentos e atitudes negativas. O REIKI aliviará a
carga deletéria que se encontra plasmada em nossos corpos, no físico
e nos sutis.
Hoje
temos evidências empíricas de que são os pensamentos, as emoções
e as atitudes que afetam a constituição física de uma pessoa.
Portanto, para curar uma enfermidade que se encontra no corpo físico,
deve-se, sempre, ir à causa. O REIKI trata o que chamarei de
sintomas primários, mas continuam sendo sintomas e não a causa. Em
outras palavras, uma mente descontrolada pode emitir fluido deletério
que irá se concentrar no corpo energético (perispírito). Para ser
drenado, chegará ao corpo físico podendo se constituir em alguma
enfermidade. Assim, ao chegar ao corpo físico e ser identificada
pela medicina acadêmica, passará a ser tratada como uma “doença”.
Mas, em uma perspectiva muito mais ampla e complexa, trata-se de um
sintoma secundário de uma enfermidade que está na alma. Em
essência, não existem doenças, existem doentes.
Esta
mesma energia, ao se acumular no corpo energético, não deixa de ser
um sintoma primário. É nesse nível que o REIKI pode melhor atuar,
ajudando a eliminar essa toxidade energética sem que ela cause
maiores prejuízos ao veiculo físico daquela pessoa. Porém, o
controle dos pensamentos que geraram tal carga energética deletéria
não está ao alcance do REIKI. O próprio enfermo é quem deve fazer
as transformações interiores necessárias. É por isso que a
participação ativa do enfermo é sempre fundamental para que se
possa obter a verdadeira cura. A pessoa que paga para receber REIKI
joga a responsabilidade pela cura nas costas do terapeuta. É mais
fácil pagar para alguém o tratar do que se esforçar para se
transformar interiormente.
Como
já afirmamos, não é o símbolo quem cura, mas o seu ensinamento
possui uma lógica “ini ciática”. Em outras palavras, os
símbolos permitem que a pessoa se abra às realidades mais sublimes
e, dessa forma, ative energias antes estagnadas ou adormecidas em seu
corpo energético.
Como
já vimos, o chakra básico está ligado à sobrevivência.
Normalmente, a pessoa que se encontra deprimida ou com idéias
suicidas possui este chakra sem energia. Pessoas insensíveis ou sem
contato com a realidade material também. Por outro lado, pessoas
violentas costumam ter o chakra umbilical superativado.
O
plexo solar costuma sediar as emoções ditas “inferiores”: ira,
ódio, ressentimento, ansiedade, medo, egoísmo. Tais sentimentos
tornam-no superativado. Em harmonia, torna- se a sede da coragem, da
perseverança e do desejo de vencer.
O
chakra cardíaco está relacionado diretamente como os sentimentos
mais elevados, tais como a serenidade, a paz, a bondade, a gentileza,
a ternura, a prudência, a paciência, o perdão etc. Ao ser ativado,
ajuda a canalizar as formas elevadas de energias emocionais.
O
chakra laríngeo é ativado em atividades como o estudo, a arte, o
planejamento etc. Esta relacionado com a nossa capacidade mental
concreta, mas pode ser ativado para a criatividade
superior/espiritual.
O
chakra frontal normatiza nossa capacidade mental superior, abrindo o
ser para uma consciência cósmica, enquanto o chakra da coroa
(coronário), abre-se para as esferas transpessoais, intuitivas,
medianímicas etc. para alem do raciocínio dedutivo ou indutivo.
Os
chakras, nesse sentido, alem de centros de energia, são sedes de
funções psicológicas e, portanto, nossas atitudes, pensamentos ou
sentimentos podem produzir energias (vibrações) que podem facilitar
ou dificultar seu funcionamento saudável. Nossos pensamentos e
sentimentos são capazes de nos afetar como afetar outras pessoas,
encarnadas ou não. Quantas pessoas morrem de medo de macumba e de
feitiços, mas se esquecem da fonte de tudo isso: o pensamento. Um
sentimento de inveja pode causar mais estragos em uma pessoa do que
um trabalho de macumba em uma esquina, quando o macumbeiro se
concentra mais na forma do ritual do que na intenção desejada.
Nossa mente é uma grande usina atômica que pode ser utilizada para
o Bem como para o Mal.
Por
ser um sistema complexo, é difícil afirmar o que vem antes. Mas,
por exemplo, sabemos que uma experiência traumática pode gerar
pensamentos de medo, insegurança e desespero que, com o tempo, podem
paralisar alguns chakras, levando a pessoa à depressão, à
ansiedade etc. Estas enfermidades emocionais podem estimular outras
enfermidades físicas que passam a gerar novos pensamentos negativos,
em uma roda sem fim.
Os
ensinamentos morais que cada símbolo do REIKI traduz, procura
indicar um caminho possível para superar esse ciclo doentio. Quando
o REIKI passa a ser difundido apenas como mais uma terapia exterior,
perde completamente o seu sentido profundo.
Devemos
nos lembrar que os verdadeiros mestres da Meditação, do Yoga e de
outras práticas espiritualistas orientais ensinam que todas estas
atividades devem ser precedidas por uma rigorosa preparação que
inclui o estudo moral e o altruísmo. Sem esta base espiritual, tais
práticas podem resultar em experiências desagradáveis. O mesmo
acontece com o REIKI.
Nos
cursos de REIKI costuma-se ensinar que o símbolo chamado Cho-Ku-Rei
é utilizado para cura física. Isso acontece porque nossa mente
associa ao símbolo poderes que ele não possui. Esta associação
mental ajuda o reikiano a impregnar mais força de vontade e intenção
curativa ao desenhar com a mão o símbolo ou o mentalizar. Quando se
aprende que um símbolo potencializa o outro, a pessoa associa que
para um problema mais grave ou profundo, deverá usar um símbolo
também mais “forte” e, se associarmos a ele tal intenção, a
nossa mente irá projetar aquela energia. No fundo, é apenas a
vontade de ajudar que aumenta e, concomitantemente, mais intensidade
fluídica é disponibilizada para o tratamento.
É
por isso que, ao associarmos cada um dos símbolos a um determinado
chakra, estamos, mentalmente, propensos para liberar aquela
respectiva vibração energética. Em suma, quando associamos que um
determinado símbolo é capaz de liberar energia de vibração
violeta, ao se concentrar naquele símbolo estamos dando um comando
mental inconsciente ao nosso perispírito para que ele emita fluidos
de cor violeta, cuja frequência eletromagnética é adequada para
certas enfermidades, diferentemente da vibração verde, azul,
amarela etc.
Assim,
uma energia de cor vermelha costuma ativar os chakras inferiores, o
básico, o umbilical e, às vezes, chegando ao plexo solar. As
radiações violetas, por sua vez, ativam os chakras superiores e
refletem sobre os inferiores, harmonizando-os. Para acalmar ou inibir
os chakras muito expandidos utiliza-se, por exemplo, vibrações
azuis.