Clarividência e Psicometria
Clarividência
e Psicometria.
Este
é, talvez, o mais popular dos poderes psíquicos. É deste poder que
muitas pessoas falam quando se referem a médiuns, ou bruxas.
Também
este Poder psíquico poderia gozar de um livro só para si. Existem
inúmeras técnicas e ferramentas que poderiam ser abordadas. Neste
manual expomos um método simples que resulta para a maioria das
pessoas. 90% dos leitores que praticaram até agora e seguirem estas
práticas ficarão clarividentes.
Antes
do mais, uma divisão e explicação preliminares são necessárias.
Viagem Alem | Fazer Viagem Astral | Paranormal | Ocultismo | Espiritualidade |
Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
Clarividência
não é Clarivisão.
A
Clarividência é a capacidade de “ler” a luz astral e perceber
através dela o passado, o presente em locais remotos (remote
viewing), e o futuro, ou melhor aquilo que em dado momento tem
tendência para acontecer como resultado do passado e do presente.
É
também possível obter informações sobre pessoas, objectos,
locais, etc, pois tudo quanto existe no Mundo visível tem uma
representação no Mundo invisível. Esta representação tem várias
relações nas quais se podem estabelecer caminhos orientados rumo a
certas características, eventos, factos, etc.
Muitos
ocultistas denominam Clarividência e Clarivisão, mas preferimos
fazer uma distinção. Todo o praticante que possua Clarivisão
possui Clarividência, mas nem todo o praticante que possua
Clarividência possui Clarivisão. Isto porque a Clarivisão é a
capacidade de ver para além do Mundo Físico, podendo perceber
espíritos, elementais, etc. O Clarividente com Clarivisão pode ver
bem as “auras” ou corpos bioenergéticos das outras pessoas. O
Clarividente sem Clarivisão pode “adivinhar” o futuro, falar de
coisas passadas, ler características, mas não é capaz de ver os
Mundos Suprasensíveis, tais como o Plano Astral, Plano Mental, etc.
Quando
um praticante “vê” imagens numa bola de cristal, ou num espelho
mágico, essas imagens provenientes da Clarividência são-lhe
projectadas pela mente, para a tela visual, sendo por isso importante
que o objecto para o qual se olhe seja monótono, uniforme e capaz de
acumular luz astral, que ao ser filtrada pelo chakra ajna é
percebida no cérebro como uma imagem. Este processo é semelhante ao
“daydreaming” ou “sonhar acordado”.
As
imagens não estão lá, apenas parecem que estão. O espectador da
bola de cristal ou do espelho mágico chega a permitir que a sua
visão se desfoque. Ele não se preocupa com aquilo que os seus olhos
estão a ver, muito pelo contrário.
Esse
é um dos grandes segredos para adquirir Clarividência Visual. A
Clarividência Visual permite que as mensagens recebidas pelo sistema
energético do corpo astral passem para a mente física e para a
consciência cerebral sob a forma de imagens e não de ideias ou
pensamentos.
O
autor sempre teve uma certa facilidade em “ver” aquilo que a
Clarividência mostrava, mas só recentemente conseguiu criar um
método eficaz que permite ao Clarividente pictórico, ser capaz de
“ver” aquilo que antes não passavam de ideias e pensamentos.
Este
tipo de Clarividência continua a não ser Clarivisão. A Clarivisão
demora bastante tempo a adestrar e necessita de muito treino e
controle. Ela baseia-se na fusão da consciência do corpo astral, ou
mental, com a consciência física. Na realidade não é uma técnica
difícil, apenas subtil. Todos temos corpos astrais e mentais, o
truque é saber passar a consciência entre os vários corpos.
A
Clarivisão é um objectivo acima das metas deste livro, todavia
faremos uma pequena alusão à mesma.
Para
desenvolver a Clarividência sensitiva e imagética não visual, o
leitor que tenha praticado os exercícios até aqui ensinados não
terá grandes dificuldades.
Como
com qualquer poder psíquico, também o desenvolvimento deste requer
algum trabalho e dedicação. Existe uma palavra absolutamente
essencial no desenvolvimento de poderes psíquicos. Chama-se
auto-confiança. O leitor tem que aprender a confiar em si mesmo,
caso contrário estará sempre a duvidar das suas experiências e
atrairá sobre si uma forma-pensamento destrutiva que bloqueará
todas as suas capacidades.
Repetimos:
Auto-confiança.
Valorize
a frase escrita acima. Ela é a verdadeira chave para abrir os
poderes psíquicos. A mente céptica e teimosa obstrui as
experiências místicas.
Não
tente usar os poderes psíquicos: use-os!
Use
este poder de uma forma infantil, no princípio, utilize-o para fins
simples e nunca sérios ou importantes. Se falhar as consequências
não serão graves. Mas irá começar a ter sucesso e esse sucesso
criará a confiança. Munido de confiança poderá começar a graduar
as suas perguntas de uma forma crescente. O praticante mediamente
dotado que pratique numa base diária, em menos de dois anos poderá
ajudar a deslindar casos policiais.
Explicaremos
sucintamente o mecanismo da clarividência.
“Tudo
está ligado.”
A
nossa consciência pode ler e perceber a Luz Astral que banha todo o
Universo. Esta “matéria” subtil grava todas as informações e
tudo quanto se passa no Universo. É possível invocar este tipo de
informações e decifrá-las.
A
informação que surge é sempre a mesma, mas ela é filtrada pela
mente do praticante. Disso resulta que uma mente calma treinada,
focada e lúcida torna-se diafânica, sendo capaz de interpretar
correctamente o que recebe e de transmitir ao praticante informações
precisas e detalhadas.
Uma
mente turva, conflituosa e cravada de dúvida só trará informações
de fraca qualidade.
Tal
como um qualquer músculo, também este processo de
Captação/Transmissão/Interpretação da Luz Astral,
(Clarividência) necessita de ser treinado e fortalecido.
Os
exercícios prescritos adiante deverão ser postos em prática numa
base diária.
A
Psicometria.
Psicometria
é a capacidade de “medir” a energia dos objectos, pessoas, etc.
Na realidade ela não é mais do que uma expressão não visual da
Clarividência.
Não
faremos a separação no treino de uma, ou outra, pois são ambas
absolutamente da mesma natureza.
A
Psicometria é, basicamente, Clarividência de expressão não
visual.
O
treino da Clarividência envolve persistência e constância nos
exercícios. Reafirmamos a necessidade de auto-confiança para a boa
execução deste treino.
O
estudante deve ser capaz de realizar sem dificuldade qualquer
exercício da primeira secção; só então estará apto a ter
sucesso pleno no treino sugerido. A falta de preparação é o maior
obstáculo para o estudante místico.
Exercícios
Indirectos.
1º
Exercício.
Expansão
da Mente pelo espaço.
1)
O praticante deverá atingir o ERA.
2)
Uma vez tendo o seu corpo relaxado ele imaginará que a sua mente se
expande gradualmente a todo o Universo. Este processo deve ser
imaginado como se a sua mente se dissolvesse e se expandisse,
primeiro ao laboratorium, seguidamente a todo o edifício,
prosseguindo para toda a freguesia, cidade, País, Continente,
Planeta, Sistema Solar, Galáxia, Super-Galáxia, Universo. Este
passo deve ser lento e o operador imaginará que o seu Corpo Mental
se expandirá inflando e interpenetrando tudo quanto existe. Este
processo deverá levar cerca de 5 minutos.
Tendo
atingido este estado e mantendo a sua consciência mental expandida
deverá vocalizar em voz baixa, sentindo e afirmando a verdade deste
texto que se segue:
“Eu
Sou todo o espaço.
Os
meus olhos tudo vêem!
Os
meus ouvidos tudo ouvem!
A
minha mente está em todo o lado!”
3)
Em seguida o operador irá executar todo o processo em ordem inversa.
Irá imaginar o seu Corpo Mental a recolher lentamente até ficar de
novo do tamanho original.
Assim
que isto aconteça o leitor afirmará, certo da verdade do que
vocaliza, o texto em baixo:
“A
mim trago toda a informação do cosmos.
Eu
posso ver, ouvir e saber tudo o que se passe em qualquer região”
4)
Lentamente regressará à sua actividade regular, procurando manter
um estado de calma durante 10 minutos após a prática.
Este
exercício deve ser realizado durante 30 dias, nos quais o leitor
aumentará a sensação de expansão e a certeza de que a sua mente
pode aceder a qualquer ponto do Universo de acordo com a sua vontade.
Só
tendo dominado este exercício o leitor poderá passar para o
exercício seguinte.
2º
Exercício
Expansão
da Mente pelo Tempo.
1)
O praticante deverá atingir o ETI Mediano
2)Neste
estado de tranquilidade irá desejar projectar a sua mente pelo
tempo. Começará pelo passado. Irá recuar mentalmente durante o seu
dia, depois durante a sua semana, depois durante o seu ano, depois
durante uma década, depois até ao início da sua vida. Ele irá
recolher somente os factos mais importantes, fazendo uma pequena
viagem ao passado de si mesmo.
3)Seguidamente
irá imaginar o passado dos Tempos, ou seja, imaginará o mundo há
um ano, há dez anos e no início da sua vida. Ele poderá usar
referências como roupa automóveis, tipo de construção, estilo de
vida, etc.
4)Posteriormente
a estes passos, o praticante deverá imaginar os séculos da terra a
retroceder, imaginando as Civilizações anteriores, o
desenvolvimento da vida e a Terra Primitiva, coberta de lava e
vulcões.
Nesta
altura dirá, convicto da sua afirmação:
“Eu
sou o Tempo, no passado.
Os
meus olhos vêm tudo o que se passou!
Os
meus ouvidos escutam os sons dos tempos passados!
A
minha mente viaja pelo passado!”
3)
Agora o praticante irá projectar a sua mente para o futuro, mas de
uma forma abstracta. Imaginará um bebé a nascer, a tornar-se
criança, ficando adolescente, evoluindo para adulto, passando pela
meia-idade, caminhando para a velhice, regredindo até à sua morte.
Imaginará
uma civilização a crescer e a florescer, finalmente a mudar e a
abandonar o seu local primordial transformando-se noutra diferente e,
por fim, terminando como vida física existindo somente como vida
espiritualmente elevada.
Imaginará
uma estrela a nascer no tempo presente a crescer durante milhões de
anos, a encolher e a morrer, perdendo o seu brilho e ficando densa e
pesada, finalmente explodindo milhares de anos depois. (Os detalhes
não são importantes, mas sim o desejo que a mente presencia
acontecimentos futuros.)
Nesta
altura imaginando que a sua mente se encontra milhões de anos à
frente do seu tempo, vocalizará em voz baixa:
“Eu
sou o Tempo, no futuro.
Os
meus olhos vêm tudo o que se passará!
Os
meus ouvidos escutam os sons dos tempos vindouros!
A
minha mente viaja pelo futuro!”
4)
Lentamente regressará à sua actividade regular, procurando manter
um estado de calma durante 10 minutos após a prática.
Realizará
este exercício pelo espaço de 30 dias.
Em
cada exercício deverá acrescentar mais detalhes as suas
visualizações, tornando-as mais completas e perfeitas.
Tendo
cumprido estes dois exercícios os leitor terá dado já um passo
importante rumo ao desenvolvimento da sua Clarividência.
A
sua mente aprendeu a viajar pelo espaço e pelo tempo.
Durante
os 60 dias que realiza esta prática deve afirmar convictamente 100
vezes por dia, como mínimo, a frase «Eu Sou Clarividente!»
Exercícios
directos.
Para
começar a desenvolver e a aplicar a sua Clarividência irá
trabalhar bem o seu centro bioenergético inter-ocular, conhecido
também como terceiro olho, ou Chakra Ajna.
Exercício
de fortalecimento do Terceiro Olho
1)
O leitor deve atingir ERA
2)
Logo em seguida, tocará ligeiramente com o seu dedo no chakra ajna,
cuja localização fica cerca de 2 cm acima da linha das sobrancelhas
entre ambos os olhos. Fixará a sua atenção nesse ponto imaginando
que aí se encontra uma pequena bola de fogo vermelho incandescente
energizando e potenciando esse centro energético. Fará esse
exercício imaginando a bola a ficar mais quente e mais poderosa. Em
seguida imaginará a bola a regressar ao seu estado normal, mas
ligeiramente maior e mais quente do que no ponto de partida do
exercício. No exercício seguinte este deverá ser o próximo ponto
de partida. Gradualmente a bola irá ficando maior, com o tamanho de
uma bola de ténis.
Este
exercício deverá ser repetido por 30 dias e pode ser efectuado
paralelamente com o exercício anterior.
3)
Finalmente utilizará um prego de ferro comprido, com cerca de 10 cm,
que, com os seus olhos fechados, aproximará muito lentamente do seu
terceiro olho. O prego deve ser apontado perpendicularmente à testa
e ser aproximado de uma distância de 30 cm aproximando-se
lentamente. A dada altura vai começar a sentir uma “impressão”
na sua testa que poderá ser ligeira até um incómodo forte.
Deverá
abrir os olhos e medir a que distância o prego se encontra da testa
e graduar a impressão em muito fraca, fraca, forte, muito forte.
Fraca será como o toque suave de uma pluma. Muito forte será uma
impressão quente e quase irritante (no sentido psicológico), será
bem desconfortável.
Pode
pedir a um assistente que faça este teste para evitar a
auto-sugestão.
Assim
que o prego entre na influência do seu chakra ajna, irá sentir uma
impressão. Esta impressão será sentida progressivamente de uma
maior distância e/ou cada vez mais forte.
Sentimo-nos
na obrigação de esclarecer que qualquer objecto metálico afiado
produzirá este efeito. Não existe nenhuma explicação científica
sobre este facto, sendo ele uma concludente e rotunda prova da
possibilidade de extensão da consciência para além dos limites do
corpo físico.
O
efeito deste exercício visa fortalecer e capacitar o Centro
inter-ocular, tornando-o numa ferramenta capaz.
Exercício
de abertura do Terceiro Olho.
1)
O praticante deve começar por atingir ETI Ligeiro. Os olhos deverão
estar fechados durante toda a prática.
2)
Nessa altura vai imaginar o seu terceiro olho como um funil que parte
do centro da sua cabeça, ligeiramente acima da glândula hipófise e
se estende até cerca 10 cm à frente da testa. O diâmetro da boca
do funil deverá ser de 15 cm. Manterá esta visualização estável
e segura pelo espaço de um minuto. Seguidamente vai desejar e
visualizar que esse funil começa a alargar a sua boca, que se
encontra à frente da testa. Essa boca vai alargar até ter cerca de
30 cm.
3)
Em seguida ele vai imaginar que dentro desse funil, ao nível da
testa, existe um olho fechado, mas as pálpebras são verticais, não
horizontais. (Este não é o aspecto do terceiro olho, mas sim o uso
de imagética eficaz para abrir a grelha reticular de protecção do
chakra.)
Imaginará
que, lentamente essas pálpebras se começam a abrir, e ao abrir o
olho começa a ganhar a capacidade de ver.
Deve
sentir este olho aberto acima dos seus outros dois.
4)
Seguidamente aguardará. Na primeira prática poderá não ver nada,
nas primeiras algumas cores poderão aparecer. Geralmente, com mais
de 8 práticas poderá começar a ver imagens, cores vivas, ou mesmo
cenários. A Clarividência do leitor acabou de despertar. Agora será
necessário treiná-la e orientá-la.
Seguidamente
deverá fechar o olho lentamente e mentalmente dar a ordem.
“Permanece fechado. Abrirás somente quando eu te ordenar.”
Imaginará
agora uma cortininha de cor violeta claro cobrindo o olho e
mantendo-o fechado.
Fará
este exercício durante 30 dias seguidos e dedicar-se-á somente a
este exercício que deverá ser efectuado várias vezes por dia, no
mínimo três vezes.
Embora
a Clarividência ainda não esteja treinada, já será uma boa altura
para anotar aquilo que aparece na tela mental. No futuro poderá
revelar alguma utilidade para o leitor, ou alguém.
Estes
exercícios despertam a Clarividência na grande maioria das pessoas.
Muito raramente pode aparecer algum estudante que não consiga
desenvolver a sua Clarividência por este método.
Existem
outros, mas o leitor que pertença a esta categoria deverá antes do
mais pensar em trabalhar a sua auto-confiança e purificar as suas
razões para desenvolver Clarividência, caso queria pedir apoio à
Divina Providência para realizar esta prática.
O
medo, o cepticismo, a dúvida e um desejo desmedido podem perturbar a
eficácia desta prática. O Praticante deverá ser calmo sereno e
perseverante.
Uso
e fortalecimento da Clarividência.
Agora
que a Clarividência começou a despertar é necessário fortalecê-la
e aperfeiçoá-la.
Para
ser um Clarividente competente a sua vida deverá ser calma e
tranquila, deverá praticar regularmente o ETI e a introspecção. A
sua alimentação deverá favorecer os produtos vegetais e ricos em
vitaminas.
Explicaremos
de seguida como usar a Clarividência. Existem muitas variantes deste
método.
Após
estes exercícios iremos abordar o estudo da Clarividência visual
sobre espelhos mágicos, ou bolas de cristal.
Basicamente,
a Clarividência envolve um estado de confiança nas imagens que
surgem.
Sem
modéstia afirmamos enfaticamente que este sistema funciona e
funciona exactamente da forma como o explicámos. Não fazemos
promessas maravilhosas e insistimos desde já na necessidade de
dedicação por parte do praticante. Todavia, asseguramos resultados
efectivos e dentro dos limites que definiremos. Lamentavelmente,
muitos sistemas que publicitam métodos rápidos de desenvolvimento
de clarividência são, infelizmente, engodos decepcionantes. Tudo
parece simples a princípio, mas logo são apresentadas variadas
condições, como pureza do praticante, desenvolvimento energético
em vidas passadas, predisposição genética, etc., que,
dificilmente, o praticante pode medir com exactidão. Quando a dita
“Clarividência relâmpago” não surge, então é fácil apontar
um destes factores, como causa do insucesso. Chegamos a ter
conhecimento de sistemas que publicitam ser os “mais rápidos”
métodos de aquisição de Clarividência. Infelizmente, na dita
organização contam-se pelos dedos das mãos as pessoas
verdadeiramente clarividentes. Directores Internacionais dessas
mesmas organizações apresentam uma Clarividência esparsa e
falível, mais semelhante a uma Clarivisão débil, do que
Clarividência propriamente dita. Ficámos surpreendidos quando
percebemos que essa suposta Clarividência permitia ver uma
tonalidade geral do corpo bioenergético com algumas “nuances”
dos chakras. Explicaremos adiante como obter tal tipo de Clarivisão
com facilidade. Não pretendemos ser os “mais rápidos”, nem ter
o método “mais eficaz”, preferimos insistir na frase que afirma:
“a pressa é a maior inimiga da perfeição.”
Para
além do mais, um estado de tensão na aquisição de resultados só
resulta num adiamento daquilo que se procura.
Não
estando cientes das técnicas usadas na Alta Tradição Oriental, o
método mais rápido e mais eficaz que conhecemos de desenvolvimento
da Clarivisão e Clarividência a níveis absolutamente divinos é
dado pelo grande Mestre Frantisek Bardon, na sua excelente obra, “O
Caminho do Adepto”. Contudo, para atingir o grau onde a
Clarividência é desenvolvida são necessários anos de prática
assídua. Esse é o Caminho dos Verdadeiros Iniciados. Envolve total
esforço e total dedicação.O método que apresentamos nesta obra é
bom e eficaz, mas não pretende levar o praticante a estados tão
perfeitos e absolutos de Clarividência e Clarivisão. Naturalmente
que exige muito menos esforço e os resultados são amplamente
compensadores.
Método
geral de activação da Clarividência antes de qualquer sessão
prática.
A
realização desta técnica visa um resumo breve dos passos
anteriores, algo como uma rápida indicação daquilo que se deseja
que a mente e corpos subtis produzam.
Assim,
antes de preparar uma sessão de clarividência o praticante deve
estar certo de possuir alguns minutos de preparação.
Nesta
preparação ele deve mentalmente imaginar os primeiros exercícios,
ou mais propriamente as ideias patentes nos mesmos.
Deve
imaginar e sentir convictamente que a sua mente pode viajar no
espaço, para qualquer local.
Deve
imaginar e sentir convictamente que a sua mente pode viajar no tempo,
passado e futuro.
Em
seguida ele realizará a abertura e fortalecimento do Terceiro olho.
Nessa
altura deverá manter o olho aberto. Está pronto para utilizar um
dos seguintes métodos apresentados.
Clarividência
de Expressão não visual.
Como
já foi explicado anteriormente, neste tipo de Clarividência as
imagens não aparecerão diante dos olhos. São, antes, algo como
pensamentos sob a forma de imagens concretas.
Para
realizar este a técnica deve ser activado o método anterior.
Logo
de seguida a mente deve ser focada sobre o objecto, pessoa, facto,
etc., que se queira indagar.
O
primeiro estágio deve ser uma aproximação visual tão perfeita
quanto possível do objecto de estudo. Esta concentração deve ser
mantida durante alguns segundos.
Seguidamente
deve ser efectuada concentração no terceiro olho e imaginar que
ele está a “ver esse objecto”.
Isto
feito, existem dois caminhos:
1)
Permissão aleatória de surgimento de imagens, informação, etc.
2)
Escrutínio específico de informações seleccionadas.
No
primeiro caso, o mais básico, existirá uma permissão de surgimento
de imagens ou informações, às quais o praticante deve estar
atento. Pode mesmo verbalizá-las, ou gravá-las. Certas ideias, ou
imagens aparentemente absurdas e/ou fora de contexto, podem provar-se
autênticas e reais se analisadas por outra pessoa, ou verificadas
com uma melhor investigação.
Basicamente
o praticante exprime um desejo de ver e conhecer algo sobre o objecto
específico e serenamente aguarda aquilo que vier. Por vezes as
imagens tardam, outras vêm muito rapidamente e podem ser confusas.
Com a prática o desempenho melhorará.
Este
exercício deve ser realizado cerca de 100 vezes antes de passar ao
segundo caso.
De
novo salientamos que estes exercícios não devem estar sujeitos a
qualquer tipo de tensão e muito menos expectativa.
Devem
ser encarados como um treino e nada mais.
Somente
após seis meses de prática assídua poderá o praticante começar a
considerar seriamente os seus resultados clarividentes.
Este
tipo de práticas demoram tempo a dominar.
Os
resultados iniciais são encorajadores, mas o ocultista sério não
se perde nem engrandece com os sucessos, nem se denigre com os
fracassos iniciais. Ele sabe que deve treinar até ter a sua
faculdade bem aperfeiçoada.
Os
benefícios são grandes.
Tenha
havido algum domínio do método anterior, o praticante pode passar
ao segundo método, no qual ele executa a primeira prática de
conexão com o objecto sobre o qual foca a sua clarividência através
da concentração e a da focalização com o terceiro olho. Porém,
agora ele irá desejar e formular mental, ou verbalmente perguntas
específicas e aguardar respostas exactas.
Mais
uma vez aguardará pelas imagens, ou outro tipo de informação que
rapidamente virá. Mais uma vez deve verbaliza-la, ou mesmo grava-la.
Pode pedir a um assistente da mais alta confiança que anote este
tipo de sessões.
Este
exercício deve ser posto em prática cerca de 100 vezes antes de
passar à Clarividência de expressão visual, na qual, embora o
princípio seja exactamente o mesmo, a forma de manifestação das
imagens é visual, ou melhor é uma alucinação. (Não no sentido
patológico, mas de qualquer forma uma alucinação, pois os olhos
vêm algo que não está sendo projectado na sua retina, ou seja, o
cérebro “vê” algo que os olhos não estão a ver.
Este
tipo de Clarividência não é nem mais nem menos eficaz do que a
anterior, é apenas mais convincente para alguns praticantes.
Clarividência
de expressão visual.
Para
poder usufruir deste tipo de Clarividência deve existir uma boa
capacidade de transferir os pensamentos para a visão e ser capaz de
produzir alucinações voluntárias.
Não
é algo assim tão invulgar. Como já referimos algures, este
processo assemelha-se ao mesmo fenómeno que tem lugar quando
“sonhamos acordados”. Todavia, as imagens são mais estáveis e
controladas.
Para
conseguir sucesso neste exercício o praticante deve treinar a sua
concentração visual com os olhos abertos.
Ele
deverá ser capaz de se concentrar num objecto qualquer e, com os
olhos abertos visualizar que ele se encontra ali no ar flutuando à
sua frente. A visão deve ser ignorada, ou passada para segundo
plano, dando lugar à visualização. Neste exercício não se trata
de acrescentar uma alucinação a um cenário físico, esse exercício
serve outros propósitos, normalmente associados à capacidade de
materialização e criação de matéria através de protoplasma, que
são demasiado avançados para inserir neste manual. Neste treino
específico o praticante deve ser capaz de aguentar a visualização,
com os olhos abertos, de determinado objecto escolhido por ele pelo
espaço de cinco minutos.
O
treino deste exercício obedece a todas as regras de concentração
explicadas na primeira secção. Devem ser escolhidos vários
objectos para que o cérebro diversifique esta capacidade. Isso
também aliviará o tédio que pode ocorrer nestes exercícios.
Os
benefícios são grandes, e cremos sinceramente que o esforço vale
bem a pena.
Tendo
obtido sucesso neste exercício e sendo capaz de realizar os
exercícios de Clarividência anterior, o praticante deverá usar o
Espelho Mágico cuja explicação demos no Capítulo reservado á
Magia Cerimonial.
O
processo é o mesmo e ambos os métodos anteriores podem ser
utilizados. As imagens não aparecerão na mente mas sim no Espelho
Mágico.
Existe
um conselho importante a ter em conta, que, não sendo seguido leva
muitos praticantes ao fracasso no experimento.
Clarividência
não é visão! Clarividência é alucinação, ou “visão
cerebral” Assim, se bem que a primeira imagem seja puxada pelo
praticante, sobre a qual ele se irá concentrar, as restantes virão.
O leitor tem que saber resistir à tentação de focar e observar
essas imagens com os olhos. Desleixe a sua visão, pois ela só lhe
permite ver objectos físicos e nunca a Luz Astral condensada (que
revela as imagens da Clarividência) Foque com o desejo e com a
mente. Aperfeiçoe a arte de desligar a mente dos olhos.
Deve
observar a superfície do espelho mágico olhando para o seu
interior, como se ele fosse um poço escuro, ou um portal.
Numa
bola de cristal o mesmo se passa. A bola não deverá ter grandes
imperfeições que atraiam a visão do praticante. Os olhos devem ser
quase ignorados. É por este facto que todos os apetrechos usados na
Clarividência são desinteressantes.
Existe
uma excepção a esta regra. Nesta excepção os olhos físicos são
carregados de Elemento Fogo sob a forma de Luz e eles mesmos vêem a
Luz Astral. Essa técnica desenvolve a Clarividência, mas mais
especialmente a Clarivisão. Nesse caso não existe alucinação, mas
sim visão. Os olhos físicos vêem e acusam imagens invisíveis a
olhos não treinados.
O
próprio autor treinou esse método e pode atestar a autenticidade do
mesmo. Contudo, o mesmo é demasiado demandante para ser introduzido
neste tipo de manual. Alem do mais, muitas pessoas se assustariam
quando o Clarividente colocasse em prática este tipo de técnica. Só
com controlo se consegue impedir que os olhos físicos adquiram uma
luminosidade esbranquiçada possível de ser observada por qualquer
pessoa.
Certa
vez, estando no seu consultório observando o “interior” de uma
amiga, o autor deparou-se com a seguinte afirmação. «Dr.! ...está
a sair luz dos seus olhos!...» Naturalmente que foi necessário
tranquilizar a pessoa após esse episódio. Hoje, felizmente, é-nos
possível usar a Clarividência sem “acender os olhos”. Estando
mais fatigados sempre resta a hipótese de fechar as pálpebras,
evitando este tipo de situações.
Resta
ainda fazer algumas notas finais sobre a Clarividência.
Muitas
pessoas recebem a informação Clarividente sob a forma de símbolos,
Para lidar com esse facto é necessário ter uma noção concreta
daquilo que os símbolos significam. Estes símbolos são resultado
das vivências da pessoa, das suas ideias e conceitos
intelecto/emocionais e, melhor do que consultar qualquer “dicionário
de símbolos”, cabe ao Clarividente entender, ou intuir, o(s)
possíveis significados que o(s) símbolos têm para si. Com isto não
queremos afirmar que os símbolos não possuem um significado lato,
igualmente acessível por várias pessoas, algo semelhante à ideia
que Carl Jung transmitiu como “inconsciente colectivo comum”,
inclusive já explicámos, basicamente, a teoria das formas
pensamento e das egrégoras. Todavia, a interpretação pessoal dos
símbolos não deve ser menosprezada.
Os
verdadeiros Magos possuem uma Clarividência objectiva, pelo que
aqueles que persistirem e trabalharem, usufruirão da benevolência
da Divina Providência que lhes incrementará as suas capacidades
clarividentes e precisará as suas informações.
Um
símbolo bem interpretado é uma forma poderosa de comunicação pois
pode traduzir rapidamente ideias complexas, de uma forma simples e
eficaz.
Pessoalmente,
usamos Clarividência combinada, ou seja, objectiva e simbólica.
Outra
advertência crucial. O leitor deve prestar muita atenção às suas
emoções quando está a sondar algo clarividentemente. Distancie-se
emocionalmente daquilo que está a ver. O próprio autor já falhou
(felizmente sem complicações exteriores) numa observação
clarividente que realizou por estar emocionalmente ligado a uma
pessoa (familiar) que estava desaparecida. Infelizmente, a pessoa
estava morta e o subconsciente recusava-se a aceitar essa ideia
dolorosa projectando imagens absurdas e sem significado lógico. Na
altura, a certeza da morte desse familiar era quase absoluta; a
clarividência estava a ser utilizada para encontrar um presumível
cadáver levado pelas águas do Oceano. Talvez por não querer ver um
familiar (primo) falecido, o subconsciente se revelasse demasiado
rebelde.
Aprendemos
com a experiência. Este episódio aconteceu há vários anos, foi
uma boa lição da qual esperamos ter aprendido algo que possamos
partilhar.
Nestes
casos, ou existe um controlo emocional perfeito face à situação,
ou a melhor ideia é pedir a um companheiro que realize essa busca.
Vence-se esta dificuldade com auto-controle e meditação.
Existe
ainda um outro caso que pode ser um empecilho à boa utilização da
Clarividência: Demasiada informação, ou ideias pré-concebidas
sobre aquilo que se pesquisa.
Se
o leitor começar a traçar um raciocínio sobre como será, aquilo
que “deverá” ver, provavelmente vai arruinar a sua experiência.
Vence-se
esta dificuldade sabendo o mínimo possível.
Os
vulgares charlatães fazem longas listas de perguntas pois usam uma
técnica que se chama “Leitura Fria” com a qual enganam os
ingénuos que os procuram. Nesta técnica são utilizadas tentativas
de “pescar” reacções por parte do consultado, que fornecem
pistas ao “suposto” clarividente, que vai falando e
“adivinhando”, sempre “atirando” uma generalidade e
observando a linguagem corporal assertiva do cliente que lhe fornece
inadvertidamente e involuntariamente a orientação que ele, o
charlatão, deve seguir. Esta técnica pode ser tão aperfeiçoada
que se assemelha muitíssimo com uma sessão de clarividência
autêntica. Naturalmente que só funciona para falar sobre o passado,
sobre a personalidade, ou algo que o cliente saiba. Não pode prever
o futuro, nem tampouco relatar acontecimentos que se estejam a passar
num local distante. Para “acertar no futuro” o charlatão prevê
grandes generalidades, ou situações altamente prováveis, noutras
alturas simplesmente inventa… o futuro será amanhã, mas o cliente
paga hoje!...
A
grande diferença é que a Clarividência autêntica não pesca. O
clarividente vê e, embora possa falar, a sua atenção não se
desfoca, nem por um pouco, do seu objecto de estudo. Ele fixa o seu
Espelho (ou outro auxiliar, ou mesmo uma foto, etc.) e fala
correntemente. Não observa as reacções. O clarividente autêntico
não “atira à sorte” porque não têm receio de falhar, uma vez
que não está a tentar burlar ninguém. Aliás, a primeira coisa que
o clarividente deve fazer é informar a pessoa que consulta que, pode
(caso ainda seja o caso) falhar na sua leitura, ou pode interpretar
erradamente os símbolos que vê e que, embora vá tentar o seu
melhor, a hipótese de falhar, se bem que remota, é possível. Ele
deve ser sincero e verdadeiro, repetimos.
Com
a prática, o clarividente torna-se tão preciso que esses
pensamentos raramente o assaltam. Ele deve ser sério, modesto e
absolutamente sincero. Caso veja um símbolo deve revelar exactamente
o que vê (o símbolo) e depois fazer a sua interpretação. Por
vezes o consultado pode entender o símbolo de outra maneira que faz
sentido absoluto. Isto porque possui mais informação sobre a sua
própria vida do que aquela que o clarividente médio pode possuir.
Há
algo que o praticante sério nunca, jamais, deve fazer: ele nunca
deve encaixar as suas visões de uma forma “arranjada” e
conveniente. Algo como:
Clarividente:
- Vejo um acidente de carro. - Ao que o consultado responde
-
Não tive nenhum, mas tenho receio que isso possa acontecer»
-E
o clarividente dirá, sem outras pistas: - Então é isso!
-Isso
jamais deve ser feito. Caso não existam outras pistas o clarividente
deve dizer:
-Bem,
é o que estou a ver… aprofundamos, mais?
-Se
o consultado pedir, então o clarividente deve desejar conhecer mais
pormenores. Pode começar pode ver o tipo de carro, quem o conduz.
Questionar se é uma situação no passado, presente, ou futuro, etc.
Nessa
altura ele não deve entrar em diálogo com o consultado, pois, mesmo
sem o desejar, as reacções positivas, ou negativas do mesmo, podem
influenciar os resultados da sessão. Muitas vezes, o próprio
consultado pode não saber, ou na altura não se lembrar de algum
facto que o clarividente esteja a ver.
A
melhor atitude a tomar é falar correntemente explicando aquilo que
está a aparecer e fazer pequenas pausas quando as visões se
esbaterem. Nessa altura, pode existir alguma conversa entre o
clarividente e a pessoa que pede esse apoio. A sinceridade e a
objectividade devem ser as características principais do
clarividente. Ele deverá dizer cuidadosamente aquilo que vê e o que
sente relativamente a essas visões. O que hoje pode parecer
improvável, amanhã pode ser uma certidão.
Se
o clarividente começar a adoptar uma atitude menos honesta estará a
condicionar a sua própria clarividência e a predispor-se para o
falhanço, usando técnicas de sofismo verbal para “encaixar” as
suas visões. Isso é um mau clarividente que perderá toda a sua
clarividência num curto espaço de tempo, já que ele está a
treinar exactamente o oposto à Clarividência, i.e., a Clarividência
visa obter conhecimentos reais e só funciona quando é esse e só
esse desejo que está subjacente na mente de quem pesquisa. Ora, se o
que está presente na mente do praticante é uma necessidade de
acertar, então outros pensamentos invadirão a mente do
clarividente. Essa situação é dramática. Posteriormente, chegará
a duvidar se alguma vez as suas visões foram mesmo reais, ou se
simplesmente teve “sorte”. Isto é lastimável porque tal pessoa
queimou meses ou anos de treino pelo facto de não saber lidar com o
possível insucesso temporário. Vejamos bem: Todos os dias há
engenheiros que se enganam nos cálculos, médicos que erram nos seus
diagnósticos, ministros que gerem mal os seus ministérios… e o
clarividente não pode errar??
O
bom clarividente é seguro do que diz. Torna-se experiente e a sua
segurança é nítida e óbvia. Se o consulente discordar da opinião
do clarividente, ele deve, respeitosamente permitir que tal aconteça,
mas explicará que aquilo é exactamente o que está a ver. É
necessário levar em conta que algumas pessoas têm o péssimo hábito
de mentir quando não ouvem aquilo que esperam.
Com
pequenas “bruxas” e “videntes de feira, ou de página de
jornal” a mentira pode funcionar, pois muitos destes
“profissionais” dependem da satisfação do cliente para a sua
subsistência, logo acedem às suas afirmações e dizem somente
aquilo que eles querem ouvir. Já o Mago pertence a outra classe.
Rara é a pessoa que se atreve a questionar a Clarividência de um
Mago, não só porque ela é extremamente precisa e objectiva, mas
também porque, geralmente, o Mago não cobra estes serviços, que
também decide se os quer prestar, ou não. Se cobra, geralmente
cobra uma soma muitíssimo elevada, pois os seus poderes são um
benefício raro que deve ser bem valorizado. O verdadeiro Mago nunca
cobra ao pobre, pelo contrário, deve usar as suas capacidades para o
ajudar. O pobre não é o preguiçoso. O desleixado cuja vida corre
mal porque nada faz para a melhorar, embora mereça a compaixão do
Mago, este último deve, na nossa opinião pessoal, dar-lhe dois ou
três conselhos “a direito”, se me é permitida a expressão, de
forma a que ele endireite a vida. Geralmente, estas pessoas
necessitam apenas de fortalecer o seu bom senso.
O
Mago não perde tempo com conselhos matrimoniais e arrufos de
namorados e, se o porventura acede a este tipo de apoio, deve ser
frontal e verdadeiro.
Quantas
pessoas incautas, em busca de ilusões, escutaram deste autor aquilo
que não queriam ouvir. Mentir e negar não é uma boa solução pois
o tempo rapidamente demonstra aquilo que é dito.
O
Mago pode, naturalmente, forçar a verdade a revelar-se, pois possui
amplos meios para o fazer.
Pessoalmente,
o autor opta por não cobrar este tipo de ajuda que, eventualmente,
presta a ricos e a pobres, pois possui outros meios de subsistência.
Naturalmente que dado este facto e dados os resultados favoráveis
que um Mago oferece aos merecedores dos mesmos, a lista de espera é,
neste momento, francamente longa. Mais longa do que gostaríamos.
Muito
mais se poderia dizer sobre a Clarividência e sobre a forma como ela
deve ser orientada e desenvolvida. Mas, para tal, necessitaríamos de
um tratado só para esse assunto.
Após
estas notas finais passaremos ao estudo teórico do desenvolvimento
da Clarivisão.
Abordagem
teórica ao estudo da Clarivisão
A
Clarivisão é uma das capacidades mais difíceis de obter no Caminho
Místico. Já referimos a sua diferença relativamente à
Clarividência.
Com
o desenvolvimento da Clarivisão é possível observar os Espíritos
da Natureza, os Elementais, os Espíritos desencarnados, Espíritos
angélicos, etc.
Naturalmente
que é possível ver a aura, ou corpo bioenergético, com absoluta
claridade, sendo possível observar os chakras e as suas funções.
O
seu desenvolvimento, inicialmente é muito semelhante ao da
Clarividência, abrindo e fortalecendo o Centro Bioenergético
interocular, Terceiro Olho, ou Chakra Ajna.
Seguidamente
é utilizada uma técnica específica que carrega a íris de ambos os
olhos com uma propriedade específica do Elemento Fogo modulada pela
vontade. Existem várias modulações possíveis, específicas para
ver espíritos, ou para detectar determinadas estruturas, etc.
Para
acelerar este tipo de processo é ainda fabricada a Solução
Oftálmica de Fogo, um preparado com condensadores de fluído que é
magicamente carregado, tendo em vista um aperfeiçoamento e
desenvolvimento mais rápido da Clarivisão.
Como
explicamos atrás, existem muitas pessoas que se consideram
Clarivisuais (não é o mesmo que Clarividentes) por serem capazes de
observar a aura humana. Ora, somos forçados a explicar que pelo
facto de um praticante ser capaz de ver aura humana, ele não é
totalmente Clarivisual, apenas desenvolveu uma Clarivisão sobre um
tipo específico de matéria física. A “aura” é um campo
plasmático, possível de interferir com aparelhos, ou medidores de
biomassa, logo ela é física. Ser capaz de ver auras é quase
comparável a desenvolver uma capacidade de ver os infra-vermelhos,
digamos.
Cremos
que o praticante que desenvolve a Visão áurica, não desenvolveu
Clarivisão propriamente dita. Quando ele vê os chakras e os
grânulos de bioplasma a penetrar nesses mesmos chakras e a ser
absorvido por eles, aí creio que alguma Clarivisão está já
presente. Todavia, enquanto ele somente percebe as “auras” com as
suas diferentes tonalidades, cremos que ele super sensibilizou
determinadas células nervosas do seu olho, referentes à visão
periférica. Estas células são passíveis de detectar os campos
bioenergéticos.
Existe
um processo de after-image, no qual a aura de uma cor corresponde ao
seu inverso pode aparecer quando se vê uma aura. Muitos médicos
explicam a Visão Áurica como sendo esse processo. Não é assim,
asseguramos que não. Para obter mais detalhes sobre esta afirmação
existe vastamente difundido na Internet um trabalho de Robert Bruce
“Trainning to see Auras”, que explica a impossibilidade desta
explicação médica.
O
autor deste livro é Clarivisual e Clarividente, pelo que não pode
sequer ocupar o seu tempo no desmentido de tamanhos absurdos. O
efeito after-image, só prejudica os principiantes que começam a ver
auras. Eles devem ser bem cuidadosos para não caírem nessa
armadilha. Na aura humana a after-image aparece como uma sombra de
luz que rodeia o objecto, sendo bastante brilhante e muito homogénea.
Se o praticante piscar os olhos vê-la-á com os seus olhos fechados,
e inclusive, se piscar os olhos e rapidamente desviar a visão para
outro local, verá a suposta “aura” pairando sobre o nada. Isso
não é sequer Visão Áurica, é, de facto, mais uma barreira a
vencer para adquirir a Visão Áurica. O Clarivisual não usa este
processo para ver auras, ele pode ver uma aura sobreposta ao corpo
com tal intensidade que se torna difícil perceber o corpo físico,
tal é a clareza e perceptibilidade da aura que o rodeia. Isto
utilizando o método de Clarivisão. Este método está muito acima
daquilo que pretendemos ensinar neste manual. Não porque seja
“secreto”, ou “reservado a membros”, mas sim porque necessita
de treino específico preliminar próprio, que necessitaria de muito
acompanhamento e presença pessoal de um professor.
Em
baixo deixamos uma forma simples de desenvolver a visão aurica. Esta
pode ser tanto treinada na fraca luminosidade, como com luz solar.
Usando franca visibilidade, ou pouca luz, o fundo por trás do
sujeito a ser observado deve ser escuro, ou negro, se possível. Se
estiver a ser utilizada luz (especialmente se for luz solar) o fundo
por trás do sujeito a ser observado deve ser claro, de preferência
branco.
Resultados
esperados:
No
caso de luminosidade diminuta irá aparecer uma névoa subtil e
brilhante que envolverá o corpo. Essa névoa pode ter algumas
alterações que poderão ser valorizadas de acordo com os
conhecimentos de terapia bioenergética do praticante.
No
caso de forte incidência de luz, aparecerá primeiro a after-image,
que parecerá uma linda aura branco amarelado. É importante fazer
desaparecer esta after-image direccionando o centro de visão
lentamente para a periferia do corpo.
Como
Proceder:
Em
primeiro lugar deve ser bem treinada a Visão Áurica com forte
luminosidade. Repetir este exercício numa base diária por três
meses.
Colocar
o sujeito a ser observado frente a uma superfície branca com uma luz
que incida directamente por cima do mesmo (evita sombras que
comprometeriam a experiência). Uma boa forma de conseguir este
efeito é construindo uma pequena câmara de visionamento. Basta
montar uma estrutura, seja ela de madeira, alumínio, o mesmo de
“esticadores” (tipo de cordas elásticas usadas em
transportadoras para prender carga, que são fáceis de obter em
drogarias, ou casas de especialidade). Esta estrutura deverá ser
revestida interiormente por panos de tecido branco que formarão uma
espécie de biombo, a frente do qual se posicionará o sujeito. Um
foco eléctrico instalado por cima desta estrutura, apontado
directamente sobre a cabeça do sujeito observado, será ideal para
realizar este tipo de visionamento.
Podemos
dizer que é possível conseguir bons efeitos com um sujeito de pé
frente a uma parede branca com uma luz por cima.
O
observador deverá colocar-se a cerca de dois metros de distância
sentado confortavelmente num banco ou cadeira. Depois de realizar o
exercício e abertura do centro interocular, ele deverá olhar para o
sujeito, aguardando que a visão desfoque um pouco. A after-image
deverá começar a aparecer. Lentamente a cabeça (não os olhos, que
deverão estar imóveis) do observador deve observar a perífiria do
sujeito, não procurando “ver” nada, inclusive, “desejando”
que as imagens estejam a ser vistas pelo centro interocular.
Ao
fim de algum treino ele verá que gradualmente, mesmo logo no início,
quando aparece a after-image, começa-se a formar uma espécie de
névoa colorida muito subtil. Ela estará perto do corpo, mas será
heterogénea. Isso é realmente a aura, ou corpo bioenergético do
sujeito. Nessa altura será pertinente permitir que a imagem
estabilize. Mantendo os olhos imóveis e afastando a consciência dos
mesmos, deverá mover lentamente a cabeça desejando ver a periferia
e estudar pormenorizadamente aquilo que vê. Neste caso a névoa pode
ser mais “escura” do que a luz emitida pelo foco, ou apresentar
algum granulado muito fino e subtil como se fossem pequenas
partículas de um pó finíssimo. Embora a “aura” brilhe, ela não
brilha mais do que uma lâmpada de 50w. Contrariamente ao que muitos
pensam, quando estudamos a aura de perto, face a grande luminosidade
ela não aparece “tão” luminosa quanto seria de esperar, à
excepção da “aura” de grande místicos.
Usando
a obscuridade como fundo deve ser construída uma câmara escura
aberta. O sujeito a ser observado deve estar à entrada dessa câmara
escura.
O
restante procedimento é igual, mas não haverá o efeito de after-
image.
Uma
boa forma de substituir uma câmara escura é colocar o sujeito sob o
umbral da porta de uma sala escurecida, estando o observador em
frente ao mesmo numa sala mediamente iluminada.
Neste
caso a aura aparecerá como uma fina e subtil névoa que rodeará o
corpo. Como não existe after-image é mais fácil estudar e focar a
aura nestas condições.
Notas
finais:
De
novo reforçamos a ideia da separação da vontade de ver, face a
estes exercícios. O praticante deve tentar manter os olhos neutros.
Se os focar vai direccionar a sua consciência para a visão e
diminuirá a sua clarivisão.
Estes
exercícios devem ser treinados pacientemente e sem expectativa.
Devem ser postos em prática o mais frequentemente possível.
Acrescentamos
que, para um clarividente, adquirir clarivisão a este nível é
extremamente simples.
Com
bastante treino o praticante começará a distinguir os chakras e as
correntes energéticas no corpo.