DEMÔNIOS I
DEMÔNIOS
Não
seríamos capazes de perceber o mundo sem os contrastes. É prazeroso
o aprendizado constante que se obtém enquanto se percorre o caminho
da busca pelo conhecimento. Certas respostas abrem portas para novas
perguntas, contribuindo para nossa evolução pessoal. E para o
crescimento, torna-se necessário, também, conhecer o Bem e Mal.
"...Eis
que o homem se tornou como nós, conhecedor do bem e do mal..."
(Gen 3:22).
"Nada
em si é bom ou mal tudo depende daquilo que pensamos"
(Shakespeare).
Assim
como temos os 72 anjos na Árvore da Vida, encontramos os 72 demônios
na Árvore da Morte.
Como
vivemos em um mundo de dualidade, ele se desdobra em um feixe de luz
e sombras, gerando 72 anjos e 72 demônios. Na verdade, segundo essa
teoria, esses 72 seres seriam um só, divididos em 2, conforme as
leis do hermetismo, ponto e contra ponto.
Viagem Alem | Fazer Viagem Astral | Paranormal | Ocultismo | Espiritualidade |
Técnicas de Projeção Astral e Exercicíos para a Espiritualidade
Todos
os seres derivam do nome de Deus, que tem 72 letras, o
SHEMHAMPHORASH. Esse nome divide-se em duas categorias, LVX (Árvore
da Vida), NOX (Árvore da Morte). Como existem 72 seres em uma logo,
da forma oposta há o mesmo na outra: a Lei da polaridade.
A
cabala tem interligação com praticamente todos os segmentos
ocultistas, desde os sistemas goéticos até os sistemas Enochianos,
por isso, às vezes, fica difícil explicar certas coisas, sem a
mínima noção de cabala, então, simplificando:
Existe
a cabala e existe a goecia;
Existe
a árvore da vida (LVX) e existe a árvore da morte (NOX);
existem
as sephiroth e existem as Qliphoth;
existem
os 72 anjos cabalísticos e existem os 72 demônios goéticos;
existem
os caminhos da sabedoria e existem os caminhos da degeneração.
No
processo de ``cristianização`` ocidental, após o início do
reinado de Constantino, a igreja passou a usar uma estratégia
agressiva contra os cultos pagãos. Até então a própria natureza
divina ou humana de cristo era discutida, uma das diversas matérias
do primeiro Concílio de Nicéia.
O
lado prático é que existiam diversos cultos dispersos e isso não
interessava à elite da época, principalmente essa diversidade de
cultos por parte dos gentios. Então, a igreja escolheu a divindade
pagã de Cernunnos, ligada ao culto de fertilidade e associou-a ao
Diabo.
Lucifer
só é citado uma única vez em Isaías 14,13 onde teoricamente
Isaías referia-se não a satã, mas a um rei que, devido aos seus
excessos, teria caído no reino dos mortos. O Rei, pela expressão
hebraica`helel bem sharar`` (o que brilha) ou do termo grego
``eosphorus`` (fósforo??) na tradução latina seriam a estrela da
manhã e logo associou-se a imagem do rei tirano e que cometia
excessos a lúcifer, aquele que tinha tudo e caiu, perdeu-se. Enfim,
seria uma das muitas misturas propositais feita pela igreja, algumas
foram erros de traduções.
O
primeiro Arcanjo, que emergiu das profundezas do Caos, foi chamado
Lux (Lúcifer), o "Filho Luminoso da Manhã" (...) A Igreja
o transformou em (...) Satã, porque era mais antigo e de mais
elevada categoria que Jehovah ... (p. 128).
Lúcifer
representa a estrela da manhã (o planeta Vênus). Lembrar do
Pentagrama e da relação com o planeta Vênus. "A palavra
“Lúcifer” significa “o que leva a luz” e é relacionada à
estrela da manhã, o planeta Vênus (AMOR, a esfera 7 da Kabbalah,
Netzach) e à estrela D'Alva como já foi dito.
"O
que leva a luz"... lembraram de alguém? Quem sabe alguém
lembrou de Prometeu e a alegoria da centelha do fogo celeste (imagem)
que ele roubou e reanimou a humanidade, por tal motivo ele foi
castigado por Zeus. Prometeu (na mitologia grega) era o mensageiro
dos Deuses, ele estabelecia a ligação entre os homens e o divino.
Mensageiro
de Deus, leva a centelha do fogo celeste para os homens, portador da
luz, aquele que traz iluminação (lembraram de mais alguém?)...
Lucifer/Prometeu, o intermediário da luz divina (ou seja, o que trás
do plano mental para o plano terreno) está diretamente relacionado
com o Corpo astral e à sephirá yesod. Da mesma forma o
Buda/Cristo/S.A.G. é relacionado ao corpo mental (ou astral
superior, depende do(a) sistema/escola) e à sephirá tipheret.
Aproveito
para mencionar um assunto incompreendido por muitos, a definição de
demonologia e demolatria:
Demonologia
é a ciência que estuda, de forma cética, as origens dos seres e
conceitos ligados aos demônios no decorrer do tempo, visando a busca
do conhecimento perdido da humanidade, entendendo o processo
evolutivo através das suas transformações e ramificações,
formadas com o passar dos tempos.
Demolatria
é o segmento que “adora”, específica e unicamente, os
demônios ou algum em especial, praticando rituais e acreditando em
crenças voltadas para os mesmos.
Por
exemplo, os satanistas, que seguem o satanismo, os Luciferianos, que
acreditam em preceitos voltados à Lúcifer. Normalmente a demolatria
é mais voltada para a adoração ao diabo, a versões de demônios
malignos ( Existem demônios malignos, mas também existem demônios
que não têm esse intuito).
Assim,
chegamos à conclusão que existe uma grande diferença entre
demônios e diabos, e entre demonologia e demolatria e, pelo assunto
ser meio complexo e conter uma variedade de informações, esses
termos são confundidos e levados à interpretações errôneas.
Aproveitando
as definições, Goétia (Goecia) é um conjunto de técnicas e
procedimentos cerimoniais que visam evocar demônios para que ele
obedeça ao magista. Por meio dessas técnicas o magista se utiliza
do demônio sem que exerça influencia sobre o magista. Para isso,
são utilizados uma série de selos e chaves de proteção, todas
explicadas ensinadas e detalhada na Goétia. Mais para frente
falaremos a respeito.
Para
complementar, veremos o significado de demônio para algumas
religiões. Um demônio ou demónio é, segundo as religiões, um ser
intermediário entre o homem e um deus, com conotação de “ser
maligno”, embora, originalmente, para os gregos pudesse também ser
um ser benigno.
Platão,
ao escrever sobre Sócrates, diz que este se comunicava com um
espírito invisível chamado daimon (ou daymon).
A
palavra demônio vem do grego daimoníon, que foi reduzida a daimon.
Ao passar para o latim, Daimon se tornou Daemon, que deu origem ao
português demônio.
Outra
definição para "demônio" é "repleto de
conhecimento", por se atribuir à sua descendência sobrenatural
a capacidade de reter vastos conhecimentos por toda uma existência.
Nas
culturas orientais, demônios seriam todas as criaturas místicas ou
espirituais. Mas não necessariamente de natureza, como nos casos das
fadas, anjos, gnomos, por serem sobrenaturais ou por possuírem vasto
conhecimento e poder mágico. O único equivalente oriental para o
demônio maligno, como o visto pelo Ocidente, seria o Oni, um tipo de
ser espectral, cuja natureza é atormentar outros seres.
Os
mais antigos relatos sobre demônios podem ser encontrados nas
antigas culturas da Mesopotâmia, Pérsia, Egito e Israel.
Na
conotação espírita, Demônios são considerados "espíritos
ignorantes", que ainda não conheceram o Amor. Assim como todos
os espíritos, eles também estão em estado de "evolução",
logo, assim que conhecerem o Amor, o mau se afastará, e ele evoluirá
deixando de ser "demônio".
A
demonologia possui várias ramificações, que variam conforme o
segmento. Por exemplo, no Cristianismo, o estudo de parte da
mitologia cristã é chamado de "demonologia cristã".
A
"demonologia cristã" se utiliza de catálogos que tentam
nomear e definir uma hierarquia de demônios e espíritos
considerados malignos.
As
mais extensas exposições sobre demonologia cristã são o Malleus
Maleficarum, de Heinrich Kramer; Demonolatria, de Nicholas Remy e
Compendium Maleficarum, de Francesco Maria Guazzo, todos assumindo a
bruxaria e a existência de demônios como reais.
Muitos
símbolos são usados para representar os demônios, mas o mais
popular é o tridente. O mais antigo que se tem registro é o
Trishula, a arma principal de Shiva. Na tradição hindu, Shiva é o
destruidor e ao lado de Brahma e Vishnu formam a "sagrada
trindade".
Porém,
Shiva não é o deus do mal, ele é o destruidor do Ego, dos defeitos
pessoais que devem ser eliminados para a elevação pessoal.
As
três pontas do tridente representam as três qualidades da matéria:
tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).
Eles também representam os três Nadis (Ida, Pingala e Sushumna) que
correm ao lado da coluna e que são importantes no processo de
circular a energia através dos chakras e pela Kundalini.
O
tridente é também o cetro mitológico de Netuno, o senhor dos mares
de acordo com a mitologia romana (equivalente ao deus Poseidon, na
mitologia grega). Coincidência ou não o tridente, símbolo também
do deus Netuno/Posseidon (o senhor das profundezas dos mares),
aparenta um homem de braços suspensos, como que buscasse a elevação,
seja da terra para o céu ou das profundezas dos mares para a terra.
Diferente do Ank e da cruz que aparentam um homem de braços abertos
como que em comunhão com o cosmus. Talvez o tridente fosse o símbolo
do homem que busca elevar-se e a cruz o símbolo do homem elevado.
Na
visão mitológica, o símbolo é também uma das letras do alfabeto
grego, correspondente à palavra “psicologia” e ao numero 17. A
letra y é o principal símbolo representativo de deus Possêidon (ou
Netuno em latim).
Após
a vitória dos Deuses sobre os Titãs, o universo, foi dividido em
três reinos, um para cada irmão: Possêidon obteve o mar, Zeus, a
maior autoridade do Olímpo, ganhou domínio sobre o céu e a terra e
Hades poder sobre os infernos e o mundo subterrâneo e vulcânico.
Alguns
estudiosos dizem que o Tridente representava o poder dos Reis da
Atlântida sobre suas dez ilhas. Sete ilhas menores e três de
grandes dimensões que, um dia, abrigaram a civilização atlante.
Platão
foi o primeiro a falar da civilização perdida, em sua obra Crítias.
Considerando a obra um pouco alegórica: as três ilhas maiores
referem-se aos Três Poderes da Divindade Superior como a trindade
santa dos cristãos, a Trimurti hindu. As sete ilhas menores são os
sete regentes que se submetem aquele que ocupa o Trono.
Não
podemos esquecer que vários outros deuses, de várias outras
religiões, também possuíram o tridente. Mas seu significado não
deve sair muito do que foi dito acima.
O
tridente de Baphomet é representado pelo conjunto dos chifres em sua
cabeça. A representação de Baphomet já foi mencionada neste blog.
Lúcifer
é um nome de origem latina (povos da península itálica). Esse nome
tem origem anterior à ascensão do império romano. Lucifero já era
adorado pelos etruscos como um deus pagão, pai de Arardia. Na Roma
pré-cristã (ou seja, antes de virar o anjo caído) ele era
associado ao planeta Vênus (não à deusa, ao planeta físico) e aos
deuses Eósforo e Héspero, ambos representação do planeta Vênus.
Abaixo,
o selo de Lúcifer.
A
imagem seguinte é o triângulo de evocação da goécia. Na verdade
é tudo uma variação do circulo mágico e do triângulo.
O
círculo magico é usado em operações mágicas e protege o
magista. O triângulo serve para evocações.
A
imagem abaixo é uma das variantes dos símbolos de invocação e
proteção:
Segundo
técnica criada na época do Compendium Malleficarum e do Malleus
Malleficarum, com base nos estudos do Lemegeton, pode-se quebrar um
circulo e soltar o ser nele preso. Uma pequena abertura no traçado
do circulo, comum acontecer quando se raspa o pé no traçado, se o
circulo for de giz, sal, areia, ou pó de tijolo.
A
Revolução Luciferiana de Adriano Camargo Monteiro é um ótimo
livro pra quem quiser se aprofundar mais sobre o luciferianismo e
Lúcifer.
Segundo
Adriano Camargo Monteiro, no livro ateriormente citado:
"Há
várias interpretações, conceitos e idéis sobre Lúcifer e seu
significado. Alguns dizem que Lúcifer é um extraterrestre não
físico da constelação de Órion ou Satânica, que realizou
experiências genéticas entre criaturas reptilianas intelectuais de
Órion e seres humanos. Outros afirmam que Lúcifer era um dos seres
rebeldes de um sistema cuja estrela se chama Capela e que foi exilado
no planeta Terra junto com muitos desse sistema. Outros ainda
acreditam que ele é um extraterrestre fisicamente visível, que veio
para a Terra e manipulou o DNA de primitivos antropóides,
transformando-os na espécie humana tal como a conhecemos. Alguns
acreditam que ele é o filho de Deus e verdadeiro criador das
estrelas e planetas, e que foi amaldiçoado por Deus pois era muito
belo e ofuscava o próprio Deus. Às vezes é também chamado de
Luzbel, chefe dos demônios. Entretanto as pessoas preferem
identificá-lo como Satã e crêem que ele é um príncipe do
inferno, do mal, senhor do caos e combatente eterno de Deus"
Mas
a questão é a seguinte, Lúcifer como dito, o portador da luz, leva
esse nome pois ele é a estrela vespertina e a estrela matutina, que
são a mesma estrela na verdade. É a estrela de Vênus, a mais
brilhante do céu. Partindo desse princípio, Lúcifer é o aspecto
masculino de Venus. Portanto quando ler Lúcifer leia Netzach, a
sephira venusiana.
Uma
ótima analogia que podemos fazer é que netzach é plano mental
superior, de onde vem todas as inspirações intelectuais, a
sabedoria, a luz!
"A
Vontade é uma ferramenta movida pela fé."
Nota da Postagem
Um aviso para os que se interessam por demônios e não tem experiencia nesses assuntos. Demônios e goétia não é brincadeira. Se você não esta preparado espiritualmente para penetrar nessa esfera espiritual não seja exibido e não se meta naquilo que não te pertence. No papel e nos livros pode ser tudo muito legal e fácil, mas a experiencia real pode ser assustadora e fatal.